2007-01-21

De: Jorge Nuno - "Vários"

Submetido por taf em Sábado, 2007-01-27 23:25

- Gaia e a irritação do presidente da Câmara Municipal. Será que se fosse o Corte Inglés a querer construir o sr. presidente também ficava ofendido? Será que se o sr. presidente não tivesse todos os dias em campanha para a liderança do seu Partido e voltasse a trabalhar pelo município que foi eleito não estaria mais interessado em todos os projectos da cidade? Se calhar em Gaia vamos ter um fenómeno igual ao Fernando Gomes no Porto...

- Aleixo. É óbvio que como está é inaceitável e é uma vergonha. Anos e anos e continua a venda de droga à descarada. Na semana passada fiquei contente quando vi a polícia no bairro, dia após dia. Pensei que estaria no bom caminho. Não havia, ao final da tarde (hora a que passo pelo bairro no caminho para casa) uma única pessoa na rua. Estava deserto. Infelizmente a polícia, sem explicação, só ficou uma semana. Como é óbvio voltamos a ter a pouca vergonha que havia antigamente.
Espero que ainda seja neste mandato que a CMP tenha um projecto para o bairro. Mas espero, também, que não venham a fazer aquilo que criticaram ao Nuno Cardoso: o fim do bairro e mais habitação de luxo na zona. É óbvio que os privados têm de ser parceiros mas espero que não fiquem só meia dúzia de novos fogos de habitação social para "disfarçar" e o resto seja para os privados.

- Lagarteiro. 9 meses de reuniões, segundo a imprensa, e só agora a CMP fala contra o projecto? Será que a CMP não quer que o Governo PS faça obra na cidade em questões de habitação social? E para quando os resultados da implementação da Rede Social na cidade? Se calhar nem começou. E o bairro S. João de Deus? Para quando novos projectos além das demolições?

- Rivoli? Como está a correr a nível de bilheteira este espectáculo Miss Daisy?

- ACP. Simplesmente uma vergonha a postura da D. Laura. O mal foi terem deixado a senhora ficar tanto tempo. Já agora não deveriam ser públicos os resultados a nível de assistência do Cinema Batalha? Já que foi a CMP que arranjou através do PP das Antas o milhão de contos para o recuperar? E as iniciativas da Música no Coração no espaço? Como têm corrido? Têm havido? Como foi a escolha do produtor? Será que foi pelo dono da Música no Coração ser o mesmo da Rádio Festival?

- Culturporto. Sou dos que acha que a estrutura não funcionava bem. Mas será que a actual estrutura da CMP também não é culpada porque deixou a estrutura funcionar como funcionava durante 5 anos? Se era para acabar porque não acabou logo com ela no início do mandato? Mas tenho de afirmar o seguinte: é simplesmente uma vergonha os despedimentos dos seus funcionários da maneira como foram feitos. Realmente parecia as texteis do Vale do Ave.

- Comemorar as invasões francesas? E o Porto Património Mundial não era mais importante???

De: Cristina Santos - "A escola e o bairro"

Submetido por taf em Sábado, 2007-01-27 17:14

Os bairros sociais não criaram o problema, eles nasceram para remediar um problema que já existia. Parte da população era incapaz de pelos seus próprios meios criar hábitos e desenvolver soluções para as suas necessidades, outra boa parte considerou que uma casa «dada» pela câmara era uma solução para menos esforço e ascensão mais rápida.

O problema é que ao juntar esse enorme grupo de pessoas num só local, dando-lhes uma escola própria, jardins próprios, criamos uma cidade dentro de outra cidade, que hoje vive as suas próprias regras, e numa proporção tal, que deixou de existir solução definitiva. Os maiores bairros são como um doença incurável em que só resta minimizar os efeitos negativos. Não há sociedades perfeitas e há sempre parte da população que nem precisa de ser empurrada para se estatelar no chão, não tem equilíbrio, isso não é culpa de ninguém - é assim...

Resta minimizar os efeitos, mas acima de tudo precaver o futuro, as crianças. Penso que se deve acabar com as escolas e creches no interior dos bairros, porque não funcionam. Aquelas crianças merecem conhecer outro tipo de crianças que não as dos bairros, merecem sair daquele ambiente, não é sair dali com 10 anos ou 16, têm que conviver no mundo da forma que ele é, não na forma como o bairro o apresenta.

De: António Alves - "Goberno vende a ANA a quen construír a Ota"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 23:58

A operación de privatización da ANA será feita en conxunto co concurso para a construción e exploración da Ota. Isto é, quen construír o Novo Aeroporto de Lisboa tamén ficará coa exploración dos restantes aeroportos que son xeridos pola ANA, nomeadamente os do Porto e Faro. O prazo de concesión pode extenderse a un prazo superior a 30 anos. Isto na prática implica que o Aeroporto do Porto ficará totalmente fora de controlo político da Rexión, mesmo que un futuro goberno rexional veña a ser instituído, ata polo menos 2050. O construtor da Ota, obviamente, despois de gastar bilións no faraónico proxecto, todo fará para rentabilizar a infraestrutura. O aeroporto do Porto, onde el non investiu un tostón, será secundarizado e posto ao servizo do xigante. A partir daquí non será difícil adiviñar como tal será feito. O máis provábel é que se transforme nun simples alimentador de tráfego da mega plataforma. Adeus voos directos. Fico á espera das reaccións da Xunta Metropolitana do Porto e das chamadas "forzas vivas do Norte".

Non, este texto non ten calquera erro ortográfico. Foi escrito en galego - que afinal é a nosa lingua mae - para ver se se axitan algunhas consciencias.

Antonio Alves

De: Pedro Aroso - "O SIM-Porto precisa de um SIM-Plex"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 23:56

Não sei se é defeito meu, ou se tem alguma coisa a ver com a minha maneira pragmática de escrever... A verdade é que, ao ler o "PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DO SISTEMA MULTICRITÉRIO", fiquei com a impressão de que aquilo não passa de um pastelão de palavras. Será que os seus autores não são capazes de fazer um esforço no sentido de tornar aquele documento mais sucinto e objectivo?

À partida, o conceito parece-me correcto: cada "casa" é um "caso", por isso os problemas não podem ser todos analisados à luz da "chapa 3". Por outro lado, as condicionantes de qualquer intervenção no casco histórico dificilmente permitem o cumprimento integral dos regulamentos actuais.

Se a ideia do Sistema-Sim é isto, então merece o meu aplauso. Basta reduzir o número de páginas para metade e fazer um delete de tudo o que é redundante. Nessa altura, o regulamento será bem-vindo.

Pedro Aroso

De: F. Rocha Antunes - "A Baixa de que Porto?"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 23:53

Cara Cristina

Está de facto em discussão pública até ao próximo dia 15 de Fevereiro. Pelo que já li, há muito que discutir. E para já reparei que os anexos, onde são definidos os critérios, não constam da proposta de regulamento. Isso é como discutir um PDM em que não se diz qual é o índice de construção.

Voltarei seguramente a este assunto ainda dentro do prazo. Obrigado pela atenção.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: António Alves - "«Os blogues é uma vergonha»"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 23:52

Julgo que diz directamente respeito a todos. Via blogue Blasfémias, a opinião de sua excelência o procurador.

De: Cristina Santos - "Projecto de Regulamento do Sistema SIMPorto"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 18:49

«O SIM-Porto é um sistema multicritério de informação e análise de operações urbanísticas que visa assegurar o cumprimento dos objectivos programáticos do Plano Director Municipal do Porto (PDMP) e estabelecer as condições específicas a observar nas operações urbanísticas, ponderando de modo objectivo o respectivo interesse público, podendo vir a compensar a operação urbanística através da atribuição de direitos concretos de construção nos termos definidos neste regulamento.»

Está em Discussão Pública?

De: Alexandre Burmester - "Ainda o Aleixo III"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 18:31

O problema do Aleixo não é um, são muitos. Por mais que conheça o Aleixo, e até já tenha contactado os moradores e ouvido algumas opiniões, não tenho qualquer pretensão de achar que sei qual a solução para os seus problemas.

Não sou tanto da opinião da necessidade de demolição do Bairro, até porque das 5 torres o problema maior apenas reside numa delas. A maioria dos habitantes não são nem desintegrados nem vivem desgraçados. Ao contrário mora por lá muita boa gente, e em condições de fazer inveja à maioria dos bairros sociais. A desgraça existe principalmente quando os seus habitantes têm que fornecer o endereço e dizer que moram no Aleixo, porque a má fama vem da 5ª torre, e vem do tráfico da droga. E esse é o principal factor de desintegração.

Se calhar era esta quinta torre que devia ser demolida, até porque bem vistas as coisas quer do ponto de vista urbano como arquitectónico, nota-se que sempre esteve a mais. No seu lugar bem que poderia ser feito algum equipamento de bairro, como uma creche que funciona espremida no r/c de uma das torres.

Uma vez mais direi que a solução do Aleixo não será esta ou aquela, serão tantos quantos os problemas que tem, e serão principalmente soluções que se constroem com os seus habitantes, por quem pode, sabe, e principalmente quando existe vontade para o fazer.

Aleixo

Alexandre Burmester

De: Alexandre Burmester - "Investimentos em Gaia II"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 18:09

Não havia necessidade nem do Presidente Filipe Menezes ficar mal disposto com a notícia, nem vir defender os seus Serviços. Primeiro porque a referência ao projecto em questão nada tem de pessoal contra Filipe Menezes, que antes pelo contrário tenho defendido e admirado pela obra que tem conseguido em Gaia. Quantos aos seus Serviços, e tal como referi, a culpa não é só deles, mas do imbróglio do actual sistema. A sua culpa é a falta de cumprimento de prazos e a falta de coragem para assumir posições.

Agora quanto à forma “Grosseira como o Projecto viola o PDM”, vou esclarecer de forma sucinta:

  • - Não existe acréscimo de construção;
  • - Não existe aumento de volumetria;
  • - É cumprido o regulamento de estacionamento;
  • - É demolida parte da construção para libertar 27% de área livre.

Se as palavras podem ter muitos significados, nada melhor do que as imagens para melhor esclarecimento:

Estado actual:

Antigas instalações da CAM


Projecto em Aprovação:

Projecto para as antigas instalações da CAM

Agora se não é com a manutenção do conjunto edificado, e se insistem na interpretação dos actuais regulamentos para as construções existentes com mais de 100 anos, a pergunta sobrante é afinal como se vai querer fazer a Reabilitação pretendida, quer da marginal como da zona antiga de Gaia? Este problema não se coloca apenas a Gaia, coloca-se também à Baixa do Porto. Sorte que a SRU do Porto já se adequou. Ao contrário, em Gaia ainda existem demasiadas entidades e macacos no mesmo galho.

Sr. Presidente sugiro-lhe que “sacuda a árvore”

Alexandre Burmester

De: Rui Valente - "De Lisboa, para o Mundo!"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 17:45

Ao ler o mais recente post de Alexandre Burmester, lembrei-me imediatamente daqueles "optimistas" que amiúde neste espaço refutam como urtigas as opiniões mais contestárias (como é o meu caso) a que muito civilizadamente chamam "choradinho" ou "muro das lamentações".

Já aqui escrevi várias vezes a ideia que faço da política e dos políticos em Portugal, da subordinação incompreensível com que muitos portuenses (e não só) aceitam a prepotência do poder central e as regras de uma democracia-alibi forjada à perfeição para albergar a incompetência e a desonestidade de muitos políticos. O caso da vereadora do urbanismo da C. M. Lisboa é apenas a ponta de um icebergue cuja dimensão exacta nunca chegaremos a conhecer, mas que nos deixa imaginar o muito que ainda ignoramos e nos permite interiorizar definitivamente a certeza de que aquilo que se faz na capital não é exemplo para ninguém, seja em que área for. Para aquelas pessoas que tanto se melindram com as críticas feitas ao poder central configurando-as em toda a sorte de complexos e de provincianismos, eis aqui mais um excelente exemplo de cidadania! De Lisboa, para o resto da parvónia!

E o que dizer da atitude de João Cravinho? Que nos sabe dar a volta a "todos", com oportunas intervenções críticas ao próprio Partido sobre o combate à corrupção, ao mesmo tempo que faz as malas para ocupar um suculento "tacho" na Administração do Banco Europeu? Ora, confessem lá se estes senhores não sabem muito mais e melhor olhar pela vidinha deles do que pela vida do país (Durão Barroso, deu o exemplo...)? Digam lá agora se a política não é o trampolim ideal para se subir na vida? Enquanto no Governo, João Cravinho foi um dos que mais bloqueou a campanha pró-regionalização, pouco tempo após se ter mostrado favorável à ideia. É assim. Afinal, o que é preciso é ginástica mental e moral, porque nós cá estamos para os aturar, em nome da sacro-santa democracia!

Por isso digo que, comparado com estes artistas, Pinto da Costa é um aprendiz de feiticeiro. Em Lisboa, e por toda a Nação Benfiquista, anda tudo ansioso a esfregar as mãos de contente convencidos que Maria José Morgado vai tirar da cartola da "justiça" um coelho cadastrado por todo o tipo de crimes e com o nome do Presidente do F. Clube do Porto. Cá para mim, algo me diz que a montanha vai - à imagem de outras montanhas antigas - parir um rato. Apenas com uma particularidade, não desprezível: é que, a este ratinho chamado Pinto da Costa, os portuenses ainda estão em dívida, porque projectou e projecta como ninguém o nome do Porto por esse mundo fora, através do futebol (que é o seu domínio), ao contrário daquilo que acontece com outros ratões da política, pregadores de transparências e lizuras a quem só devemos desprezo e a impotência de não poder metê-los na ordem, no momento e no sítio certos.

Rui Valente

De: Pedro Aroso - "«Os prédios do Siza no Chiado...»"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 17:33

«... são uma coisa medonha»: José Sá Fernandes, vereador da CML

No último congresso do Partido Trabalhista, há uma passagem do discurso de Tony Blair que gravei na minha memória. Grosso modo, foram estas as suas palavras:
"Os britânicos sabem perdoar os erros dos políticos, porque errar é humano. O que não toleram é a falta de capacidade de decisão."

O mesmo se aplica aos portugueses. De resto, creio ser este o raciocínio do Arq. Alexandre Burmester, no seu magnífico post com o título "Síndrome Sá Fernandes". Aquilo que nos deixa indignados não é ver um projecto chumbado, mas sobretudo o desprezo que a maior parte das autarquias manifesta face à angústia dos arquitectos que vivem única e exclusivamente da profissão liberal. Se uma Câmara entende que um projecto deve ser indeferido, que o faça logo. O que não é admissível é deixar as coisas arrastarem-se durante vários anos. Como diz o Alexandre, se não tomarmos decisões rápidas e mesmo urgentes, caminharemos cada vez mais para o marasmo e para o imobilismo.

Quando o Chiado ardeu, em 1988, o Eng. Nuno Abecassis, então presidente da Câmara de Lisboa, começou por anunciar, na televisão, que tinha convidado a Ordem dos Arquitectos para proceder à redacção do programa para o lançamento de um concurso, com vista à sua reconstrução. Depois, pensou melhor, e entregou todos os projectos ao Arq. Álvaro Siza, fazendo tábua rasa dos compromissos assumidos com o presidente da OA, o Arq. Nuno Teotónio Pereira.

Tal como o Marquês de Pombal em 1755, após o terramoto, Nuno Abecassis apercebeu-se que, numa situação tão dramática, tinha que ser ele a decidir, assumindo todas as responsabilidades. É de gente assim que o país precisa, como de resto o Eng. José Sócrates muito bem sabe. Aproveito esta oportunidade para prestar a minha homenagem ao Eng. Nuno Abecassis. Poucos saberão, mas foi ele que instituiu que, na Câmara de Lisboa, só sejam aceites projectos elaborados e assinados por arquitectos. Essa ordem de serviço continua em vigor.

Felizmente para os lisboetas, o Dr. Sá Fernandes nunca será presidente da Câmara da capital. Ainda bem. As suas recentes declarações acerca dos edifícios que o Arq. Álvaro Siza projectou para o Chiado não deixam dúvidas sobre o tamanho de seu cérebro.

Pedro Aroso

De: TeoDias - "Imagem da Baixa do Porto"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 17:27

Ambiente degradado perto da Rua Chã

Muito perto da rua Chã, numa sexta-feira de Janeiro 2007 - logo no princípio da tarde, deste Porto que me magoa.

TeoDias
Ruas do Porto

De: F. Rocha Antunes - "A Baixa de que Porto?"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 11:28

Meus Caros

O episódio da irritação do Presidente da Câmara de Gaia com o que o Alexandre aqui escreveu é significativo da abrangência que quer a Baixa que o Baixa (o blogue) têm fora do concelho do Porto.

A questão essencial que o Alexandre coloca é a de uma sobreposição de planos, o PDM, o Polis, o Master Plan, que tornam a leitura das possibilidades de investimento em Gaia, nomeadamente na zona ribeirinha, pouco perceptível. Como é que se concilia o investimento em novas unidades hoteleiras com a preservação do “quinto alçado” que são os telhados das caves? Podem-se fazer torres de 11 andares em cima do rio desde que seja junto da ponte do Freixo?

Essas questões, importantes quer para Gaia quer para o Porto, não são lineares. E a verdade é que, com a divisão em regulados ou paróquias que os partidos insistem em fazer do Grande Porto, não existem muitas oportunidades de cidadãos de um concelho fazerem sentir a sua opinião no concelho vizinho, mesmo que isso signifique arruinar as vistas magníficas que se tem.

Espero que este Baixa do Porto, o blogue, entenda a influência que tem e se alastre à dimensão que a outra Baixa, a da cidade, tem na região. E que não se acanhe com o franzir de sobrolhos e não ceda ao “respeitinho” de quem não está habituado a ouvir críticas.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2007-01-26 10:26

- Obra avança em Carlos Alberto até Março
- Misericórdia investe quatro milhões no Hospital da Prelada
- Restruturação de dispositivo policial no Porto quase pronta

- Câmara marcou falta a trabalhadores despedidos da Culturporto
- PS exige conhecer contraproposta municipal

- Uma orquestra de paladares mediterrânicos

- Câmara de Gaia recusa projecto para a marginal ribeirinha - «Alexandre Burmester, que também assina o projecto de um outro empreendimento na marginal ribeirinha de Gaia, as chamadas Casas de Gaia, recentemente apresentado, denunciou a morosidade do processo da Arrozeira Mercantil no blog A Baixa do Porto, tendo ali declarado que o volume de investimento anunciado para aquela zona do concelho seria muito maior se a postura da autarquia fosse diferente. Luís Filipe Menezes ficou agastado com a denúncia e, nas declarações ao PÚBLICO, foi absolutamente contundente: "O senhor arquitecto diz que o projecto já cá anda há quatro anos, mas pode até andar dez anos. Aqui não se viola o PDM".»

De: TAF - "Ainda o Aleixo - II"

Submetido por taf em Quinta, 2007-01-25 21:07

Estou de acordo com António Alves. Estou também pessimista quanto à capacidade deste Executivo resolver bem o problema da integração. Rui Rio não tem capacidade para esse tipo de trabalho que implica perceber os outros, actuar em coordenação, procurar convergência de interesses, explicar decisões especialmente quando não há consensos, etc. É preciso simultaneamente determinação, paciência, pedagogia, visão larga. Só se se conseguir uma solução em que a Câmara faça "outsourcing" da resolução do problema para uma entidade a quem sejam entregues os meios e poder de decisão indispensáveis.

De: António Alves - "Ainda o Aleixo"

Submetido por taf em Quinta, 2007-01-25 20:54

Sem por em causa a qualidade arquitectónica e urbanística dos empreendimentos recentemente erguidos junto ao Bairro do Aleixo, assim como do projectado para a antiga Fábrica do Gás, tenho fundadas dúvidas sobre o contributo positivo de tais urbanizações no que concerne à recuperação do problemático bairro. Sou testemunha diária e próxima (porque vivo nas Condominhas) da vivência do bairro e garanto, baseado naquilo que testemunho há anos, que a construção dos citados empreendimentos (um a norte e outro a poente) em nada alterou qualitativamente o quotidiano da zona. A vida segue normalmente como sempre: o tráfico de droga não dá mostras de abrandar; as operações policiais de grande aparato continuam a acontecer com periodicidade mais ou menos semanal; o número de almas penadas que circulam pelas redondezas também se mantém; vão mudando as caras porque a divina providência vai-se encarregando de libertar algumas da vida terrena. Aliás, uma das urbanizações, a que se localiza a poente e confina com o edifício dos ateliers de famosos arquitectos, é um condomínio fechado, com muros e gradeamentos quase presidiários, cujos moradores entram e saem de automóvel completamente alheios ao mundo de miséria que lhes fica a uma centena de metros da porta. Mais uma urbanização luxuosa a sul apenas completará o "cerco" ao bairro e ampliará a sua condição de ilha miserável cercado por casas para ricos.

O que expressei acima não quer dizer que seja de opinião contrária à construção de novas urbanizações nos terrenos circundantes. Antes pelo contrário. Todavia, todos sabemos também como os terrenos do Aleixo são cobiçados pela sua privilegiada localização sobranceira ao Douro. O completar do "cerco" apenas trará uma única variação ao status quo do bairro: aumentará a pressão para que acabe demolido. Também aqui à partida nada contra, mas se for só isso não devemos chamar-lhe integração. Tal como Rui Rio no caso do S. João de Deus, julgo que bairros como este já atingiram um tal nível de degradação que muitas vezes a demolição é mesmo a melhor solução. No entanto, antes de enveredar por uma solução desse tipo é preciso pensar nas pessoas (a maioria dos moradores que nada tem a ver com tráfico de estupefacientes) e garantir-lhes uma solução de qualidade que as valorize e contribua decididamente para o seu progresso social. Nada poderá ser levado a cabo sem o envolvimento efectivo dos principais interessados. A construção no local dum novo bairro mais pequeno e de qualidade, por exemplo para os mais idosos, e o realojamento de muitas destas famílias em casas que possam vir a ser recuperadas na Baixa é uma possível solução. Entretanto o tráfico de droga deve ser severa e sistematicamente reprimido. Agora, antes e depois de qualquer solução. Até para separar o trigo do joio.

António Alves

De: Alexandre Burmester - "Síndrome Sá Fernandes"

Submetido por taf em Quinta, 2007-01-25 18:58

Se existe alguma razão para o descrédito dos Políticos, e para o desinteresse da população pela participação política, esta é sem dúvida pela forma de governação de que todos já nos fartamos, e que todos deixamos de acreditar. Não vivemos numa Democracia só porque votamos, porque elegemos pessoas que nos são impostas pelos aparelhos partidários. Não estamos em Democracia quando para influir numa decisão temos de participar de um partido político. Continuamos sem democracia, quando na vida partidária tem que se ser cegamente fiel às suas vontades. E seguimos sem Democracia quando somos surpreendidos por decisões secretas que nos afectaram directamente.

Quem nos governa depois de eleito não é mandatado para exercer o direito de fazer o que lhe apetece sem dar satisfações. Mas infelizmente esta é a prática. A falta de transparência dos actos governativos e da gestão da coisa pública, fez inventar o clima de suspeição e em alternativa inventam-se regras e mais regras, Decretos e mais Portarias que regulamentam tudo e todos. Cada vez mais, cada vez pior escrito, cada vez mais complexas e sobrepostas.

Hoje todos sem excepção, governados e governantes, no meio desta amálgama de leis e de regras, vivemos na ilegalidade. Se formos fiscalizados, seja pela PJ, seja pelas Finanças, seja pela brigada de trânsito, podemos ter a certeza de que, com intenção ou sem ela, em alguma coisa seremos apanhados, porque algo estará fora da lei. Valesse-nos um Estado de Direito com uma Justiça desburocratizada, célere e uma classe profissional responsável e despolitizada. Mas infelizmente a nossa Justiça só porque tarda, falha.

Daqui a "Síndrome Sá Fernandes”, porque os governantes no receio de alguma Acção Judicial ou de alguma Previdência Cautelar, teê cada vez mais medo de tomar decisões. Sabe também qualquer político, ou funcionário público profissional, que a melhor maneira de gerir a carreira é não se “comprometer”. A conclusão está à vista, cada vez se tomam menos decisões, cada vez tudo fica cada vez mais na mesma, isto é, cada vez fica pior. Ou se toma uma nova forma de fazer Política, tornando as decisões transparentes e acessíveis, e se criam formas de participação directas de diálogo e de decisão com as populações, o que com as novas tecnologias se torna fácil e directo, ou na cada vez maior necessidade de se tomar decisões rápidas e mesmo urgentes, caminharemos cada vez mais para o marasmo e para o imobilismo.

Alexandre Burmester

De: TAF - "Eventos"

Submetido por taf em Quinta, 2007-01-25 18:41

Céu no Porto
Em casa, há poucos dias

- Recebi da Arq.ª Ana Gil informação sobre um "Call for Papers" para a First International Conference of Young Urban Researchers (FICYUrb), que pode interessar a visitantes d'A Baixa.

- Entretanto amanhã, na Sala Bebé do Batalha, vai haver a "Noite dos Realizadores". Mais informações no blog do CineClube do Porto.

De: Cristina Santos - "Há ou não há lucro?"

Submetido por taf em Quinta, 2007-01-25 12:46

Os associados da ACP com cotas em dia devem com urgência tomar medidas e decidir de acordo com os seus interesses, se for o caso devem requer novas eleições, são eles que pagam e o seu futuro está em jogo. Segundo o JN de hoje a ACP negoceia há 3 anos as condições dos contratos colectivos dos trabalhadores do comércio, sem sucesso…

Entretanto, e noutra esfera, reveja-se a situação contratual do Rivoli e definam-se claramente os apoios financeiros que estão em jogo, para que se contrabalancem as vantagens e desvantagens e se tenha condições de avaliar futuramente a decisão.

Segundo o Expresso o protocolo consagra que:
«o valor médio de um bilhete para um espectáculo infanto-juvenil, no pequeno auditório do teatro, ronda os 22 euros, quando a prática corrente para esse tipo de espectáculos não ultrapassa os três euros. Mas há mais: A autarquia responsabiliza-se por todas as despesas de manutenção estrutural do edifício, pela reposição de equipamentos técnicos e pelos gastos dos consumos de água, electricidade e combustíveis de climatização.»

Ora se a CMP continuar a patrocinar o acesso das crianças à cultura, como até aqui tem feito e bem, qual será o custo resultante com bilhetes a 20 €uros? A educação não tem preço, mas justifica-se este valor? A CMP continua a suportar as despesas de funcionamento, se La Feria prevê arrecadar 5.6 milhões, quanto toca à câmara? Será que esse remanescente cobre as despesas? O Expresso diz ainda que os espectáculos previstos são todos aqueles que já passaram há tempos no Politeama, mas esses espectáculos referem-se à agenda do 1º ano? Há produções originais previstas e nos espectáculos já programados mantém-se elenco e produção, ou dá-se uso à comunidade artística da cidade do Porto?

Quem paga as indemnizações aos trabalhadores despedidos, não há direito nem sequer a compensações, se há quem paga? Por último, com a poupança que vamos efectuar e o dinheiro que vamos investir, em quantos anos vamos obter retorno?

Estas e outras dúvidas mereciam um melhor esclarecimento da CMP, assim não se pode avaliar se a cultura protocolada dá ou não dá lucro.

Meus Caros

Estou completamente maravilhado com a Associação dos Comerciantes do Porto, isto porque pelos vistos além de demonstrarem já por diversas vezes a sua falta de organização só sabemos "deles" por más razões. Sim, porque nunca se viu a Associação dos Comerciantes a manifestar-se contra a demora das obras na baixa do Porto, não vemos acções de animação e promoção organizada para cativar os consumidores a "gastarem no comércio tradicional". Só tenho conhecimento da ACP pelo site desactualizado e sem informação útil aos comerciantes e da iluminação de Natal... e pouco mais, para não dizer mais nada.

Mas agora ficamos a saber que na Direcção de sete directores, cinco demitiram-se, isto é notável, como podem estar tantas pessoas contra alguém, e o porquê de tantas pessoas tomarem a mesma decisão? Mas a resposta é simples: segundo a notícia, uma gestão familiar não pode "chegar" para mais do que uma família!!! Realmente, e segundo o JN, "De acordo com documentos a que JN teve acesso, só ao Comércio Vivo, o gabinete de arquitectura (pertence ao filho da Presidente segundo as notícias) debitou cerca de 400 mil euros, até Novembro passado" não quero imaginar qual foi o presente que o filho recebeu no mês de Dezembro (Natal). Passado este fenómeno notável lá vimos a saber mais uma "loucura", afinal a senhora Presidente não cumpre os seus deveres de associada não paga as quotas de associada (um ano sem pagar quotas... onde está o presidente da Assembleia Geral).

Pelas notícias que esses jornais vão dando, (e tenho que fazer uma homenagem à comunicação social, porque divulga estes "casos") não existe nenhum sentido político na gestão do dossier, isto porque, quando não se teme nada nem ninguém, dá-se a cara e vai-se à luta. E pelo desenrolar das notícias o poder e a dependência ainda é muito maior, pois não consigo entender como alguém não precisa de um novo acto eleitoral para "ter uma liderança reforçada", ou será que o medo de "perder algo" é maior que o medo da derrota.

Fiquei também espantado com este modelo de eleições, pois quando existem estas demissões em bloco o Presidente da Mesa, se não tem qualquer interesse, deve marcar eleições e segundo o PJ (não se assustem porque o que desejo dizer não é Policia Judiciária mas sim Primeiro de Janeiro) "ao contrário do que se estava à espera, o escrutínio vai servir, apenas, para eleger os elementos que há duas semanas e meia apresentaram a demissão. Isto significa que a actual presidente da instituição, Laura Rodrigues, vai manter-se no cargo, não tendo de enfrentar um novo processo eleitoral."

Quanto às novas eleições fica uma nota, imagine-se que são eleitos cinco directores que com o tempo "também ficam de má fé"(in PJ - Laura Rodrigues mostra-se também despreocupado quanto aos novos elementos que vão compor a direcção. Apesar de admitir o risco de ver eleitos pessoas que não confiam no seu trabalho, a presidente da Associação de Comerciantes do Porto prefere "não equacionar cenários". "Vamos ver o que vai acontecer. Irei ver o que essas novas pessoas pensam e espero que seja gente de boa-fé para trabalhar") isto porque se não gostarem da gestão ou tem muitas dúvidas sobre esta "gestão familiar", o Presidente da Mesa da Assembleia Geral vai ter que passar o mandato a marcar eleições até acertar com as pessoas que digam... A D. Laura lá sabe com certeza. Sim porque se o projecto da D. Laura deve ser muito flexível e adapta-se a quem entra.

Fico mesmo muito preocupado quando vejo que a democracia não funciona e as instituições estão dependentes de "profissionais" que não sabem fazer mais nada.

Resta-me comprar um bom pacote de pipocas e comer

Carlos Castro Oliveira

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