2005/11/05

De: Emídio Gardé: - "Em defesa duma ligação..." 

... ferroviária moderna entre o Porto e a Galiza - III

Afinal o actual Governo português admite a manutenção da intenção da construção de uma nova ligação ferroviária Porto-Vigo... mas só lá para as calendas gregas - TGV: Sócrates admite quatro ligações a Espanha embora com prazos mais dilatados.

Entretanto mudam-se os tempos, mudam-se os políticos, mudam-se as vontades...

Com os meus melhores cumprimentos,
Emídio Gardé
http://ehgarde.no.sapo.pt

De: Paulo Mendes - "A empresa da cidade" 

“Na República Portuguesa também há um Conselho de Administração, que é o Governo, e uma Assembleia Geral, onde estão os representantes dos 10 milhões de "accionistas". Deve haver um órgão executivo e um órgão parlamentar.” – Rui Rio, em entrevista recente ao JN.

A polémica da recente (e pelos vistos última...) entrevista de Rui Rio ao JN foi quase exclusivamente reconduzida para a questão da hipotética (in)admissibilidade de construção no perímetro do Parque da Cidade.

Sucede que, no marginal comentário que acima se reproduz, está o retrato de toda uma política – pior, de toda uma concepção da Política.

Ela vem rapidamente ao de cima com o poder absoluto. Habituem-se, e lamentem-se daqui a quatro anos...

Entretanto, convém não descurar a “Assembleia Geral” de Janeiro próximo: temos “Administrador” do mesmo género como candidato ao próximo exercício!

Paulo Maia Mendes

2005/11/04

De: Pedro Aroso - "Funcionamento dos Serviços" 

Zé Pulido:

Estive a ler o teu post e cheguei à conclusão que andas distraído... Não entendo a razão das tuas preocupações e explico porquê:

1. O Dr. Rui Rio escolheu para vereador do Urbanismo um tipo formidável, que percebe de tudo e mais alguma coisa, e até mesmo de Urbanismo! Aliás, segundo o Dr. Rui Rio, ele não precisa de saber o que quer que seja sobre este matéria já que "o perfil do vereador do Urbanismo tem de ser o de um gestor, até porque o director municipal do Urbanismo é um arquitecto".
2. Como se isto não bastasse, ainda temos a garantia de Mário Soares: "...caso eu venha a ser eleito, comigo, os portugueses podem dormir todos tranquilos...".

Um abraço
Pedro Aroso

De: Miguel Barbot - "Collectus - Loja de Colecções" 

Foi inaugurada na Travessa de Cedofeita, bem perto da conhecida “Casa Margaridense” uma nova loja dedicada ao coleccionismo: a “Collectus”.


Este espaço é gerido por duas jovens e constitui um sinal positivo na reabilitação comercial do centro da cidade, aliando a juventude ao tradicional espírito do coleccionismo.

Sendo uma loja multi-coleccionáveis, na Collectus poderão encontrar os mais diversos artigos das áreas da filatelia, numismática, cartofilia, notafilia, calendários, cartazes, brinquedos antigos, pacotes de açúcar, lotarias, vinil, cromos ou baralhos de cartas. Na loja poderão também encontrar os mais diversos artigos técnicos essenciais para a actividade do coleccionador.

Tendo em conta a temática deste blog, destaco os calendários, postais ou cartazes dedicados à nossa cidade.

Aqui ficam os contactos:
Blog da Collectus: http://coleccionar-collectus.blogspot.com/
Travessa de Cedofeita 8A/8D - 4050-183 PORTO

De: Alexandre Gomes - "Pareço bruxo" 

Meus caros,

Ainda ontem vos enviava as singelas fotos do que está para desaparecer do chão dos Aliados, escrevendo-vos – com uma certa esperança de que assim não viesse a ser – que, depois do «ontem» (os painéis na calçada) e do «hoje» (o já descuidado jeito com que se a remendava), o amanhã estava por vir.

Pois é, já cá tá! (Vide Cinco meses de obras para mudar Avenida dos Aliados - "renovação: Requalificação, da responsabilidade da Empresa do Metro, arranca no início da próxima semana. Passeios, faixas de rodagem e placa central terão o mesmo piso granito", hoje no JN). E sempre a empresa do Metro como testa de ferro, qual Secretaria de Obras Públicas.

Bem me está a parecer que o lobbying visando a Assembleia da República foi mal dirigido… E esqueçam a Câmara, onde é que fica mesmo o Conselho de Administração daquela empresa?

Triste sina a nossa. Saudações.

Alexandre J. Borges Gomes
Angola

2005/11/03

De: Pulido Valente - "Funcionamento dos serviços" 

From: Pulido Valente
To: José Carapeto
Sent: Thursday, November 03, 2005 4:43 PM
Subject: funcionamento dos serviços

Senhor arquitecto Carapeto,

Já passaram quase quatro anos desde que está em funções e continuo a fazer reparos graves ao funcionamento dos serviços e à sua actuação como director municipal.
Veja.

Tomo como exemplo o processo de licenciamento/autorização de uma garagem de 30 m2 no loteamento com o A.L. 3/98. Processo 5655/99
  1. Houve a licença 78/01;
  2. não houve construção;
  3. foi paga nova autorização por deferimento tácito em 17 de Janeiro de 2003;
  4. a obra foi construída em Janeiro de 2003 legalmente pois foi utilizado o procedimento do art.º 113º do DL 555/99//177/01 de 4 de Junho;
  5. em 12 de Fevereiro de 2003 o fiscal pretendeu fazer o embargo por ter caducado a licença de 2001 em 13-07-02 invocando o art.º 4º,n.º2 alínea C) do D.L. 555/99 que se aplica a terrenos NÃO LOTEADOS. Sem valor jurídico por erro;
  6. a obra estava concluída e não estava ninguém que podesse ser notificado do embargo;
  7. o embargo foi notificado ao anterior proprietário o que, segundo parecer de jurista da CMP, o torna ineficaz ou nulo;
  8. alvará de utilização foi requerido em 30/10/03;
  9. verificou-se que a porta da garagem tinha sido colocada no alçado sul quando estava no projecto no nascente;
  10. foram entregues as telas com as alterações em 17 de Novembro de 2004 para legalização;
  11. em 10 de Fevereiro, 01 de Março e 11 de Março de 2005 foram enviadas notificações à proprietária ao abrigo do art.º 100 do CPA para que se pronunciasse sobre a intenção de indeferir com base em articulados que não se aplicam a loteamentos mas a terrenos não sujeitos a loteamentos (ilegal e inútil) PARA ENDEREÇO ERRADO;
  12. não tendo recebido não respondeu;
  13. foi pedido à polícia municipal que notificasse pessoalmente a requerente no endereço errado;
  14. não a tendo encontrado no endereço indicado pelos serviços a polícia pediu à CMP que indicasse endereço correcto;
  15. O director municipal, José Carapeto, indeferiu o pedido de alvará de utilização em 2005 quase dois anos depois da data do pedido com base na informação do fiscal e das posteriores informações e despachos dos serviços que a seguir se pronunciaram sem que se tenham preocupado em verificar quer a justeza da proposta de embargo quer a existência das telas finais, quer o tempo decorrido que já não permitia tal decisão.
  16. recentemente a CMP veio propor a demolição ou a legalização do processo o que já tinha siso entregue em 17 de Novembro de 2004, há um ano.
Esta é uma breve síntese dos acontecimentos.

Como sabe a lei não permite que uma câmara indefira um pedido de autorização de utilização passados mais que 23 dias sobre o pedido. Pelo que a requerente tem o direito de ocupar.

Indeferir tal pedido quase dois anos depois com base em fundamentos ilegais sem verificar, sequer, que o endereço para que foram enviadas as notificações estava ERRADO demonstra, também e não só, total incapacidade para assumir a responsabilidade da direcção de um serviço desta importância.

A falta de apoio em pessoal idóneo e responsável que saiba o que está ali a fazer e a continuada insistência em manter esses funcionários nos seus postos só comprova esta incapacidade de direcção que lhe é exigida.

Na consulta que hoje fiz ao gabinete do munícipe soube que há gestores de processos com centenas para informar há anos. Por exemplo os que estavam na arq.ª Ariadne Cardoso e passaram para outro gestor que já teria os seus (Lara Salgado), ou os do Eng.º Moreira da Silva para o qual estão a marcar audiências a mais de três meses de prazo.

O facto de haver gestores de processos que aceitam que lhes sejam atribuídos tantos processos sabendo que não vão cumprir a lei no que respeita, pelo menos, aos prazos, mostra que esses gestores não podem continuar com essa responsabilidade pelo que têm que ser afastados de tal tarefa pois uma das suas obrigações é cumprir com a lei e, portanto com os prazos. Se aceitam trabalho que sabem não poder fazer dentro da lei mostra a falta de qualidade ética dos funcionários e o nenhum respeito pela lei e pelos requerentes. O que impede que sejam aceites pelas chefias para tais funções e põe em causa a capacidade das próprias chefias que lhes atribuem esses trabalhos ilegais.

Se é deste modo que se processa o pedido para uma garagem de 30 m2 cujo "projecto" é uma página A4 fácil é imaginar o rol de disparates que tem havido na apreciação dos processos mais complicados.

É aterrador imaginar a imensa quantidade de pedidos de indemnização, alguns altíssimos, por incapacidade dos serviços tutelados por si.

Este é o retrato da lamentável situação em que se encontram os serviços que tutela o que, para bem da cidade e do equilíbrio psíquico e emocional dos munícipes, e do erário municipal, exige que se demita e leve consigo toda (mas toda) a equipa que tão mau trabalho está a fazer.

Com os meus cumprimentos, José Pulido Valente

De: TAF - "PACHECO PEREIRA CRITICA RUI RIO" 

Ora aqui está uma manchete que constitui “uma subtil manipulação” e “um abuso ilegítimo de interpretação” das palavras de Pacheco Pereira (JPP)...

Eu já estava a adivinhar. JPP é intelectualmente honesto e não podia deixar passar em claro este episódio triste protagonizado por Rui Rio. Mas não lhe convém criticá-lo de forma absolutamente frontal, pois já se sabe que esse facto ia ser usado e abusado pelos adversários políticos quer de RR quer dele próprio. Nestas circunstâncias o que JPP habitualmente faz (e quem o vê na Quadratura do Círculo conhece bem a táctica) é reconhecer sucintamente “sim, de facto exagerou um pouco, eu não concordo muito com isso, não foi feliz, etc., MAS quem o critica exagerou MUITO MAIS, não tem autoridade para o fazer, quer atingir outros objectivos, é apenas um pretexto, etc., etc.”. E acaba por fazer parecer que o episódio original tem menos relevância do que as reacções que suscitou. JPP tem a fama e o proveito de ser esperto.

Vem isto a propósito desta singela nota de hoje no Abrupto:
Democracia por editorial, uma nota sensata no Retórica e Persuasão.”

Nada mais. E pronto, JPP assim fica bem com a sua consciência, já tratou o caso remetendo para um comentário alheio, no mesmo estilo relatado acima, onde depois de um pequeno reparo a RR se passa a uma feroz crítica a António José Teixeira (AJT).

Ora, permitam-me considerar muito mais importante o que diz RR do que o que escreve AJT. Por muito valor que tenha AJT, é apenas um jornalista com responsabilidades no DN, ao passo que RR é o Presidente da Câmara do Porto.

Escreveu então Américo de Sousa nesse seu blog que «Ora a verdade é que, contrariamente ao que Tiago Azevedo Fernandes aqui sugere, em nenhum ponto da entrevista Rui Rio afirma que “de facto vai ter que haver construções no Parque”».

Não?
Então vejamos.

É sabido que a autarquia vai ter que desembolsar brutais indemnizações por causa das asneiras de executivos anteriores e também de RR na gestão do processo do Parque da Cidade. É sabido que não tem dinheiro para isso. Solução (perfeitamente razoável, aliás): permitir alguma construção, com cuidado e sobriedade, junto ao Parque.

Leia-se a entrevista:
Mas continua a dar a garantia de que não vai haver construções no Parque da Cidade?
É uma garantia que tem de ser entendida de uma forma equilibrada e com bom-senso. Quando digo que não há construções, estou a referir-me à especulação imobiliária. Não estou a imaginar, mas pode haver um qualquer pormenor, um remate… Neste mandato tenho condições para tentar uma solução.

Acha que é altura de lançar o debate que nunca foi feito?
Vou dar uma resposta arriscada: admita que aparecem outros pressupostos que me levem a equacionar outro raciocínio. É evidente que para chegarmos a outra solução, tinha sempre de passar pelo maior debate que alguma vez foi feito no Porto.
RR podia ter dito “nunca, jamais, em tempo algum!”. Mas não. Admite a possibilidade de (ele) abrir um debate. Amplo, “o maior”. Mas possível. E que pode levar ao aparecimento de “outros pressupostos”

Moral da história:
  1. Rui Rio admite construções no Parque da Cidade
  2. Pacheco Pereira critica Rui Rio.

De: António Alves - "Em defesa duma ligação..." 

"... ferroviária moderna entre o Porto e a Galiza II"

Nem de propósito. Vem hoje publicada na secção de Economia do Público uma notícia que dá conta dos esforços desenvolvidos por Emílio Pérez Touriño, presidente da Junta da Galiza, em defesa da projectada ligação ferroviária Porto-Vigo. Segundo este jornal, o governante galego tem encontro marcado, na próxima sexta-feira, com José Sócrates em Valença do Minho. Na agenda do encontro estará o futuro do projecto que o governo português pretende suspender.
Touriño afirma que esta é "uma ligação vital" e considera que se trata de um "grande projecto estratégico para o país". Touriño não tem evitado esforços para defender esta ligação perante os governos portugueses e espanhois. Valha-nos ao menos isso, já que para os nossos eleitos locais este tema é demasiado "estratosférico".
Agora, quanto ao país a que ele se refere para o qual este é um "projecto estratégico" é que a notícia do Público não nos esclarece. Qual deles será? Portugal, a Espanha, a Galiza? Ou estaria ele a referir-se à Galaecia? :-)

António Alves

De: Alexandre Gomes - "Aliados" 

Aqui vão algumas fotos como prometido: o antes e o agora - o depois está para vir mas já se adivinha.





Alexandre Borges Gomes
Luanda

De: TAF - "Quinta-feira, notícias por escrito" 

Lembro que estão abertas as inscrições para a visita ao Instituto Arq.º Marques da Silva, na Praça Marquês de Pombal, na próxima terça-feira, dia 8, pelas 9 da manhã.

- Rui Sá prevê conflitualidade
- Casa da Música vai mesmo ser gerida por uma fundação
- CdM: Modelo de gestão à beira do consenso
- SMAS transformados em Empresa Municipal
- "Críticas de Rui Rio revelam ignorância"
- Dinamismo na construção nos concelhos da Área Metropolitana do Porto

- Assembleia da República à espera das respostas escritas de Rio - "Contactada pelo JN, Manuela Melo explicou que não está estabelecido qualquer prazo legal para que Rui Rio envie as suas respostas por escrito." - É bom que se fique assim a saber que os deputados estão também a brincar connosco.

- O túnel de Ceuta - opinião de Helder Pacheco - "(...) o cidadão comum começa a interrogar-se quem deixou, sem metafísicas culturais nem objecções legais, destruir e subverter o espírito do Jardim da Cordoaria (numa operação que ficará nos anais do desrespeito pelo Porto), consentiu a destruição da Praça dos Leões, aceitou o corte dos belos plátanos centenários de Parada Leitão e se calou perante a transformação do Jardim da Relação em eira de pedra? Quem não se perturbou com tais projectos e deixou arrasar a Praça de Gonçalves Zarco e colocar a estátua de D. João V em cima de uma tábua de passar a ferro? E quem aprova que, um dia destes, a Avenida dos Aliados e a Praça apareçam travestidas e desvirtuadas em mais uma requalificação contra o espírito da cidade?"

De: Manuela DL Ramos - "Resposta a Germano Silva" 

Caro Germano Silva

Não acho que a minha intervenção aqui neste blogue e neste tenha alguma vez infringido algum princípio ético. Limitei-me a manifestar o meu espanto por tudo o que o Germano não disse sobre o projecto da Avenida e da Praça. O senhor acha importante que as pessoas saibam que «a sua rua tem história» porque assim «preocupar-se-ão em preservar esse lugar» mas sobre o projecto que descaracteriza completamente um dos lugares mais emblemáticos da cidade e arrasa com um século de urbanismo, nunca se dignou achar por bem explicar, sim, explicar a sua opinião ou posição. Acho espantoso! Queríamos entender, perceber. Que quer, ingenuidade minha. Estava à espera de mais, e essa minha ilusão era proporcional à admiração que nutro pela sua obra. É compreensível a minha desilusão! Não sou eu a jornalista, nem quem escreve regularmente sobre a história da cidade do Porto.

O Germano afirma que se eu “andasse atenta ao que se passa na nossa cidade e, sobretudo, ao que diz respeito à Baixa do Porto” saberia a sua opinião. Quanto a andar atenta, “sobretudo sobre a Baixa” faço o que posso http://avenida-dos-aliados-porto.blogspot.com/ e agradeço-lhe a sua chamada de atenção. Pelos vistos exprimiu a sua opinião sobre o assunto na própria sessão de apresentação do projecto: não sei, não estive presente, não se ouviram ecos. “Muito antes, já havia respondido a um inquérito do JN acerca da mesma matéria”. Não consegui encontrar. “E também falei do assunto numa entrevista que dei ao mesmo JN”. Está a referir-se a estas linhas? «Aliás, as várias alterações que a avenida foi sofrendo ao longo dos séculos levam o historiador Germano Silva a entender o projecto "como uma evolução natural numa cidade em crescimento". "Hoje, o metro obriga a fazer outro tipo de urbanismo e para que se possa beneficiar do transporte é preciso sacrificar algumas coisas", explica o também jornalista, que, no entanto, lamenta o desaparecimento dos desenhos existentes nos passeios de basalto.»

Tenho que dar a mão à palmatória e confessar que este seu pequeníssimo mas significativo apontamento me escapou. Li-o na altura mas esqueci-o. Agora que já se ouviu a sua voz continuo espantada com a pouca importância que dá ao caso e acuso-de irresponsabilidade tal como me acusou a mim! Irresponsabilidade e incoerência. Dá licença?

Também gostava de lhe recordar um dossier, com o manifesto, fotografias e uma carta que lhe enviei em Junho, auscultando justamente a sua opinião. Tal como mandei esta documentação ao Helder Pacheco, à Agustina Bessa Luís, também a enderecei a si. Nenhum respondeu. Esqueci-me de lhe perguntar anteontem -quando o encontrei e conversamos amenamente durante longos minutos sobre este assunto-, se alguma vez recebeu este envelope.
Mas deixe que lhe diga: que diabo! o senhor pelo seu papel de historiador da cidade é que devia fazer ouvir a sua voz alto e bom som e não sermos nós a pedincharmos a sua opinião! O que vai valendo -(e quase me apetece dizer... e digo ) e salva a nossa honra- é que outros o fizeram.

Cordialmente
Manuela D.L.Ramos

De: António Alves - "Em defesa duma ligação..." 

"... ferroviária moderna entre o Porto e a Galiza"

Será um comboio tipo TGV entre Porto e Vigo um investimento rentável? Claro que não! Para percorrer os escassos 150 km que separam estas duas cidades do noroeste peninsular é evidente que um comboio do tipo TGV seria uma absoluta irracionalidade económica. Os comboios TGV têm um carácter complicado: fazem-se pagar caro, exigem (em regime de exclusividade) uma dispendiosa via de alta qualidade, detestam curvas e adoram rectas. Para se sustentarem precisam de largos milhões de passageiros anuais. Enfatizo: um comboio TGV para percorrer 150 km é uma idiotice. Para percorrer os cerca de 700 km que separam Lisboa de Madrid (via Badajoz) é, pelas mesmas razões apresentadas acima, uma idiotice em todo semelhante. Ainda por cima quando nos dizem que a mesma via será partilhada por comboios de mercadorias. Só se estiverem a falar de comboios que transportem contentores do tipo carga aérea. Comboios pesados de mercadorias, com os normais contentores utilizados na rodovia, ferrovia e transporte marítimo, provocam um tal desgaste e deformação nas vias que tornam a manutenção das mesmas, para permitirem as velocidades atingidas pelos TGV, de tal modo onerosa que as torna economicamente inviáveis. Não esqueçamos que estamos a falar de velocidades no intervalo 300-350 km/h.

Nos últimos tempos tem-se falado muito sobre TGV's sem se perceber muito do que se fala e confundido conceitos. Entre Porto e Vigo nunca, na verdade, esteve previsto um comboio do tipo TGV (300-350 km/h) mas sim um tipo de comboios com uma velocidade mais baixa, mais económicos, mais flexíveis, mais versáteis e 4 vezes mais baratos. Comboios que são normalmente classificados como comboios de velocidade elevada (200-250 km/h), dotados ou não dum sistema basculante que lhes permita obter ganhos de velocidade em traçados sinuosos. Comboios em tudo semelhantes aos nossos comboios de pendulação activa (CPA 4000), comercialmente conhecidos como os "Alfa Pendular". Ora, uma linha destas características entre o Porto e a Galiza, que sirva o aeroporto de Pedras Rubras, a região de Braga-Barcelos, a cidade de Viana e que percorra a distância entre Porto eVigo em não mais de uma hora, além de ser uma verdadeira necessidade estratégica para o Norte será também economicamente sustentável. Coisa que o pretenso TGV Lisboa-Madrid nunca será. Provam-no os números publicados no relatório do Observatório do Tráfego Transfronteiriço entre Portugal e Espanha, referente ao ano de 2003 (os últimos números conhecidos). Analisemos então os números da fronteira de Valença e daquelas -rodoviária do Caia e ferroviária de Marvão-Beirã– que seriam servidas pelo TGV Lisboa-Madrid.
Número de pessoas que entraram por via rodoviária (2003):
  • Pela fronteira de Valença entraram em Portugal um total de 7 944 720 pessoas. Delas, 2124 288 eram turistas* e 5 820 432 eram excursionistas*.
  • Pela do Caia, fronteira que serve a auto-estrada Lisboa-Badajoz, entraram um total de 2 598 304 pessoas sendo 781 292 turistas* e 1 817 012 excursionistas*.
Se considerarmos que as entradas serão iguais às saídas, temos um tráfego total em Valença de quase 16 milhões de pessoas e no Caia de pouco mais de 5 milhões de pessoas.
* Turistas são os que pernoitam pelo menos uma noite e Excursionistas são os que entram e saem no mesmo dia.
Tráfego por por via ferroviária-número de pessoas (2003):
  • Por Marvão Beirã, fronteira por onde circula o Comboio-Hotel entre Lisboa e Madrid, tivemos um tráfego total (entradas mais saídas) de 76196 pessoas no ano de 2003.
  • Por Valença, fronteira por onde circula o comboio Porto-Vigo, tivemos um tráfego total (entradas e saídas) de 34410 pessoas no ano de 2003.
O serviço ferroviário que actualmente serve o eixo Porto-Vigo é um serviço com qualidade terceiro-mundista, que gasta 3 horas para fazer 150 km e tem horários e tarifários absurdos. Não é minimamente competitivo com a rodovia. Mesmo nas actuais circunstâncias seria possível fazer muito melhor. É de admirar como, mesmo assim, ainda é utilizado por mais de 34 mil pessoas anualmente.

O serviço Lisboa-Madrid, embora os tempos conseguidos sejam fracos, é efectuado por um bom comboio nocturno (composições Talgo 200) que oferece, na sua classe mais elevada, um serviço de excelência que inclui além dum camarote duplo privado, com WC completo e duche, jantar e pequeno-almoço já incluídos no preço do bilhete.
Tráfego por via aérea-número de pessoas (2003):
Entre Lisboa e Madrid tivemos um movimento total de 669 402 passageiros.
No tráfego aéreo não considero o tráfego entre Porto e Madrid/Barcelona e entre Lisboa e Barcelona porque nestes percursos, devido à distância envolvida, o comboio nunca será competitivo com avião.
Resumo:
Pela fronteira de Valença tivemos um tráfego anual de 15 923 850 pessoas (rodovia e ferrovia) e nas fronteiras que servem Lisboa (Aeroporto,Caia e Marvão-Beirã) tivemos um tráfego anual de 5 942 206 pessoas (rodovia, ferrovia e avião). A diferença de tráfego entre estes dois eixos é de cerca de 10 milhões de pessoas favoráveis a Valença.
Um serviço ferroviário moderno, rápido e de qualidade entre Porto e a Galiza tem um enorme potencial. Os números não mentem.

Os que nos dizem que um comboio moderno entre o Porto e a Galiza não é economicamente rentável, fazem-me lembrar aqueles que utilizavam o argumento que, durante décadas, foi usado para justificar a falta de vontade para construir um sistema de metro no Porto: o subsolo era rochoso e impossível de trabalhar para fazer túneis. Lembram-se?

Perante estes números, oficiais e disponíveis no Sítio Internet do Ministério das Obras Públicas, eu quero é que me justifiquem, e muito bem, o TGV Lisboa-Madrid através do Alentejo e com saída por Badajoz. A ligação Porto-Vigo com comboios de velocidade elevada (200-250 km/h), usada tanto por comboios de passageiros como por comboios de mercadorias, pelo contrário, justifica-se plenamente.

É evidente que o governo central se prepara para deixar cair a ligação em caminho-de-ferro moderno entre Porto e Vigo e construir apenas a ligação Lisboa-Madrid por Badajoz. Isso, aliado à construção do aeroporto da Ota, será muito gravoso para a economia desta região. O Norte de Portugal deve levantar-se e impedir mais este inadmissível delírio centralista. É o futuro das novas gerações desta região que o exige. É tempo de dizer basta!

António Alves

De: Cristina Santos - "O Boicote" 

O episódio protagonizado por Rui Rio pode ser entendido de duas formas.

Interese Nacional:

A Política e a comunicação social são as duas maiores forças do País.
São concorrentes directas no índice de credibilidade.
O governo não tem poder efectivo nesta área, o que origina várias polémicas e crises infundadas.
Rui Rio pode pretender demonstrar as suas qualidades de líder nacional, impondo rigor local nesta matéria.
Pode estar a tentar demonstrar ao Pais que é na nossa Cidade que se tomam as «grandes» decisões, na convicção que um grande líder local pode vir a ser um líder nacional.

Por outro lado, atendendo à falta de interesse nas instituições regionais, também podemos concluir que Rui Rio desistiu de elevar o Porto a cidade central, e os seus objectivos visam apenas voos nacionais personalizados- a curto prazo.

De qualquer modo se o objectivo era o panorama nacional , o impacto não causou oscilações na escala.

Vingança Local

Na pior das hipóteses Rui Rio pode mesmo ser aquela personagem vingativa e quezilenta , que passa por cima dos interesses dos seus eleitores para silenciar os seus supostos inimigos.
Pessoalmente não acredito que Aldoar e o JN tenham sido acções de pura represália pós-eleitoral, penso que são apenas medidas para preencher calendário, para organizar funções – meros entretenimentos.
De qualquer forma Rui Rio terá que rever esta posição, não faz qualquer sentido muito menos com base na entrevista.
Não conseguirá manter a medida por muito tempo, até porque corria o risco de a opinião pública começar a pensar que as suas entrevistas escritas são a contrafacção da realidade.

A comunicação social baseia-se em informações de diversos quadrantes, que emitem opiniões sobre as relações do quotidiano, manter esta posição é ridículo.

Posto isto e classificando esta atitude como um ataque de narcisismo do Presidente, ou como mero ajuste de contas, vou sugerir à CMP :

- Estamos recompostos com a maioria, vamos agora trabalhar com rigor, evitando o silêncio profundo. Há quatro anos que V. Ex.a. está no Governo, desta vez tem oportunidade de nos poupar a guerrilhas, comece por evitá-las. Temos na cidade problemas muito mais graves que o JN ou a informação, estamos a abraços com uma crise profunda – não podemos perder tempo com discussões infrutíferas.

--
Cristina Santos

2005/11/02

De: Miguel Fernando - "Afinal ainda há pior..." 

"... e há quem se engane"

Estou chocado...Hoje vi a entrevista de Rui Rio ao Primeiro de Janeiro.
Disse que não concorda com a forma de funcionamento da Empresa de Habitação e não percebia porque é que só na campanha é que houve andaimes nos bairros...

Mas não era ele o grande defensor da política de habitação?
Se não gostou de ver os andaimes nos bairros durante a campanha porque é que só agora é que disse?
E porque é que continuou a visitar os bairros?
E já agora porque é que a Vereadora da Habitação que é presidente da Empresa em questão foi a unica vereadora que continuou?

Fui votante nele mas já estou arrependido. É uma vergonha esta entrevista.
Afinal nem todos os políticos são iguais...Uns são piores...

Pior do que tudo isto o mesmo Rui Rio foi ao Bairro de Aldoar falar em requalificação e a única coisa que está e vai ser feita é arranjar alguns jardins... Realmente prioritário...

É uma vergonha esta situação

Miguel Fernando

De: TAF - "Casa da Música" 

- Casa da Música tem modelo de gestão definido

De: Pulido Valente - "PDM no JN" 

From: J. Pulido Valente
To: provedor@jn.pt
Sent: Wednesday, November 02, 2005 6:44 PM

Olá, deparei só agora com uma notícia do JN sobre a história do PDM em aprovação, de 8 de Setembro, à qual quero fazer os seguintes reparos.

1 - As normas provisórias, para poderem ser eficazes, obrigavam a que o PDM fosse previamente suspenso pois não podem existir dois documentos que regulam a gestão urbanística a funcionar ao mesmo tempo. Mas não houve suspensão do PDM como se pode ver na decisão do governo (assinada pelo então ministro dos negócios estrangeiros!!!! em substituição do 1ºministro) que pretendeu dar valor legal às normas (aí se diz textualmente que o PDM está(va) em vigor). O governo e a câmara eram na altura socialistas e percebe-se que pode ter havido ali frete político. Como não houve suspensão as normas NUNCA foram legais embora tenham servido para as mais nefandas manobras de aprovação de projectos ou PIPs: Alameda 25 de Abril, realizada com o desenho que integrava as normas, as manobras do parque da cidade e suas construções, o PPA todinho ilegal também (o Manuel Salgado andou a chorar por "ilegalmente" terem alterado aquilo que as normas lhe tinham "permitido" fazer), etc. e muitos mais. De resto umas normas nunca tiveram a forma de um ante-plano e sempre foram meras regras escritas para permitir a gestão no ínterim até à publicação do PDM. As normas, sendo um ante-plano, nunca poderiam/deveriam ter tido cobertura pretensamente legal. Portanto. Foram sempre ilegais e os políticos daquele partido sabem-no bem ou são completamente incompetentes.

2 - As medidas preventivas não podem, porque a lei não o permite, ter articulado que oriente e dê instruções para apreciação dos pedidos de licença ou autorização. Há um parecer da Dr.ª Fernanda Paula Oliveira, da FDUC, que tem sido utilizado pelos serviços da CMP para gerir o urbanismo de acordo com o PDM ainda não publicado. Mais um abuso, mais uma ilegalidade. As medidas permitem salvaguardar zonas bem definidas e ilustradas por planta, de modo a que o PDM seja realizado uma vez publicado. Por exemplo resguardar uma área para zona verde ou para zona industrial. Se não houver medidas preventivas essas áreas podem ter pedidos para construção de outro tipo, que teriam de ser aceites, o que não permitiria realizar o PDM uma vez em vigor. Não permitem a legalização do espírito ou da letra, ou do desenho, do PDM. O que só acontece com a publicação.
As medidas têm no seu n.º 1 do art.º 3º (de memória) indicações para a apreciação de processos o que as torna, nessa parte ilegais. Ora é com base nesse artigo que os serviços têm estado a informar e despachar os processos. Ilegalmente portanto.

3 - Quem não sabe não se estabelece. Os políticos julgam que, se tiverem qualidades de gestor podem fazer bom serviço sem perceber patavina dos assuntos da arquitectura/urbanismo e suas leis, acreditam em quem lhes põe os papéis por baixo do nariz para assinar, e, assinam. Como não têm conhecimentos necessários para escolher os assessores e demais elementos da equipa os políticos acabam sempre por ficar nas mãos de funcionários ou assessores que só por sorte são bem escolhidos. Resultado: os despachos finais são cozinhados pelos que tratam burocraticamente os processos segundo as suas capacidades e interesses sem qualquer controle dos políticos. Havia o corta fitas agora há os assina de cruz.

Este arrazoado todo não é extemporâneo porque a situação tem-se mantido e porque há uma nova equipa autárquica.
Espero, portanto, que mereça publicação.

Peço desculpa se estou a enviar o correio para sítio errado. Não tenho aqui outro endereço pelo que peço que nesse caso o envie para o seu destino.

Obrigado
Cumprimentos
José Pulido Valente, jpulido@sapo.pt

De: TAF - "E nós, os munícipes?" 

A propósito de inúmeros posts que têm aparecido em vários blogs, uns condenando, outros desculpando a última "cena" de Rui Rio (ver vídeo), eu gostava de esclarecer que:
  1. não estou preocupado com os problemas que isso eventualmente cause aos jornalistas;
  2. estou preocupado com a informação que chega aos munícipes, que pelos vistos agora não podem ver entrevistas televisivas com os autarcas nem ouvir directamente os vereadores;
  3. não percebo como é que o facto de dar entrevistas por escrito evita manchetes com "subtis manipulações" e "abusos ilegítimos de interpretação".

PS: O que RR diz na entrevista é que de facto vai ter que haver construções no Parque, mesmo que ele preferisse não as ter. A manchete é por isso correcta. Não diz: "RR fica muito contente com construções no Parque", nem nada do género. Diz "admite". E depois esclarece que é por não ter alternativa viável. É verdade, mesmo que RR não goste desta verdade assim tão clara. É um sapo que vai ter de engolir. Se do título alguns leitores extrapolaram algo do tipo "RR vai passar a dar licenças de construção a torto e a direito", o mal foi da imaginação fértil dos leitores. Não acusemos agora os jornalistas de tudo e mais alguma coisa (mesmo que em muitos casos seja merecido). Os leitores também precisam de saber ler.

De: Germano Silva - "Resposta a Manuela e João" 

Os blogs são importantes meios de comunicação e podem ter grande utilidade para as comunidades a que se destinam, se forem utilizados como um meio de troca de ideias e de mensagens - mas dentro dos princípios éticos que devem presidir a todos os meios de comunicação. E um dos mais elementares desses princípios é o de que devem ser ouvidas as partes. O que não aconteceu comigo, relativamente às peças assinadas por Manuela DL Ramos ("... a cidade só tem a ganhar com isso..."; e por João Castell ("mais um ciclo vicioso").

A Manuela, se andasse atenta ao que se passa na nossa cidade e, sobretudo, ao que diz respeito à Baixa do Porto, saberia que no próprio dia em que foi apresentado o projecto para a Avenida, eu manifestei a minha opinião, ali mesmo, publicamente, perante os autores do projecto, das entidades autárquicas presentes e do público que lá se deslocou. Mas antes, muito antes, já havia respondido a um inquérito do JN acerca da mesma matéria. E também falei do assunto numa entrevista que dei ao mesmo JN. Falar sem conhecimento de causa é muito grave. Quanto aos "eventuais laços" que me ligam a Rui Rio, nada a dizer. São daquelas frases infelizes que eu nem sequer vou comentar. Quem me conhece sabe a opinião que eu tenho dos políticos. Repito: dos politicos em geral, não deste ou daquele. De todos.

O texto de João Castell é bem mais grave porque denota, além de total ignorância do assunto que aborda, facciosismo mas, sobretudo, irresponsabilidade, o que é muito grave. Se tivesse tido o cuidado de se informar (e podia fazê-lo, por exemplo, junto do Arquivo Histórico) ficaria a saber que eu doei o meu espólio ao Arquivo Histórico no tempo em que presidia à Câmara do Porto o engº Nuno Cardoso e era vereadora da Cultura a drª Manuela Melo. Daquele nunca recebi qualquer mensagem de agradecimento (que aliás não pedi) e da Manuela Melo recebi um oficio com três linhas a agradecer em nome da cidade o espólio oferecido. Eu também não queria mais. A oferta foi, de facto, feita à cidade através do Arquivo Histórico que eu frequento regularmente e que é uma instituição altamente prestigiada e prestigiosa. Uma coisa é certa: a Câmara socialista não quis, não soube ou não esteve interessada em avaliar a importância e o valor do espólio - o que aconteceu com a Câmara presidida por Rui Rio a quem me compete agradecer a atenção. Há ainda aquela alusão maldosa (para não utilizar outro termo) da minha ligação à SRU. Que sabe o J. Castell das posições que tenho tomado como conselheiro (não remunerado) na SRU? Saberá ele em que circunstâncias fui convidado e porque aceitei fazer parte da SRU? Que diabo! Por que é que as pessoas teimam em falar do que não sabem? Francamente! Onde viu o tal ciclo vicioso? Por favor, ponha um mínimo de seriedade naquilo que faz. Se não sabe ou não tem certezas, fale com quem o pode esclarecer. É o mínino que se pode exigir. Que valor têm as suas intervenções neste blog se não assentam em princípios de seriedade, de isenção, de verdade?

Depois disto o blog a Baixa do Porto, para mim, deixou de ter qualquer credibilidade - porque aceita divulgar colaborações que não são sérias, não têm objectivos construtivos e demonstram total irresponsabilidade de quem os faz mas também de quem colabora na sua divulgação.

Germano Silva.
GSilva@edimpresa.pt
--
Nota de TAF: Caro Germano Silva, tenho muito gosto em publicar aqui este seu comentário ou qualquer outro que queira enviar. Devo contudo esclarecer alguns pontos relativos ao funcionamento deste blog, que pelos vistos não foram compreendidos.
A Baixa do Porto não tem propriamente um "critério editorial". Conforme tenho repetidamente aqui explicado, o critério de selecção é que os comentários estejam escritos em linguagem minimamente civilizada, digam respeito ao Porto, e sejam devidamente assinados. Foi o caso. Este blog não é um jornal, e eu não sou um jornalista com obrigação de ouvir as partes. O meu papel é apenas o de manter este espaço disponível para quem nele quiser participar. Foi o caso das pessoas a quem respondeu e do seu próprio caso. A Baixa do Porto é apenas uma "praça pública virtual", um espaço de liberdade (e necessariamente tolerância) onde se encontra quem tem interesse pela cidade. É com este debate que a gente se entende. Ficámos todos mais esclarecidos com esta troca de mensagens. Enriquecemos. O blog cumpriu o seu papel. ;-)
PS: Pesquisa no Google.

De: Cristina Santos - "A luta nacional" 

Estava calma e serena em Trás dos Montes, quando abro o JN da província e me deparo com a única notícia sobre o Porto - o previsível Boicote de Rui Rio à comunicação.

Fiquei muito orgulhosa, o nosso presidente é homem de causas nacionais, se o Governo não controla a informação, Rui Rio vai liderar este movimento com esta inédita proposta de garantir que as suas frases orais tenham na forma escrita a composição gramatical, que permita um só entendimento.

Rui Rio é pioneiro nesta luta contra os segundos sentidos, uma luta em nome de todos aqueles que são tramados pela comunicação, como foi Ferreira Torres, Fátima Felgueiras, ou até mesmo o coitadinho do Zé Maria.

Propunha ao nosso Presidente que fosse mais longe e que impedisse que o Governo usasse de frases com segundos sentidos, a comunicação não pode ser a única visada, o Governo também nos engana e ninguém o impede de continuar.

Estou do lado do nosso Presidente, outra coisa não esperava da sua maioria absoluta, quem é o povo para entender o que quer que seja?
Quem é o povo para julgar o Presidente pelas palavras que ele próprio profere?
Sabe lá o povo o que é o que o presidente queria dizer… O povo só lê as capas que se expõem nos quiosques.

E quem são esses jornalistas ou esses «opinadores» ilegais, para tecer considerações… As afirmações de Rui Rio foram ou não foram claras? Foram ambíguas ou nem por isso?
Afinal o Presidente vai ou não permitir construir no Parque da Cidade?

Rui Rio ganhou as eleições pelas justificações que apresentava na imprensa, sempre que era atacado, agora já não precisa de apresentar justificações como o próprio diz «Não devemos nada a Ninguém», e daqui a 4 anos também já quase se tem por certo que o PS regressará ao governo.

Por isso força Sr. Presidente, isso sim são atitudes que demonstram o valor do Porto no panorama Nacional.
O povo sabe que o Presidente não dá ponto sem nó, mais o menos já pressupúnhamos que a entrevista trazia agua no bico, agora percebemos o sentido das suas respostas.

Força Sr. Presidente a gente sabe que V. Exa. não tem nada a esconder.

Mas há uma coisa que aqui os leitores de manchetes não perceberam, quando se tratar de uma cobertura jornalística a um qualquer evento, por exemplo uma reunião de Assembleia – a comunicação também estará sujeita ao corretor ortográfico? Ou cada um pode informar segundo aquilo que compreendeu?

Obrigado Sr. Presidente por esta representação nacional, responda quando tiver tempo de medir o teor do seu discurso – até lá – olhe, Vamos trabalhar?!

É que de Aldoar e show de imprensa já estamos a ficar um bocadinho fartos, o povo começa a considerar que não tem propostas e que V. Exa. vai aproveitando o tempo para se vingar dos seus inimigos.
Segundos sentidos Dr. ... segundos sentidos.

Cristina Santos

De: TAF - "Visita ao Inst. Marques da Silva" 

A visita ao Instituto Arq.º José Marques da Silva, na Praça Marquês de Pombal, está marcada para

Terça-feira, próximo dia 8, pelas 9:00.



Peço que me confirmem as inscrições e, por sugestão do Instituto, informem da idade/formação/interesses para melhor adaptar a visita à tipologia do visitante.

De: TAF - "Pós-feriado" 

- SMAS viram Empresa Municipal
- TVTEL quer conquistar Lisboa
- As idiossincrasias de Rui Rio em debate no Blasfémias

- Livrarias multiplicam-se apesar da crise - Roteiro
- Livraria Latina cresce em espaço e títulos
- Livros, arte e música no Clube
- Única no país dedicada à poesia

De: José Silva - "Ainda o TGV na Linha Vermelha" 

1. Metade das importações nacionais de petróleo são para os transportes, sobretudo rodoviário. Penso que é desnecessário explicar porque temos que migrar para o ferroviário;

2. Para o Minho defendo a criação do Metro do Minho, ligando Guimarães a Braga e Braga a Barcelos (total de 25 Km). As ligações a Vigo poderiam ser feitas usando este metro em direcção a Barcelos e dai tomar o Comboio de Velocidade Elevada (CVE), tipo pendular, em direcção a Vigo.

3. O comboio internacional Porto-Vigo que demora 3 horas a fazer 150 km e para 14 vezes. Deveria passar a partir da Trofa, cidade abundantemente servida por comboios suburbanos da CPPorto e parar apenas em Barcelos, Viana, Valença, Tui e Vigo, para assim ser mais competitivo e captar mais clientes.

4. A questão fundamental é o aproveitamento do canal PóvoaVarzim-Vconde-PRubras-Guifões-SMInfesta-Ermesinde-Campanhã para a implementação de um serviço suburbano da CPPorto e também como canal de circulação do CVE Porto-Vigo. Reparemos que para Vigo nunca esteve previsto 350km/h mas sim 200 km/h. Mais. De Vigo até Verin só está previsto 200 km/h, porque a morfologia do território não o permite;

5. Os requisitos para um Comboio de Velocidade Elevada são menores do que o TGV. Portanto é mais fácil aproveitar os canais existentes quando se trata de um CVE. O canal VConde-PRubras é plano, rectilíneo e atravessa campos de milho, já está em bitola europeia, portanto perfeitamente compatível com um CVE! Além disso quer em CVE quer em TGV existem acelerações e desacelerações que demoram vários kilometros, sendo perfeitamente possível o CVE chegar a Campanhã apenas a 60-90 km/h. Portanto há partida restrições de monta à passagem de um CVE entre PRubras e VConde; Daí em diante seria um novo traçado até Barcelos e aproveitamento do existente entre esta cidade e Viana (suprimindo curvas ou fazendo túneis se caso disso). Dai até Vigo não me pronuncio.

6. A questão que se coloca é sobretudo política. A transformação do ramal de Leixões+Linha Vermelha em linha suburbana da CPPorto em bitola europeia torna-a no início da Velocidade Elevada para Vigo, não dando possibilidades aos decisores políticos de pensarem noutras megalomanias ou negociatas. Antecipamos para daqui por 2 anos aquilo que estaria pensado para daqui a 10. Relembro que se chegou a falar no atravessamento do Porto pelo TGV em túnel, ponte ou a construção de uma nova estação central na parte ocidental da cidade. Mais betão, mais financiamentos bancários que hipotecariam as gerações futuras!

7. O essencial é que a opinião bloguítica faça força suficiente sobre o Metro/CP/Governo/JMPorto para antecipar para o próximo ano o início da ligação a velocidade elevada para Vigo, a mudança de bitola nos comboios suburbanos, o início da construção de uma ligação suburbana Porto-Viana, com melhor qualidade de serviço para os passageiros de VConde-PVarzim, mantendo as expectativas dos residentes e autarcas que é a existência do Metro do Porto com percurso carácter urbano na foz do Ave.

8. Caso falhemos esta proposta, ficaremos mal servidos, adiaremos a chegada de turistas galegos e de Viana à Baixa do Porto e ainda mais grave: Daremos grandes lucros aos políticos traficantes de influências que já trataram de comprar os terrenos onde querem implementar o canal do TGV. Diz-se que os administradores da CP e Refer foram recentemente demitidos precisamente para que os novos possam «escolher» o canal ferroviário que exproprie as propriedades «certas».
--
Nota de TAF: Esta última afirmação é muito grave e carece de provas. "Diz-se" não é suficiente! Eu não levaria o debate para aí. Ficava pelos argumentos técnicos e de estratégia. O resto é apenas "ruído no sistema" e não ajuda à credibilidade da argumentação.

2005/11/01

De: TAF - "Lobby" 

Escrevia eu há dias sobre a necessidade de criar um lobby no Porto. (Em boa verdade a Associação Comercial do Porto também cumpre parcialmente a missão a que me referi, que aliás consta dos seus objectivos, para a sua área mais directa de interesses.)

Hoje aparecem no PortugalDiário dois textos sobre o assunto: «Quero fazer lóbi pelo lóbi», e «Em Portugal, faz-se lóbi como no 24 de Abril de 1974».

De: TAF - "Para quem é que isto é surpresa?" 

- As regras de Rio: Entrevistas aos jornalistas só por escrito
- Rui Rio impõe restrições aos jornalistas
- Rio restringe acesso dos jornalistas à informação - 30/10/2005 e 31/10/2005
- Anunciada nova política de comunicação
- A comunicação dirigida aos jornalistas (ficheiro Word)
- O vídeo da "conferência de imprensa"
- No site da Câmara: Executivo reafirma compromissos sobre o Parque da Cidade - "«Trata-se de uma subtil manipulação das minhas declarações sobre o tema, como facilmente se constata lendo as respostas que dei à questão, e que vêm publicadas no interior do jornal», afirmou, acrescentando ainda tratar-se de «um abuso ilegítimo de interpretação, com a intenção clara de enganar os leitores, criando-lhes no subconsciente a ideia de que alterei o meu pensamento sobre o futuro do Parque da Cidade»". (sublinhados da autarquia a propósito desta manchete relativa a esta entrevista ao JN)

- Proprietários com "abertura" para negociar

PS: Outras notícias
- Galicia dejaría escapar un negocio de 17.000 millones con el AVE Vigo-Oporto (por sugestão de Emídio Gardé)
- Casa da Música sem solução à vista
- PSD Porto reuniu com fundadores da Casa da Música
- Autocarros da STCP com novos horários - ver também no site da STCP
- STCP inicia duplo tarifário - pormenores na STCP
- Comerciantes do Bolhão abrem conta
- Conta bancária para ajudar o Bolhão

2005/10/31

De: Alexandre Burmester - "E a solução mais aconselhável é..." 

Caro Tiago,

Porque tenho andado irritado com os desenvolvimentos dos últimos tempos da gestão da cidade, tais como:
Tenho evitado descarregar uma verborreia de adjectivos para o Blog, porque sei iria parecer “mal”.

Assim tenho muito gosto em responder à sua simples pergunta:

Em primeiro lugar para tomar em consideração uma opção, há que considerar o local onde se constrói:

Em segundo lugar há que considerar que tipo de linguagem e de espaços se pretendem:
Finalmente a opção de enterrar ou de suspender uma construção dependerá igualmente de muitos factores. Por razões técnicas dependerá do tipo geológico do terreno, e dos custos envolvidos que serão sempre maiores enterrados ou suspensos, que uma casa em cima do terreno. Por razões funcionais no uso que se pretenda dar a uma cave, e pelo isolamento obrigatório e mais uma laje de piso quando suspensa. Por razões estéticas de inserção na paisagem e no local. (A maioria das casas deviam ser enterradas e bem fundo :-).

Por isso caro Tiago, se há uma certeza na Arquitectura (assim como no Urbanismo), é que não tem certeza nenhuma. As opções dependem de muitos factores e da relatividade de interpretação entre todos. Afinal, como sabe, a Arquitectura não é nem uma Ciência, nem uma Arte – é as duas.

Quanto aos preços de construção, ainda terá que juntar outra Ciência e outra Arte na combinação dos números, que promovem as maiores disparidades possíveis quando se tratam de preços de casas isoladas. É o disparate total.

Por isso e para responder à sua pergunta a minha resposta é:
Não é aconselhável pensar fazer uma casa, assim como nenhuma construção sem a ajuda de um Arquitecto e de uma equipa de engenharia capaz.

Cumprimentos
A. Burmester

De: TAF - "Já que amanhã é feriado..." 



Aqui vai algo que não tem directamente a ver com o Porto, mas que é Arquitectura em geral.

Apesar do meu interesse por Arquitectura e Urbanismo, a minha formação académica é em Engenharia Electrotécnica. Ou seja, sou um ignorante nestas matérias... Por isso gostava de pedir a opinião de quem estiver mais habilitado do que eu a pronunciar-se sobre este assunto que aqui exponho (noutro post dada a extensão).

Qual a solução mais aconselhável? Uma casa mais enterrada ou mais "suspensa"? Em betão ou com estrutura metálica? Com elementos pré-fabricados, ou não? Quais serão valores de referência, mesmo que grosseiros, para os custos de construção nesta situação, em função das várias opções técnicas?

Para quem tiver paciência de perder tempo a dar-me uma opinião. Os meus agradecimentos desde já.

De: Emídio Gardé: - "TGV na linha Vermelha? Bétise!" 

TGV = Train à Grand Vitesse, ie, a velocidades próximas ou superiores a 300 km/h. O que implica um traçado quase rectilíneo, com curvas que não excedam os 4/1000; um canal com afastamentos entre margens, por questões de segurança, da centena de metros; túneis com diâmetros quatro vezes susperiores aos normais; e paragens a centenas de quilómetros umas das outras, já que, caso contrário e devido à sua massa de inércia, ele nem sequer conseguiria atingir a sua velocidade de cruzeiro...

"TGV (embora circulando a baixa velocidade)"?!? Parece-me usar o Estádio do Dragão para uma partida de berlindes entre dois jogadores...

A ligação em "comboio de alta velocidade" (NÃO TGV), - ou seja, que circulasse a velocidades em torno dos 200 km/h (como os actuais Alfa da CP) entre Porto e Vigo sempre foi vista como uma ligação política. E altamente anti-económica.
Vigo fica no extremo sul da Galiza; e todas as ligações da cidade são-no para norte ou para este, nunca para sul - que é aí que está Portugal. E por mais internacionalistas que sejamos, vivemos em países há muito separados, com tradições, hábitos e "modus-vivendis" diferenciados.

Aliás vejam-se as actuais ligações da olívica cidade a Portugal: resumem-se a duas ligações diárias em cada sentido, e onde existe a peculiar particularidade de que sai mais barato comprar dois bilhetes (um de cada lada da fronteira) do que um único para a totalidade da viagem....
Se o movimento fosse, efectivamente, grande, porque diabo as ligações ferroviárias são cada vez menos ao longo dos últimos 50 anos?!?

Portanto...
Sim à ligação ferroviária Porto-Vigo, com um novo traçado em terras galegas por forma a evitar a mudança de sentido em Redondela e para melhorar a velocidade comercial do serviço e com mais ligações e a horários que permitam aos galegos virem ao Porto e regressar a casa no mesmo dia e o mesmo para os portuenses.
Mas...
Esqueçam o TGV, as bitolas ibéricas e nacionais, etc. etc.
Sejamos pragmáticos e realistas.

Com os meus melhores cumprimentos,
Emídio Gardé
http://ehgarde.no.sapo.pt

PS - sobre a Linha de cintura (vulgo "de Leixões"), o GARRA - Grupo de Apoio à Reabilitação do Ramal da Alfândega vem defendendo-a desde fins de Julho, tendo inclusivé já sido referida no Blogue.

De: TAF - "Segunda-feira" 

- Nostalgia na Av Aliados 2
- Comerciantes querem mais luz
- Halloween anima Baixa portuense
- Design dá nova vida à Pensão Monumental
- Menezes quer Portugal Fashion em Gaia
- Trocar terrenos do Parque por construção noutra zona
- CDU acusa o Governo de discriminar o Norte
- A história de como um jovem casal é apanhado nas malhas do Metro

2005/10/30

De: José Silva - "TGV na linha Vermelha..." 

"... ou Ovo de Colombo para a ferrovia a Norte?"

Há um Ovo de Colombo que vale a pena explorar, no seguimento do que escreveu Rio Fernandes. A ligação até à Póvoa deverá ser exercida por comboio e não pelo metro. Alem de não ser complicado, é estratégico. Vejamos.

Sem nos darmos conta, a rede de metro do Porto já é em bitola europeia (1,435 m face a 1,668 m na ferrovia tradicional). Isto significa que a LIGAÇÃO PORTO-PÓVOA JÁ PODERIA SER USADA POR TGV (embora circulando a baixa velocidade). Ora, isto é TRANSCENDENTE. Assim, podemos e devemos repensar o Metro para norte, aproveitando os investimentos de modernização já executados no canal, permitindo a sua utilização por comboios suburbanos e pelo TGV. Concretamente, ADAPTANDO O RAMAL DE LEIXÕES PARA BITOLA EUROPEIA E LIGANDO-O EM GUIFÕES À LINHA VERMELHA, teríamos condições para operar já com comboios suburbanos da CPPorto. Também teríamos já um canal apropriado para o comboio de Velocidade Elevada em direcção a Vigo, já em bitola europeia. Isto é, com pequenos investimentos o Porto passaria a ter MAIS UMA LIGAÇÃO-SUB-URBANA, à semelhança da ligação a Braga, Guimarães, Marco Canavezes e Aveiro. Não seriam necessários os investimentos colossais previstos para o TGV nem os gastos sempre duvidosos em expropriações de terrenos para novos canais ferroviários.

Posteriormente, a ligação Póvoa - Barcelos deveria ser num novo canal ferroviário, a construir de raiz (cerca de 30 km). Seguidamente a ligação de Barcelos a Viana poderia ser executada reconvertendo também a linha do Minho para a bitola europeia. Aproveitando a infra-estrutura existente, METADE DA LIGAÇÃO A VIGO ESTARIA COMPLETA!

Para corresponder às expectativas dos Vilacondenses e Poveiros, a sul da primeira cidade e a norte da segunda, deveria ser criada uma VARIANTE. Isto é, o comboio suburbano e TGV não atravessariam as respectivas cidades. Quem o fariam seriam as composições do Metro, com intervalos e velocidades urbanas. Resolvia-se de vez o problema da vocação do Metro do Porto, que deveria ser a operação ferroviária em meio urbano.

Esta doutrina poderia ser usada noutro caso. A AMPorto vai alargar para sul com a entrada de Arouca, Vila da Feira e S.João da Madeira. Estes distam do centro do Porto o mesmo que dista Vila do Conde e Povoa do Varzim; Também tem um canal ferroviário activo (linha do Vouga) tal como tinham as cidades do Ave. Naturalmente e legitimamente irão exigir à Metro do Porto a extensão até as suas terras. Concretizando-se a Metro do Porto passaria a ter a vocação suburbana concorrente com a CPPorto, o que não faz sentido. Poderia-se alternativamente aplicar a ideia VilaConde-PóvoaVarzim ao Vouga. Nunca construir uma ligação exclusiva Porto-S.João Madeira, mas sim, efectuar essa ligação a partir de uma paragem do suburbano Porto-Aveiro (por exemplo Espinho).

Transformar o Metro do Porto num especialista em ferrovia em ambiente urbano, pouparia ainda a necessidade de aquisição (actualmente prevista) de novas composições para percurso suburbano. Seria ainda mais rápido para os passageiros deslocarem-se em comboios pesados suburbanos do que em metros ligeiros de natureza urbana.


actual

Eis então um Ovo de Colombo, passe a imodéstia: transformar o ramal de Leixões (liga Campanhã-Ermesinde-HospitalSJoão-Custóias) em bitola europeia e ligá-lo ao canal da linha Vermelha em Guifões, que já está em bitola europeia. Transformar este corredor em percurso suburbano da CPPorto e primeira parte do troço do TGV para Vigo. De sul de VilaConde e a norte da PóvoaVarzim criar uma variante deixando o percurso urbano à exploração do Metro do Porto.


futuro

Todos deveremos divulgar esta ideia, dela beneficiando os contribuintes Portugueses e proprietários e empresas da Baixa do Porto, cidade e AMPorto.

(publicado também em www.nortugal.info)

De: TAF - "Domingo" 

- Entrevista de Rui Rio ao Primeiro de Janeiro - parte 1 e parte 2
- Outra entrevista de Rui Rio, agora no Jornal de Notícias

- JPN e Porto Vivo formalizam parceria
- Críticas à universidade no "Porto Cidade Região"
- Dossier "Lei do Arrendamento" no Jornal de Negócios

- Será a Rua das Aldas a mais antiga do burgo?
- Antiga toponímia da Sé

- Ontem fui à inauguração de uma nova livraria, encontrei um amigo que não via há anos, fiquei a conversar e esqueci-me de fotografar... Chama-se Index, fica junto ao Palácio, em frente à entrada para a Biblioteca Almeida Garrett, e é muito maior do que aquilo que parece vista de fora. A visitar novamente.

- Vale a pena ler:
  - Câmara chumba projecto e põe cooperativa em risco
  - Destapar ribeira e recuperar riquezas fabris
Esta situação prova mais uma vez que a autarquia não age como pessoa de bem e que os responsáveis por este comportamento já deviam há muito ter sido processados pelos lesados. Cada vez estou mais convencido de que a via judicial (até como base indispensável para uma eventual negociação complementar) é o único modo de lidar com a Câmara quando esta não cumpre a lei. Inúmeras vezes tenho insistido em que a sociedade civil portuense se organize com este propósito, sem sucesso até agora...

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