2007-05-06

De: TAF - "Apontadores"

Submetido por taf em Sábado, 2007-05-12 20:19

De: Cristina Santos - "Erros do CRUARB"

Submetido por taf em Sábado, 2007-05-12 20:13

- Política de aquisição sistemática de edifícios – isto acontecia porque o comissariado definiu que o nível de reabilitação deveria ser de profundidade máxima, não podendo obrigar os proprietários a tais encargos, tanto mais que as rendas se manteriam nas dezenas de contos, expropriavam e compravam para fazer obras de sonho.

- Ao comprar os edifícios que eram alugados por rendas quase «sociais» garantiam que o ónus da conservação ficava a cargo do comissariado, ou seja do município, que ao fim de pouco tempo tinha até que substituir vidros partidos, realizar pinturas interiores, os ocupantes não tinham qualquer responsabilidade.

- Obras em destaque: Unidades habitacionais da Lada ou Praça de Lisboa.

Decidiu-se e bem, que esta politica não interessava, foi criada a SRU, segundo outros parâmetros e objectivos. Mas a SRU na primeira oportunidade caiu no mesmo erro, tentando difundir que para reabilitar são necessários investimentos na ordem dos 700 mil euros por edifício, é necessário wireless e outros acessórios, importantíssimos para as zonas degradadas. Esses 700 mil poderiam ter sido investidos em 6 edifícios, ou até mais se tivessem todos o nível de degradação da papelaria Reis. Duma só rajada devolvíamos a salubridade e a dignidade a toda uma frente, mas a opulência e a vaidade dão nestes planos estúpidos, que em vez de motivadores funcionam como retardadores de qualquer intervenção. Transmitem a ideia de que reabilitar é caro, é difícil, e não está ao alcance de qualquer um. Que é uma tarefa para grandes investidores que terão que suportar todo o prejuízo que resulta de frentes urbanas insalubres, marginalizadas e inseguras.

O Dr. Rui Rio errou, está perto do fim do mandato e acabou a permitir os erros que tanto condenou. Mais uma nota negativa a juntar à do Rivoli, à do São João de Deus, a única coisa que o vai safando é não ter oposição, ou esta estar comprometida.

Cristina Santos

Ps. Do mal da oposição beneficia também o Sócrates que recuperando a meio do mandato a CML, garante apoio ao Governo, viabilidade para mais um mandato e possibilidade de ignorar com toda a força o Norte e as Ilhas.

De: TAF - "Olhar para cima"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 22:32

Céu no Porto

De: Rui Mello C. - "Novo Cine-Teatro Gaia"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 21:32

Boa tarde a todos

No site da cooperativa "ÁRVORE" estão agendados alguns eventos culturais na cidade do Porto e Vila Nova de Gaia. Faz referência, igualmente, ao novo Cine-Teatro de Gaia, projecto do arquitecto Joaquim Massena, que integra esculturas do Mestre Escultor José Rodrigues e pinturas do Mestre José Emídio. Será inaugurado na próxima semana, no dia 19 de Maio. As Fotografias, da autoria de Luís Ferreira Alves, representam toda a conjugação das Artes, Arquitectura, Pintura e Escultura.

Cine-Teatro Eduardo Brazão

foto: Luís Ferreira Alves

um abraço,
rui mello c.

De: Rui Valente - "Valente de Oliveira + Bragaparques"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 21:17

VALENTE DE OLIVEIRA

O grau de parentesco compromete-me a isenção, mas afianço-vos sob palavra de honra que a minha irmã mais velha é das pessoas mais generosas que conheço. Tem é um senão, que é ser - como são as pessoas generosas - algo vulnerável às primeiras impressões. Quando alguém a impressiona positivamente, não é raro ouvi-la dizer: "é muito simpático(a)!" E (como sempre) lá tenho eu de lhe refrear a espontaneidade natural alertando-a para o risco e para a relatividade dos méritos da "simpatia". Também a tenho prevenido que é com os ilusórios argumentos da "simpatia" que a maioria dos políticos ainda ganham as eleições e que é, de certo modo, também por isso que poucos se têm mostrado à altura das suas responsabilidades.

Foram os posts de Luísa Moreira, acerca de Valente de Oliveira e das muitas "decepções" que lhe (nos) tem dado, que me lembrei da ratoeira chamada "Simpatia" e da importância excessiva que muitas pessoas lhe atribuem. Há uns largos anos já, tive oportunidade de contactar pessoalmente, em encontro de trabalho, Valente de Oliveira, era ele responsável por uma empresa ali para a Praça do Infante, e de facto fiquei bem impressionado com a sua educação e simpatia. Essa impressão ainda hoje perdura, mas conservo-a no local certo das minhas recordações, que é exactamente o das "impressões", e não mais do que isso.

Talvez a decepção de Luísa Moreira sirva para avaliarmos melhor aqueles que, como é o meu caso, tantas vezes têm sido acusados de utilizar um discurso pessimista. O que eu acho é que já há muito pouco espaço para a esperança, que é, ao que consta, a última a morrer! Quando estamos aparentemente animados com alguma figura regional para poder liderar um projecto ou uma instituição (como a Câmara por exemplo) somos logo obrigados a apontar as agulhas noutras direcções para outros protagonistas, por chegarmos à conclusão de que, afinal, mais uma vez nos enganamos. Está sempre a acontecer.

BRAGAPARQUES

Para concluir, aqui deixo um alerta. Todos estamos fartos de saber que onde há um corrupto, existe um corruptor. Certo? Criou-se um caso mediático a nível nacional vulgarmente conhecido por "Apito Dourado" e procurou-se o mais possível colá-lo à imagem de Pinto da Costa. Tudo aponta para que a montanha venha a parir um rato (como previ).

Agora, comparemos: Universidade Moderna / Bragaparques, Univ. Independente / Bragaparques, Câmara de Lisboa / Bragaparques. Fico-me por aqui. Apenas questiono: já alguém escreveu ou garantiu publicamente a inocência da Bragaparques nestes três imbróglios, só para não falar de outros? Se acaso existiu corrupção nestes três casos, quem corrompeu quem? E não acham no mínimo estranho que ainda não seja conhecido o "rosto" da Bragaparques num processo que podia também ter sido baptizado como o do apito dourado? Por que não, por exemplo, um processo tipo "Tijolo de Platina", ou "Betão Diamante"? É que, pelo que sei, a Bragaparques anda muito activa cá para as nossas bandas. Para que conste.

Rui Valente

De: Rui Oliveira - "Em directo..."

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 16:43

Em directo para a Baixa do Porto, os meus informadores enviam-me a mensagem… a Neve está a chegar…

Na Rua 31 de Janeiro

Abraço,
Rui Oliveira

Nota: Tenho que confessar que estou curioso…
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Gritos Insanos

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 15:09

- Dolce Vita Porto facturou 150 milhões de euros em dois anos
- Cinco milhões para nova praça
- "24 de Agosto"será renovado
- Não haverá novo acto eleitoral na ACP

- PS quer mais investimento em vez de baixa de impostos
- Denúncia de negócios entre a EPUL e o Benfica

- Os culpados do Norte moram 300 km a sul - «Como acontece com esse jogador que também ganha o prémio de vitória quando a equipa ganha, mesmo sem ele, acho que também já chega de criticarmos os "jogadores" do Norte, que não têm culpa de ser obrigados a jogar com a táctica que só os senhores da capital podem decidir.»

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Nota de TAF:
- Sugestão de José Silva - Norteamos
- Reconversão da galeria comercial dos Clérigos - parabéns Francisco! :-)

De: Rui Encarnação - "O Reizito da Sucata"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 14:57

Se não fosse escandaloso, era triste. Se não fosse triste era patético. Se não fosse patético era significativo e revelador. O Encenador que clama e reclama ser o mago do espectáculo teatral em Portugal, dinamizador de massas, urbes e populaça, de viver e sobreviver sem qualquer apoio Público, veio revelar que, afinal, é de uma competência à prova de qualquer teste.

Então não é que concorreu à concessão da gestão do Rivoli, ganhou-a, e sem assinar contrato nem assumir obrigações, nem pagar nada, está dentro do Teatro, com o teatro por conta e em sua, dele, exclusiva conta. Não conheço nenhum empresário português que algum dia tenha feito um negócio destes. Destes nem na China!!!

E, para além disso, o dito Mago do Musicol ainda se queixa e reclama, porque o Rivoli não lhe serve, e parece que não presta, falta-lhe a robótica e os fumos. E também uma mesinha de som à altura. E isto não pode ser, pois quem empresta(dá) um teatrozinho não pode deixar de o dar com todas as condições, com tudo do bom e do melhor! A CMP tem de – e já!!! – comprar a maquinaria em falta, instalá-la e pô-la em funcionamento. É que se assim não for o espectáculo em preparação não estreia e isso não pode ser! (Quem não anseia por saber como será esse Jesus Cristo Superstar? Como se transporá para o musicol a vida de Cristo? Como é que nunca ninguém teve uma ideia assim?)

Deixo ficar ainda mais duas pequenas notas que ilustram – e como! – a competência desse Mago.

  • 1- Que visão e rigor empresariais demonstra o encenador quando concorre para ficar com a gestão (por 4 anos e seguintes e sabe-se lá que mais...) de um teatro SEM SEQUER ESTUDAR E CONHECER O TEATRO, PELO MENOS NA SUA COMPONENTE TÉCNICA! É que – aprendei povo humilde... -, ao preço que lhe custa (5% de muito pouco, ou quase nada e com cama, comida e roupa lavada) qualquer coisa serve...
  • 2- Que magnífica intuição artística e profundidade de saberes demonstra o Mago, quando retira painéis acústicos – QUE PESAM TONELADAS, CUSTAM FORTUNAS E CUJA COLOCAÇÃO, E AFINAÇÃO, É UMA TAREFA DE ENORME RIGOR CIENTÍFICO (E CUSTO). É que, perdendo-se a acústica da sala já ninguém notará qualquer pequena gralha dos actores cantores e só poderá apreciar e degustar a magia, o glamour, daquelas produções – tão belas e majestosas –.Para além disso, quando abandonar o Rivoli alguém – a CMP – tratará de os pôr no sítio, se quiser!!!

BEM VINDO SR. LA FERIA. A MINHA VÉNIA POR TÃO DISTINTA VISÃO. O MEU OBRIGADO POR TAIS ENSINAMENTOS!
POR MIM, LA FERIA SERIA O MOTOR IDEAL PARA LIDERAR O MOVIMENTO DA NOVA REGIÃO!
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Nota de TAF: Jesus Christ Superstar

De: Victor Sousa - "Fazer pela vida"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 14:53

Ultimamente ouço falar muito duma tal de “Regionalização”, seja lá isso o que for. Mas sou contra. Cheira-me a que é tão só uma procura de tachos. E não estou sozinho nesta impressão. Figuras abalizadas no tema confirmam-no.

Esta é uma comunidade eternamente insatisfeita. A história mostra-o. E o marquês, o de Pombal, demonstrou-o. Ao longo dos tempos os governos sempre foram desvelados e enternecedores no apoio a esta ingrata comunidade. Regionalização? Então não chega um Governo Civil? Uma Comissão de Coordenação? E agora “uma que funcione” Junta Metropolitana? São uns ingratos estes nortistas de “meia-tijela”.

PS – o que na política se afigura essencial, é a limitação de mandatos. Desde a junta de freguesia à presidência da república. Sempre nos livra destes esbirros que vão fazendo pela vida, contorcendo as opiniões de acordo com a “paisagem” governativa.
Aquele senhor de Matosinhos tem o desplante de chamar néscios aos cidadãos desta região, ao dizer que a Junta Metropolitana que o governo quer criar é que é de qualidade? Deus nos valha destes servidores da causa pública…

Victor Sousa

De: Hélder Sousa - "A vida como ela NÃO é!"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 14:22

Pois é, cara Cristina, há muitas vistas bonitas. Mas não me parece saudável viver numa cidade com imagens de postais turísticos. As pessoas, como elas são, caminham nas ruas, fazem compras, querem viver na cidade e não acima dela. Algumas favelas do Rio de Janeiro têm as melhores vistas do mundo e isso não faz delas lugares ideais para se viver, pois não? Tão pouco as eternas potencialidades de um centro histórico que cada vez mais só existe na memória, nos escombros, nos postais ilustrados ou em vistas do alto, longe daquilo que é a vida real.

Lamento discordar, mas a vida no Centro Histórico nunca esteve tão mal, pelo menos nos últimos 12 anos! Resta-nos a esperança, não é? A esperança e a sempiterna visão de que as coisas vão melhorar, só temos que esperar. Até lá vamos agarrando algumas imagens aéreas da cidade, de alguns pormenores mais ou menos únicos e acreditando que o Porto é uma cidade bonita. Eu, infelizmente, ainda acredito apesar das evidências que me provam o contrário. Se quisermos podemos culpar o centralismo económico e político de tudo isto.

Mas há coisas que vão para além de discursos tendenciosos. E o que eu sinto é que dois mandatos é tempo suficiente para fazer muitas coisas, apesar dos centralismos, e também é tempo mais do que suficiente para destruir tudo o que estava a ser feito e tudo o que se fez.

Hélder

De: Luísa Moreira - "O Valente"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 13:25

Ele é de São João da Madeira e veio para o Porto, onde foi presidente da comissão de planeamento. Depois foi levado para o governo de Cavaco. Aí tinha responsabilidades no planeamento, quando o professor Cavaco engavetou a regionalização que o grande valentão andava a pregar, este calou-se. Agora anda outra vez a falar nela. Depois voltou para o Porto e ligou-se a Ludgero Marques. Rodeou-se de gente curiosa. Andou por ai à volta de Rui Rio, dizia umas coisas com um tom pomposo, com a mania que era culto.

Até que chegou o Durão Barroso e o prof. fez as malitas e voltou para Lisboa, nas obras públicas foi um desastre. Desenterrou a Ota que Durão calara a pretexto de que só quando nao faltassem hospitais. Fez umas obritas. Não percebendo nada de comboios, andou a marcar passo no TGV e deixou que o Norte ficasse no apeadeiro. Depois deu parte de doente, não devia ter nada a ver com boatos e deu lugar a Carmona Rodrigues. Voltou para a sua AEP, que então já era sua. Como passou a perceber de obras públicas, como é natural arranjou um lugarzinho de administrador numa empresa de obras públicas. Por acaso interessada na Ota, mas isso não tem mal nenhum. A AEP lançou-se no negócio imobiliário do Europarque, e o Valente lá continuou, agora fala outra vez de regionalização, e explica que a Ota não pode parar porque não há tempo para estudar outro. Claro que quando ele era ministro nunca mandou estudar outro. Faz umas conferências na Católica, dá umas entrevistas, mas desculpe professor, já o admirei, sabe? Agora não. É pena que de valente já só tenha o nome, e que as pessoas da minha geração fiquem a olhar para si e pensem que foi também por sua causa que o Norte definhou. Como escreveu o Arq.º Gomes Fernandes, deixou de ser elite, que agora são o Belmiro de Azevedo e a Sonae, o Rui Moreira e a ACP e o Rui Rio. Estes pelo menos têm coragem, não é? Não gosto muito de nenhum, sou mais a puxar para o Rui Sá, mas pelo menos dão-nos alguma esperança porque batem o pé.

Ao professor falta-lhe aquilo que tem no nome. É pena. Porque é um homem inteligente em que a gente acreditou. Depois, para a CCDR, veio o Braga da Cruz... depois a Elisa... depois a Cristina Azevedo, mas essa nao convinha ao centrão... agora está lá o Lage, que é muito boa pessoa... Pois, mas nós precisávamos de algo mais. precisavamos que professor Valente dissesse o que pensa, ou então não dissesse se sente que não pode. Precisavamos do culto da liberdade... de gente que fosse 'tesa' e não estivesse 'presa' percebem?

De: Luísa Moreira - "Sem vergonha"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 02:20

A AEP desentendeu-se com o parceiro holandês porque Ludgero Marques queria fazer um negociozito. Que surpresa, meu Deus... Guilherme Pinto deveria ter vergonha, porque andou a viabilizar a saída da Exponor e agora só lhe resta dizer que vai sentar à mesa quem tiver uma alternativa....

O seu colega Valente de Oliveira, que por acaso foi quem tramou a regionalização, que por acaso tem interesses particulares numa construtora que está interessada na Ota, que por acaso foi um ministro de Durão Barroso, que por acaso queria parar a Ota mas que não foi obedecido pelo seu Ministro das Obras Públicas, que por acaso depois foi para o tal cargo... deverei continar ou é melhor parar para vomitar?

A AEP é uma vergonha nacional com raízes locais, é a sede de todos os negociozinhos, é a total ausência de protagonismo. Pior só mesmo a Laurinha dos balões e a sua Associação dos Comerciantes.

Assim anda o norte. Não admira os políticos que nós temos, pois não?

De: Cristina Santos - "A vida como ela é"

Submetido por taf em Quinta, 2007-05-10 21:38

O Hélder Sousa tem razão, mas no Centro Histórico a vida vai bem. Das traseiras daqueles prédios o Porto é bonito, calmo, relaxante. É um privilégio morar na Sé, podem correr mundo mas dificilmente encontrarão esta paisagem quando vão à casa de banho.

Porto

Porto

De: Hélder Sousa - "A animação da cidade"

Submetido por taf em Quinta, 2007-05-10 15:46

Olá,

Depois de tanta discussão sobre regionalização e descentralização na gestão de recursos, chamo a atenção para o estado lastimável e vergonhoso em que se encontra a Baixa da cidade.

  • 1. As principais ruas estão cortadas por causa das obras do eléctrico, mais longas do que o previsto. Mas tudo bem, com a regionalização os recursos eram mais bem geridos e tudo era mais rápido.

  • 2. As mesmas ruas estão disponíveis para os peões – essa massa anónima que habita as verdadeiras cidades – passearem em cima de terra, por entre escombros e tentanto evitar as máquinas. Mas tudo bem, o grande regionalizador que preside a esta grande região tratará de tudo quando o governo central der mais meios para a cidade.

  • 3. Como se não bastasse, temos o 1º evento de ski urbano do mundo. Numa época de contenção, ONDE AINDA EXISTEM BAIRROS SOCIAIS E PESSOAS A PEDIR/DORMIR/VIVER NA RUA (ahhhh! Esse grande argumento sócio-coisa que o grande regionalizador e sócio-economista apregoa) damo-nos ao luxo de ter o primeiro qualquer coisa do MUNDO – grande nação portuense, para que precisas tu de Lisboa e da capital – e cortar as poucas ruas que ainda subsistem à grande invasão animadora da Baixa da Cidade.

  • 4. Com tudo isto, o Sr. La Feria acaba por ter razão: com tanta animação na cidade, o melhor mesmo é adiar a estreia do seu primeiro (e absolutamente extraordinário) espectáculo no Teatro Rivoli. Teatro que, de resto, está a ser pago pelos contribuintes durante estes meses, enquanto o Sr. La Feria espera calmamente que alguém lhe dê (ou empreste sem esperança de retorno) o dinheiro que ele precisa para o terminar. (Se os actores estivessem a ser pagos por cada mês de adiamento da estreia, não creio que compensasse a espera, mas enfim...)

  • 5. Por fim pergunto: com corridas na Foz, aviões no rio, Ralis nas Antas, esqui na 31 de Janeiro e o La Feria com o Rivoli na expectativa de um dia vir a ter um espectáculo, sem contrato de concessão e com despesas pagas pela CMP, não estará a CMP a gastar um bocadinho mais do que o que se poupou à custa dos cortes do INVESTIMENTO da CMP no trabalho de dezenas de pessoas que dependiam do trabalho das associações culturais e dos eventos artísticos que produziram durante os últimos anos? (Isto é só uma suposição. O grande economista da cidade é que sabe fazer contas.)

Com ou sem regionalização, eu ofereço o meu voto a quem prometer acabar com a cidade do Porto, com a AMP e juntar estes terrenos a Lisboa ou a qualquer outra cidade decente. Esta está irrespirável. Pelo menos para quem ainda caminha nas ruas e duvida de gente honesta.

Para terminar deixo um link para quem ainda acredita noutras coisas: Cidade de Abrigo

Hélder
Um cidadão envergonhado

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2007-05-10 11:02

- Autarcas do Porto falam a várias vozes sobre o futuro do metro
- Filipe La Féria lamenta falta de investimento no Rivoli
- "O que é isto senão serviço público?"
- «O Porto é pedra e árvores. Não o transformem em mar de cimento»

- IKEA no Porto a partir de 31 de Julho
- Nova ligação «low cost» Porto/Paris
- Rali vai animar noite nas Antas
- Lado a lado a soprar as velas

- Atraso do Governo impede aumento de rendas ao Estado

- Tributação das empresas: «Em particular no que respeita à tributação das empresas, devia reconhecer que ela não é mais que uma forma indirecta de tributar, não especificamente os seus proprietários, mas principalmente os seus clientes e trabalhadores. A primeira distorção que daí resulta consiste em estimular as empresas a usar parte considerável da sua capacidade estratégica em actividades destinadas a reduzir a carga fiscal que sobre elas incide, em vez de a dedicarem a inovar e gerir melhor a produção, os mercados ou os recursos humanos.»

--
Nota de TAF: Margaridense - Sem pão-de-ló

1. Ontem lá tivemos mais uma reedição do estranho ritual do Cortejo da Queima das Fitas. É coisa que, confesso, nunca percebi. Mas é uma "tradição" e as "tradições" são intocáveis por definição. Há que aceitar. O que não entendo é que a cidade tenha de ficar em estado sítio durante um dia para se fazer cumprir a "tradição". Nem automóveis, nem STCP conseguem circular. Tudo pára porque o cortejo de doutores vai passar. Se tem mesmo de ser, se a coisa tem de se repetir todos os anos, então que a façam à noite, a partir das 22:00. Seria mais bonito, mais sofisticado e mais de acordo com o espírito reinante entre as ilustradas hostes. Tudo isto com a vantagem de a cidade poder continuar a trabalhar de modo a garantir emprego aos senhores doutores. E não me venham dizer que não dá, que em Aveiro a coisa faz-se à noite e saem todos a ganhar. Vamos pensar nisso, vamos?

2. E que tal um mapa sonoro do Porto (e de Braga e de Guarda e de Torres Vedras e de Lisboa)?

«Cinco Cidades é um projecto interdisciplinar que documenta a cultura e sons de cinco cidades portuguesas. O projecto culmina numa tornée portuguesa em maio de 2007 do trio constituído por William Parker, Victor Gama e Guillermo E. Brown ("The Folk Songs Trio"). Em cada cidade, o Folk Songs Project criará um ambiente de sons que os músicos integrarão na sua performance. O projecto começou com recolhas de campo em cinco cidades em março de 2007, trabalhando com comunidades locais para gravar músicos, habitantes residentes e sons ambientes que representam cada cidade. O resultado desse trabalho foi usado para criar um mapa interactivo para cada cidade com o qual os visitantes podem remisturar sons e vozes para criar a as suas próprias gravações. O web site também será usado como recurso para as performances. O web site é um repositório de sons em curso – aceitam-se novas contribuições para serem adicionadas ao site. Cinco Cidades foi concebido e produzido pelo The Folk Songs Project, em parceria com a Pangeiart

Ah, dia 12 de Maio em Serralves. Lá estarão.

3. A calçada à portuguesa não morreu. Apenas migrou para Espanha, para Madrid para ser mais concreto. A culpa é da inconsciência dos holandeses west8 que se lembraram de calcetar deste modo a Avenida de Portugal. Siza não passou por ali.

PS: Os links dos pontos 2 e 3 foram-me sugeridos por Carlos Dias que, apesar de confesso apreciador da intervenção do Siza nos Aliados, desportivamente me indicou o link west8. Não sei se voltarei a ter essa sorte ;)

David Afonso
attalaia@gmail.com

De: José Silva - "Drenagem"

Submetido por taf em Quarta, 2007-05-09 12:55

Como se pode ler aqui a já célebre «Drenagem» de pessoas, empresas, recursos, desenvolvimento também está a afectar a UP: 4500 alunos por ano vão da UP para as universidades de Lisboa!

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2007-05-09 12:15

De: Correia de Araújo - "Curiosidades"

Submetido por taf em Terça, 2007-05-08 19:07

Curiosa e estranha esta história da demolição do "saudoso Palácio de Cristal, feito de ferro e de vidro" que havia sido inaugurado em 1865 e acabou ingloriamente derrubado em 1951, isto é, menos de cem anos depois.

Estranha, esta história, porque à luz dos nossos dias ela seria impensável. Curiosa... porque, supostamente, a razão então invocada prendia-se com a necessidade de construir, naquele local, um Pavilhão dos Desportos para acolher, em 1952, o Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins.

A curiosidade reside em saber PORQUÊ naquele local e não num outro qualquer, quando por essa altura a cidade tinha tanta margem de manobra tal era a disponibilidade de espaço (a OTA, diz-vos alguma coisa?). Lembro, a propósito, o pioneirismo do F. C. Porto que, também por essa altura, construía o seu Estádio, não no centro da cidade, mas sim nas Antas... visões de futuro, está claro!

Sei que hoje o espaço na cidade é exíguo... razão pela qual são afastados, a mais das vezes mal, tantos investidores (El Corte Inglés, Ikea , etc., etc.). Esperemos por dias melhores! Acredito que um dia a nossa cidade vai alargar... ou, pelo menos, irá ter vistas mais largas!

Correia de Araújo

De: José Pedro Lima - "Ponte Móvel"

Submetido por taf em Terça, 2007-05-08 19:03

Bem, hoje é dia 8 de Maio, cumprindo-se quatro meses sobre a data de fecho da ponte de Leixões, data em que a APDL previa ter a obra terminada. Para quem por lá passa é bastante óbvio que a obra estará ainda longe de ser terminada e, segundo o que consegui apurar, mais depressa um martelinho de S. João baterá três vezes na cabeça de algum folião do que a obra estará terminada.

Se assim for temos mais de 1 mês de atraso numa obra que duraria 4 meses, ou seja 25%.

Jose Pedro Lima
pclima@gmail.com

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