2006-12-03

De: Cristina Santos - "Liberdade"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 23:54

Francisco Oliveira, não sei se defende a liberdade de imprensa ou a liberdade do Presidente da CMP em não prestar esclarecimentos quanto aos planos da Cidade. É que pelo menos as entrevistas dos jornais passam previamente pelo deferimento do Sr. Presidente.

Acredite que a jornalista não esteve bem, dou-lhe um exemplo: quando o Presidente falou de ciclos, podia lhe ter proposto que imaginasse um mandato de 5 anos, e eleições em Outubro último, e perguntado se teria tomado as mesmas medidas «corajosas» de 2006? A tomá-las, se venceria com a mesma maioria? Mas Judite não fez perguntas para além das que tinha no papel, ele respondia ela avançava para outra, tipo inquérito, o Presidente respondeu sempre no passado, não ilustrou um único momento para o futuro.

De resto, o desejo de todos os portuenses é o desenvolvimento da Cidade, e há áreas banais que estão mal geridas, isso é evidente e o Presidente insiste em desvalorizar aquilo que as pessoas constatam no dia a dia, provavelmente pensa que os portuenses são maluquinhos, não sabem o que vêem. Na sua lógica, o lixo nas ruas ao fim de semana não atrai marginalidade, não afasta turismo, não prejudica a qualidade de vida, porque ao fim de semana a cidade esta vazia - «às moscas», se não há pessoas como pode haver consequências graves? O objectivo é impor as leis da Democracia, e conseguir uma ligeira poupança a curto prazo...

Parte do princípio que a subsídio-dependência é uma doença grave, mas em vez de a tratar excluia do sistema público de saúde, não a encaminha, não lhe dá solução - exclui. Os jornalistas têm códigos, há bons e maus profissionais, o tratamento que a CMP lhes dá é desrespeitador para com a idoneidade pessoal de cada um, porque exclui todos, afasta-os do sistema por inaptidão geral.

Isto vai contra a ideologia da coesão social, quem pretende promover a coesão não exclui, não desrespeita nenhum dos agentes sociais, todos são necessários à coesão, os ricos, os pobres, a função da CM é promover a harmonia.

Quanto ao Metro estou do lado de António Alves, a questão é que não queremos substituir um cancro por outro, queremos tratá-lo. O avanço do Metro do Porto é uma prova inequívoca para quem defende a descentralização.
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Cristina Santos

De: Laura Viegas - "Pedro Aroso e Lino Ferreira"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 22:47

O arquitecto Aroso é um ilustre defensor do Doutor Rui Rio, apesar de se queixar de vez em quando porque nem todos os seus projectos são aprovados tão rapidamente como gosta. "Se bem me lembro", como diria Nemésio, tem ou teve reponsabilidades na freguesia de Nevogilde, onde está para nascer a Via Nun'Alvares desde que eu andava na escola primária. Ao que me dizem, o projecto foi recentemente alterado, e é vergonhoso. Ouvi no outro dia um dos proprietários da zona a dizer que finalmente já ia poder dar destino aos seus terrenos, mas ao que parece o projecto que o Dr. Lino Ferreira terá encomendado aponta para construções em altura. A "reserva" de Nevogilde é a última zona disponível na área mais nobre da cidade. Não percebo nada de arquitectura, muito menos de urbanismo (também tendo vivido sempre no Porto,não admira..). Mas acho que aquela zona devia merecer uma discussão pública e um cuidado especial. Os mamarrachos que a Soares da Costa fez no topo da Rua da Índia já são um exemplo do que vem aí. Já viu como as duas escolas ficaram sem acessos? Já viu que a Rua Corte Real de manhã é intransitável? A minha neta estuda lá, e por isso passo por ali amíude. Vão asneirar, Arq. Pedro Aroso? E o senhor que diz disso tudo, ou não é conveniente? Será um segredo de Estado, ou o senhor e o senhor Rozeira, ainda não viram?

E o senhor vereador que vem aqui dizer-nos coisas de somenos importância? Já viu o que lá vai acontecer, ou a sua experiência na educação não serve, pelo menos, para ver aquela vergonha? Quer-nos falar disso? Quer-nos dizer que prédios lá vão ser contruídos? Quer-nos dizer porque é que não se cria ali uma zona residencial de moradias, com baixa densidade? Quer-nos dizer qual o interesse de uma grande avenida que funciona como uma fronteira, quando a avenida da Boavista já não aguente mais débito de trânsito? Quer explicar isso tudo, ou já está tudo feito para o interior de Nevogilde ficar como as Andresas? E os moradores de Nevogilde sabem? Aprovam? Acham bem tanta asneira? Quem fica a ganhar? Porque quem fica a perder eu sei, e conto-me entre esses.

PS (à minha mensagem anterior). Alguém pode fazer o favor de me indicar uma empresa com a dimensão da do Metro do Porto onde os autarcas estejam em maioria no Conselho de Administração? Escusa de ser como neste caso, especialmente aberrante em que as autarquias quase não têm (ou não têm mesmo nenhum) capital investido. E escusa de ser outra empresa no Norte, pode ser mesmo em Lisboa ou no Algarve. E acreditem que a pergunta não é de estilo, é real, para saber se existe, mas sempre digo, à cautela, que casos que venham da Madeira não contam!

PPS. A propósito (sim, a propósito…): magnífico o texto de Pedro Bingre do Amaral citado por Pacheco Pereira para o qual o nosso sempre atento TAF nos remete. E tanto há a dizer sobre a matéria. Fica a promessa que voltarei ao tema…

De: António Alves - "Legitimamente"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 19:58

Caros bloguistas

Críticas pertinentes e sistemáticas aos actos censuráveis, e quiçá ilegais, da administração da Metro do Porto temos nós todos feito aqui neste blogue. Ninguém poderá acusar este espaço de liberdade e discussão, superiormente gerido pelo TAF, de alguma vez ter sido condescendente com o status quo regional. Há muito tempo que a maioria das pessoas que aqui vai escrevendo denuncia e exige uma mudança de políticas e práticas; e isso é algo que ninguém poderá de boa fé negar. Também se elogia quando há razões para isso. Constatados estes factos, temos toda a legitimidade moral para denunciarmos enfaticamente a evidente manobra centralista para abocanhar o Metro do Porto. Uma coisa é exigir gestores profissionais, outra coisa é querer alterar o contrato accionista da empresa. Ninguém me convence que se a situação fosse a inversa - PS na Câmara e PSD no Governo -, não estaria o PS a defender exactamente o contrário daquilo que defende neste momento. Os piedosos argumentos da "boa gestão" invocados pelos interessados em retirar o projecto da esfera de decisão das autarquias não me convencem. Tenho pena, mas é assim: há muito que deixei de acreditar nos partidos em geral e particularmente nos aparelhos portuenses dos partidos do arco do poder.

Há também outra coisa: não me parece aceitável que tudo aqui tenha que ser de tal modo irrepreensível para assim evitar que existam pretextos para a deslocalização dos centros de decisão para Lisboa. Isso é uma chantagem intolerável e a aplicação de um princípio que está longe de ser estendido a todo o país. Devemos lutar para que tudo seja irrepreensível porque somos honestos e genuinamente interessados no desenvolvimento da nossa região; quaisquer outras razões não me parecem aceitáveis.

António Alves

Não merece discussão que o Metro do Porto teve bons efeitos nas nossas vidas, como noutras dimensões e mais para uns que para outros dos habitantes da metrópole, o tiveram o Estádio do Dragão, a modernização do Aeroporto Sá Carneiro, ou a Casa da Música, entre outros empreendimentos recentes. Mas não é menos verdade, precisamente por ser tão recente, que são menos aceitáveis diversos erros cometidos, como o reconhecido “atafulhamento” de linhas e composições no tramo Senhora da Hora – Rotunda da Boavista, ou as avultadas verbas gastas em espaço público, reconhecidamente exageradas face à necessidade de colocar carris e estações e proceder ao seu enquadramento urbanístico.

Dizer agora que os autarcas foram essenciais no projecto, sendo naturalmente verdade (sendo eles a maioria no órgão de decisão), significa simplesmente dizer que o foram, para o bem e para o mal (e com o dinheiro de todos). Neste segundo prato da balança, convém lembrar o incompreensível esquecimento de Gondomar, o inexplicável atraso da chegada a Gaia e a ilegalidade de obras como na Rotunda (por causa da estação de Avenida de França?) e Avenida da Boavista (para articulação com a mobilidade por carros antigos?), entre outras (onde incluiria a da Avenida dos Aliados, a “exigir” estação entre Trindade e S. Bento).

Claro que o argumento fácil – para ficar tudo na mesma – é o do contraponto ao centralismo lisboeta, de que a outra face da mesma coisa é o provincianismo portuense, que se pretende eleger como argumento inultrapassável a constatação de que o Metro de Lisboa ainda é pior, o que faz lembrar aquele enorme argumento de autoridade científica que é dizer aos defensores da regionalização que estão a querer multiplicar os albertos joões jardim! Mas não poderá a administração da metro ter gente mais competente que autarcas, auscultando até a opinião destes? Carlos Lage é assim tão má escolha do centralismo? E a direcção da APDL é só composta de lisboetas obedientes à capital?

Além do mais, importa lembrar, para evitar o populismo em que caiu a crítica fácil dos boys socialistas (sobretudo por parte de amigos de boys do PSD), que um elemento indicado pelo PSD e depois afastado por não entrar no “frete” dos popós da Boavista, o Dr. Amorim Pereira, não será má escolha, nem os administradores nomeados por outros governos para a TAP, a RTP ou a Direcção Geral de Impostos. Porque é que tem de ser centralista, incapaz e cheia de boys a administração que vier a suceder à reformulação que o governo pretende empreender? Mas não é evidente que o que existe é melhorável? E porque é que se defende a Junta Metropolitana? Que faz ela afinal? No Metro, eu sei: nada! Quem faz – e bastante – são alguns presidentes (só alguns e também um ex.) interessados em definir prioridades e conseguir mais uns arranjitos urbanísticos (entre outras coisas).

Afinal todos queremos reformas mas, quando elas chegam, não agradam! Apesar de as reformas com unanimismos raramente serem reformas, também entendo que era bom sermos muitos a tentar colocar melhor o que é melhorável, incluído, claro está, o Metro de Lisboa.

De: F. Rocha Antunes - "Estacionamento no centro da cidade"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 15:54

Caro Emídio Gardé

Primeiro tenho que fazer a declaração de interesses: tenho interesses profissionais directos em alguns dos imóveis do quarteirão de D. João I. Por essa razão conheço bem o programa proposto pela Porto Vivo SRU, agora apresentado para discussão entre os proprietários.

O parque de estacionamento a criar no programa do quarteirão destina-se maioritariamente aos futuros residentes. O parque público previsto será de dimensão semelhante ao actualmente existente na Praça D. João I e destina-se a servir as lojas que vão ser criadas, renovando e ampliando a actual oferta comercial.

Como sabe, qualquer edificação tem de respeitar as regras estabelecidas pelo Plano Director Municipal que define, entre muitas outras coisas, quais as dotações mínimas de estacionamento que cada espaço tem de ter que varia, naturalmente, com as funções a criar. Se a dotação de estacionamento prevista para o quarteirão fosse inferior ao definido pelo PDM estaria a desrespeitar regras elementares e como tal não poderia sequer ser feito. Não depende de quem faz a proposta decidir que o estacionamento a criar é exclusivamente para residentes, porque não estaria a cumprir o PDM do Porto. Assim, não foi por falta de uso dos cérebros que tal dotação de estacionamento aparece.

Relembro aqui que foi na discussão do PDM que estes assuntos puderam ser corrigidos e que todos foram chamados a dar a sua opinião (foi aí que nasceu este blogue). A proposta inicial sobre a dotação de estacionamento era uma transposição do que está definido na portaria que regula os loteamentos, uma dotação de estacionamento pensada para espaços ainda não urbanos e que dá uma força exagerada ao automóvel particular, e que estava a ser apresentada para todo o Porto, incluindo o centro. A minha empresa apresentou várias propostas de alteração na fase de discussão pública, nomeadamente quanto às exigências de estacionamento no centro, e a nossa proposta de alteração neste ponto, de diminuir substancialmente as dotações mínimas de estacionamento no centro, foi aceite.

Agora, não podemos passar a vida a protestar com os que não cumprem a Lei, e na edificação o PDM é uma lei, e depois dizer que quem cumpre a lei não tem cabeça.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

PS - Será que nunca mais conseguimos distinguir as coisas? É evidente que o relatório do Tribunal de Contas não é isento, especialmente no timing, mas também é evidente que a falta de transparência na gestão do Metro é inaceitável. Deve-se recusar a intenção do Governo de, a pretexto de uma gestão descabelada dos autarcas, retomar o controlo do Metro. Tem de se exigir duas coisas: que o projecto do Metro do Porto seja definido localmente (quiçá através da Junta Metropolitana ainda) mas também tem de se exigir aos seus gestores profissionais uma abertura de procedimentos adequada às responsabilidades que têm no futuro da região. Histórias como as dos terrenos de Gondomar não têm apenas que ser evitadas, têm que ser exemplarmente julgadas, para defesa do bom nome e do interesse da região e para evitar que sejam pretextos para a deslocalização do centro de decisão para Lisboa. Eu gostaria que a velocidade do esclarecimento dessa situação fosse igual à do protesto contra o relatório do Tribunal de Contas.

De: Francisco Oliveira - "Entrevistas a Rui Rio"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 15:52

Não vi/ouvi nenhuma das entrevistas (Porto Canal e RTP) pelo que não posso aduzir qualquer opinião. Mas estranho que haja pessoas que em democracia quisessem estar ao lado dos entrevistadores e dizer-lhes: essa pergunta não porque não o "entala"; essa pergunta também não porque é sobre assunto que não nos interessa...

Mas queremos liberdade de imprensa, ou não?

Saudações
Francisco Oliveira

De: TAF - "A ler"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 13:13

De: António Alves - "Que ninguém se iluda"

Submetido por taf em Sábado, 2006-12-09 12:52

O facto da administração da Metro do Porto ter efectuado actos de gestão condenáveis (os favores a Rui Rio, por exemplo), não justifica que nós portuenses, militantes de partidos políticos ou não, fiquemos calados perante os acontecimentos dos últimos dias. O Tribunal de Contas fez de facto um frete político ao Governo, na sua sanha centralizadora, e a uma facção do PS Porto na actual guerra em curso pelos tachos. Pena é que no Porto haja ainda quem não seja capaz de se libertar dos seus complexos de colonizado e se coloque ao lado dos centralistas. A mentalização dos gentios da sua inferioridade e corrupção de espírito perante os colonizadores foi uma técnica muito utilizada e com resultados eficazes durante muito tempo em muitas partes do mundo. Por cá parece que ainda resulta.

No fim de todos estes tristes episódios sobressai uma novidade positiva: Francisco Assis parece que finalmente compreendeu o que está em jogo e teve a coragem de afrontar o seu próprio partido, que é tradicionalmente o mais centralista e jacobino de todos. Se continuar assim, sem tergiversar nos seus propósitos de defender a Região e a sua autonomia em definir e orientar projectos como o Metro do Porto, talvez venha a merecer uma segunda oportunidade. Que ninguém se iluda, se o Metro do Porto estivesse desde o início nas mãos do Estado Central ainda não teria passado do papel. Dado insofismável, e as verdades devem ser ditas, assim como as comparações pertinentes, é o facto do Metro de Lisboa, apesar de gerido pelo Estado central (que funciona tradicionalmente como a verdadeira câmara municipal da capital) ser muito mais incompetentemente gerido, acumulando anualmente milhões e milhões de prejuízos, mas conseguindo sempre lá ir passando sem nunca ninguém o pôr em causa. Imagina-se facilmente porquê. Também é verdade que, apesar da sua curta vida, o sistema de metro ligeiro do Grande Porto atingiu já uma dimensão e eficácia de fazer inveja a muito boa gente; gente essa que sempre se julgou com a exclusividade da capacidade de realização. Se o Governo insistir nos seus intentos de subalternizar a Junta Metropolitana na gestão da Empresa Metro do Porto, estará na hora de nós cidadãos deixarmos o conforto dos teclados e mostrarmos na rua a nossa discordância.

António Alves

De: Alexandre Burmester - "Vergonhoso II, III e IV ..."

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-08 20:47

Após as trapalhadas feitas pela Administração do Metro, das quais se destacam as obras da Av. da Boavista, o trajecto da linha de Gondomar, as obras dos Aliados, as recentes atitudes do seu Presidente, e o perfilamento de outro do mesmo género para o seu lugar, compreende-se a oportunidade para o governo central vir a reclamar a si esta responsabilidade. Afinal haverá mais lugares a distribuir aos “boys”, havendo melhor controlo partidário e menor da região. É pois um atestado de incompetência e mais uma dependência que se ganha. O Francisco Assis tem razão e coragem em discordar do seu Partido, porque este tem de apoiar o seu governo e as “excelentes estratégias” do seu ministro das obras públicas (OTAs e TGVs).

Agora não posso é deixar de mostrar o meu desagrado e vergonha com o comunicado da Junta Metropolitana do Porto, sobre o Tribunal de Contas. A Região Norte, ao ser representada por esta Junta, não devia ter esta imagem de fragilidade e de imaturidade política. Não deixa de haver alguma razão no que pretende justificar, mas assentar a argumentação dizendo que o Metro de Lisboa é e faz pior que o do Porto, mas que nem por isso foi acusado (?) Afinal sempre erraram? E os erros dos outros justificam os vossos?

Notas:

1. Disponibilizo-me para ajudar nas Jornadas de Reabilitação.

2. O Sr. Emídio Gardé, pelos vistos, ainda é dos poucos que tem cabeça tronco e pernas, porque a maioria de nós já ganhou cabeça tronco e rodas. Pode não ser por vezes bonito, mas que dá jeito dá, e que nos leva um pouco mais longe e mais livre, também.

Alexandre Burmester

De: Pedro Lessa - "Entrevista"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-08 18:05

Tem razão, caro Tiago, foi de facto uma entrevista medíocre, tanto da parte da entrevistadora como, por consequência, do entrevistado (mas deste não é novidade).

Como parte interessada que estamos em ver discutidos os problemas da nossa cidade, foi uma perfeita nulidade. Eventualmente agradou a alguns, como já li aqui no blog onde se afirma que quem critica fala sempre nos mesmos casos. Não se falaram nos mesmos porque não se falou de nada com relevância. A conclusão a que cheguei, como o Tiago aliás, é que foi uma entrevista "a pedido" e apenas para servir o dito senhor.

É curioso como hoje os excertos que se ouvem, por exemplo nas rádios, sejam a opinião do dito senhor acerca da governação socialista, de Sócrates e do Presidente da República. Do Porto, nada.

Percebem agora como alguns de nós (eu incluído) sempre dissemos que a Câmara do Porto apenas serviria de trampolim para outros voos para este senhor? Pois é, aqui está mais um exemplo. Esperemos é que o trambolhão seja dos grandes. Infelizmente para a cidade.

Cumprimentos,
Pedro Santos Lessa.
pedrolessa@a2mais.com

De: Pedro Aroso - "Pequena Entrevista"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-08 18:00

"Cria a fama e deita-te na cama"… Este ditado aplica-se que nem uma luva à Judite de Sousa!

Subscrevo na íntegra a análise do Tiago e interrogo-me como é que uma mulher nascida e criada no Porto pôde, em tão pouco tempo, desaprender tanto acerca da sua cidade natal. Como se não bastasse a ligeireza com que preparou (?) esta "Grande Entrevista", o facto de interromper sistematicamente o entrevistado, impedindo a conclusão do seu raciocínio, deixou-me os nervos em franja.

Pelos vistos, não somos os únicos a queixarem-se.

O arquitecto Fernando Távora costumava dizer que "em Arquitectura, tanto se aprende com os bons, como com os maus exemplos". Pois bem, fazendo minha esta filosofia, deixo aqui um conselho a todas as escolas de Jornalismo deste país: obriguem os vossos alunos a ver todas as entrevistas da Judite de Sousa para ficaram a saber o que é mau Jornalismo e aprenderem a evitar, a todo o custo, perguntas imbecis.

Pedro Aroso

De: Cristina Santos - "A entrevista"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-08 17:46

À partida seria motivo de orgulho o facto do Presidente da CMP ser entrevistado no programa Grande Entrevista, só não o é porque a entrevista não se fincou no trabalho feito, mas sim nas polámicas criadas. Rui Rio bem pode agradecer aos manifestantes do Rivoli que o empurraram para a fama, sem essa oposição nunca teria sido chamado a dar opinião.

O facto de Judite de Sousa não conhecer as questões do Porto é uma consequência directa da estratégia que Rui Rio tem promovido ao boicotar a informação. Se nós próprios desconhecemos as ideias da equipa e dos vereadores em particular, é natural que os de fora não conheçam nada, primeiro porque o Porto não é atractivo, segundo porque o Presidente da Cidade se nega a falar sobre o futuro, para evitar compromissos.

Esse facto foi bem patente em toda a conversa, o Presidente maioritariamente referiu-se ao Porto no passado - «Quando eu nasci», «Há 40 anos que ouço», «Quando eu chequei à CMP», «Quando fui deputado» - do futuro nada se ouviu, repare-se no remate do Presidente quando olhou o auxiliar de emissão e percebeu que o tempo estava esgotado e imediatamente se propôs a falar do Porto, quando sabia perfeitamente que já não restava tempo.

Há contudo, uma linha de raciocínio com a qual concordo, quando o Presidente diz que é cedo para avaliar o trabalho do Governo, quando diz que devemos tentar auxiliar em vez de obstar aos planos daqueles que foram eleitos, concordo em pleno. Só que no caso do Porto há uma pequena e enorme diferença, o Sr. Dr. Rui Rio não está há um ano na Câmara, está há 5 anos. Durante os primeiros 4 anos mereceu o incentivo e o apoio de muitos de nós que de facto esperavam mais dele, que esperavam que ao fim de 4 anos não houvesse necessidade de abdicar do cumprimento de necessidades básicas como a higiene da Cidade, como a iluminação, como o trabalho dos SMAS, como a ridicularia de cortar 100 mil euros em subsídios, quando pagará o triplo a conceder apoios em géneros.

O Dr. Rui Rio pode vir dizer que não consegue trabalhar, que são todos contra ele, mas não pode esquecer que lhe deram 4 anos, que ele pegou na maioria conseguida, muito em parte devido a esses apoios, e em vez de trabalhar incitou vinganças pessoais, para as quais não tem justificação senão a sua sensibilidade pessoal para a democracia.

Como perguntou e bem Judite de Sousa, onde pretende Rui Rio chegar ao cortar 100 mil euros de subsídio, o que quer provar, qual é o objectivo? Nós podemos perguntar onde pretende chegar ao não recolher o lixo, ao transformar os SMAS, tudo isso estava organizado nos primeiros 4 anos, recebeu força da população para remediar esses aspectos, qual é o objectivo?! Chegar à polémica e daí chegar à Televisão?!

Rui Rio diz que quando as pessoas perceberem que todos são tratados de forma igual, faz-se democracia. Quer uma prova em como V. Exa. não faz as coisas de forma transversal, como julga uns e não julga outros? O que é que o Sr. pensa do papelão da sua amiga D. Laura, onde está o dinheiro que juntos conseguiram para o comércio tradicional, onde estão as luzes de Natal, os enfeites, os apoios para o comércio natalício, essa instituição não merece julgamento Dr. Rui Rio, acha que está bem assim?

O Dr. Rui Rio tem razão num último ponto, diz que nunca viu um Governo cair ao fim de um ano após a eleição a menos que cometa um grave erro. Pois é, depois de serem eleitos ficam inimputáveis, com liberdade para usarem a democracia da forma que entenderem.

Da minha parte não sei por onde o Dr. vai, nem por onde quer seguir, só não entendo porque é que o Porto tem necessidade de cortar nas necessidades básicas e, enquanto não revelar o seu plano, trarei aqui todos os flagrantes dessas necessidades, para o ajudar a rever-se a si próprio depois de 4 anos à frente da Cidade.

Quem tem um projecto, quem sabe por onde vai, não teme críticas, não hesita falar, porque tem respostas, sabe muito bem por onde seguir, a competência é a única arma mortal para a concorrência.
--
Cristina Santos

- Parque para 800 viaturas no subsolo de D. João I:
«De acordo com o projecto para o quarteirão (...), a aposta na oferta de estacionamento é necessária não só para servir de suporte aos "novos habitantes", como aos serviços entretanto criados e às necessidades inerentes à actividade do mercado do Bolhão, que também será reabilitado. "Será uma grande infra-estrutura, o maior parque que se vai criar na Baixa da cidade", sublinhou o arquitecto Patrício Martins, que apresentou os traços gerais da proposta, juntamente com a Administração da SRU.»

É assim que se incentiva o "deixar o carro em casa"?!?!
Que haja parques EXCLUSIVOS para os moradores da Baixa, estou 100 % de acordo! Mas o resto, Senhor, porque deixais fazer tanta asneira? Para quando os projectistas e dirigentes começam a utilizar o conteúdo dos seus cérebros (admitindo que o têm)?

Abraços,
Emídio Gardé

De: Miguel Gonçalves - "Jornadas Temáticas de Reabilitação"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-08 12:08

Caros(as) amigos(as),

tenho seguido com atenção a vossa troca de ideias muito interessante sobre a reabilitação da Baixa portuense; acho que organizar umas Jornadas de Reabilitação da Baixa é uma atitude muito louvável, um exercício de boa e recomendável cidadania! Quero aproveitar esta oportunidade para congratular, desde já, a ESAP e Luís Sousa por terem agarrado este projecto e espero sinceramente que o sucesso seja estrondoso.

As Questões do Porto, que passam não só pela questão da Baixa, é algo que deve ser debatido por todos porque a todos diz respeito; da parte da Almedina - Arrábida Shopping, temos uma forte intenção em dedicar um ciclo de colóquios apenas ao Porto (sempre para depois de Fevereiro de 2007), eventualmente alargar ao Grande Porto e ao Norte do país. E contamos com o apoio e presença de todos os leitores e gestores do "A Baixa do Porto". Para já, aceitamos todas as vossas sugestões e ideias, serão todas bem acolhidas!

Com os melhores cumprimentos,
Miguel Gonçalves
mgoncalves@almedina.net

De: TAF - "Ainda a entrevista"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-08 01:42

Continuo irritado com a entrevista. Ou melhor, com a RTP e com a jornalista.

Desculpem lá: não é suposto haver uma equipa da RTP a preparar uma entrevista destas? A estudar a cidade, as suas gentes, os seus problemas e a acção da autarquia? A desenhar uma linha de condução do diálogo, uma estratégia para obter a informação cuja falta justifica o convite ao entrevistado? Terão pensado que bastariam umas notinhas apontadas no guardanapo ao almoço para tratar do Porto? Não é para ter serviço público que pagamos à RTP?

Terão pensado: "o homem é um parolo, arruma-se o caso em duas penadas"? Dá a ideia que a motivação para a entrevista não foi ouvir o Presidente da Câmara do Porto, mas sim o "tontinho do Rui Rio" que não sabe o que é Cultura e supostamente verteria umas boçalidades quaisquer.

É que quase não se falou do Porto!

De: Cristina Santos - "Jornadas"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-07 23:55

Acho que devemos propor como período para realização das Jornadas da Reabilitação a 2ª quinzena do mês de Janeiro. É necessário sintonizar temas e agendas, contactar a ESAP com uma calendarização e temporização da iniciativa.

Da minha parte disponibilizo-me para receber e organizar dados, com vista a organização do tempo. Os oradores que já se disponibilizaram e aqueles que venham a aceitar o convite, se acharem conveniente, podem remeter-me informações relativas ao tema que propõem, um pequeno resumo das suas intervenções, o tempo que necessitam e a data mais conveniente, que eu tento gerar um consenso e uma ordem de:

  • Temas (Experiência Castella/Guimarães, jurídico da Paula Morais, metafísica do Francisco...)
  • Duração da intervenção
  • Datas apontadas

cristina.santos.c@gmail.com.

Ps. A entrevista? Já lá vamos, estou a redigir um texto como se Rui Rio estivesse no 1º ano do 1º mandato, um texto sem julgamentos precipitados, só passou um ano da re-eleição. Está a ser difícil.

De: Luís de Sousa - "Jornadas da Reabilitação"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-07 21:58

Desde já agradeço e aceito o papel de coordenador sugerido pelo Francisco. Fico também grato a todos os que mostraram a sua disponibilidade para participarem de forma activa na organização das Jornadas da Reabilitação. Conforme informei os interessados na realização deste evento, havia uma certa urgência na apresentação de um pequeno texto, onde constassem os moldes e o calendário em que se iriam realizar as jornadas, à Direcção da ESAP para que a actividade fizesse parte do plano de actividades daquela instituição. Para aprimorar alguns pontos desse texto tive uma pequena reunião com um elemento da Direcção Académica co-responsável pela elaboração do plano de actividades que me fez uma proposta, na minha óptica muito interessante, em que a ESAP poderia ter um papel mais activo do que ser apenas a entidade que cede o espaço. Dessa forma a ESAP passaria a ser uma anfitriã mais participativa na recepção do nosso evento nomeadamente cruzando as suas áreas de formação com a pertinência da temática da proposta pela nossa actividade.

Finda a reunião tomei a liberdade de elaborar o pequeno texto que era necessário para o pedido de apoio à instituição, que poderei ceder aos interessados, em que foquei os seguintes pontos:

  • 1- apresentação genérica da actividade
  • 2- por pedido da própria escola apontei Janeiro como mês de início da actividade e o Sábado à tarde como dia e período preferencial.
  • 3- indiquei que a escolha dos convidados que em cada Jornada lançaram o tema em debate seria da inteira responsabilidade de uma pequena comissão em que a ESAP poderia eventualmente ter um membro. (Como por exemplo, a Jornada que o Francisco se prontificou a organizar teria uma comissão composta por ele como responsável pelo tema, por mim como coordenador da actividade, e por um membro da ESAP como representante da instituição anfitriã)
  • 4- pedi a cedência das instalações para a realização do evento, apenas não indiquei especificamente o auditório pois a ESAP possui no edifício da Rua Mouzinho da Silveira um espaço onde em vez de um ambiente de conferência poderia ocorrer um ambiente mais tertuliano se os organizadores assim preferissem.

Agora só necessito de aguardar resposta, que não deve tardar, para começarmos a agilizar esforços para a realização da primeira Jornada da Reabilitação.

Cumprimentos
Luis de Sousa
Designuviar

De: TAF - "Uma entrevista vergonhosa"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-07 21:43

Foi uma noite especialmente infeliz para Judite de Sousa! Mal preparada, irritada, sem saber o que perguntar, a querer argumentar sem qualquer base para tentar "entalar" o Presidente da Câmara, enfim, foi uma entrevista quase "a pedido" de Rui Rio. Quando se ia tratar do que realmente interessava - o futuro, os projectos, a ideia para a cidade - a jornalista não deixou e mudou de tema para assuntos completamente irrelevantes. Vergonhoso! Era o que eu receava: não houve informação de qualidade, fosse ela a favor ou contra Rui Rio. O pior para o Porto é esta ignorância. Jornalismo realmente não é isto - nesse aspecto Rui Rio tem toda a razão em estar precavido contra a incompetência dos entrevistadores. Muito melhor papel fazemos nós aqui no blog.

De: Pedro Aroso - "Pequenas Diferenças"

Submetido por taf em Quinta, 2006-12-07 20:32

Caro Rio Fernandes

Existem pequenas diferenças:

  • 1. As empresas de Lisboa não cometem erros parecidos. As empresas de Lisboa gastam dinheiro a mais, mas ninguém fica a saber em quê ou porquê...
  • 2. No caso do Metro do Porto, todos ficámos a saber onde foi gasto o dinheiro (Rotunda e Av. da Boavista).

Obrigado Metro do Porto!

Pedro Aroso

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