2013-09-29

De: TAF - "Ao cuidado dos nossos constitucionalistas"

Submetido por taf em Sexta, 2013-10-04 01:35

O "dever de fidelidade" dentro de partidos (que são nacionais) para questões locais é inconstitucional. Porque é uma limitação injustificável da liberdade do cidadão militante. Só que ainda ninguém levou isso ao Tribunal Constitucional...

A propósito, lembro este artigo que escrevi em 2010 no JN, onde justifico melhor a minha opinião: "Somos os melhores em tudo". As regras internas de todos os partidos, neste ponto concreto, não podem produzir efeitos porque violam a Constituição. Muito me espanta, aliás, que aparentemente ainda ninguém tenha levantado esta questão.

De: Salvador Faro - "A CMP continua a abater árvores"

Submetido por taf em Sexta, 2013-10-04 01:19

A propósito deste post é, infelizmente, uma situação a que o poder político dá pouca ou nenhuma atenção. Em ações como a sensibilização para não deixar os dejetos dos animais na via pública, se vê como funcionam as instituições: lança-se a semente e depois não se continua a alimentar a ideia. Os suportes de sacos são votados ao abandono e deixam de ter sacos para fomentar esta boa prática.

No caso dos jardins e das árvores é igual: faz-se obra na via pública e depois não se faz a manutenção. Outro mau exemplo é o Jardim da Cordoaria: vandalizado ora pelos automóveis ora pelas garrafas e copos deixados ao abandono, está completamente danificado. No caso da Foz, e para além dos exemplos já referidos, é impossível não reparar no mau estado do Jardim do Calém ou dos chorões que crescem sem parar nos jardins à beira mar dando um aspeto de descuido penoso. Repor as árvores e manter os jardins cuidados é mais importante do que limpar grafitis, na minha modesta opinião.

La Plaie, um documentário francês feito na cidade do Porto e falado em português, sobre a praga (la plaie), as gaivotas, que invadiram e invadem muitas das nossas cidades, e no caso concreto o Porto. “Neste documentário inquieto, a cidade do Porto revela os seus medos e fantasias através das suas lendas animais. O filme A Praga captura rumores em redor da cada vez mais ameaçadora presença das gaivotas na cidade e segue o percurso singular de José Roseira, um portuense em busca de histórias. São muitas histórias contadas pelos habitantes… Assistimos a uma batalha entre o homem e o animal, reveladora de todas as animalidades.”

Tive uma pequeníssima participação, filmada, mas que não foi exposta, mas foi referida no final do documentário, razão por estar presente, por convite, nesta pré-apresentação, dado em 2012 ter escrito – ano da rodagem do documentário - umas linhas que foram publicadas, dai o José Roseira me ter contactado, sobre a agressiva invasão de gaivotas no Porto e pelo Porto adentro, instalando-se em toda a cidade, por todo o lado fazendo ninhos, no Cento Histórico e não só, com todo os inconvenientes que daí nos advém. Interessante e oportuno este documentário, por ter sido feito por dois franceses Heléne Robert e Jeremy Perrin, com a participação permanente do José Roseira. Feito no Porto, pelo Porto e referindo a praga das gaivotas, a desastrosa desertificação do centro histórico do Porto e até da Rotunda da Boavista. E a tomada desses espaços pelas gaivotas.

Curioso que uma habitante do Porto que fala no filme diz que quanto mais conhece as pessoas mais gosta de animais. Todos nos lembramos de alguém que disse “quanto mais conheço os homens mais gosto de cães”. Como é evidente o ser humano tem tudo para ser o que não é – cordial e construtivo -, e por norma faz mais mal do que bem, mas evidentemente, nos animais mandamos dominando-os com alguma alimentação e abrigo, e não seria isso que gostaríamos de fazer aos nossos semelhantes, que por vezes são-nos bastantes menos cordiais e afáveis. Pena estes temas não serem mais abertos à sociedade civil, uma vez que passam totalmente ao lado dos políticos, e pena a nossa comunicação social não saber, querer ou conseguir estar mais atenta e participativa nestas abordagens, e como sabemos não acontece, e não parece vir a acontecer.

Por certo, até pela crise, o Homem está a tomar como essenciais e primordiais instintos animalescos de sobrevivência a agressividade e deseducação tal como as gaivotas, em protecção do território que invadem, no caso o Porto. Esperemos, ainda, todos querer ajudar a recuperar bem o Porto, algo perdido, abandonado, desertificado e reenviar as gaivotas ao seu espaço que é o mar e não as cidades.

O Cinema Passos Manuel já foi um local, muito divulgado, de bons filmes, mas no dia 28.09.2013, entre as 20h30 e as 23h30, foi um espaço com muita gente nova, muita atenta, muito interessada, muito curiosa a ver este filme/documentário. De seguida foram para um espaço perto de jovens e para jovens. Claro que m/ mulher e eu, sexagenários e ainda não tendo perdido a noção dos tempos e das idade, fomo-nos embora não sem antes dar um abraço ao Roseira e à Heléne Robert. Um bom trabalho feito no Porto. Venham mais, e façamos todos mais por nós, pelo Porto, pelo futuro com futuro, pelas e com as pessoas!

Estas autárquicas foram uma forma de os principais partidos políticos continuarem a digladiar-se em vez de mostrar que o não faziam. Tornaram-se, em vez de momentos em que cada candidato a cada autarquia - que a nível de Câmaras continuam a ser o dobro do que deveriam ser - deveriam saber e querer explicar-nos o que iriam construir – com pouco dinheiro – sem ser rotundas com muita tralha dentro, foram, antes, momentos de dizer quem é mais alto, ou mais baixo, ou mais atraente, ou não político de serviço imortalizado, como o outro. Não se quiserem instituir tempos que não são necessários de televisão, já chegam os excessivos em que o chefe de cada Partido foi às diversas localidades dizer mal do chefe do outro partido. Teria sido necessário cada candidato falar de si e por si, quanto ao que iria ter de fazer na sua localidade a nível de transportes, água, luz, escolas, habitação e emprego. Teria de ser cada um a dizer como fazer muito, com pouco. A dar ideias construtivas para o poder local, de facto ser um “poder com poder”.

Bem, nada disso foi feito. E perdeu-se tempo a dizer mal uns dos outros, algo em que estamos peritos. Somos tão bons no maldizer! A falar de défice do País, dos estafermos da troika que andam lá pela Capital do Império às ordens da Sra. Merkel que, como era de esperar, continua a mandar. E andaram todos – candidatos e recandidatos - no disse que disse, e não devera ter dito. E não esquecer os partidos que não quiseram os que já lá estavam, alguns até a fazer bom trabalho e ainda não dinossauros - antes encaixaram os necessários “meter“, os da conveniência do chefe do partido do momento. E não os melhores para o lugar e autarquia! E ficaram sempre mal no retrato os Partidos, quando a democracia com eles se constrói, aqui se destrói. E o poder local nada ganhou com esta trapalhada. Nem o País, nem os partidos, nem a democracia.

E depois das eleições, ganhe quem ganhar em cada localidade, pouco para melhor vai mudar, tudo vai na mesma continuar, com o défice e a divida sem solução, apesar de nestas autárquicas ter sido o centro da discussão. Os “lá de fora”, que até nos emprestam dinheiro, a assumirem-nos cada vez mais doidos, e nós os “cá de baixo” a viver pior a cada dia que passa, uma vez que os “lá de cima” estão a não saber, faz tempo de mais, fazer o que deveria ter que ser feito. E se calhar seria bem aconselhável – mas não realizável - irem-se todos - esses - embora e dar lugar a cabeças mais arejadas e mais interessadas no País, nas populações, e nas localidades.

De: TAF - "Os resultados"

Submetido por taf em Segunda, 2013-09-30 01:13

Rui Moreira ganhou, tendo 6 vereadores, o PSD 3, o PS 3 e a CDU 1.
A lista de Rui Moreira ganhou em todas as freguesias excepto Paranhos (manteve-se PSD) e Campanhã (manteve-se PS).

Os presidentes das Juntas são:

Os eleitos para o Executivo são:

Os resultados em detalhe, obtidos em autarquicas2013.mj.pt: