2013-04-21

De: TAF - "Algumas sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2013-04-25 23:09

De: Pedro Figueiredo - "Memória do Porto no 25 - o SAAL/Norte"

Submetido por taf em Quinta, 2013-04-25 22:51

Mapa do Porto


Texto retirado da cronologia "Livro Branco do SAAL 74-76”. Imagem: Operações SAAL no Porto em “O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974” de José António Bandeirinha, Coimbra, Imprensa da Universidade, 2007.

  • «- 25 Abril 74 – Golpe de Estado militar que derruba a ditadura fascista de Marcelo Caetano.
  • - 1 maio 74 – Grande manifestação popular em todo o país. O Bairro Camarário de S. João de Deus, no Porto, manifesta-se junto ao Quartel-General e apresenta o seu caderno reivindicativo, o primeiro contra o regulamento camarário em vigor.
  • - 28 maio 74 - Ocupações no Bairro S. João de Deus (Porto)
  • - Junho 74 - O secretário de Estado da Habitação e Urbanismo do Iº Governo Provisório, arq.º Nuno Portas, estabelece por despacho interno o “Programa de Acções Prioritárias a considerar pelos Serviços do Fundo de Fomento à habitação”. Entre as várias “Acções Prioritárias” programadas é incluída a criação de um “Serviço de Apoio Ambulatório Local” (SAAL) dirigido a “estratos mais insolventes mas com organização interna que permita o seu imediato envolvimento em “auto-soluções”, com apoio estatal em terreno, infra-estrutura, técnica e financiamento”.
  • - 30 novembro 74 - Manifestação dos moradores pobres contra as “subalugas” e pelo direito à habitação. Invasão da Câmara municipal do Porto e forçado o diálogo com a sua comissão administrativa.
  • - 22 maio 75 - As instalações das minas de S. Pedro da Cova, encerradas desde 1969, são ocupadas pelos moradores da freguesia e antigos mineiros que formam o Centro Revolucionário Mineiro.
  • - 14 janeiro 76 - Explode potente bomba nas instalações do SAAL/Norte, que ficam destruídas. Grande plenário na ESBAP.
  • - 4 março 76 - Potente bomba destrói automóvel de um trabalhador do SAAL/Norte» (a saber: o Arq.º Alexandre Alves Costa)

De: TAF - "Hoje"

Submetido por taf em Quarta, 2013-04-24 02:52

A recente notícia da suspensão da Feira do Livro este ano certamente não surpreendeu ninguém. As dificuldades nas negociações entre a APEL e Câmara Municipal do Porto são habituais pelo menos desde que Rui Rio decidiu deslocar o evento do Palácio de Cristal para a recém intervencionada Avenida dos Aliados.

Já em 2010 se falou da possibilidade de realizar a edição da Feira do Livro desse ano em Vila Nova de Gaia. Não será de reaproveitar agora essa ideia? Gaia já recebeu muitas instituições culturais portuenses que nos últimos dez anos encontraram dificuldades no relacionamento com a Câmara Municipal do Porto. Talvez valha a pena experimentar, e certamente que a passagem dos Aliados para Gaia não será tão perturbadora como a passagem do Palácio para os Aliados, a qual ditou a redução da escala do evento.

Gaia certamente acolherá esta manifestação cultural com algum agrado, e haverá melhor local para a sua realização do que junto ao Jardim do Morro? Vejamos bem... Na Avenida dos Aliados os pavilhões constituiam quatro filas organizando dois corredores paralelos interrompidos apenas pelo atravessamento rodoviário da Rua Dr. Magalhães Lemos. Suprimida esta interrupção, cada corredor tinha cerca de 260 metros de comprimento. Junto ao Jardim do Morro o troço pedonal da Avenida da República onde se situa a estação de metro tem uma extensão de cerca de 210 metros e uma largura superior à placa central da Avenida dos Aliados. Além disso, o espaço do jardim também tem condições para acolher parte do evento. Finalmente, as árvores de aquele local propiciam uma frescura e uma sombra que os Aliados não têm, para não falar da vista sobre o rio Douro.

Oxalá saiba a Câmara Municipal de Gaia aproveitar esta oportunidade!

Sentimos uma total insegurança a circular a pé ou de automóvel pelas nossas cidades, e aqui vai o foco para a do Porto. Em definitivo não há Polícia de rua, de proximidade (de presença)! Seja por falta de combustível, seja pelo que possa ser, não há. E o sentimento de que tudo pode acontecer se houver que acontecer, de dia ou de noite, é um facto. E quanto a este, argumentos deverá não haver! E como todos andamos bastantes desmotivados, pelo ponto sem futuro a que chegámos, os ânimos andam desatinados, e quem espirito de malvadez tiver tem tudo para e onde o praticar...

Seria impossível em vários locais da cidade, no caso aqui no Porto, a PSP e talvez - também - a Polícia Municipal deixar estacionados veículos seus, que serviriam de local de permanência de controlo, que estariam mais próximos de ocorrências e até, esse o intuito, evitariam que viessem a acontecer. Criando alguma segurança nesta plena e progressiva insegurança em que estamos instalados. Ou vamos sentido que ninguém manda - e alguns que mandam, não o fazem como melhor deveriam fazer... de gabinete dá maus resultados... - e que cada um anda por si, e por si chega ou não em condições a casa ao fim do dia... por sorte! Não foi assaltado, agredido, roubado, atropelado, insultado, esfaqueado, etc., etc., por acaso...

Nota: pretendemos segurança física não só para nós residentes, mas também para turistas nacionais e estrangeiros que por cá andam... mas assim?