2012-09-09

De: TAF - "Já é oficial"

Submetido por taf em Quarta, 2012-09-12 21:42

Já se sabia, mas agora é oficial: Menezes anunciou na SIC Notícias que é candidato à Câmara do Porto. E, já agora, defende a fusão com Gaia.
Escrevi aqui o que penso sobre o assunto. Para enquadramento, também isto.

Cartaz

A Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património (APRUPP) vai organizar no próximo dia 13 de setembro, pelas 21.30h, na Garagem Comércio do Porto, um encontro sob o tema “Mobilidade no Centro Histórico: um obstáculo na devolução das famílias à Baixa?”.

A tertúlia pretende focar-se no tema da mobilidade urbana e a sua influência na atratividade da função habitacional, com especial enfoque nas famílias com filhos, e a sua implicação direta na regeneração do centro histórico e consequentemente dos seus edifícios. O evento conta com um painel composto por cidadãos, académicos, decisores e utentes de meios de transporte alternativos: Álvaro Costa (Professor FEUP, especialista em mobilidade), Gonçalo Gonçalves (Vereador Urbanismo e Mobilidade CMP), Ricardo Santos (profissional ativo, morador no centro histórico do Porto, com a família), Miguel Barbot (Ativista em prol das cidades, autor do blogue "1penoporto.wordpress.com") e Sílvia Magalhães (moderadora, APRUPP).

“Todas as pessoas se deslocam diariamente e, uma grande parte, várias vezes ao dia, logo a questão da mobilidade é sempre ponderada na opção pela localização da habitação e pela decisão de nos deslocarmos ou não a determinada zona. Em particular, queremos perceber a relação da mobilidade e do estacionamento com a função habitacional no centro histórico, se existe realmente essa relação e que peso tem na decisão de escolha da casa para comprar, arrendar, etc.; queremos também perceber se o centro histórico está “condenado” a viver apenas com determinado tipo perfil de moradores: idosos, jovens estudantes e trabalhadores, ou se podemos imaginar no futuro um cenário com famílias a repovoar o centro, a conseguir fazer as suas deslocações necessárias ao infantário, escola, trabalho, a partir de uma área central”, refere Sílvia Magalhães da APRUPP.

Esta tertúlia é já a segunda de um programa de tertúlias que está a ser organizado pela APRUPP e que se destinam ao público em geral. A iniciativa é de entrada livre.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Gostos não se discutem"

Submetido por taf em Quarta, 2012-09-12 17:51

Como o José Ferraz Alves não necessita de defensores, sabe bem defender-se, aproveito este bom e útil espaço, unicamente para dar uma opinião (antes disso: de facto são oliveiras e não sobreiros). Na Praça de Lisboa já foi construído - tem anos! - um centro comercial que caiu, morreu de podre, por certos todos se lembrarão! Assim, agora, em tempos de tantas dificuldades - venha o dinheiro de onde vier -, não teria sido muito mais necessário recuperar o "casco" histórico do Centro do Porto - tudo o que já existe e está a cair! -, em vez de ter que "isto" construir? Não seria mais benéfico para todos nós, e para atrair estrangeiros ao Porto, recuperar, restaurar o que existe e se está a degradar? E criar mais habitações a baixo custo em casas antigas no Centro a cair! Talvez não, senão teria sido feito. E a impressão de que o Centro do Porto está em total degradação, é impressão, pelo que se deve reconstruir a Praça de Lisboa, sempre!

De: Vânia Castro - "Praça de Lisboa... só não gosto do nome :) "

Submetido por taf em Terça, 2012-09-11 21:51

Caro José Ferraz Alves

Não percebo a sua crítica. Pode não gostar da praça, mas chamar-lhe "construção horrorosa com totós de sobreiro género primeiros cabelos de meninas-bébés" parece-me um exagero. Eu passei lá e confirmei com os meus olhos que aquilo não são sobreiros, são oliveiras e por sinal bem bonitas. Gosto muito da praça (e ainda não está acabada), especialmente vista por quem vem da Praça dos Leões, com a Torre dos Clérigos ao fundo. Acho um projecto de arquitectura muito interessante e que sem dúvida trouxe mais-valias àquela zona.

Confesso que gostava mais do nome Praça do Anjo. E, na falta da antiga estátua do Anjo que lá existiu e ao que parece foi roubada, podiam fazer uma réplica, ou re-inventar a original e voltar a chamar à praça "do Anjo". Porque a não ser, que seja a Praça do Porto!

De: F. Rocha Antunes - "Gostos não se discutem"

Submetido por taf em Segunda, 2012-09-10 23:41

Caro José Ferraz Alves

Como principal responsável pelo projeto que está a nascer na Praça de Lisboa quero dizer duas coisas objectivas: primeira, não há lá um único sobreiro mas sim 48 oliveiras que foram podadas para serem transplantadas para aquele sítio; segunda, a Câmara do Porto não investiu um euro no projeto já que se trata de uma concessão de direito de superfície atribuída através de concurso público internacional que atribui toda a responsabilidade e o risco do investimento exclusivamente para o concessionário. Confesso que esperava de si outro rigor. Quanto ao gosto evidentemente nunca o irei discutir.

Cordiais cumprimentos,
Francisco Rocha Antunes

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Centro"

Submetido por taf em Segunda, 2012-09-10 23:37

Sem dúvida que algumas fotografias "dizem" tudo. Não são necessárias palavras, nem legendagem. Deixámos degradar totalmente o Centro do Porto, com o tique de se ir para os subúrbios, com espaços, com jardins, com muita largueza. Depois notámos que teríamos de regressar para trabalhar ao Porto, que tínhamos de gastar muito dinheiro - que não temos - com toda a família em transportes, e que não temos tempo, nem disposição, para usufruir do espaço, dos jardins, dos subúrbios.

Como hoje não temos dinheiro para nada, o pouco, o quase nenhum dinheiro que ainda não nos foi derretido totalmente sirva para ir recuperando o Centro, o que nos pode dar qualidade de vida vivendo perto de tudo - e poupanças! - e atrai turistas, que trazem algum dinheiro e vida a esse mesmo Centro. Enquanto é tempo!

De: TAF - "Há dias"

Submetido por taf em Domingo, 2012-09-09 19:34

Na Rua Mouzinho da Silveira

Na Rua Mouzinho da Silveira


De: José Ferraz Alves - "Falta de coluna vertebral"

Submetido por taf em Domingo, 2012-09-09 19:14

Foi José Sócrates e o PS que lançaram a privatização monopolista dos Aeroportos. Foi Sócrates quem, no Palácio da Bolsa, desafiou o Norte a apresentar uma proposta de gestão descentralizada do AFSC. Que foi apresentada. Foi Sócrates que se fez de esquecido. Foram os deputados do PS e os lideres distritais do Norte quem se calou e apoiou o chefe.

Rui Rio foi para o Europarque liderar a revolta do Norte... Hoje... Passos Coelho imita Sócrates... Rui Rio resguarda-se na expansão que o privado monopolista se obrigará a fazer... Os autarcas e deputados do PSD, incluindo o ex-líder da Regionalização Abreu Amorim, desaparecidos... E José Luís Carneiro vem liderar as distritais do PS contra a proposta do PSD, que era a de Sócrates. Muito mau.

O MPN é a favor da gestão pública descentralizada dos Aeroportos. São bens públicos de interesse regional. Não mudou.

Está neste momento em marcha por parte do Governo, que deveria de ser de Portugal, uma acção concertada que tem como objectivo final garantir que às custas e prejuízo do Norte se promova exclusivamente a sobrevivência da economia de Lisboa; que se garanta que seja a única região apetecível para o investimento e que igualmente se transfira a capacidade industrial para perto dela, destruíndo irremediavelmente o emprego e o futuro do Norte. Como? Através de decisões de tal forma graves, enviesadas e desfasadas de critérios racionais que se podem considerar anti-nacionais e definitivamente discriminatórias. A recente decisão de vender a empresa gestora dos Aeroportos em bloco, não salvaguardando as especificidades próprias do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, e da sua importância para a economia do noroeste peninsular, em prol do Hub de Lisboa, ao qual ficará subjugado, é uma decisão inaceitável destinada a servir a gula centralista.

Outras acções, agora em banho-maria, mas que voltarão logo que surja oportunidade, são as relativas ao Porto de Leixões (o porto de mar que mais exporta, o mais eficiente, a principal porta de saída das exportações) e à Linha do Minho e sua modernização. Acrescenta-se ainda a intenção governamental de construir uma linha ferroviária "para as exportações" a mais de 300 km da Região onde elas são geradas. Esta situação revela-se ainda mais escandalosa, pois segundo um representante da Comissão Europeia "a aposta de Alta Velocidade portuguesa irá servir os portos de Sines, Setúbal e Lisboa, e Aveiro via Salamanca, deixando, pelo menos para já, fora desta rede europeia Leixões e Viana." Não é coincidência. É objectivamente intenção do Governo promover a competitividade dos portos que se têm revelado deficitários, prejudicando e retirando qualquer tipo de competitividade aos portos de Leixões - Viana do Castelo e à Região que servem no escoamento das cargas que recebem ou exportam no contexto nacional, relegando-os para a irrelevância. O objectivo do denominado Governo de Portugal, confesso e não esquecido, é fundir a gestão de todos os portos nacionais, com a desculpa de poupança na gestão. Na realidade é uma forma de retirar a autonomia a Leixões e dessa maneira perturbar e condicionar a sua gestão de forma a que ele deixe de ser um concorrente eficaz, tornando-se irrelevante e submisso aos interesses de outros portos que até agora se têm revelado incapazes de concorrer pelos seus próprios meios. Questionem-se apenas quais serão as prioridades dessa “gestão estratégica conjunta” quando esses gestores estiverem sentados no seu gabinete com vistas para o Porto de Lisboa e com o pensamento em Sines. Uma vez mais sacrifica-se a eficiência e a competência aos clientelismos e centralismos.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Ponte pedonal"

Submetido por taf em Domingo, 2012-09-09 18:59

E, em vez disso, ser aproveitada a Ponte D. Maria, que está ali a ver se cai ou não! E torná-la uma ponte pedonal? Fica um pouco mais acima da D. Luís, sem dúvida, mas é a única obra de Eiffel que cá temos, é bonita, está feita, seria só dar um jeito, e bem aproveitá-la. Ou então falar-se com os senhores do estrangeiro, que nos emprestam dinheiro para subsistir e perguntar-lhes se a devemos vender aos chineses.

Na Régua, junto à ponte que faz a travessia de veículos por cima do mesmo Rio Douro, havia uma ponte também antiga que seria para um comboio até a Lamego. Sempre tivemos o tique das grandezas. Como nunca foi feita qualquer linha férrea até Lamego, a ponte desde este ano virou pedonal. Já que não conseguimos por nós fazer isso, poderemos, talvez, copiar o que mais acima no mesmo Rio Douro fazem.