2012-01-08

Grupo de Reflexão e de Intervenção Cívica - CENTRO HISTÓRICO DO PORTO
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Como é do conhecimento geral, o senhor Dr. Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, tem demonstrado, de uma forma que é constante (persistente!), o seu mais profundo desprezo (reconhecemos que é uma palavra dura, mas que é verdadeira) pelo Centro Histórico do Porto. E, por tal, é deveras notório, está-se, como se costuma dizer, marimbando para os graves problemas que tanto afectam a referida zona histórica e que ele tanto desvaloriza, nomeadamente quanto às políticas de
autêntico “terrorismo social” e de “genocídio cultural” que, indiscutivelmente, visam procurar desertificar humanamente (ainda mais!!!) o Centro Histórico do Porto. Políticas essas que têm como objectivo único a “expulsão” e a “deportação” para a períferia da cidade dos seus habitantes originais, tal para os bairros (guetos) sociais, tantas das vezes, para os chamados bairros problemáticos, isso com as graves consequências que pensamos que todos reconhecem e sabem.

Também o senhor padre Agostinho Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza / Portugal, presidente da Associação Infante D. Henrique e pároco da Vitória e de São Nicolau, residente no Centro Histórico do Porto há 42 anos, afirmou ao jornal Público, de domingo, do passado dia 4 de Dezembro de 2011, página 41, o seguinte:

... Ler o resto em PDF.

Claro que com as devidas comparações uma autoridade policial com uma arma de fogo visa a defesa da comunidade, mas um sujeito qualquer com uma arma de fogo pode mesmo matar por um momento de raiva, ou mesmo utilizar a arma para assaltar ou roubar algo ou alguém. Se no primeiro caso a arma de fogo é fundamental e é utilizada com a finalidade de defender os interesses da comunidade, na segunda versão a mesma é sem dúvida tudo aquilo que ninguém deseja. Hoje assistimos a um aumento substancial da insegurança real, com a criminalidade violenta a aumentar. A situação económica não perspetiva melhorias e a criminalidade violenta tem vindo a aumentar. São precisas medidas adicionais e o sentimento de segurança tem que imperar, pois a agitação social vai ser uma realidade nos próximo anos.

A par disso vivemos também com outra insegurança... a 2.0.

Hoje vivemos numa sociedade cada vez mais global e na qual as redes sociais conseguem ter um contributo muito importante. Considero pois a Internet 2.0 algo de fabuloso, mas também muito perigosa. Fabulosa porque em cada canto ou esquina agora temos pequenos “informadores”, primeiro porque registam o momento e podem colocar à distância dum click tudo numa rede social. Assim hoje uma sujeito com um telefone na mão, uma ligação à Internet e um registo numa rede social consegue divulgar uma história que por vezes pode estar longe de ser verdade. O cybermobbing começa hoje a fazer-se um pouco por todo o mundo. Na Alemanha uma estudante viu a sua fotografia montada numa cenário pouco abonatório e colocada num website pornográfico com o número de telefone pessoal e a morada correta, na qual fazia menção que era “garota de programa” nos tempos livres. Nada mais falso. Em Portugal a mentira mais viral que tenho memória nos últimos tempos foi a petição que chegou a triplicar os subscritores em 24 horas e obteve 40.439 assinaturas (em pouco dias) onde dizia que os deputados da Assembleia da República, apesar das medidas de austeridade, mantinham os subsídios de férias e de Natal, nada mais falso.

Como conseguir filtrar o bem do mal, quer com as armas de fogo quer a segurança 2.0?

Marta Salgueiro Gomes

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Nota de TAF: Permita-me um breve comentário sobre o assunto. Tal como noutros contextos, na Internet é fundamental atender à credibilidade da fonte, quer em termos técnicos quer em termos sociais. Por exemplo, sabe-se que é fiável um site oficial como www.dre.pt para consultar o Diário da República, mas pode não ser de confiança a suposta transcrição da legislação obtida num site desconhecido. De igual modo, um texto assinado como "TAF" aqui n'A Baixa do Porto" será certamente meu - conhece o blog, saberá eventualmente quem são alguns dos participantes. Mas cuidado: já fui vítima, há uns anos, de uma situação semelhante à que relata, quando os meus dados apareceram algures num local pouco recomendável da rede (e, lá está, sem credibilidade). Nesse caso consegui descobrir quem foi o autor da "façanha" e agi em conformidade.

Antes de lhe responder procurei saber se o CERN, já agora por seu intermédio, se tinha dignado dar uma resposta científica a quem teve o cuidado de o contactar pelo menos duas vezes. O seu dislate está em ser arrogante, característica muito comum a quem é ignorante e não tem a educação de responder a quem procura trabalhar em favor do que entende ser o progresso científico. Portanto, nem a sua resposta nem o politicamente correcto apoio do Taf me afectam um mínimo, num país e numa Europa que gastam milhões em investigação e depois falham no apoio em Bolsas de Estudos para jovens que não têm mil euros para tirar um curso universitário.

Tal como na história de Galileu e dos guardiões do templo, continuo, porque conheço o caso há mais de 5 anos, a aguardar a resposta científica do CERN ao modelo que lhe foi proposto. Isso sim, é ser democrata e pelo menos bem educado perante quem apenas pretende apresentar projectos e aguardar feedback para continuar a trabalhar. Fico a aguardar. A sua resposta foi pouco científica. E não me arrependo de colocar temas que não domino quando percebo que o que está em causa são arrogâncias de poderes instituídos.

José Ferraz Alves

De: TAF - "Sugestões recebidas"

Submetido por taf em Sábado, 2012-01-14 21:05

- Debate - A Lei dos Solos, 25 de Janeiro, 21h30, Univ. Lusófona, da Campo Aberto e de Pedro Figueiredo
- Ainda mais Porto na Videoteca Bodyspace, de André Gomes
- JESSICA tem 335 milhões para investir em reabilitação, de Patrícia Soares da Costa
- Porto-Vigo à espera do dia 31..., de Nuno Oliveira
- Pergunta de António Ferreira: "O que é feito do Museu da Indústria? Acabou simplesmente?"

- A razão porque a cidade de Dresden perdeu a classificação da UNESCO, de Rui Rodrigues: "No caso da Barragem do Tua é muito mais grave que Dresden. Ainda por cima, o Governo português nunca informou a UNESCO que ía ser construída uma barragem na Foz do Tua. Em Dresden, foi tudo feito de forma transparente."

- Presidente da Junta de Matosinhos "monta" gabinete em café, de Carlos Oliveira: "O que acham desta noticia? Acho sempre importante os eleitos estarem perto dos seus eleitores. Por acaso achei piada à ideia. Tem é de ir mudando de café por causa da concorrência. Em relação ao que diz um comerciante «a presença do metro foi um erro político» acho claramente que o metro foi um dos factores da crise naquela rua."

De: TAF - "Desinformação"

Submetido por taf em Sexta, 2012-01-13 10:55

Para mim ontem foi um dia muito ocupado e hoje também vai ser, por razões pessoais e profissionais. Há posts e sugestões pendentes para publicação, que terão de aguardar por disponibilidade de tempo minha.

Para já fica só o aviso de que pelos vistos alguém fez contactos telefónicos em meu nome, falsos portanto, com dirigentes da estrutura local do PSD. Lembro que é também fácil falsificar emails, pelo que se alguém receber alguma comunicação "estranha" supostamente minha, por favor contacte-me para taf@etc.pt (escrevendo directamente este endereço e não apenas fazendo "reply" à mensagem recebida) para confirmar a autenticidade da origem. Pode ter sido apenas confusão, mas mais vale prevenir do que remediar...

Logo à noite há plenário do PSD/Porto, conforme refere hoje também o Público. Espero que os militantes cumpram o seu dever de participação. Sem eles os partidos não valem nada.

PS: Cá está a notícia do Público - isto não é desinformação :-) - Polémica sobre currículo do candidato aquece campanha eleitoral à concelhia do PSD-Porto

Caro TAF,

Escrevi há pouco tempo a propósito dos perigos que enfrenta a democracia, especialmente em tempos de crise, quando (para quase todos) a ética e os princípios básicos de sã convivência democrática e tolerância pela diferença tendem a importar bem menos que um emprego, o dinheiro para sobreviver, ou até a proximidade a “quem manda”. A carta que recebeu fez-me lembrar uma carta que recebi há uns anos constituindo-me arguido por “difamar” Valentim Loureiro (não devia ter levantado suspeitas de relações pouco claras entre política, futebol e imobiliário); fez-me lembrar a coragem da mensagem de Daniel Deusdado aqui difundida há dias sobre como se controla a comunicação social (“grande” Rui Rio!), assim como a atitude firme de Marques Mendes e Francisco Assis face aos podres que ameaçavam PSD e PS. São precisos muitos mais como eles, mais que nunca.

Porque, de facto, isto vai mal, muito mal, quando o partido mais votado em Portugal promove os seus militantes a cargos públicos e privados depois tudo o que disse o seu presidente antes e depois de eleições; isto vai mal, muito mal, quando dirigentes de maçonaria se ligam à segurança máxima do país e a negócios privados; isto vai mal, muito mal quando a ideia de Ricardo Almeida à frente do PSD do Porto me faz até começar a achar que Rui Rio nem foi assim tão mau...

Face ao post aqui colocado com o texto do advogado do Sr. Ricardo Almeida e sendo este um espaço de liberdade e comunicação, onde sempre foi possível expressar opiniões, interrogações, críticas, sem ameaças nem intervenções jurídicas, invocação da honra pessoal e coisas do estilo, lamento muito o teor do texto e aproveito para perguntar ao Sr. Advogado do Sr. Ricardo Almeida o favor de nos esclarecer (militantes do PSD como TAF, independentes como a maioria dos leitores da Baixa do Porto, ou militantes de outros partidos como eu):

  • o que aconteceu às multas do Sr. Ricardo Almeida, vulgo “deputado voador” que teve dezenas de multas por excesso de velocidade que não chegaram a ter consequência (de acordo com vários órgãos de comunicação social, nunca desmentidos);
  • quanto tempo demorou o Sr. Ricardo Almeida a concluir um curso na Universidade Independente e qual o número de aulas que efetivamente frequentou em cada disciplina;
  • se o Sr. Ricardo Almeida é ou não maçon e se sim ou não dirige a “Loja Porto” da chamada maçonaria regular, à qual pertencerá (dizem! olhe que eu não estou a afirmar nada!) o Sr. Marco António Costa;
  • se o Sr. Ricardo Almeida tem alguma responsabilidade (como parece…) na entrada de novos militantes no PSD Porto de forma irregular (de acordo com jornal Público de hoje e declarações do ex-ministro PSD Amândio de Azevedo);
  • se acha mal que um companheiro do Sr. Ricardo Almeida tenha um blog e possa emitir opiniões.

Ah… antes de me ameaçar com um processo por parte do Ministério Público, peço-lhe o favor de solicitar ao seu cliente para não se incomodar. Até porque seria bom que ele se habituasse a ler coisas menos agradáveis, porque a democracia tem destas coisas. Chamam-lhe diferença de opinião e debate crítico, coisa inabitual apenas em ditadura, onde discordar e opinar pode ser delito. É contra isso que o Sr. seu cliente deveria lutar, como militante de um partido democrata.

PS Uma boa notícia: por proposta do PS, o que aqui escrevi sobre a Bateria da Vitória teve (boas) consequências. A CM aprovou por unanimidade que o largo ao fundo da Rua de S. Bento da Vitória continue a ter usufruto público irrestrito. Até pode ser que a CMP / FDZHP ainda vão a tempo de conseguir reverter para posse pública o espaço desenhado por João de Almada no final do séc. XVIII. Até porque (parece que) quem acabou de comprar casa (bem) e espaço público, dito logradouro (mal), vai em breve vender o que comprou…

De: Correia de Araújo - "Diatribes e... claro está, desfoques!"

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 23:49

Meu Caro TAF,

Lembra-se? Na altura até lhe desejei boa sorte! Com tanta diatribe a que tenho assistido só posso mesmo dizer: por muito menos fui expulso do PSD! Aguente-se, caro TAF!

Um abraço solidário,
Correia de Araújo

De: Cátia Oliveira - "10 anos do mandato"

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 23:47

Já não escrevo há muito tempo aqui no blogue mas tenho continuado a ver frequentemente. Mas os 10 anos do mandato fizeram-me voltar a escrever.

Mais:

  • Reabilitação da baixa
  • melhoria trânsito
  • obras nos bairros

Menos:

  • Perda população
  • limpeza cidade
  • abandono Ribeira

De: Lurdes Lemos - "Balanço de 10 anos de mandato de Rui Rio"

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 23:30

No seguimento da sugestão de Carlos Oliveira, venho aqui deixar a minha participação, na qual incluo pontos sugeridos por amigos com quem partilhei esta ideia de fazer um balanço dos últimos dez anos de gestão autárquica da cidade.

Mais:

  • Reabilitação dos bairros municipais, à excepção dos bairros de S. João de Deus, S. Vicente de Paula, Aleixo e bairro Novo da Pasteleira;
  • Red Bull Air Race (apenas como iniciativa);
  • Circuito da Boavista (apenas como iniciativa);
  • Finalização das obras do Porto 2001;
  • Reabilitação urbana da Rotunda da Boavista (ainda que inscrita na polémica da linha da Boavista);
  • Turismo;
  • Controlo financeiro;
  • Organização do Gabinete do Munícipe, que funciona (geralmente) bem;
  • Gestão de pessoal;
  • Reorganização da rede municipal de bibliotecas e arquivos, destacando-se o Arquivo Histórico Municipal, que melhorou bastante o seu serviço depois de reestruturado pelo Dr. Manuel Real.

Menos:

  • Destruição por motivos unicamente panfletários do Bairro de S. João de Deus, interesses imobiliários na destruição dos bairros do Aleixo e S. Vicente de Paula e abandono do Bairro Novo da Pasteleira;
  • Privatização do SMAS;
  • Privatização do Silo-Auto;
  • Privatização do Miradouro da Vitória;
  • Concessão do Palácio do Freixo, com data de resgate insultuosa;
  • Concessão e destruição do Mercado do Bom Sucesso, com data de resgate igualmente insultuosa;
  • Criminoso abandono voluntário do Mercado do Bolhão, envolvido em mais negociatas e hipotéticas concessões com datas de resgate novamente insultuosas;
  • Projecto para o Centro de Congressos no Palácio de Cristal, no qual pretende usar grande parte senão mesmo todo o dinheiro que a CMP recebeu através dos concessionamentos acima referidos;
  • Caso das esplanadas da Praça Parada Leitão;
  • Proposta de ocupação da Praça de Lisboa, após o escandaloso abandono da mesma e o roubo da escultura do mestre José Rodrigues;
  • Destruição da Avenida dos Aliados, entre outras obras de maior envergadura realizadas sem consulta pública;

De: TAF - "O PSD não merecia isto... Nem vale a pena comentar"

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 20:26

"Ex.mo Senhor,
Tiago Azevedo Fernandes,

Tendo em conta o teor dos suas publicações (post’s) no Blog A BAIXA DO PORTO, datadas de 31.12.2011 – De: TAF - Como funciona a concelhia de um partido político e de 08.01.2012 – De: TAF – Mais licenciaturas domingueiras, agora no PSD/Porto?, ambas de teor manifestamente difamatório, vimos, em representação do n/cliente Eng. Manuel Ricardo Fonseca de Almeida, comunicar-lhe o seguinte:

  • 1. As publicações acima referidas reproduzem falsidades, encontram-se escritas em modo absolutamente insidioso e difamatório do bom nome e imagem do n/cliente.
  • 2. Não poderia V. Ex.a desconhecer a falsidade das mesmas, tendo em conta o seu teor contraditório e as informações públicas de que dispunha.
  • 3. Ao arrepio de qualquer sentido ético e moral que (para além de princípio de vida) devia nortear quem, como é o seu caso, escreve e publica em plataforma de livre acesso, verificamos que optou por publicar antes de confirmar a veracidade dos factos.
  • 4. O que apenas se compreende se o intuito for, precisamente, a difamação.

Senão vejamos,

  • 5. Na primeira daquela publicações, desconhecendo em absoluto o percurso profissional do n/cliente (o que não devia, pois o seu CV é público e consta dos panfletos da sua candidatura, por si recebidos via mail, pelo menos), afirma peremptoriamente que este “Nunca teve vida profissional fora da política…”.
  • 6. Na segunda daquelas publicações opta por afirmar, também com obrigação de conhecer o contrário, que o n/cliente não é possuidor de 2 licenciaturas, como consta do seu CV.
  • 7. Não satisfeito, reproduz insinuações, interpretações erradas e insidiosas, deturpando factos pela escrita, no nosso entendimento, de forma intencional.
  • 8. Isto porque, acaso não fosse demasiado perceptível o objectivo de tamanho comportamento ao longo daquelas publicações, termina a última delas com o “golpe de misericórdia”, chantageando directamente o n/cliente e “obrigando-o” a retirar consequências políticas dos factos torpes e falsos que anteriormente publicou.
  • 9. Numa clara tentativa de manchar a sua boa imagem e bom nome, no que o n/cliente não pode, obviamente, consentir.

Atento o exposto, e por forma a impedir que este assunto se prolongue por tempo demasiado e com atitudes desnecessárias, solicitamos a V. Ex.a que, no prazo máximo de 24 horas, publique no mesmo Blog e com igual relevância, um pedido de desculpas ao n/cliente, pelas afirmações abusivas, falsas e, por isso, difamatórias, constantes daquelas duas publicações a que fizemos referência.

Entendemos que, tendo em conta toda a informação anterior à sua publicação, que era do seu conhecimento, e ao esclarecimento prestado pelo n/cliente, será esta a única forma de, no mesmo local, repor a verdade dos factos e, obviamente, pela sua manipulação e falsidade, pedir desculpa.

Mais comunicamos que, no caso de não ser publicado, nas próximas 24 horas, o pedido de desculpas nos moldes acima descritos, de imediato daremos entrada no Ministério Público de queixa-crime contra V. Ex.a, pelos factos descritos, impulsionando o respectivo procedimento criminal.

Por último, pretendemos que o conteúdo da presente comunicação seja apenas do conhecimento do seu destinatário.

Com os melhores cumprimentos,
O advogado,"

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Posts sobre este assunto:

(Fui informado de que não tenho dever de sigilo sobre comunicações que me dirijam.)

De: TAF - "Aos juristas"

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 17:20

Acabei de receber do advogado de Ricardo Almeida, a propósito deste assunto um email com a indicação de que:

  • "pretendemos que o conteúdo da presente comunicação seja apenas do conhecimento do seu destinatário".

Agradeço informação por parte de algum especialista se, apesar disso, tenho ou não o direito de publicar aqui, na íntegra, este texto que me foi dirigido. (Por exemplo para taf@etc.pt.)

De: TAF - "Isto está lindo..."

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 15:11

O CDS/PP para mim é o típico Partido oportunista (se calhar é o Partido que melhor mostra o que é a política em Portugal), o importante é fazer coligações e estar no poder... seja com quem for. O Presidente da Concelhia veio com esta entrevista. Quem lê parece que até é do Partido da maioria na coligação... Só falta afirmar que Rui Rio é do CDS...

Mas quando fala de credibilidade, que exemplo o PP dá quando os seus 2 vereadores eleitos já partiram, ou vão partir para novos lugares... Um já foi para director da Segurança Social (se era entendido na matéria, porque nunca teve esse pelouro na Câmara do Porto?!) O outro vai para as Àguas do Portugal segundo as notícias (se é um entendido da matéria, porque foi necessario criar um cargo para o Prof. Poças Martins, que é quem realmente entende da matéria e gere a empresa Àguas do Porto?!) É que como o mandato de Rui Rio está acabar e não sabem o que vem aí, está na altura de procurar melhor... Simplesmente uma vergonha!

Mas não era esta a candidatura que tinha como lema "Com os 2 pés no Porto"?! Não eram estes os vereadores que criticaram Pedro Abrunhosa por ter saído da Assembleia Municipal e Elisa Ferreira por ficar em Bruxelas?! Esta é a credibilidade, ou a falta dela, deste partido. Simplesmente uma vergonha.

De: Pedro Figueiredo - "10 anos é muito tempo!"

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 14:48

a) 10 anos de "Rui Rio"?... Fui descobrindo ao longo deste tempo que quanto mais se funaliza a política, menos esta é "política" e menos colectivas são as responsabilidades... Portanto, mais rigoroso é dizermos: "10 anos de PSD no Porto"... Assim, co-responsabilizo todos os cidadãos que (aparentemente) discordam de Rui Rio, ou de muitas coisas que Rui Rio foi fazendo mas, irresponsavelmente votaram nele ("no PSD") e que se preparam para voltar a votar no PSD, noutro candidato laranja que faria (de facto) exactamente uma política de continuidade com as de Rui Rio... Voltar a votar no PSD é concordar com as coisas que aparentemente não se concordaria, lá por (aparentemente) se ser de outra facção... É mais importante "as políticas". É em "políticas" que se vota e não exactamente em "fulanos" ou em facções".

b) Por causa de ser cidadão, ser arquitecto e gostar muito desta cidade, fui-me envolvendo em "coisas" contra as políticas do PSD para esta cidade. ("Rui Rio", diriam alguns, votando de seguida novamente no PSD...). Assim, participei nos Movimentos que se formaram para contestar a entrega dos magníficos edifícios do Mercado do Bolhão e do Bom Sucesso à especulação imobiliária, a entrega à "má" arquitectura "comercial", a entrega de património público a lucros privados e o despejo de cidadãos portuenses ("pequenos" - mas afinal grandes - comerciantes) sem respeito pelas pessoas, pela ética e pela democracia.

c) Ainda há dias publiquei um post neste blogue sobre os arquitectos modernistas Arménio Losa e Cassiano Barbosa. Porque é que é tão importante divulgar-se a Arquitectura Modernista? Tão importante quanto a Arquitectura dos séc.s XVIII e XIX através da "reabilitação urbana"! Porque é este o "património que se segue...". Em Portugal, temos coisas muito valiosas e não cuidamos destas (o carro, a casa...), ignorando aparentemente a suprema irreversibilidade que a "marcha do tempo" exerce sobre as coisas... Lapidar, o tempo faz com que tudo e todos caminhemos para "a morte" e a degradação, sem fazermos nada para isso... É tão importante e belo o modernismo do mercado do Bom Sucesso ou do Cinema Batalha. Urge agora recuperar do armário as várias camadas que se vão degradando. O séc. XVIII, o XIX, o XX, etc... O tempo não perdoa.

d) E por falar em "não lhe mexas que está melhor assim"... Coisas incríveis fui vendo e ouvindo nestes 10 anos de PSD no Porto, por exemplo:

  • 1 - "Rui Rio é melhor que Fernando Gomes, ao menos este não faz nada, ... nem bem nem mal", ouvi de um cidadão anónimo. Dá que pensar se "não fazer nada" é afinal fazer alguma coisa, sobretudo "deixar degradar, acelerando afinal a degradação do tempo".
  • 2 - "Quando ouço falar em cultura saco logo da máquina de calcular". Dá que pensar: O PSD/Porto vanguarda do PSD/governo ao colocar a cultura um grau abaixo, passando a irrelevante para os cidadãos e para a economia, apesar de estudos mundiais que provam o contrário: "Através de políticas a cultura pode vir a ser um factor económico não desprezível e com peso considerável no PIB dos países e das cidades" ("criativas", lá está...). Pagaremos num futuro próximo a incultura dos cidadãos, neste neo-salazarismo que nos desgoverna.
  • 3 - "A Câmara do Porto tem capacidade de endividamento". Que é como quem diz. A CMP tem uma dívida baixa. Dá que pensar: "E o que é que fazemos com uma dívida tão baixa, paga afinal... à custa de não haver políticas urbanas, sociais, económicas, etc...?" Uma vez mais, o neo-salazarismo no seu pior. Temos a dívida "paga" tal como Salazar, o forreta, tinha um Portugal fechado e "não devia nada a ninguém" (a não ser ao povo, claro,... à custa da repressão e do isolamento internacional, ... mas não temos futuro, pá! Não há Reabilitação Urbana a avançar e só se fala na emigração de arquitectos, nesta cidade de Álvaro Siza, quando há tanto trabalho a ser feito para reabilitarmos o Porto! Porreiro, pá? 10 anos é muito tempo. O "SD" do PSD quer dizer "Social Democrata" e não "Salazar-Demagógico", pá!

Grupo de Reflexão e de Intervenção Cívica - CENTRO HISTÓRICO DO PORTO
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Queremos, antes de tudo o mais, dar os nossos sinceros parabéns à Associação Infante Dom Henrique, pela sua organização da Conferência Comemorativa do 15º Aniversário do Centro Histórico do Porto, classificado pela UNESCO como Património [imaterial] Mundial da Humanidade. Tal conferência teve lugar no passado dia 3 de Dezembro de 2011 no auditório do Palácio da Bolsa. Vários membros do Grupo de Reflexão e de Intervenção Cívica / Centro Histórico do Porto, fizeram questão de não só estarem presentes à mesma, como no final terem participado num curto debate sobre o que lá foi dito. Foi o caso de Manuel Andrade, Cândido Venceslau, e Jorge Coelho. Todos eles teceram os seus pontos de vista quanto ao que pensam sobre o estado e os problemas centrados na zona histórica.

... Ler o resto em PDF.

De: Daniel Rodrigues - "Mercado interno e oportunidades para jovens"

Submetido por taf em Terça, 2012-01-10 12:48

Caro José Ferraz Alves

Há muitas formas de criar imagens visuais para falar sobre os problemas que possam afectar o nosso país. No entanto, se quer utilizar uma imagem científica, seja rigoroso: posso garantir-lhe que o bosão de Higgs não foi detectado em Portugal, e que não houve qualquer forma de inquisição com o propósito de diminuir egos individuais. Se quem lhe disse o contrário foi o tal jovem do Porto, apenas lhe posso dizer que a bolsa de doutoramento foi bem recusada. O que disse é um dislate de tal ordem que me abstenho de fazer quaisquer comentários adicionais.

Adenda: A bem de esclarecimento dos leitores, e porque na leitura inicial não me apercebi que, além do dislate, há um erro sério no texto, o bosão de Higgs não é, de todo, "um substituto controlável da energia nuclear". É uma hipótese para uma partícula elementar do denominado "Standard Model", uma teoria que explica a interacção entre partículas subatómicas. O CERN dedica-se a pesquisa fundamental na área da física de partículas que inclui a, mas não está limitada à, descoberta do bosão de Higgs. Para quem quiser saber mais, pode consultar o site oficial (em inglês) ou explorar a wikipedia. Quem quiser saber mais sobre energias alternativas, poderá ler sobre o ITER, que é uma instituição, essa sim, dedicada ao estudo do processo de fusão nuclear, um potencial substituto da energia nuclear convencional (fissão).

Melhores cumprimentos,
Daniel Rodrigues
Openlab Staff @CERN

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Nota de TAF: tal como o Daniel Rodrigues, também tenho boa opinião sobre a qualidade científica em Portugal do processo de selecção de bolsas de doutoramento. Aliás, se tivesse crítica a fazer, seria a de que é demasiado permissivo. O que não falta é gente convencida de que produz ciência, mas sem qualquer base minimamente sólida...

De: Correia de Araújo - "10 anos de puro vanguardismo!"

Submetido por taf em Terça, 2012-01-10 12:18

Sim! 10 anos de puro vanguardismo!

  • Quando, no país, se começa a sentir uma significativa quebra na construção civil... no Porto essa realidade já havia começado há dez anos! Construír? Não, está tudo construído! Gruas? Nem pensar! E... não só não se constrói como ainda se destrói (João de Deus, Aleixo).
  • Quando, no país, o desemprego atinge agora valores perfeitamente intoleráveis... isso, para nós, no Porto, foram favas contadas nesta última década!
  • Quando se prevê um significativo decréscimo populacional em Portugal, nos próximos 50 anos, nós, por cá, já há muito que fazemos bandeira da perda de população.
  • Quando o país em 2012 está parado e em crise... nós, cá pelo Porto, já assim ficámos logo a partir de 2002 (portanto, há 10 anos).

Isto é muito-à-frente! Isto é vanguardismo puro! ... Por tudo isto, sinal MAIS para a gestão autárquica na cidade do Porto!

De: Cristina Santos - "10 anos"

Submetido por taf em Terça, 2012-01-10 12:13

Rui Rio pode contar com a capacidade, perseverança e criatividade dos munícipes desta cidade, que são a cadeia de valor que distingue este município. Aparte esse valor, o mandato de Rui Rio pautou-se, na minha opinião, por critérios éticos de competência, responsabilidade, rigor, e por uma diferenciação objectiva da postura política nacional, nos projectos empreendidos. Aponto como negativa a fraca defesa da região face ao centralismo, baixa dinamização do comércio local, falta de parcerias ibéricas e, ainda que não tenha responsabilidade directa, “PIB” regional.

Mais:

  • Auditoria a contas públicas
  • Tentativa de apuramento de responsabilidades na Justiça
  • Controle de custos e endividamento
  • Gestão de pessoal e controle
  • Processos de eficiência gestão de procedimentos, controle de corrupção
  • Gabinete do Munícipe e do Inquilino
  • Foco na reabilitação urbana, Baixa do Porto, Masterplan
  • Segurança Urbana
  • Parque da Cidade, Parque Oriental, Ciclovia, Quinta do Covelo
  • Qualidade da água e despoluição
  • Demolição São João de Deus, São Vicente Paulo – obras em bairros sociais
  • Controle Plano Pormenor das Antas
  • Ferreira Borges, Praça de Lisboa, Edifício Transparente, Rivoli
  • Red Bull air race, Grande Prémio, Sea Life, Animação nocturna

Menos:

  • Escassa defesa dos interesses regionais – SCUTs, Impostos, Projectos
  • Demasiada submissão, face à capacidade demonstrada, ao centralismo
  • Falta de dinamização de comércio local
  • Fracas alianças ibéricas
  • Falta de definição clara da missão “coesão social”

De: José Ferraz Alves - "Mercado interno e oportunidades para jovens"

Submetido por taf em Segunda, 2012-01-09 23:53

Montra

Ainda a propósito de desenvolvermos o mercado interno... A montra da "Por Vocação" de Pedro Caride, na Av. da Boavista. Um jovem formado em Marketing. Em vez de "BB Kings" ou de Catherine Deneuve, não seria preferível a aposta em jovens criativos que tornassem as montras do nosso comércio tradicional num museu aberto de arte moderna? Não conseguiríamos assim atrair mais pessoas e turistas para o centro das cidades? Em vez dos milhões na Loja do Turista no centro do Porto, não seria preferível empregar os nossos jovens nesta arte? Não tornaríamos as nossas cidades mais felizes e ricas?

É da necessidade, da escassez de recursos que nasce a inovação e não, apesar de ser sempre necessário, do oposto, ou seja, da abundância. "É apostando neste fator, no design, que a Europa se poderá distinguir de outras potências como a China" - Isabel Aguilera, Diretora da Indra. Temos os meios necessários para lá chegar, a educação e a tecnologia e algo que é gratuito, a imaginação.

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As oportunidades para os nossos jovens, 30% desempregados

Para terem a noção do que os nossos responsáveis, Portugueses e Europeus, públicos e privados, fazem aos nossos jovens, a quem unicamente aconselham a emigrar: o Dr. Joseph Incandela é o responsável pelo Compact Muon Solenoid, que trabalha com o LHC, ou seja, o gigantesco acelerador de partículas que foi construído em Genebra por muitas centenas de milhões de euros, para tentar detectar o famoso "bosão de Higgs", a "Partícula de Deus", um substituto controlável da energia nuclear. Espera vir a revelar um achado não definitivo a tempo de um congresso na Austrália.

Hoje, 9 de Janeiro de 2012, um jovem do Porto, que já contactou todas as "grandes" empresas portuguesas e se candidatou a uma recusada Bolsa para Doutoramento, acabou de telefonar a este cientista a dizer que a partícula já foi detectada em Portugal e aconselhando-o a falar com o Director do CERN para rever toda a documentação por si enviada há dois anos. O nosso problema é vivermos novas formas de inquisição, por parte dos nossos responsáveis que não abdicam do seu poder e têm medo das mudanças. Mas têm a distinta lata de sugerir a emigração aos nossos jovens. Chega!

José Ferraz Alves
Secretário Geral Movimento Partido do Norte, O Partido das Regiões.

De: Manuel Sistelo - "A Reforma da Administração Local"

Submetido por taf em Segunda, 2012-01-09 14:56

Estamos a 2 anos das eleições Autárquicas. Está em curso um processo de alteração das Freguesias. Na minha opinião o processo só faz sentido se for mais abrangente. Deve incluir a alteração das Câmaras e de uma vez por todas discutir se avança ou não a regionalização. Devemos aproveitar este momento de crise e de dificuldades para criar um modelo novo de Estado. Infelizmente já foram muitos os anos perdidos, mas não podemos adiar muito mais. Nesta discussão chegou a altura de se avaliar as Áreas Metropolitanas. Será que fazem sentido? Será que devem ser os presidentes de Câmara a votar nos seus órgãos ou deverá ser a população em geral? O que faz a Junta Metropolitana do Porto? Quais os critérios da integração dos municípios, o trabalho não colide em parte com a CCDRN? Está na altura de, uma vez por todas, discutir e acima de tudo criar um modelo novo de Estado!
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Aqui vai a minha análise

Mais:

  • Recuperação do Mercado Ferreira Borges e Bom Sucesso
  • Contas em ordem
  • Red Bull Air Race e Circuito da Boavista
  • Parques da Cidade

Menos:

  • Dificuldades de clubes históricos (Fluvial, Salgueiros e Boavista)
  • Abandono do edificado
  • Diminuição da população
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