2011-02-13

De: Pedro Aroso - "Dallas: um bom case study"

Submetido por taf em Sábado, 2011-02-19 23:51

A triste história do Centro Comercial Dallas devia servir de exemplo para aqueles munícipes que recorrem aos arquitectos, engenheiros e engenheiros técnicos camarários, entregando-lhes os projectos para obterem rapidamente a sua aprovação, fazendo tábua rasa do PDM e da legislação em vigor.

PS: ouvi na rádio que a Câmara Municipal de Matosinhos, que no tempo do Narciso Miranda era um exemplo de respeito pelos arquitectos e pela Arquitectura, acaba de aprovar legislação que permite aos proprietários adulterarem os edifícios com a instalação de marquises, ficando dispensados do necessário licenciamento camarário. Perante isto, a Ordem dos Arquitectos continua muda e calada...

Mais uma muito interessante noite de 5ª feira, 17 de Fevereiro de 2011, passada – a aprender muito – em Serralves, no Auditório. E a aprender com António Figueiredo e Elisa Babo e com uma intervenção inicial muito oportuna de Luís Braga da Cruz. Para além de uma viagem – bem guiada – pela forma como hoje melhor deve ser divulgada a Cultura que "já" existe, numa altura de cortes abruptos orçamentais, que já se estão a sentir e que evidentemente mais se irão agravar, e que irão fortemente a Cultura prejudicar.

Uma mensagem muito necessária de que o Porto, com todo o Norte que abrange necessariamente Guimarães, Braga, Famalicão, o Douro e vai até ao Vouga, tem grande futuro, e vai ser uma zona de mais Cultura e de criação de novas tecnologias – mormente em Braga - e de exportação de serviços de primeiríssima qualidade, com a Cultura também como âncora! E talvez passe a ser uma obrigação de todos e de cada um, a partir já de hoje – amanhã já será tarde, passarmos a pensar mais em Cultura e como a mesma cria empregabilidade, também, e para nos debruçarmos na ideia do que o face to face e o buzz são agentes que farão esta Cultura ainda mais crescer, fazendo o Norte estar bem melhor. E para tentarmos esquecer os telejornais, talvez todos, dado que consciente (por certo não inconscientemente?) nos deprimem, e nada de bom nos fazem, e passarmos a agarrar o futuro, que aqui no Norte será – culturalmente e a nível de serviços - bem mais promissor em 2020.

Parabéns aos intervenientes, que muito nos ensinaram, parabéns a Serralves.

Augusto Küttner de Magalhães

De: Daniel Rodrigues - "Barragem do Tua"

Submetido por taf em Sábado, 2011-02-19 17:04

três por cento da receita bruta da barragem vão ser utilizados para projetos locais, em que se destaca o projeto do novo parque nacional de Foz-Tua, que é muito importante do ponto de vista turístico”.

E quanto é que vai ser gasto em projectos locais na cidade sede da EDP?

Cumprimentos,
Daniel Rodrigues

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Nota de TAF: "O Elogio da Loucura", sugestão de José Oliveira Martins: "A hipocrisia da desinformação do governo e EDP parece não ter limites.".

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2011-02-18 03:34

De: Correia de Araújo - "Perdas de população... e não só!"

Submetido por taf em Sexta, 2011-02-18 03:26

Tenho acompanhado, aqui n'A Baixa do Porto, a discussão em torno das questões relacionadas com a reabilitação urbana e a reiterada questão da perda de população. Sabe-se que este não é um problema exclusivo do Porto, porém ele encontra no Porto uma evidência muito peculiar com forte incidência na própria dinâmica da cidade. Também é verdade que o Porto vem discutindo muito (mas nem sempre bem) esta problemática... levando mesmo a dianteira em relação a outras cidades com o mesmo denominador comum: a perda de população.

Ora, até a insuspeita Paris tem (teve) esse problema, tendo recuperado 86.000 habitantes, nos últimos nove anos, depois de ter perdido 170.000 nos precedentes quinze. E até Paris, a todo-poderosa, reclama e pede ajuda ao Estado!

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Nota em jeito de resposta: Meu Caro Pedro Lessa, a única coisa que me torna (eventualmente) ilustre reside no facto de ter conseguido pô-lo a escrever, de novo, n'A Baixa do Porto. Não me acuse de usar o que quer que seja como "arma de arremesso" porque, se estiver minimamente atento ao que se vai escrevendo por aqui, facilmente constatará que esse não é o meu estilo. Deixe-me que lhe diga que o seu discurso (a roçar a sobranceria) sobre os "mesquinhos cidadãos" não é coincidente com o temor reverencial que deixa transparecer quando se refere aos "Mestres" (com maiúscula). E mais não digo!

Cumprimentos
Correia de Araújo

De: Pedro Lessa - "Votação pulida..."

Submetido por taf em Quinta, 2011-02-17 15:29

Andando um pouco arredado de participar no Baixa por manifesta falta de tempo e afins (geralmente agora leio no telemóvel), gostava de fazer uma observação acerca desta votação. Muito me surpreende que o ilustre Correia de Araújo não conheça este tipo de votações e que depois as use como arma de arremesso.

Estas votações são totalmente falaciosas e manipuláveis e não demonstrativas do que quer que seja. Pedidos por mail para votar nesta obra recebi dezenas... Estamos conversados, portanto. Oh, é de facto uma chatice! Mais digo que o edificio em questão até me suscita algum interesse, não estou aqui a tomar posição, apenas a constatar um facto.

Concluo lamentando que não existam mais Mestres como o que temos, talvez a cidade não estivesse tão vilipendiada e violada. De mesquinhos cidadãos está o mundo cheio.

Cumprimentos.

De: Rui Encarnação - "As coisas são como são!"

Submetido por taf em Quinta, 2011-02-17 15:25

Meu caro Tiago:

Percebo perfeitamente o comentário relativo à recomendação do BE pois os considerandos tornam-se em admissões explícitas inadmissíveis para alguns dos votantes. Mas a questão – vergonhosa – é que o Dr. Rui, e quem o acolita na CMP, age quanto à propaganda – pelo menos fê-lo em relação ao Prof. Cavaco Silva – à moda de um Chavez, de um Mubarak, de um Pinochet.

Ou seja: a questão não é de esquerda ou de direita. A questão é de democracia. E como a democracia não se compagina com cedências nos seus valores essenciais, quem continua a ver no Dr. Rio e sus muchachos coisas boas, seriedade, honestidade e quejandos, tem de se rever e ficar ao lado das outras condutas. Destas condutas. Como diria um expert no futebolês nacional, um cretino é sempre um cretino, o que no caos se transforma: um ditador é sempre um ditador.

Valha-nos o tempo e a limitação de mandatos, pois já faltou mais.

De: Vítor Silva - "Cinco Anos de PDM no Porto"

Submetido por taf em Quinta, 2011-02-17 15:16

Começa no próximo dia 23 de Fevereiro o ciclo “Cinco Anos de PDM no Porto” com a sessão dedicada à avaliação política desta primeira metade de vigência do PDM actual. Tendo a Campo Aberto, ao longo da sua existência, dedicado grande atenção ao PDM do Porto, esse ciclo retoma uma linha de trabalho que nos é tradicional e que está, em parte, vertida no livro Refletir o Porto.

Este ciclo terá seis sessões que se irão desenrolar durante este ano de 2011 acompanhando o próprio processo de avaliação intercalar do PDM que está a decorrer. Cada uma das sessões abordará uma visão parcelar deste tema, seja ao nível dos seus intervenientes, dos especialistas envolvidos ou da própria visão geográfica e estratégica do PDM. Salvo alguma alteração de última hora que será posteriormente comunicada o calendário das sessões será o seguinte:

  • 23-fev-2011, 21.15, Clube Literário do Porto, PDM Porto: A Perspectiva Política
  • 23-mar-2011, 21.15, Clube Literário do Porto, PDM: A Perspectiva Histórica do Planeamento
  • 20-abr-2011, 21.15, Clube Literário do Porto, O PDM no contexto de uma área metropolitana – O caso da AMP
  • 21-mai-2011, 09.30, (a definir), Como se constrói a “leitura” do território apresentada num PDM
  • 22-jun-2011, 21.15, Clube Literário do Porto, PDM vs Cidadania
  • 07-set-2011, 21.15, Clube Literário do Porto, PDM Porto – Plano estratégico de uma cidade sustentável de média dimensão

A Campo Aberto pretende com esta iniciativa promover o debate, aprofundar ideias e fomentar a apresentação de soluções quer por parte da nossa associação quer dos cidadãos do Porto. A Campo Aberto é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2001 reconhecida em 2010 como pessoa colectiva de utilidade pública. Pode contribuir para a manutenção destas actividades tornando-se sócio ou através de mecenato.

Vitor Silva
Campo Aberto

De: TAF - "Alguns apontadores e sugestões"

Submetido por taf em Quinta, 2011-02-17 14:56

De: Pedro Marinho - "A «burka» dos Bragas"

Submetido por taf em Quarta, 2011-02-16 20:49

Considero a Rua dos Bragas uma das ruas mais foleiras do Porto. A última vez que passei por lá, à noite, pareceu-me um arruamento desolado e pálido, comprido e funesto parque automóvel, enterrado entre muros. Paradoxalmente a rua tem a meio, frente a frente, dois dos mais belos edifícios da cidade, a Companhia Aurifícia e a antiga FEUP, agora FDUP.

O Porto está apinhado de exemplos como este: ruas desoladas e pálidas mas com enorme potencial de se tornarem realmente admiráveis, convidativas, prazenteiras, de múltiplos serviços, de dia e de noite. Bom, a intenção deste “post” não é (para já) questionar o caminho, ou a falta dele, do urbanismo no Porto, mas dar apenas uma ideia de intervenção local a custo reduzido: que tal deitar abaixo os muros que “protegem” a FDUP?, que tal tirar a burka daquele edifício?, que tal permitir um acesso aos peões entre a praça Coronel Pacheco e a Rua dos Bragas, por entre os edifícios da FDUP?, que tal alargar os passeios e, em particular, banir o estacionamento em frente à FDUP?

PS.: já agora, a ideia de pintar de branco os rebordos em granito do edifício da FDUP foi muito má ideia, pois qualquer um percebe que ninguém se lembraria, na época em que o edifício foi desenhado e construído, de pintar de branco o granito. Será que poderemos tirar algum paralelismo em relação à pintura do silo-auto?

De: César Costa - "A reabilitação da Baixa e alguns falsos problemas"

Submetido por taf em Quarta, 2011-02-16 19:43

Acompanho com muito interesse a reabilitação da nossa baixa, aqui n'A Baixa, e in-loco. Não terem aparecido propostas de compra para as habitações da SRU, não me surpreende. Afinal o Porto perde todos os dias massa crítica da boa (leia-se: com mais disponibilidade financeira) para Lisboa e outras cidades, a crise está a deixar muitas marcas em termos de emprego também nos salários mais altos (muitos licenciados e não só recém-licenciados), e o mercado está em baixa.

Há aqui duas questões que convém separar. Sendo eu for um investidor privado, se me apetecer atirar um milhão de euros ao rio, ou investi-los em reabilitação, o decisão é minha, o problema (ou não problema…) é exclusivamente meu, e o meu eventual lucro ou não continua a ser um problema meu. Já me parece que com dinheiros públicos a coisa não será bem assim. Porque o dinheiro não é meu, é de todos, e logicamente o problema (ou não problema) passa a ser também de todos. É aqui que reside a grande questão. Um privado pode alocar os seus recursos onde lhe apetecer, onde perspectivar um bom negócio. Se falhar, como muitos já falharam, aguenta, enquanto conseguir, o património por vender. Se entretanto não conseguir vendas, baixa os preços, ou abre falência.

E o investidor público? Neste caso em concreto, o que parece é que está a dirigir-se ao mesmíssimo público-alvo que o investidor privado. Pelo menos a lógica que foi estabelecida é a da comparação. Pode aguentar sem vender? Pode; provavelmente mais até que um privado, uma vez que está suportada em fundos públicos que como se sabe são inesgotáveis… E a “falência” de instituições públicas é algo não aceitável e que faz tremer muita gente…. (ultimamente e no caso dos bancos e de alguns países, até a falência de algumas instituições privadas faz tremer muita gente…) Mas não estará a distorcer as regras da livre concorrência? E onde está o seu papel de ignição/indução que norteou a criação das SRU?

A reabilitação deve ser gerida por quem sabe, com regras e objectivos claros. Identifique-se quem sabe, colham-se as boas experiências do exterior, desenhe-se um programa que baseado em casos de reconhecido sucesso reflicta a especificidade da Baixa do Porto, tomem-se decisões transparentes. Discordo em absoluto de Pedro Figueiredo. Eu percebo o argumento, mas foi exactamente esse que instituiu a forma de trabalhar da Parque Escolar, e outras vêm a caminho…

Num outro assunto, um pormenor: faço duas vezes por semana o percurso Gaia-Porto pela Ponte do Infante, em viatura particular, para levar a criança à escola, percurso que normalmente me toma cerca 20m. Hoje o mesmo percurso demorou cerca de 1.30h!! Porquê? Simples. Ontem como é público houve um curto-circuito na rede de semáforos da cidade, deixando muitos desligados ou intermitentes. Quem os ligou de novo, não coordenou a abertura do semáforo no topo da rua das Fontaínhas, com a abertura do semáforo em frente ao Jardim de São Lázaro, para quem pretende virar à esquerda para D. João IV, passando em frente à Biblioteca Municipal. Este simples “pormenor” custou a muita gente (incluindo eu) mais de uma hora de trabalho. Às vezes está um polícia no topo da rua das Fontaínhas a ajudar a fluir o trânsito. Hoje dia de paralisação total de comboios, não estava… A memória falha-me ou temos uma divisão de trânsito…? Alguém pode avisar quem de direito para resolver a questão? Obrigado.

Com os melhores cumprimentos.
César Lima Costa

De: Correia de Araújo - "Resposta a um vulto pouco pulido..."

Submetido por taf em Quarta, 2011-02-16 19:40

Afinal aquela "cagada sem nome" ganhou o prémio de melhor edifício do ano, na categoria Arquitectura Institucional, numa expressiva votação junto do site especializado em arquitectura ArchDaily. Oh! Que chatice!

Correia de Araújo

- Governo quer criar mais empregos fora do País, Diário de Notícias, 2011.02.11

Não, Portugal tem é de criar empregos no país, importar empreendedores e fazer retornar os seus emigrantes. Ainda de acordo com a notícia: “…se em Portugal não há emprego incentiva-se a criação de postos de trabalhos nos mercados emergentes.” E dão-se benefícios fiscais para o efeito (???). Políticas para fomentar a saída de mais portugueses? Já somos 10 milhões cá e 4,5 milhões lá fora, continuemos o êxodo. Está mal. E errado. Agora até a Sra. Ministra da Cultura recebe 5 milhões de euros para promover a exportação de cultura. Está tudo doido?

O exagero de políticas de promoção da internacionalização e das exportações aumenta a desigualdade social, que é o nosso grande problema, porque imobiliza o capital em poucos, muito ricos. Para mim, desenvolvimento é ter emprego, qualificado e altamente remunerado, hoje e na geração das minhas filhas. Se a despesa pública e a intervenção do Estado fossem virtuosos, Portugal seria hoje um país risco. Mas Portugal é um país pobre por desigual na distribuição de rendimentos e por uma simples razão, só via salários pagos em Portugal, decentes, se consegue uma adequada redistribuição de rendimentos. Os lucros das actividades no exterior, potenciadas por salários aí pagos, acabam por cair na conta de 2 ou 3 accionistas da empresa, que o aforram no exterior e não vão consumir mais bens essenciais por razões naturais, perdendo-se o efeito de circulação do dinheiro no país.

Tem de se fazer precisamente o contrário. O nosso problema está cá dentro e a solução passa por dinamizar o mercado interno. Belmiro de Azevedo, em 2006. aproveitou a oportunidade para sublinhar o facto de que para fomentar a inovação é também necessário que Portugal produza resultados, porque, de outra forma, «não haverá investimento, mas despesa». Para o patrão da SONAE, é preciso ainda que Portugal se abra à «imigração», como o fez por exemplo a Irlanda, e que seja capaz de fazer retornar os emigrantes.”

O nosso principal problema é o imobilismo, neste caso até de capital. Prometi a mim mesmo que em 2011, por cada crítica, apresentaria pelo menos duas soluções. Neste caso quatro:

1) A importação de empreendedores

Mais importante do que atrair para Portugal investimento estrangeiro não seria atrair empreendedores que estão fora do país? E pessoas com alto nível de formação?

De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2011-02-15 15:01

- Projecto Casas Low Cost quer recuperar a Baixa do Porto "a preços realistas"
- Vêm aí casas low cost. Já conhece?
- Uma nota sobre este assunto: o conceito de "reabilitação low-cost" não implica necessariamente que as habitações sejam pequenas, tipo T0 ou T1. Low-cost significa apenas que há um apertadíssimo controlo de custos, dispensando tudo o que é supérfluo mas garantindo a qualidade técnica do resultado. Isso pode acontecer tanto em T0s como em T4s, ou open space. Não esquecer que o Clube ADDICT é já na Sexta-feira.

- id.up.pt
- A evolução de Darwin
- Conferência do Centenário: O futuro da U.Porto em debate

- Traçado da Muralha Românica da Cidade do Porto e outros no Foi assim...
- Panorâmicas do Mercado do Bom Sucesso
- O Porto em 3D
- Ciclo de cinema Todas as Famílias às 5ªs no Passos Manuel a partir de 17 de Fevereiro

- Pêgo Negro: um retrato do Porto desconhecido e abandonado pela Câmara Municipal
- Rua do Pêgo Negro, o Porto no seu pior
- Hotel das Cardosas abre a 15 de Setembro
- População quer Sé com menos droga e mais polícia e limpeza

- Quase nada de novo na Marginal II
- Galegos já são 12 por cento no Sá Carneiro
- Sectores tradicionais são os mais competitivos
- U.Porto e Associação Comercial do Porto premeiam inovação empresarial
- Janeiro foi um dos melhores meses da história do Porto de Leixões
- Renda apoiada: Governo vai mexer na fórmula de cálculo
- PCP pretende alterar o Regime de Renda Apoiada: Apresentado Projecto de Lei na Assembleia da República (Video)

- Concurso “Prémio de Arquitectura no Douro”
- Movimento "Cidades pela Retoma"
- Cultivar na cidade

- Discover Great Wine and Design in Porto, sugestão de Patrícia Soares da Costa
- Mercado do Bom Sucesso: As Vidas do Mercado, multimédia, sugestão de Amanda Ribeiro

De: Pedro Aroso - "Perguntas à SSRU"

Submetido por taf em Terça, 2011-02-15 13:54

Li, e reli, o texto da SSRU várias vezes, mas fiquei sem perceber se são a favor ou contra a pintura do Silo-Auto. Agradeço, por isso, que clarifiquem a vossa posição. Já agora, também gostava de saber quem é que integra esta “sociedade anónima”. Eu sei que é muito cómodo refugiarem-se no anonimato mas, como vivemos num país livre, esta preocupação parece-me um bocado descabida. Tomem como exemplo o Arq.º Pulido Valente, a quem nunca faltou coragem para dar a cara.

Em relação ao projecto do Arq. José Carlos Loureiro, com quem tive o privilégio de trabalhar durante três anos (1979/1982), as vossas críticas estão ultrapassadas porque, de acordo com a nova versão do Centro de Congressos, o lago existente vai ser criteriosamente preservado, bem como toda a sua envolvente.

Sobre a reconversão do Mercado do Bom Sucesso já me pronunciei em data oportuna, por isso nada tenho a acrescentar.

De: Pedro Figueiredo - "Recuperar com a Universidade"

Submetido por taf em Terça, 2011-02-15 13:47

Outra coisa que parece também nunca ter "jogado" bem nas questões da reabilitação é o não-papel que em geral é conferido à Universidade do Porto em geral e à Faculdade de Arquitectura em particular... Onde estão as instituições no meio deste processo? Noutras "sedes" igualmente públicas enche-se os discursos com os elogios mais do que justos à Universidade e à FAUP e, na prática, nenhum savoir-faire da FAUP é aproveitado.

E no entanto há nomes, há muitos arquitectos com prática e teoria reconhecida nesta cidade, há muitos mais arquitectos com teoria e prática (ainda por reconhecer)... E portanto, com tanto potencial, só é estranho é que os poderes que lideram a SRU e a Reabilitação como ainda a conhecemos agora tenham de parecer gente amadora que teve ideias iluminadas, que parece terem nascido - as ideias - ontem... Ignorando a Universidade, por exemplo... Porque é que Arlindo Cunha ou Rui Moreira são melhores líderes de um processo de reabilitação que Souto de Moura, Álvaro Siza, Correia Fernandes, Nuno Valentim (casa Andresen, Jardim Botânico), Nuno Portas? Muitos outros nomes com capacidade e pensamento urbano e arquitectónico...

E ainda, outra novidade: a FAUP tem um CENTRO DE ESTUDOS... Porque é que não é o Centro de Estudos a estudar e a projectar os edifícios que se recuperam na baixa, mediante uma inscrição de projectistas ou um concurso, ou candidaturas, ou etc.? Afinal é um centro, é de estudos... Está na Universidade? Para que serve termos das melhores universidades... quando depois se vão buscar os amigos do partido? A faculdade tem de se ligar aos problemas concretos, ao mercado concreto, e os arquitectos têm de ter uma intervenção concreta. E isto não é Utopia, é bom senso, senso comum.

De: SSRU - "Quanto vale o nosso património?"

Submetido por taf em Segunda, 2011-02-14 17:50

Fomos à estante e do "Guia da Arquitectura Moderna - Porto", das Edições ASA, autoria da Fátima Fernandes e Michele Cannatá, sacámos as imagens de três obras discutidas n'A Baixa que achamos por bem enviar, julgando com isso contribuir para a discussão.

1. A primeira imagem é do Silo-Auto [1964] e é acompanhada por um texto dos autores do livro que, bem lido e compreendido, rebate todas as patetices que são ditas sobre a pintura do quase perfeito edifício (o único de seis previstos), principalmente quando vindas de arquitectos, que deviam saber melhor, salientando: “(…) O sistema de acesso resulta extremamente funcional permitindo, através de duas rampas helicoidais, uma distribuição sem interferências entre o sentido de marcha dos veículos. Além da funcionalidade e devido ao sistema estrutural em betão armado aparente, as paredes exteriores são constituídas por uma cumplicidade de cheio e vazio que constrói uma interessante visão panorâmica de 360º sobre a cidade.” Podíamos até pintar de amarelo, se com isso déssemos um contributo que melhorasse a obra e a sua envolvente.

2. A segunda série é do Palácio dos Desportos

... Ver o resto do texto e imagens em PDF.

SSRU

De: José Mildmay - "Memória curta"

Submetido por taf em Domingo, 2011-02-13 22:21

Leio com alguma frequência este blogue. Aprecio particularmente os resumos da imprensa diária que me vão pondo ao corrente das novidades dessa bela cidade que tanto aprecio. Também aprecio os comentários dos participantes bem fundamentados e isentos. Gosto menos de outros... Por exemplo, do tipo "...Porto, que vive uma espécie de idade das trevas"???...

Vem isto a propósito do problema da recuperação da baixa da cidade e de um "post" da autoria do sr. Pedro Figueiredo, no qual se retiram conclusões que me pareceram apressadas sobre a actividade da SRU, mais concretamente, sobre o elevado preço da oferta de espaços habitacionais e comerciais reabilitados que, em seu entender, aquela organização está a promover. Embora ele não a refira expressamente, julgo que tem em mente a intervenção realizada no início da Rua de Mouzinho da Silveira, recentemente concluída, e que abrange, salvo erro, meia dúzia de parcelas.

Ao contrário do que se diz naquele "post", eu faço uma avaliação positiva daquela recuperação. Passo a explicar as razões:

  • Acabou com uma nódoa infame no centro da cidade. A memória é curta! Compare-se o antes e o depois e tirem-se conclusões...
  • Há procura! Se não houvesse, não havia vendas pelos privados que participaram naquela recuperação...

Na baixa do Porto há espaço de sobra para low e high cost, felizmente! O papel da SRU, na minha opinião, é o de promover condições que permitam essa diversidade. Será que não o faz? Terá cometido erros? Lá diz o ditado que "só não erra quem não faz!"...

É tudo. Melhores cumprimentos.
José Mildmay

De: TAF - "Sugestão ao BE"

Submetido por taf em Domingo, 2011-02-13 03:52

Caro José Machado de Castro

Sugiro que da próxima vez as mesmas recomendações sejam feitas sem os considerandos. Aí veremos objectivamente o que os outros partidos defendem, sem terem pretextos para recusá-las. Este caso parece semelhante ao da recente moção de censura ao Governo anunciada pelo BE mas imediatamente sabotada por ele próprio. É que afirmar (com ou sem razão, não é isso que está aqui em causa agora) que "na cidade do Porto vive-se uma gravíssima inversão dos principais valores democráticos" é pedir ao PSD e CDS para reprovarem o texto.

Na cidade do Porto vive-se numa espécie de "off-shore" da democracia. Toda a publicidade pode ser afixada em toda a cidade. Mas para a propaganda política e sindical há uma interdição absoluta. Quem passar pela Rotunda da Boavista pode ver no concreto a "democracia" desta direita que se diz civilizada: no edifício onde funciona a Casa Sindical foi arrancada uma tela apelando à participação na greve geral, porque é zona interdita à propaganda. Mas justamente no edifício ao lado, todos podemos ver hoje uma gigantesca tela de publicidade a uma marca de whisky. Na última sessão da Assembleia Municipal o PSD e o CDS/PP votaram contra um documento que defendia apenas que o Executivo dirigido por Rui Rio aceite, cumpra, respeite as recomendações do Provedor de Justiça. Apenas isto. Que valores defendem o PSD e o CDS/PP?

José Machado de Castro

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