2010-09-19

De: Nuno Coelho - "Palha e burros"

Submetido por taf em Sábado, 2010-09-25 23:28

Realmente, este post deve ter sido dos piores que já vi neste blogue. Não percebo como uma simples ciclovia, de poucos quilómetros, pode incomodar seja quem for numa cidade que tem dezenas de quilómetros de vias dedicadas aos automóveis. E se as pessoas que vivem em ruas onde quase não há passeios, por causa da estrada, onde o trânsito é quase contínuo, onde o estacionamento é completamente selvagem, se lembrassem de resmungar dessa maneira também?...

Que eu me lembre, há imensas estradas que são construídas antes de haver tráfego que o justifique. Alguém protesta? O meu pai ainda se lembra que a Ponte da Arrábida tinha a alcunha de ponte do lá-vem-um, tantos eram os carros que passavam! Há muita gente que não anda mais de bicicleta porque não se sente confortável no meio de tanto tráfego, por isso acho que também merecem uns metrozitos de alcatrão, afinal também pagam impostos. E atrás desta gente virá mais, se a ciclovia for bem concebida. E mesmo quem nunca pensou em bicicletas pode, depois de ver essa ciclovia, pensar em começar a utilizá-la. É para isso que se constroem também. Umas vezes são os ciclistas que trazem as infraestruturas específicas, outras vezes são as insfraestruturas pensadas especificamente para bicicletas que trazem ou criam ciclistas. Qual é o grande pecado? Eu prefiro usar a minha bicicleta na estrada, mas compreendo que haja quem prefira ciclovia separada e acho que têm mais direito a ter uma via dedicada que automobilistas que já têm mais que suficientes estradas para queimar combustível. A proporção de ciclovias para estradas no Porto é ridícula!

Eu sou da opinião que os carros podem bem dar voltas maiores que as bicicletas. Afinal não se cansam, nunca apanham chuva nem vento, podem bem passar mais uns minutos extra para chegar ao destino. Além disso, a Foz devia ter metade das ruas fechadas ao trânsito. Não faz sentido que ruas da Foz Velha, especialmente, tenham de suportar tráfego automóvel e carros estacionados quando podiam ser bem mais agradáveis sendo pedonais e bike-friendly.

Quanto à renovação desta zona, convenhamos que acho que foi uma boa obra e com um bom resultado.

Primeiro as bicicletas deixaram de andar pelo passeio – havia um permanente conflito entre peões e ciclistas, e grave - e passaram a ter a sua própria via, o que é excelente para peões, bicicletas e automóveis. Por esta ordem. Toda a zona ficou muito mais agradável e muito mais funcional, e até com mais passadeiras – sejam estas devidamente respeitadas!

Quanto a toda a envolvente do Castelo ficou muito melhor, claro que por uma questão de segurança – estabilidade – preferiria que tudo fosse alcatroado, mas de facto o paralelepípedo é mais adequado ao espaço. De facto nesta obra não vejo quaisquer defeitos, a não ser em Agosto ainda não ter estado totalmente acabado, com prejuízos, no mínimo visuais – para turistas internos e externos.

Esta obra, é positiva. Sem dúvida! Haveria unicamente que acautelar a zona da antiga curva do Mónaco que do lado direito não dá qualquer segurança a quem saia de um automóvel depois de o estacionar – risco de ir precipício abaixo!

Augusto Küttner de Magalhães

De: Miguel Barbot - "Todo o burro come palha"

Submetido por taf em Sexta, 2010-09-24 22:54

Sinceramente não percebi esta frase do Alexandre Burmester: "E porque gostam de bicicletas têm de sacrificar e complicar o trânsito?"

Segundo este raciocínio, o ideal será, para abrir alas ao pópó, acabar também com todos os passeios nas ruas onde andem poucos peões... A começar pelas zonas comerciais da Baixa, que ao que dizem normalmente estão desertas e onde o trânsito tende a ser complicado.

Miguel Barbot - Um pé no Porto e outro no pedal

Caro Alexandre Burmester,

Argumenta que as bicicletas complicam o trânsito mas o espaço transformado foi para peões e utilizadores de bicicleta e o transporte público está salvaguardado. O único tipo de trânsito que obstruem é o automóvel, que é o menos prioritário nas cidades por motivos óbvios. Os outros também constituem trânsito, até um burro que come palha é trânsito. Se houver eléctrico, pode-se retirar algum espaço aos automóveis, o que é natural se queremos encorajar o seu uso e bom funcionamento. Interessa optar pelos tipos de trânsito mais eficientes em termos de ocupação e vivência do espaço, energia, segurança, qualidade visual e do ar, etcetera. Parece-me uma escolha natural de prioridades.

Os horríveis "tubinhos", tapetes betuminosos, sinalética e outra parafernália poluem visualmente e fragmentam o espaço, concordo absolutamente - vamos fazer por melhorar. Agora, por uma questão de equilíbrio e coerência, convidava também à reflexão no futuro sobre a poluição visual e perda de qualidade do espaço público causada por centenas de carros estacionados em plena marginal ao lado da Alfândega, por carros a interromper o percurso do Eléctrico 1 frequentemente e no facto da maior parte do espaço entre a frente construída junto ao rio e mar na cidade do Porto ser ocupado por faixas viárias percorridas na esmagadora maioria por carros (arrisco: 70%?).

É que não se trata do politicamente correcto, mas o economicamente, saudavelmente, energeticamente e "urbanamente" correcto. Que o provem os membros de várias alas políticas por essa Europa fora que circulam diariamente naquilo que é apenas um mundano meio de transporte, não um manifesto ideológico. Refere também que "nós ("eu"?) pagamos e não usufruímos", e compreendo-o bem. Também paguei a maior rede de auto-estradas de todo o mundo (que orgulho!) e não usufruo dela, como também pago a manutenção monumental da maior parte do espaço público das todas as cidades que é ocupado gratuitamente por indivíduos no seu carro privativo, pelos danos nos passeios, fiscalização, segurança, poluição, e por aí fora. Por isso aceito humildemente que me ofereçam em troca a esmola de 1,2m roubados à estrada durante um punhado de quilómetros junto ao mar.

Não me recordo de nenhum ditado de momento.
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Nuno Oliveira

Não bastasse o incrível arranjo do espaço urbano operado na Foz Velha, Passeio Alegre e Av. Brasil com a introdução dos mais modernos sistemas rodoviários assentes num bonito tapete betuminoso, cheios de setinhas, passadeiras, mecos, sinais luminosos e afins, que no seu conjunto poluem mais visualmente do que contribuem para o ambiente urbano, constata-se agora a introdução da ciclovia.

Verdadeiro ex-líbris do desenho urbano, vem esta via contribuir para a continuidade da já anteriormente muito comentada via ciclística que serpenteia pelas ruas da Foz e Nevogilde. Esta ciclovia perimetrada por um milhar de tubos pretos de plástico fluorescentes, cuja iluminação nocturna ajudará a orientar o tráfego marítimo de entrada do Douro, veio além do mais impor que toda a circulação automóvel tenha de passar pelos quelhos da Foz Velha. Embora o desenho não seja realmente o mais adequado, haverá pelo menos que ter o prazer de assistir ao trânsito intenso que se faz pela via ciclística, dado o número incomensurável de ciclistas que a usam diariamente. E que, por ser tanto, um dia destes haverá que pensar em colocar uma segunda pista para garantir os dois sentidos, e mais um milhar de tubinhos fluorescentes.

Haja paciência e mau senso. Para quê? Para ser politicamente correcto e vir mostrar o quanto se gosta de bicicletas? E porque gostam de bicicletas têm de sacrificar e complicar o trânsito? E a possibilidade do transporte do eléctrico? E retirar a antiguidade das ruas e estragar o Património? E poluir visualmente a cidade?

Há um ditado que se aplica ao desenho urbano que foi feito e que diz, “O mal não são os analfabetos, mas os alfabetizados que julgam que sabem escrever”. E um ditado para os políticos e para estas politicas erradas, “Com papas e bolos se enganam os tolos”. Entenda-se que os tolos somos nós todos que pagamos, não usufruímos e, passado novo mandato, voltamos a pagar a destruição e uma nova obra.

Alexandre Burmester

De: TAF - "Algumas sugestões"

Submetido por taf em Sexta, 2010-09-24 14:33

No Porto na Avenida da Boavista, no cruzamento com a Avenida Marechal Gomes da Costa, existe uma passadeira, com sinalização controlada por semáforos – em frente ao Monumento ao Empresário de José Rodrigues! No sentido descendente - Avenida da Boavista - o semáforo para os peões fica temporariamente verde, e em simultâneo para os automobilistas que descem Gomes da Costa e virão para baixo fica o semáforo como alerta-aviso amarelo. Ou seja, indiciação de prioridade aos peões na passadeira!

O desrespeito é total da parte dos automobilistas, se enquanto peão “se tenta passar legal e devidamente” na passadeira o risco de atropelamento é enorme, para além de que quando se consegue passar – vitória -, o desagrado mostrado pelos automobilistas é a “norma”. Logo, para além de tudo o mais estamos com um tremendo problema educacional - não de instrução na condução -, muito mais do que isso, "falta de chá"!

Mau grado não haja aceitação para este facto, estamos todos a necessitar de aulas de bons modos, de bons princípios, de respeito por nós e pelos nossos iguais. Sem religiosidade nem nada de parecido, unicamente aprender a viver civilizadamente em sociedade! Sendo que neste aspecto que directamente implica feridos, estropiados e até mortos, talvez um alerta mais convincente seja indispensável. Ou talvez não, deixemo-nos viver na selva, matemo-nos uns aos outros, salve-se o mais forte, no caso o que tem automóvel!

Augusto Küttner de Magalhães

Notas:

1- Faço notar que sou peão mas também sou automobilista, e porventura também serei mais um selvagem!
2- Não estou a fazer mais nada que não alertar todos e cada um para conseguirmos viver em mais paz no trânsito do dia a dia, no caso na cidade do Porto!

De: TAF - "Posts e sugestões pendentes..."

Submetido por taf em Sexta, 2010-09-24 02:23

... terão de ficar para mais tarde, bem como a revista de imprensa. Para já fica só a referência da minha crónica no JN:

- Roubaram-me a bicicleta

Existe no site da Câmara do Porto, um link para o programa “CIVITAS”... Desafio alguém da Câmara do Porto a explicar-me o que tem feito ultimamente o Programa Civitas (Programa Europeu para a mobilidade urbana alternativa) no Porto. Suponho que, como outros programas europeus, tenha fundos próprios ao qual se candidatem propostas públicas e privadas relativamente à implementação de políticas de mobilidade mais verdes e em alternativa ao automóvel-Rei...

Fica o desafio feito... Pois se até o Porto nem participa na “Semana Europeia da Mobilidade"... Onde pára o “Civitas”? Não só me interessa criticar o que a Câmara do Porto faz de mal. Interessa-me críticar o bem que não fez nem tem intenção de fazer. Propondo alternativas.

Hora de Ponta na Holanda (Bicicletas e mais Bicicletas...!) (vídeo):

Bicicletas na Holanda

... Ver o resto do texto e imagens em PDF

De: Pedro Nunes - "Colégio Luso-Internacional do Porto"

Submetido por taf em Quarta, 2010-09-22 23:35

Já tinha esta ideia, mas ainda assim fui confirmar... O edifício do Colégio Luso Internacional do Porto encontra-se actualmente em concurso para construção daquilo que será a futura "Kasa da Praia", do grupo K. O edifício "vai albergar bares e restaurantes de apoio à praia e ao parque e servirá toda a cidade e seus visitantes. Vai ser ponto de encontro e referencial de qualidade no Norte do país, tal como o já são em Lisboa a Kapital, o Kremlin, o Kais".

Convido a ver o histórico de notícias do projecto, igualmente disponível no site, mas sei que este esteve praticamente parado desde 2005 devido, primeiramente, a chumbo do IPPAR e, depois, por dificuldades de angariação de capital por parte do grupo investidor.

Pedro Nunes
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Nota de TAF: os prazos referidos na última notícia publicada no site (de Março passado) já foram completamente ultrapassados novamente.

De: TAF - "Algumas sugestões recebidas"

Submetido por taf em Quarta, 2010-09-22 22:24

De: Vítor Silva - "Os nossos deputados europeus"

Submetido por taf em Quarta, 2010-09-22 22:20

Lembrei-me do artigo de David Afonso sobre os contactos dos vereadores e membros da Assembleia Municipal quando fiquei hoje a conhecer o projecto Tweet Your MEP que tem como objectivo ligar os deputados europeus aos cidadãos. Dos vinte e dois deputados que elegemos, dez estão no twitter (cerca de 45%) pelo que podemos acompanhar o que vão dizendo e falar directamente com eles.

Se transpuséssemos essa percentagem para a realidade local do Porto isso quereria dizer que, considerando os 54 membros da Assembleia Municipal, 24 usariam esta ferramenta e dessa forma permitiriam que quem os elegeu, ou quem eles estão a representar, os pudesse contactar usando aquela que é talvez a forma mais directa que temos actualmente - isto se não considerarmos a forma que sempre tivemos de ir às assembleias municipais e interpelar directamente o deputado ou partido que queremos.

Ainda no âmbito local, acrescentaria que, embora considere que a informação sobre os deputados e vereadores deveria estar no site do organismo que representam, também me parece que, tendo em conta a facilidade da utilização de algumas ferramentas de comunicação (sites, facebooks, etc.) os próprios partidos deveriam eles próprios assumir essa responsabilidade e disponibilizar essa informação nos seus sites.

Como actualmente o melhor que temos é a lista dos eleitos e um email genérico ficamos todos a perder.
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blog.osmeusapontamentos.com

De: Emídio Gardé - "Colégio Luso-Internacional do Porto"

Submetido por taf em Quarta, 2010-09-22 22:13

Não é a resposta à pergunta de Vítor Silva nem tão-pouco uma crítica à sua pergunta. É apenas um reparo, que corrobora a habitual expressão de que as pessoas têm memória curta.

O edifício em causa foi construído pela Companhia Carris de Ferro do Porto por volta de 1880 para ali alojar o seu material circulante, já que fazia a ligação até Matosinhos: «construiu leito proprio para o assentamento da sua linha desde a Fonte da Moura até á Foz,(*) onde fez uma bella estação com restaurante, casa para a assembléa e outras dependencias» (In Pinho Leal, Augusto - Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1882, pág. 481). Na época a edilidade portuense apenas permitia o uso da tracção a vapor extra muros, i.e. da «da sua estação da Boa Vista á Foz e Mattosinhos» (ibidem); o resto era feito por muares – 259 à data do início da exploração em 14 de Agosto de 1874.

Mais tarde, com o fim da tracção a vapor e a expansão da eléctrica (na Foz elas coexistiram), o edifício passou a alojar uma subestação e, eventualmente, para o alojamento de material circulante. O edifício, que ficava à margem da marginal e tinha (obviamente!) linhas que ligavam as “cocheiras” à rede de eléctricos, passou a estar no meio do areal com a execução do projecto do Parque da Cidade.

O Colégio Luso-Internacional do Porto (CLIP) foi apenas criado em 1988. O uso do edifício, «que actualmente está em estado de completa ruína», foi feito por cedência da STCP. (In Wikipedia)

Assim sendo, seria muito mais correcto perguntar “Que destino está reservado para a Estação dos Americanos da Foz”?

Emídio Gardé

P.S. - um ‘à parte’ acima assinalado com asterisco: subsistem vestígios do traçado da linha do americano da Foz na sua estrutura viária, sendo o mais marcante a Rua do Túnel.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Ex-CLIP"

Submetido por taf em Quarta, 2010-09-22 22:09

De facto é espantoso com foi possível deixar degradar as instalações do antigo CLIP, sempre com a ideia (ilusão?) de que algo de proveitoso ali viria a ser construído. Não foi! E ao que parece não será! Em tempos de crise, quando não há dinheiro para mandar tocar um cego, vai-se ali – hoje – construir uma discoteca? Que sonho! Sendo que muitas das instalações, moremente cafés e restaurantes que estão hoje no Edifício Transparente, melhor estariam no ex-CLIP. Como não aconteceu, e para não ser mais um mamarracho a cair de podre, se não houver alternativa viável até ao fim do presente ano, talvez fosse melhor implodi-lo. De vez.

Lembrei-me de algo que tenho vindo a abordar, tem tempo, e que ninguém quer resolver. A boa e necessária utilização da antiga ponte dos comboios, a D. Maria. Seria para ser pedonal, acordado entre a Presidência da Câmara de Gaia e a Presidência da Câmara do Porto. Mas não parece nada acontecer. Se nada for feito aquele lindo monumento pode vir a cair de podre. Como hoje os Ocidentais já não têm dinheiro para nada, talvez se for para cair de podre vende-se aquilo aos Orientais – China, Índia, e já dá para atenuar a dívida! Temos cá metro, tanta coisa boa e bonita, mas se nos esquecermos disso...

Augusto Küttner de Magalhães

A ler aqui. Relativamente a este tema, recomendo também esta leitura.

Por fim, gostaria de expressar a minha tristeza pelo incidente do Tiago, mas, como consolo, apenas posso dizer que acontece aos melhores.
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Miguel Barbot

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Nota de TAF: Obrigado. Comprei outra bicicleta logo na Segunda-feira, já não passo sem uma para me deslocar no Porto. Não há meio de transporte mais rápido, e tempo é um recurso muito escasso para mim.

De: Vítor Silva - "Colégio Luso-Internacional do Porto"

Submetido por taf em Quarta, 2010-09-22 00:38

Tenho ideia de, há um ano ou dois, ter ouvido falar de um projecto para o Colégio Luso-Internacional do Porto.
Se bem me lembro, na altura falava-se em converter aquele espaço para uma discoteca.

Ruínas do CLIP na Foz

Alguém sabe como está esse processo?

De: Carlos Romão - "Os trambolhos"

Submetido por taf em Quarta, 2010-09-22 00:20

São inestéticos e fora de escala. Têm uma espécie de antena, um tubo ferrugento e mal pintado por onde entra um cabo eléctrico, provavelmente para comunicarem com o além. Despontaram como cogumelos, um pouco por todo o lado. São inimagináveis noutros centros históricos classificados, ou não, pela UNESCO, mas no Porto tudo é possível. São redundantes, porque o que se propõem vender - gelados - está à mão de semear por toda a cidade, em cafés, bares e até nos locais onde se vendem jornais.

Nos Congregados

Para que servirão, então, estes empecilhos, para além de dificultarem a circulação das pessoas e de poluírem a paisagem urbana? Servem - como as bandeirolas e aqueles apelos inconsequentes que nos dizem “O Porto chama por ti” - para dar um falso ar de animação à urbe, de cortina de fumo que esconda a apatia camarária, apenas alterada pelos caprichos pessoais do seu presidente, chamem-se eles construção no parque da cidade, túnel de Ceuta, metro na Avenida da Boavista, corridas de automóveis, projecto imobiliário do Aleixo ou obstrução à construção do Centro Materno Infantil do Porto. São ainda uma prova do desinteresse, do desamor que o actual executivo camarário nutre por esta cidade milenar, cidade que merece muito melhor do que estas e outras excrescências que estarão por vir.

Publicado n'A Cidade Deprimente

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Ainda as passadeiras e os peões"

Submetido por taf em Terça, 2010-09-21 23:27

Como é evidente, tenho e quero estar totalmente de acordo com tudo o que Miguel Barbot escreve, e felicito-o pelo que escreveu. Referiu e bem as crianças, e se não se importa gostaria de acrescentar os velhos – não gosto do termo idosos, parece querer algo esconder – que têm mais dificuldade em ver e andar. Ainda são mais mal tratados pelos automobilistas, como têm mais dificuldade em se locomover, demoram mais a atravessar – quando o conseguem fazer, é bom referir (quando conseguem atravessar), mas aí não há distinção de idades, nem sexo – e os automobilistas têm o descaramento de buzinar, para o “velho sair da passadeira depressinha”. Que chatice está aquele velho ali!

Temos de mudar de atitude, e de facto quem mata, quem atropela, é o automobilista, ainda não se viu um peão passar por cima de um automóvel… a não ser atirado por este. Tem de haver mais respeito, e tem de se mentalizar o automobilista, que também é peão, ou tem um familiar que nesse preciso momento pode estar em risco ao atravessar uma passadeira (pode o automobilista nem se importar…).

E termino dizendo que ainda não entendi por que raio ainda não há no Porto uma única, só uma, tabuleta, numa via pública que alerte o automobilista para não matar o peão na passadeira abaixo!

Augusto Küttner de Magalhães

Nota: ontem vi, vi, na Rua Mota Pinto, um casal jovem parar o carro em 2ª fila, saíram e sentaram-se num banco público a fumar um cigarro. Um autocarro não conseguia passar, buzinou e ficou a encravar o trânsito, o casal nem se mexeu, o autocarro lá se desenvencilhou, e depois nas calmas, fumado o cigarro, o casal meteu-se no carro e foi-se! O que é isto?

... Pela Música

A brilhante actuação da Orquestra Barroca e do Coro da Casa da Música do Porto pelos Monumentos Nacionais de Alcobaça, Batalha, Jerónimos e Cristo-Tomar, da Região Norte para um arco mais alargado centrado em Lisboa e Vale do Tejo (Centro e Alentejo).

José Ferraz Alves

De: Pedro Figueiredo - "Semana Europeia da Mobilidade 4 - a Ferrovia"

Submetido por taf em Terça, 2010-09-21 21:56

O suplemento “Cidades”, que sai aos domingos no Público, costuma trazer interessantíssimos artigos sobre os temas que genericamente interessa debater e resolver nas nossas cidades - Porto incluído. A questão da Ferrovia em Portugal foi abordada a 12 de Setembro. Transcrevo para A Baixa do Porto algumas passagens bastante expressivas que ajudam a explicar a Prática da Conspiração (não apenas Teoria, mas Prática da Conspiração) que continua a fazer do Comboio o Cristo dos meios de transporte preferidos da nossa sociedade. A acrescentar ao patinho-feio Bicicleta, o patinho-feio Comboio. Já são dois patinhos–feios.

... Ver o resto do texto e imagens em PDF

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