2010-04-11

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sábado, 2010-04-17 21:47

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-16 16:25

De: Nuno Carvalho - "Lembro-me do Dr. Rui Rio..."

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-16 16:21

"Lembro-me do Dr. Rui Rio referir que queria algo que reabilitasse o Bolhão, numa intervenção minimalista."... desculpe? Importa-se de repetir?...

Afinal não é preciso... já percebi! A intervenção minimalista do Rio são os andaimes que lá andam. Tem razão, sim senhora. Até porque a destruição total do mercado que o projecto, apoiado pelo Rio, dos holandeses configurava era isso mesmo, a destruição total do Mercado do Bolhão, logo, como diz e com razão, já não era a reabilitação do Bolhão...

Saudações tripeiras.

NOTA: não sou, de todo, apoiante do actual projecto de reabilitação. Para mim, reabilitar o Bolhão é dar-lhe condições dignas para que funcionem as suas valências e não inventar outras tantas!

De: Sérgio Caetano - "Notícia hoje no jornal Público"

Submetido por taf em Sexta, 2010-04-16 14:03

- Corridas da Red Bull e da Boavista com prejuízo de 1,2 milhões

Uma notícia para reflectir depois do caso polémico do negócio do Rivoli em que a Câmara do Porto está a subsidiar um negócio privado com milhões de euros de lucro para uma determinada empresa e de outros exemplos em que o rigor financeiro dá que pensar... "olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço".

Na mesma edição do Público vem a história de uma companhia de teatro do Porto - a Palmilha Dentada...

Abraços
Sérgio Caetano

Mercado do Bolhão


Grande embrulhada. No Mercado do Bolhão, tem vindo a ser constantemente anunciada uma reabilitação. O que acontece agora é que o tal restauro afinal não é bem um restauro, mas uma tamanha de uma transformação, colocando uma enorme cobertura, tapando por completo o histórico Bolhão, bem como a inclusão de funções que poderão entrar em curto-circuito com a comercialização dos produtos.

Não são estas obras minimalistas que tanto o Dr. Rui Rio falava, mas obras que alteram por completo o Bolhão. Será que não compreendem que o Porto tem um conjunto de traços que lhe confere autenticidade? Por que razão milhares de pessoas, turistas, visitam os Clérigos, o Mercado do Bolhão? Talvez por ter particularidades únicas de venda e grande qualidade arquitectónica. A imagem virtual do interior saiu apenas em papel no jornal Público e mostrava um Mercado completamente diferente, semelhante ao interior do shopping Via Catarina. Confesso até que, primeiramente, senti profunda tristeza, mas de seguida a revolta pela transformação de um símbolo da cidade, sem tão pouco ouvir quem lá vive e usa. Estas atitudes vêm dos modernizadores, daqueles que rompem com tudo e que têm um enorme ego.

Não culpem o Dr. Rui Rio, por esta intervenção, porque ela é feita pelo governo. Sim. Directamente do Ministério da Cultura, vem do Partido Socialista. Lembro-me do Dr. Rui Rio referir que queria algo que reabilitasse o Bolhão, numa intervenção minimalista. Esta intervenção custará 20 milhões de euros, valor por certo que não eram o previsto pela Câmara Municipal do Porto. Obviamente se traduz num despesismo da capital, que quer imputar à Cidade Invicta. Ouvimos então o vereador Correia Fernandes, a gritar com a voz muito alta nos jornais, que o Dr. Rui Rio terá de cumprir agora com o modelo de financiamento. A questão é muito simples. Será que a cidade quer o modelo proposto pelo partido PS, pelo vereador Correia Fernandes? Esse é o ponto essencial. O Dr. Rui Rio definiu um outro modelo de actuação no Mercado e, como tal, não lhe podem ser imputadas responsabilidades políticas pelo que está a ser feito pelo governo.

Por último, deixo uma imagem do Mercado aberto, com a praça aberta, com a autenticidade do Porto, da Cidade Invicta, num dos momentos do dia que propicia a reflexão sobre o tema, que correrá ainda muita tinta...

Obrigada,
Cumprimentos,
Marta Ferreira

Caros,

Ao longo de mais de 25 anos de trabalho em tráfego, em algumas ocasiões, tive eu mesmo de dar a mão à palmatória. Isto é, aquilo que tinhamos concebido teve que ser retificado. E é natural que assim tivesse sucedido.dO que não é natural é, perante o óbvio, negar-se esse mesmo óbvio. Pois o óbvio sobrepõe-se, neste caso das passadeiras na Rotunda, ao princípio de fazer coincidir as passadeiras com os semáforos... Em nome da segurança dos peões, numa versão verdadeiramente ultrapassada relativamente às mais modernas filosofias de concepção e gestão do espaço urbano (ainda agora acabou de decorrer em Lisboa a Conferência Território, Acessibilidade e Gestão da Mobilidade).

Mas querem ver outro óbvio: porque será que os ligeiros andam sobre "alcatifa" e nós, peões, temos de andar sobre cubo?
E outro óbvio ainda. Desde que eu me conheço na cidade (há mais de 40 anos) que a Rua da Constituição, após umas grandes obras de beneficiação, é pintada sempre da mesma forma, a qual não tem nada a haver com a realidade do parqueamento ilegal que pode ser já hoje considerado como uma pré-existência e do número de vias reais que os conductores criam no dia-a-dia.

Razões? Isso eu não digo, mas sei quais são! Se quiserem digo-vos ao ouvido, baixinho... depois vão começar a ver orelhas a avermelhar... e não são poucas e não só do nosso burgo...

De: Carlos Cidrais - "Festival Black & White"

Submetido por taf em Quinta, 2010-04-15 22:38

Gostava de chamar a atenção para a realização do Festival Black & White, organizado pela minha antiga Universidade, a Escola das Artes da Universidade Católica.
Acompanhei os primeiros anos do evento e agrada-me que ganhe agora projecção nacional.
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Carlos Cidrais
www.carloscidrais.com

De: Vítor Silva - "Passadeiras"

Submetido por taf em Quinta, 2010-04-15 21:06

"(...) o sistema semafórico adoptado é o que permite uma maior eficiência do tráfego automóvel numa zona de extrema sensibilidade a congestionamentos"

A questão é mesmo esta, esquecem-se, ou preferem não considerar (se calhar por razões válidas), que há um grande fluxo de atravessamento da rotunda que passa inevitavelmente no início da Av. de França de onde vêm todas as pessoas que saem ou vão para a estação da Casa da Música.
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blog.osmeusapontamentos.com

De: Tovi (David Ribeiro) - "O «meu» 25 de Abril (Parte II)"

Submetido por taf em Quinta, 2010-04-15 21:00

Campo de Instrução Militar de Santa Margarida, Batalhão de Engenharia nº 3
Quinta-feira, 25 de Abril de 1974, 00:20 horas

Tenho que ser rápido. Peço ao Martins que me leve para o jeep uma G3, um cunhete de munições e meia dúzia de granadas ofensivas. “E minis?... Não é melhor levar também minis?... Vou pedir ao murcão do barista para me arranjar umas minis!” – e lá vai o barrigudo do Martins tratar dos nossos mantimentos. Para ele, desde que haja minis está tudo bem.

Quando desço a avenida de Santa Margarida em direcção aos paióis vejo uma coluna a partir com destino a Porto Alto. São os gajos de Infantaria que estavam aqui a formar batalhão para partirem para a guerra na Guiné. Se tudo nos correr bem, estes já não embarcam para África.

As tropas estão nos locais previamente definidos por mim, a segurança está montada e ninguém entrará no perímetro dos paióis sem eu autorizar. Volto para o quartel e vou para a messe dos oficias. Aqui já todos sabem o que se passa. Há várias unidades a caminho de Lisboa, as operações militares estão em marcha e são irreversíveis. Nova tarefa é-me atribuída. É necessário organizar uma escolta para ir com as duas Mercedes de transporte de pessoal buscar os sargentos e oficias que moram no perímetro do Campo Militar. Temos que passar por Tramagal, Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes, Barquinha… Porra, vai demorar umas duas horas. As ordens são precisas: Toda a gente vem para o quartel, ou para se juntar ao movimento ou para ser preso. Não houve problemas, a maior parte do pessoal já sabia o que se estava a passar. Só o Segundo Sargento da Secretaria do Comando é que ainda me disse: “E se eu desse parte de doente? Não seria melhor?”. Respondi-lhe: “Você é que sabe como quer ir para o quartel: ou na Mercedes ou no meu jeep, só que aqui vai sob ordem de prisão”. Remédio santo. Já estava a subir para a carrinha de transporte de pessoal.

De novo no Batalhão de Engenharia nº 3 onde está tudo em estado de sítio. A porta de armas está barrada com uma máquina escavadora. Consta-se que o quartel de Cavalaria, paredes-meias com o nosso, ainda não aderiu ao movimento. Há tropas em posição de combate debaixo dos alpendres das casernas. No gabinete do Oficial de Dia sou informado que terei que formar uma coluna para ir ocupar a barragem de Castelo de Bode. Já não me sobram homens para esta tarefa. Vou à caserna dos recrutas e é com estes que organizo as tropas. No jeep vou eu, o Martins, meu inseparável condutor e mais um cabo das transmissões que conheço bem. Na Berliet um cabo-miliciano da companhia de instrução e dez soldados. Vai também um moto-tanque dos bombeiros, com quatro homens. Objectivos: Ocupar o posto da GNR de Castelo de Bode, fazer protecção contra sabotagens às instalações da barragem e controlar a circulação de pessoas e viaturas na estrada nacional que a atravessa.

Fazemos uma refeição de atum com cebola, metemos uns casqueiros no bornal e lá vamos nós. É já a meio da tarde que chegamos à gigantesca reserva de água que abastece a região de Lisboa. Constava-se que a Legião Portuguesa tinha um plano para sabotar a barragem em caso de golpe de estado e assim tornar imprópria para consumo a água da capital. Nada de anormal aconteceu. Ainda me lembro da cara de espanto do GNR do posto da barragem aquando da nossa chegada. Por lá nos mantivemos até ao dia 28, sendo depois rendidos por um pelotão do Regimento de Infantaria de Abrantes.

Assim foi o "meu" 25 de Abril... E já lá vão trinta e seis anos...

De: Pedro Nunes - "Passadeiras na Rotunda da Boavista"

Submetido por taf em Quinta, 2010-04-15 14:24

Caro Nuno Quental

De facto, é incompreensível que a CMP pense não serem necessárias mais passadeiras na rotunda. Eu próprio, admito, atravesso frequentemente a rotunda no prolongamento da Av. de França. Eu e algumas centenas mais que provêm da estação de metro da Casa da Música e se dirigem à zona do Bom Sucesso.

Para os técnicos da CMP, envio este link onde podemos todos ver o óbvio... E já agora, se não for pedir muito, uma passadeira aqui também daria algum jeito...

Com os melhores cumprimentos,
Pedro Nunes

De: Nuno Quental - "Passadeiras na Rotunda da Boavista"

Submetido por taf em Quinta, 2010-04-15 01:25

Bom, a CMP acha que a rotunda está bem servida de passadeiras! Acho que vou seguir o conselho de um amigo e, numa acção directa, resolver o assunto com as próprias mãos. Quem se voluntaria para ajudar?

Abraços
Nuno Quental

De: Cristina Santos - "Mais um prédio em restauro"

Submetido por taf em Quinta, 2010-04-15 01:17

Edifício em reabilitação  Edifício em reabilitação


Começa a não ser novidade para ninguém, pelo menos para os leitores deste blogue, a constituição interior dos prédios da cidade. Ainda assim, segue mais um, em fase inicial de restauro, com imponentes vistas sobre o Douro e Gaia, residência de 2 agregados familiares. Mais 2 famílias, para quem Deus tem sido o maior dos engenheiros. O estado de perigo iminente tinha sido declarado há algum tempo, felizmente aguentou-se, os inquilinos estão provisoriamente alojados, os animais abandonados no canil e avançamos para outra recuperação, a custos controlados.


De: TAF - "Alguns apontadores e sugestões"

Submetido por taf em Quarta, 2010-04-14 23:40

- Futura configuração do Bolhão foi revelada, sugestão de Vítor Silva
- Novo Bolhão vai ter espaço para eventos
- Bolhão: novo mercado com elevadores, estacionamento e restauração

- Metro do Porto: Escadas da estação do Bolhão vão dar música
- Serralves: 50 personalidades apoiam funcionários despedidos
- Montras de comércio tradicional transformam-se em galerias de arte
- II Meeting do Porto em Matemática para a Indústria
- Festa de Apresentação do 7º Festival Black & White
- Jantar de Mesa Corrida, 15 de Abril, sugestão da Casa da Horta

- Muitas sugestões para inaugurações e eventos no próximo Sábado, dia 17, por toda a cidade (falta-me o tempo para as referir todas...)
- Augusto Küttner de Magalhães comenta esta fotografia e esta outra com o vídeo associado: "Como sabemos serão espaços que irão inevitavelmente continuar degradados, por muitos e maus anos… mas é sempre necessário saber-se que lá existem e que talvez um dia possam diferentemente ser úteis."

PS:
- Decreto-Lei n.º 33/2010, de 2010-04-14, Aprova as bases da concessão do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil (PDF)
- Governo aceita parceria na gestão do aeroporto
- QREN: Norte arrecadou 28,5% dos fundos
- Cobertura com 950 toneladas completa o Bolhão
- Metro faz novo edifício junto ao Porto Plaza

De: Tovi (David Ribeiro) - "O «meu» 25 de Abril (Parte I)"

Submetido por taf em Quarta, 2010-04-14 23:27

Campo de Instrução Militar de Santa Margarida, Batalhão de Engenharia nº 3
Quarta-feira, 24 de Abril de 1974, 22:55 horas

São quase 11 horas da noite e já entreguei no gabinete do oficial de dia ao QG do CIM (Campo de Instrução Militar) o relatório da ronda acabada de efectuar aos paióis. As temperaturas estão registadas, os cadeados das portas foram verificados, o pessoal está nos postos.

A caminho do nosso quartel, o Martins, o meu fiel condutor da Land Rover, desafia-me para uma partida de snooker: “Só uma partidinha… Hoje estou com uma fezada que lhe ganho”. Concordo e lá vamos para a messe de sargentos. O “barista” dormita encostado ao balcão e, com cara de quem já não esperava mais clientes, diz-nos: “Depressinha que tenho que fechar antes da meia-noite”. Duas minis fresquinhas escorrem-nos pelas goelas abaixo e começo eu. Nas duas primeiras tacadas entram a “1” e a “5”. Giz no taco, aponto à “3”, preparo o efeito… e aparece o Sargento da Guarda ao Quartel. “Quem é o Sargento de Dia ao Piquete?” pergunta ele. Com uma tacada brusca meto a bola no buraco do canto. “Sou eu, porquê?” – respondo-lhe com maus modos. Com o ar mais importante do Mundo diz-me: “O Nosso Segundo Comandante está à tua espera no edifício de Ordem Pública do QG. Vai lá depressa”. Prontos… lá se foi uma vitória certa.

Boina na cabeça, blusão apertado e lá vamos a caminho do Quartel-General. Em 10 minutos estamos lá. À porta de armas informam-nos que deveremos ir imediatamente para a Sala de Operações. Entro, faço a continência e com um olhar rápido inventario os participantes na reunião: Um Major, o meu Segundo Comandante; três Capitães, dois do meu quartel e um de cavalaria; seis Alferes, todos do QG. Com ar grave diz-me o Major: “Ó Ribeiro, vamos entrar em prevenção rigorosa e quero que você me organize a defesa e protecção dos paióis. Ponha todos os seus homens do piquete a interditar as estradas de acesso e, a partir de agora, reporta directamente a este grupo de oficiais. Vá lá organizar as tropas e depois encontramo-nos na messe de oficiais do Batalhão”. Faço novamente a continência e respondo: “Sim senhor, meu Comandante. É para já”. Meia volta e em passo rápido dirijo-me para o jeep. O Martins, com o ar mais aparvalhado que já lhe tinha visto pergunta-me: “Então?! Vai haver merda?”. Sem lhe responder entro na viatura e com a mão aponto-lhe a direcção do quartel. Não me apetece falar… Ainda não digeri a ordem que acabo de receber. Tenho a certeza absoluta que aquilo que andamos a falar há uns tempos vai ser hoje. Entro na caserna da 2ª Companhia de Sapadores e acordo o pessoal: “Está a formar rápido… Quero todos na parada em 5 minutos… Levantem rações de combate e encham os cantis de água… Quero toda a gente municiada e de capacete… Hoje não é exercício nocturno… É mesmo a sério”. Tenho absoluta confiança nos meus homens. São Sapadores de Engenharia, habituados a acompanharem-me em operações de interdição de pistas de aviação e desactivação de explosivos. Gente de barba rija.

Passam vinte minutos da meia-noite. No programa Limite da Rádio Renascença é transmitida a canção "Grândola Vila Morena" de Zeca Afonso. Está a começar o meu 25 de Abril.

--
Nota de TAF: Apesar de sair do tema habitual d'A Baixa do Porto, pareceu-me adequada a publicação deste texto e de um outro que se seguirá atendendo ao interesse histórico do testemunho de um portuense, agora que se aproxima a comemoração do 25 de Abril.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Ainda a Casa da Música"

Submetido por taf em Quarta, 2010-04-14 23:18

De facto temos de saber aproveitar o que temos, e tantas vezes o podemos fazer a “custo zero”. Estar a vaguear por “dentro” da Casa da Música, - convém repetir a “custo zero” dado que muitos acham que se pode ter de pagar só para lá entrar - é algo de muito interessante, e até necessário, - para não se falar sem saber o que se diz, - pagar para entrar - algo que nos está a ser excessivamente comum. Se estivermos junto dos grandes janelões dos pisos superiores, virados para a Avenida da Boavista, é possível avistar, parece tão perto, Gaia, e um dos seus shopping´s – Centro Comercial - , tão próximo e ainda mais perto o edifício do Barclays, por trás deste outro Shopping - aqui do Porto, ao lado o Hotel Fénix – Porto, por menos agradável que possa ser, mais ao lado o Cemitério, mesmo em frente as instalações desactivadas da Litografia Lusitana mas cujo letreiro continua bem patente, a Águia ali tão perto, tão próxima, no centro da Rotunda da Boavista, engraçado, ao olhar para baixo, a atravessar a avenida da Boavista, quatro freiras com as vestimentas a rigor, logo dá para perceber que o são. Já na Avenida da Boavista um alinhamento de casas antigas, umas já bem recuperadas, outras em desleixo, como tantas nos centros das grandes cidades. O Porto é não grande, mas tem casas abandonadas, no seu centro e não só. Ainda na Casa da Música ao olhar para o exterior de outro ângulo, é-nos possível ver um edifico novo, muito próximo, que tem uma abertura para que não fique um obstáculo à excelente vista através do mesmo pela Avenida da Boavista abaixo.

Podemos já no interior, sempre a custo zero, apreciar, ouvir, o ensaio de uma orquestra, estamos a pé mas ouvimos e vemos muito bem. Um grupo de jovens com uma orientadora está também a assistir neste corredor, e está-lhes a ser explicado que as paredes têm na sua estrutura uma quantidade de furos – propositadamente - que servem para não deixar indevidamente propagar o eco, dado que se fossem lisas o mesmo faria retorno e deturparia o som original. Os alunos saíram. Fiquei mais um pouco, o ensaio terminou, os músicos saem, alguns trazem os seus instrumentos, descemos no mesmo elevadore, não cabem todos, ouve-se falar inglês, claro português, e austríaco, e chegámos ao piso 0, uns quanto vão para o Bar dos Artistas, outros que já lá estivemos (estivemos) vamos embora, saímos, e fica o meteorito, a Casa da Música, para trás, para sempre, para todos os dias, não só para concertos, mas também para concertos. Será necessário ter-se cultura em qualquer país? Hoje? Com Internet e televisão? Evidentemente que sim. Será uma prioridade, quando há gente a passar fome? Claro que deve ser tida e havida com cuidado a escolha da prioridade, a aplicação dos meios disponíveis, para não deixar que ninguém passe mal sem se alimentar de verdadeira comida, mas uma sociedade sem cultura é um deserto de estupidificação, e temos todos de fazer crescer o país em todos os aspectos, mas nunca descurando a Cultura, bem como fazer voltar a Filosofia, e talvez poupar em armamento…

Augusto Küttner de Magalhães

De: Pulido Valente - "Demolição"

Submetido por taf em Quarta, 2010-04-14 17:04

Informo que a data indicada pelo tribunal para demolição do centro comercial Cidade do Porto, Maio, está protelada por dois ou três gabinetes de advocacia, inquilinos, terem protestado por não terem sido consultados embora fosse público que existia o processo que disseram desconhecer.

JPV

Como sempre o José Ferraz Alves faz uma análise muito concisa a estes temas! Quanto ao total desaproveitamento da Barragem já construída, no mínimo é assustador e no mínimo deveriam - deveriam, convém repetir – ser responsabilizados os que não aproveitam o que temos para o que foi feito, e passa por todos que o próprio José Ferraz Alves e muito bem refere. Em vez de se estar a gastar tempo e dinheiro com Comissões e mais Comissões no nosso Parlamento, talvez fosse imperioso ir para o terreno, irem ao terreno, ver o que de facto não deixa o País funcionar. Quanto ao Tua tenho uma opinião diferente, mas claro que respeito, e muito, a do José Ferraz Alves.

Penso que todo o nosso Rio Douro, da Foz até à Fronteira, deve ser cuidado ao detalhe, deve estar e ficar primoroso. Bem como a linha do Caminho de Ferro. Tudo ficar bem melhor do que hoje já vai estando, e convenhamos que teríamos um excelente percurso natural na bela região do Douro. Quanto ao Tua, penso que se o Douro e envolventes estiverem bem melhor, e não havendo dinheiro para tudo melhor conservar, seria de poder deixar fazer a barragem, até porque a Linha do Tua tem pouquíssimo movimento, ao inverso da do Douro.

Mas se se fazem barragens é para bem as utilizar… e se temos alguma feita e não utilizável, estamos bem pior do que pensamos dever estar.

Um abraço
Augusto Küttner de Magalhães

De: TAF - "Apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2010-04-14 00:33

- TVG: Atraso na linhas para o Porto representa "desprezo" pelo Norte - Carlos Lage - Não compreendo, no meio de PECs e similares, como ainda se teima no TGV em vez de insistir apenas na modernização da rede ferroviária para mercadorias e pendulares, isso sim importante e urgente!

- Papa/Porto: Esperados "pelo menos" seis mil coralistas na missa campal
- Católica lança MBA lusófono
- Porto Editora anuncia compra de ativos do DirectGroup Bertelsmann em Portugal
- Cineclube do Porto assinala aniversário
- Bolhão vai ficar sob vigilância
- FEUP vai monitorizar Bolhão até um ano após o final das obras
- Porto tem 52 imóveis à espera de classificação
- Shopping prepara-se para abrir discoteca no terraço
- Portugal explica pretensão ao solo no fundo oceânico

- Medina Carreira fala aos dirigentes da CMP
- Engenheiro da Câmara do Porto pediu 390 mil para favorecer empresa
- Restaurante Casa da Música: Do crocante de queijo de cabra ao chocolatíssimo (vídeo)
- Região Norte: Especialistas defendem novas apostas para recuperar atraso - Se a notícia é fidedigna e completa, os especialistas não apresentam nenhuma solução... Por um lado ainda bem, não vá a Administração Pública seguir eventuais conselhos e meter-se em áreas que só aos privados cabem.
- Há pouco tempo para fazer tudo o que ainda falta no Lagarteiro

Sugestões:
- Ciclo de Encontros "As Naturezas da Água", 15 de Abril, 17h, Escola Superior de Biotecnologia, de José Ferraz Alves
- Cinema sul-africano "A Câmara de Madeira", 15 de Abril, 17h, de Adelaide Pereira
- Portugal no topo das preferências dos estrangeiros à procura de casa de férias, de José Silva: "Boas notícias para os proprietários a Norte: «O interesse na compra de casas de férias disparou em Março e Portugal lidera a lista dos destinos mais procurados» pelos britanicos, «especialmente a Costa Verde, no norte do País»"

De: José Ferraz Alves - "Ainda as Barragens"

Submetido por taf em Terça, 2010-04-13 22:01

No interior do quarteirão  No interior do quarteirão


Quero deixar bem claro que não sou um anti-barragista nem um anti-empresas necessárias para o desenvolvimento do país. Como provam as imagens que tirei no passado fim de semana na Barragem do Maranhão, Avis, a envolvente é divina. Mas porque não está esta barragem a fazer o aproveitamento da energia hídrica? Pelo que me disseram, após um processo de automatização que levou à redução - anulação - do quadro de pessoal, neste momento não há qualquer aproveitamento hídrico neste espaço e o mesmo encerra um grave perigo que originou já uma morte. Estamos assim num país tão rico que nos possamos dar ao luxo de não aproveitar as barragens existentes e em construir outras novas, destruindo uma das linhas ferroviárias mais bonitas do mundo - Tua - e com isso limitando o potencial da região ou em esquartejar o mais romântico e belo rio de Portugal - o Tâmega -, destruindo habitações, pontes, parques de campismo e colocando em risco a população de Amarante? O interesse é na energia, ou em movimentar mais obras, indemnizações e comissões? Ou em ganhar espaço estratégico para a futura privatização da concessão de águas e dos espaços abrangentes? Praias privadas em Parcerias Público-Privadas, só nos faltava mais esta invenção centralista.

A EDP pode, pf, explicar-me se sou eu o desnorteado? Os partidos políticos podem-me explicar se estão ao corrente destas situações? As Câmaras locais o que pensam sobre esta situação?

José Ferraz Alves

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2010-04-13 00:29

- 65 º Aniversário do Cineclube do Porto
- Cineclube do Porto: 65.º aniversário celebrado com "programação diferente"
- Ciclo de Cinema Amnistia Internacional
- A arte incompreendida de pintar paredes
- Obras do metro ficam concluídas em Outubro
- A tradição é que está a dar! - a propósito desta alfaiataria aqui referida.

- Conversas a propósito dos argumentos do budismo e do marketing face à busca da felicidade, quinta-feira, 21h30, sugestão de José Ferraz Alves
- Economia, Ética, Natureza e Sustentabilidade, seminário a 17 de Maio na Universidade Católica, sugestão de José Carlos Marques
- Conferência “A Educação”, por João Filipe Queiró, 23 de Abril, 21h, Arquivo Municipal de Gaia, sugestão de José Ferraz Alves

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