2010-03-07

De: Maria Augusta Dionísio - "Aleixo"

Submetido por taf em Domingo, 2010-03-14 00:26

- Fundo Imobiliário do Aleixo já tem visto do TC

Deixo aqui esta sugestão, apesar de prejudicial ao meu bairro e aos seus moradores. Através da leitura da notícia há uma dúvida que não vi esclarecida: continua, ou não, o contrato entre Rui Rio e a Gesfimo por assinar? Apesar de tudo, acredito ainda num volte face neste assunto. A nossa Associação vai apresentar uma nova providência. A ver vamos...

De: José Ferraz Alves - "Amarante hoje ao fim da manhã"

Submetido por taf em Sábado, 2010-03-13 23:55

Em Amarante  Em Amarante

Em Amarante


De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2010-03-12 23:12

- Reabilitação do Bolhão a concurso
- Carros mal parados travam 647 viagens dos eléctricos
- Mercado do Bom Sucesso ainda não passou para as mãos da empresa que o vai reabilitar
- Eixo Atlântico "exige" TGV do Porto a Vigo
- UP: Reitoria recebe exposição que promove a "vida e as pessoas"
- Metro retirou carros da cidade, mas utentes pedem parques de estacionamento
- PSP/Porto: Polícia concentra Comando, Divisão de Trânsito e hotel para polícias no Bom Pastor

- Comentário de Augusto Küttner de Magalhães: "De facto estamos a ficar um pouco – direi demasiado – habituados a ver falta de educação – que não só instrução – e de humildade. Aqui podemos ler um emendar de mão de Frederico Torre face a José Ferraz Alves. Que sirvam estes actos de exemplo a muitos, a tantos de todos os lados."

- Dr. Fernando Nobre e o problema dos pobres. Sugiro uma técnica para criar valor no mercado interno, sugestão de José Ferraz Alves
- O Vivacidade – Espaço Criativo já tem um blog oficial na Internet, sugestão de Adelaide Pereira

Pedido de Desculpas a José Ferraz Alves
Tendo lido e relido o seu post de dia 23 bem como a sua resposta ao meu comentário, tenho de pedir-lhe desculpa pela má interpretação que fiz do seu post original onde assumi que defendia o subsídio directo do Estado às pessoas que tiverem problemas com o pagamento das suas prestações e não através de uma redução dos impostos directos. Concordo perfeitamente consigo de que a redução destes impostos (na minha opinião tanto o IRS como o IRC) é a melhor maneira de estimular a economia. Acho que é o resultado de já abrir o site com a expectativa de encontrar uma série de comentários a defender soluções já de esquerda já experimentadas e redondamente falhadas (subsídios do Estado para tudo) e a atacar toda e qualquer iniciativa de criação de riqueza/valor. Quanto ao comentário de "pagar impostos para capitalizar os Bancos de que é devedor", uma vez que nenhum banco em Portugal recebeu capital do Estado (tanto o BPP como o BPN são casos de criminalidade, não problemas de capitalização) e a Banca portuguesa comportou-se até bastante bem nos empréstimos que deu, sem ir atrás do lucro fácil (como se vê pelo bastante baixo nível de empréstimos em mora (NPLs)), parece-me um pouco bater na pedra errada... Disclosure - Trabalho para um Banco, mas na área de Mercado de Capitais e por isso não tenho qualquer relação com a parte comercial.

SCUT
De maneira a perceber afinal a justiça ou não da decisão da implementação de portagens reais nas SCUTs, perdi algum tempo a ver os critérios por detrás da decisão...

Sou, por princípio, contra a existência de SCUTs. O princípio utilizador-pagador parece-me da mais elementar justiça. Acho também que as SCUTs são directamente responsáveis pelo afastamento das populações dos centros da cidade, uma vez que alteram os critérios económicos de decisão de viver dentro da cidade vs viver na periferia, i.e., na hora de tomar a decisão de onde viver não se tem em consideração o custo que todos estamos a pagar em infra-estruturas para que se possam deslocar ao centro/local de trabalho todos os dias (fora todos os custos da dispersão populacional). Assim, parece-me muito bem a alteração das SCUTs para portagens pagas (ainda que o Estado fique com o risco de tráfego e portanto continuemos todos a financiar pelo menos uma parte desse custo), como vai acontecer nas SCUT Costa da Prata, Grande Porto e Douro Litoral. A SCUT Grande Lisboa, a única na região de Lisboa, já é actualmente portajada, ainda que não em toda a sua extensão, tudo o demais já é pago (A8, A9, A2, pontes) pelo que não percebo muito bem a crítica de que só a Norte é que se vai pagar portagens...

Dito isto, parece-me aceitável o critério de usar as SCUTs como forma de incentivar o desenvolvimento regional e reduzir distâncias no País, sobretudo para tentar corrigir um pouco as assimetrias criadas por erros de planificação no passado. Por isso, compreendo que as SCUTs Beira Litoral e Alta, Beira Interior e Interior Norte continuem a beneficiar de apoio do Estado (ainda que talvez "bastasse" ter uma portagem subsidiada em vez de um custo zero, já que esta distorce demasiado o processo de tomada de decisões de investimento e cria falsas expectativas para o futuro).

O mesmo já não posso dizer em relação à Via do Infante, onde claramente o nível de desenvolvimento actual da região parece-me mais que suficiente para justificar a conversão... O seguinte estudo da F9 Consulting, a pedido do Governo, mostra que o motivo para a não conversão deste troço é a falta de alternativas cuja diferença de tempo seja menor que 1,3x o demorado através da SCUT (o estudo aponta 1,4x, mas o anexo com os dados para esse número não está na apresentação (?!)...) Assumindo que o estudo está bem feito, a minha proposta aqui era então implementar portagens de valor mais baixo com o objectivo de financiar directamente a melhoria das alternativas, subindo-as depois para o seu custo real quando as obras de melhoria estejam terminadas.

Conclusão - a introdução de portagens nas SCUT a volta do Porto vai ser na minha opinião um forte factor para trazer de volta para o Porto muita da população que se deslocou para a periferia da cidade e não percebo por isso o porquê da contestação a uma medida que introduz um princípio da mais elementar justiça - o utilizador-pagador. Ou parece-vos justo andarmos todos a pagar a quem vive em Aveiro, Espinho, Esposende, etc. as suas viagens para o Porto? Então porque não os de Braga? Ou de Guimarães? E respondendo já ao argumento do custo de comprar casa no Porto, é para isso que existe o arrendamento! Um aumento da procura de arrendamento vai seguramente levar a um aumento significativo da oferta, criando incentivos para a recuperação das casas abandonadas da cidade e sua reconversão às necessidades da população. Aliás, foi exactamente esse processo que vimos num grande número de cidades europeias, onde a população deixou de comprar casas na periferia e passou a arrendar no centro devido à dificuldade crescente de entrar nas cidades (ainda que aqui tenha sido pelo efeito excesso de tráfego).

Frederico

De: Maria Augusta Dionísio - "Grande negócio..."

Submetido por taf em Quinta, 2010-03-11 14:28

Sugiro a leitura da seguinte notícia publicada ontem no Público:
- Câmara do Porto demoliu casas em Campanhã sem dar conhecimento aos moradores

Atentem, sobretudo, neste pequeno pormenor que demonstra o desvario dos dinheiros públicos, transformados em dinheiros privados, à custa de gestão de péssima qualidade, devido a conselhos de administração constituídos pelos afilhados, pelos lambe-botas dos principais partidos políticos: a Metro gastou em 8 anos um milhão de euros no alojamento de duas famílias num hotel do Porto!

Com esse milhão quantas casas teriam sido construídas? Qual será a relação de parentesco existente entre o adminstrador da METRO que autorizou estes pagamentos e os donos do hotel? É por estas e por outras que dou razão ao Teixeira dos Santos - quem paga a crise? Os patetas do costume!

MADionísio

De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2010-03-11 14:12

- Fórum "Olhares Cruzados" promove discussão sobre o Porto actual, hoje à noite na Católica (programa aqui, sugestão de Pedro Borges)
- Olhares Cruzados debatem papel das capitais da cultura, sugestão de Augusto Küttner de Magalhães
- Portagens nas SCUT, sugestão de Carlos Cidrais
- Director executivo da junta metropolitana pede mais planeamento para a mobilidade
- Liberdade de imprensa: JN "esconde" opções negativas para o Norte, sugestão de Carlos Cidrais
- Ciclo de conferências sobre a identidade portuguesa no século republicano, sugestão de José Ferraz Alves
- Dia Internacional dos Rios - 14 de Março, sugestão de José Ferraz Alves

- "Somos os melhores em tudo" - a minha crónica de hoje no JN

De: Augusto Küttner de Magalhães - "A Loja de Serralves"

Submetido por taf em Quinta, 2010-03-11 14:06

A ideia que se tem – ou que muitos ainda mantêm - da Loja de Serralves é de que tudo o que lá se vende é por norma muito oneroso, logo nem se entra para só ver, ou se se entra o “alto preço” vai marcado no nosso subconsciente, logo correndo-se o risco de sair sem nada trazer. Convém desmistificar a dificuldade preço. Se bem que alguns objectos sejam tremendamente não acessíveis. E esses só dá para ver, mas vamos aos outros, e nos outros temos de tudo para todas as bolsas, e como por certo muitos destes artigos já tem algum tempo, alguma rotatividade de venda, nunca os mesmos mas igual desenho, idêntico feitio, já não há necessidade de serem tão inatingíveis de ser adquiridos. Por outro lado, por certo que a crise faz com que se tenha que vender continuamente, logo sem ter de perder e sem deixar de se manter a qualidade da Loja de Serralves, mas sendo sempre de Serralves e sendo permanentemente um lugar a visitar e nem constantemente, mas conforme as necessidades, a comprar! E podemos encontrar de facto objectos diferentes, interessantes, bonitos, para todos as bolsas, mais ou menos espectaculosos artigos, evidentemente e essencialmente para ofertar que são muito interessantes, são distintos, são portugueses nossos e são de Serralves, que é sempre um ex-libris do Porto e do País.

Augusto Küttner de Magalhães

Não ter medo é um mau princípio político, o pior de todos, já que é do medo que nasce a virtude cívica de o superar. Quando um Governo não o tem, age de forma irresponsável; se a população também não tiver, a Nação fica condenada. Falo obviamente, do medo de perder a propriedade, medo de se ver obrigado a emigrar, medo da fome, da miséria, do futuro, da condição de idoso, da criança, da falta de justiça, da perda de liberdade. Destes medos nasce, supostamente, a razão prática e a vontade de autonomia.

Quando não há coragem de assumir o medo dessas situações, também não há forma de as evitar.
Este Governo não tem medo, é um perigo.

Cristina Santos

Foi ontem anunciado pelo Governo, enquadrado no PEC, o adiamento de 2 anos das ligações ferroviárias de alta velocidade entre o Porto e Lisboa (de 2015 para 2017) e entre o Porto e Vigo (de 2013 para 2015). A Associação de Cidadãos do Porto (ACdP) compreende, responsavelmente, as dificuldades orçamentais que o País atravessa e a necessidade de controlo dos gastos públicos nos próximos anos, contudo não concorda com nova penalização da Região Norte, que representa 45% da população e 60% das exportações portuguesas.

A ACdP exige que o PEC seja revisto, para que os cortes no investimento e seus benefícios sejam redistribuídos equitativamente, incluindo todo o projecto do TGV e não apenas as ligações que afectam Braga, Porto, Aveiro, Coimbra e Leiria, através do adiamento da ligação Lisboa-Madrid ou do reassumir dos compromissos anteriormente firmados com as populações do Norte. O Governo, ao propôr este PEC, não repensa os grandes projectos de investimento de forma a torná-los adequados à actual conjuntura, optando por sacrificar exclusivamente a Região Norte, ao adiar ambas as ligações ao Porto, enquanto mantém intocados todos os grandes projectos de investimento na região de Lisboa, como o novo aeroporto e a ligação por TGV a Madrid, numa atitude de manifesta e assumida falta de solidariedade e de coesão nacional.

Recordamos que o Norte representa 45% da população e 60% das exportações portuguesas, e que não pode ser simultaneamente privado da ligação a Vigo, essencial para a competitividade das suas exportações, e forçado a contribuir através dos seus impostos para a construção da ligação de Lisboa a Madrid, um projecto do qual não beneficia e que todos os estudos indicam que é financeiramente deficitário. Notamos também que está previsto no PEC a introdução de portagens nas SCUT, medida altamente penalizadora para a Região, deixando de fora, contudo, a algarvia Via do Infante, no que é mais uma discriminação injustificada.

Sugerimos em particular que o projecto da alta velocidade em Portugal seja adequado à realidade do País, reconvertendo as linhas previstas para velocidades entre os 200 e os 250 Km/hora, adoptando tráfego misto de mercadorias e passageiros em bitola europeia e prioritizando as ligações aos aeroportos e entre capitais de distrito.

A Associação de Cidadãos do Porto - ACdP é um movimento apartidário, que tem como único propósito a defesa dos interesses colectivos da Área Metropolitana do Porto e da Região Norte. A ACdP assume-se como uma plataforma de debate, de apresentação de propostas e de acção efectiva, onde através da congregação e mobilização de esforços e vontades os cidadãos da AM Porto e Norte poderão voltar a ter uma palavra a dizer sobre o seu Futuro.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "O pouco TGV foi mal direccionado"

Submetido por taf em Quarta, 2010-03-10 14:03

Como seria de esperar, saído o PEC cá no nosso “quintal” caiu-lhe meio mundo em cima, é só defeitos. Sendo que no contexto era de esperar que pudesse ser muito pior. E até se notou algum critério nos gastos, algum bom senso, algum cuidado. Claro que tudo se deve ao contexto, ao mau momento e ao medo tremendo de que o País escorregue para uma situação idêntica à da Grécia. Pelo que não é assim tão mau este PEC, convenhamos, apesar de todos o criticarem. Mas seria – evidentemente, naturalmente - de esperar as maiores críticas dos 3 putativos candidatos a PM via PSD, do CDS-PP, do BE e do PCP, e até do PS se não fosse “ainda” o Governo! A direita quereria mais privatização a esquerda mais nacionalização. A esquerda mais dinheiro a todos que recebem mal, a direita menos a estes e mais às empresas! O usual. E no momento foi feito o possível, claro que poderia ser feito melhor, mas era fácil fazer muito, muito pior e, espantemo-nos, até não foi feito.

Sendo que no aspecto do TGV foi tomada a medida desacertada! Se bem sensato e decidido o aspecto de não fazer, ou ir adiando até às calendas a ligação não necessária Porto – Lisboa, e tendo que se fazer a ligação à Europa, claro que se escolheu e mal a Capital. Lisboa e Vale do Tejo já estão em enorme desenvolvimento e o resto do País está em tremendo retrocesso, logo para melhorar o País como um todo e não só como Lisboa teria que ser feita a ligação à Europa de TGV pelo Porto, a sair do Norte a valorizar todo o Norte que não só o Porto como é evidente, mas daria alguma “coisa nefasta aos nossos ainda Governantes” se tal decidissem. Evidentemente que mesmo se tal fosse assente seriam alvo de ataques e muitos, mas evitava-se a não razão de deixar de querer dar um sinal de que as áreas menos protegidas o devem deixar de imediato de ser, a bem de um Pais que não deve, nem pode ser só Lisboa. Foi pena ter-se perdido esta oportunidade, foi pena não se querer de uma vez pensar que o País é - não só Lisboa. Esperemos que se lembrem que o melhor aeroporto Europeu até 5 milhões de pessoas no ano de 2009 foi o Sá Carneiro, que temos necessidade de desenvolver o Norte ou então deixá-lo morrer e esta tinha sido uma boa altura para o fazer. E até o Governo ficaria alvo de grandes ataques dos senhores de Lisboa, por uma vez se lembrar do País como um todo e não teriam – os atacantes de serviço - de ir buscar situações menos bem relevantes no PEC para ter que sempre maldizer!

Augusto Küttner de Magalhães

De: TAF - "Os artistas locais"

Submetido por taf em Terça, 2010-03-09 20:05

No Grande Porto, Sampaio Pimentel escreve sobre os eleitos do PS nas autárquicas:

"O ‘dream team’, para além de Elisa, era constituído por Teixeira dos Santos, Correia Fernandes, Manuela Vieira, Alexandre Quintanilha, Teresa Lago e, entre outros, pelo autor da inquietante pergunta: ‘E eu e tu o que é que temos que fazer?’ Elisa, tendo percebido desde muito cedo que a derrota era inevitável não perdeu tempo a responder e esclareceu Abrunhosa que, quanto a ela, ficaria por Bruxelas. Teixeira dos Santos, por seu lado, não hesitou manter-se pelo Terreiro do Paço, renunciando de imediato ao mandato de deputado municipal. (...)

Na Assembleia Municipal, Teresa Lago, número dois do PSSP, falta com frequência e o cantor que não queria uma AM de marionetas não compareceu, sequer, a metade das sessões. Acresce que, tendo sido eleito pela Assembleia como seu representante no Conselho Municipal de Segurança, Abrunhosa optou por ignorá-lo, faltando à sua primeira e, até agora, única reunião. No Executivo o panorama é semelhante. Desde a sua tomada de posse, apenas, o Arq. Correia Fernandes não faltou ao compromisso. Manuela Vieira e Alexandre Quintanilha, eleitos directamente, compareceram em apenas metade das sessões."

De: Alexandre Burmester - "Rui Rio ataca o governo... Que medo..."

Submetido por taf em Terça, 2010-03-09 19:22

Enfiando o barrete em os do costume, pergunto para que serve o facto dos representantes do Norte não ficarem calados, se quanto mais falam e nada acontece, mais perdem o seu próprio poder e moral. Mais me lembram aqueles cachorrinhos pequenos que ladram, não mordem, e vêem a caravana passar.

Alexandre Burmester

De: Augusto Bastos R. - "O PEC e o PSN"

Submetido por taf em Terça, 2010-03-09 19:07

Caros seguidores d'A Baixa do Porto

Ficou amplamente demonstrado que este PEC é um autêntico Plano de Segregação do Norte, no que a investimento público diz respeito, e que afectará, por consequência, ainda mais o nível de desenvolvimento da região por comparação a outros índices Portugueses e Europeus. Muitas coisas poderiam ser apontadas mas para os propósitos desta mensagem presumo que todos concordemos com a evidência de estarmos a ser uns dos crucificados deste país, quando outros pouco ou nada sofrem nestes tempos que se dizem de crise. Não falo isto por causa das linhas de AV, cuja construção sou liminarmente contra em todo o país sem excepção. Não venho aqui com a conversa de "se os outros têm, nós também queremos". A questão é que ninguém deveria ter. Desde as atitudes dessa gente que utiliza os fundos de coesão para proveito próprio, até às decisões que acabarão por destruir ainda mais os ecossistemas fluviais por todo o Norte com barragens estúpidas... e tudo que existe pelo meio, é urgente travarmos isto! É urgente respondermos com convicção "a nós não nos violarão!"

Remeto agora para o Artigo 9º da CRP:

"Artigo 9.º - Tarefas fundamentais do Estado
São tarefas fundamentais do Estado:
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do território;
g) Promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta, designadamente, o carácter ultraperiférico dos arquipélagos dos Açores e da Madeira;
"

Retirado do Artigo 7º:
"3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão."

Não há nada que possamos aprender com os Galegos? Do Estatuto da Galiza:

"ARTIGO 1

1 - Galicia, nacionalidade histórica, constitúese en Comunidade Autónoma para acceder ó seu autogoberno, de conformidade coa Constitución Española e co presente Estatuto, que é a súa norma institucional básica.
2 - A Comunidade Autónoma, a través de institucións democráticas, asume como tarefa principal a defensa da identidade de Galicia e dos seus intereses, e a promoción da solidariedade entre todos cantos integran o pobo galego.
3 - Os poderes da Comunidade Autónoma de Galicia emanan da Constitución, do presente Estatuto e do Pobo."

Os Galegos não estiveram à espera de um referendo milagroso. Os Galegos auto-referendaram-se localmente em 1936, com votos a favor de 85% da população, apresentando posteriormente a proposta ao Parlamento Espanhol. A decisão foi protelada devido ao estalar da Guerra Civil em Junho desse mesmo ano. O Documento de 1936 seria novamente ratificado popularmente em 1980, conferindo o Parlamento Espanhol o Estatuto de Comunidade Autónoma à Galiza. Como dizia ali atrás, é o sítio que faz as pessoas, e por essa razão acredito que com essa autonomia, ou até mesmo independência, teríamos todas as condições para nos governarmos muito melhor.

E eu pergunto, é preciso mais o quê? Já nos baixaram as calças, estão à espera que seja preciso baixar as cuecas? Vamos mas é para a rua!

Augusto R.

Para que os do costume não acusem os representantes da região de ficarem calados:

- Rui Rio acusa Governo de prejudicar o Norte ao adiar o TGV

Também vi Rui Moreira e Luís Filipe Menezes a fazer curtas declarações sobre o adiamento do TGV.

PS: António Marques considera "escandaloso" que Governo anule obras a Norte e mantenha duas em Lisboa
---
Carlos Cidrais

De: TAF - "Sugestões e apontadores"

Submetido por taf em Terça, 2010-03-09 11:48

De: Alexandre Burmester - "Viva a competência"

Submetido por taf em Segunda, 2010-03-08 19:14

Sábado havia na cidade festa na Miguel Bombarda, Exposição na Alfândega, Vinhos no Palácio da Bolsa, e os patetas que deviam controlar o trânsito caótico que se transformou na cidade, estavam a tomar conta do belíssimo material que expuseram naquela coisa chamada Av. dos Aliados, cheia de barracas.

Nota: O “belíssimo material” eram as “tools” com que a nossa Protecção Civil, INEM, Bombeiros, GNRs, Guardas Florestais e outros estão equipados, e que vieram numa operação de charme a custos controlados mostrar ao “Mitch” da série “Baywatch”.

De: Alexandre Burmester - "Tivéssemos..."

Submetido por taf em Segunda, 2010-03-08 19:08
  • Tivéssemos uma empresa séria e responsável pelos caminhos-de-ferro portugueses, que não sustentasse uma larga ninhada de tachos e incompetentes, e que não perdesse diariamente os milhões que todos pagamos, que até acreditava em projectos ferroviários;
  • Tivéssemos uma companhia aérea competente, que eliminou todas as pontes aéreas do país pela prática de preços insuportáveis, e que ainda vem justificar um novo aeroporto;
  • Tivéssemos gente competente, desde técnicos de transportes, estrategas e políticos, não teríamos que continuar a apostar nas inúteis Auto-estradas e pontes sem sentido;
  • Tivéssemos a Norte (leia-se no Porto) políticos competentes que soubessem reclamar o que nos é de Direito, que outros reclamam nem sendo de Direito (Madeira) e que nos levam a todos, e nos representasse neste pântano político, que não fossem as mulas que por aqui se sentam, e não tivéssemos de nos vir queixar constantemente neste muro de lamentações que se transformou nos blogues deste país;
  • Temos o País que temos, que merecemos, e que pagamos (e agora até com taxas de 45% de IRS).

Você que vota, junte-se a mim. Não vote e pratique sempre que puder a “Desobediência civil”.
Viva a Anarquia.

De: Vítor Silva - "Assembleia Municipal do Porto"

Submetido por taf em Segunda, 2010-03-08 18:02

Hoje às 21h00.
A próxima é para a semana.

--
blog.osmeusapontamentos.com

De: António Alves - "Oportunidade"

Submetido por taf em Segunda, 2010-03-08 15:21

O que pode parecer uma ameaça pode ser transformado numa oportunidade. Este abandonar definitivo dos projectos de linhas de “tgv” que têm o Porto como origem/destino deve ser transformado numa oportunidade para pôr em causa todo este processo e abandonar definitivamente o que foi projectado até aqui. Incluindo, obviamente, a Ligação Lisboa-Badajoz sob pena de a Norte se ter de enveredar pela desobediência civil para não termos de pagar uma ligação ferroviária absurda que não serve mais de metade de Portugal. Esta ameaça deve ser claramente feita pelas forças vivas desta Região. Não estamos em condições de pagar, com o nosso dinheiro, o nosso sacrifício, e a insustentabilidade do nível de vida das nossas gerações futuras, uma ligação ferroviária que nos exclui.

O processo deve retornar à estaca zero. Um verdadeiro Plano Estratégico Ferroviário deve ser pensado e formulado de acordo com os seguintes objectivos essenciais:

  • 1- Mudança de bitola das nossas vias férreas, da ibérica para a europeia, de modo a que no futuro (já não muito longínquo) não corramos o risco de ficar ferroviariamente isolados do mundo.
  • 2- Revitalizar a nossa rede clássica desenvolvendo principalmente as ligações inter-regionais com particular incidência nas regiões mais densamente povoadas, e.g., o Entre-Douro-e-Minho e Região Centro, para desincentivar o uso exagerado do automóvel em distâncias até 150 km.
  • 3- Reformular a rede, dando-lhe uma configuração em malha, para que todas as capitais de distrito se encontrem ligadas entre si, na menor distância temporal possível, principalmente as que se inserem na mesma região.
  • 4- Todas as actuais linhas e as novas a construir devem ser projectadas para tráfego misto de mercadorias e passageiros.
  • 5- Transformar a rede ferroviária numa importante alavanca para a competitividade da indústria turística. Quem chega ao aeroporto do Porto deve fácil e rapidamente poder chegar, usando o comboio, ao Douro, a Braga, a Guimarães, a Barcelos, a Viana do Castelo, e, inclusivamente, a Santiago de Compostela. Para isso o Aeroporto Francisco Sá Carneiro deve ser ligado à rede ferroviária clássica anulando o missing link de apenas 2,5 km que obsta a que isso seja já hoje uma realidade. A reformulação do traçado, e do sistema de exploração da linha litoral algarvia, para parâmetros modernos e eficientes, deve ser levado a cabo. A Linha do Douro e os seus ramais, até Salamanca, deve ser considerada como de fundamental importância estratégica para o desenvolvimento da emergente indústria turística desta região que tem crescido continua e sustentadamente nos últimos anos.
  • 6- As ligações internacionais, desde já em bitola europeia, devem ter como objectivo prioritário facilitar o tráfego de mercadorias e ligar as regiões portuguesas mais exportadoras ao nó logístico de Salamanca - Medina Del Campo - Valladolid.
  • 7- Estruturar ferroviariamente a mega região que vai da Corunha a Setúbal com uma linha de altas prestações, sendo a sua velocidade adequada aos objectivos e condicionalismos pontuais. Uma velocidade média de percurso na casa dos 200 km/h parece-nos ideal.
  • 8- Modernizar as outras ligações a Espanha actualmente existentes, elevando-as para patamares modernos e consentâneos com as exigências dos nossos dias.

Em resumo, deve-se projectar uma rede ferroviária moderna, de altas prestações, com velocidades adequadas caso a caso, que seja uma alavanca para a competitividade da economia nacional e para a coesão territorial. Deve-se deixar definitivamente de falar em “tgv’s” e ligações megalómanas e caríssimas, que servem apenas a vaidade insana duma capital que se julga ainda com um império mas não tem onde cair morta, e os interesses estratégicos do estado espanhol que, legitimamente, os promove, mas que não são definitivamente os nossos. Estas megalomanias, sem mercado que as sustentem, porão em causa o futuro daqueles portugueses que hoje ainda não têm capacidade de decisão e que serão onerados para toda a vida com uma dívida gigantesca que a estupidez dos seus pais e avós gerou.

De: Armando Peixoto - "Resposta a «O TGV não serve nem sequer Lisboa»"

Submetido por taf em Segunda, 2010-03-08 15:18

Caro TAF, eu acho que o senhor tem toda a razão no que diz repeito à modernização ferroviária. Mas a realidade é o que é, e o facto é que o TGV Lisboa-Madrid vai ser construído e sem atrasos relativos à crise. Se vai ser estupidez ou desperdício, às tantas vai, mas quem o vai pagar vai ser o país inteiro e os poucos que o vão utilizar e ganhar com ele vão ser os nossos "compatriotas" lisboetas e os "hermanos" Madrilenos. Essa é que é a realidade! E será indesculpável que os responsáveis políticos da região não se insurjam contra a pouca vergonha!

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