2009-05-03

De: TAF - "Problema resolvido"

Submetido por taf em Sábado, 2009-05-09 22:31

O blog esteve hoje algum tempo inacessível devido aparentemente a um problema na base de dados. Já funciona, como se vê. :-)

Outros assuntos:

- "Vou ao Parlamento Europeu assinar o nome, quero vir para cá" - Não devia ser bem isso que queria dizer, pelo menos desta forma... ;-)
Já dei a minha opinião sobre este assunto em entrevista ao JN, no mês passado. Elisa Ferreira pelos vistos não esteve feliz nas últimas declarações.

- O projecto de revisão do Código Regulamentar do Município do Porto está disponível no site da CMP, bem como a lista das principais alterações introduzidas. A discussão pública termina no próximo dia 21 e as sugestões dos munícipes podem ser dadas no fórum do CRMP ou por mail. Há um seminário a 19 de Maio onde este tema vai ser focado.

De: Geraldo Quintas - "Bandeira Azul"

Submetido por taf em Sexta, 2009-05-08 22:35

Desta vez são duas as praias do Porto com Bandeira Azul, Homem do Leme e Foz, a ver se as conseguem aguentar!

Tendo em consideração os vários posts dos últimos dias aqui no A Baixa do Porto, vou fazer uma lista de perguntas-notas relativas a alguns temas em discussão:

1 – Relativamente ao estacionamento, tal como o Nuno Oliveira, pergunto se é, de facto, necessário, para se viver na Baixa “Um transporte individual para cada morador (e lugar para o pôr)”. Tiago, em relação a na Rua do Almada haver prédios com largura para entrada de um carro, e assim levar o mesmo até ao quintal, a questão é que, em certas partes da rua (se não mesmo em toda a rua), os quintais não ficam ao nível da entrada do prédio. Tome-se como exemplo aquele onde está a Casa Almada. O quintal fica em dois níveis, nenhum deles no rés-do-chão, sendo mesmo que a parte mais profunda se encontra no último andar, sobranceiro à Pedreira da Trindade.

Cara SSRU, obrigada pelo simpático comentário. Eu sei que por Santa Catarina, Passos Manuel, etc viveu gente durante muito tempo. Mas à data do meu nascimento já não eram assim tantas as famílias que por aí viviam pois já estavam, como indica no seu post, estabelecidas nas Antas, Foz, etc. E, certamente muitas famílias hão de ter morado no edifício em frente ao Coliseu. Isso antes de 1938, pois o edifício em frente ao Coliseu é a Garagem Passos Manuel, da autoria de Mário Abreu, datado da década de 30.

Não sabendo até que ponto se pode “explorar” o subsolo para aí criar estacionamento, não me agradando que os quintais-jardins possam deixar de o ser para aí se aparcarem automóveis, e tendo especial gosto por grandes garagens, será possível, dado que há muitos quarteirões com vários prédios seguidos em estado ruinoso-abandonado, transformar esses prédios em garagens de estacionamento comum aos residentes nessa mesma área? E é preciso não esquecer, como já o disse antes, que a par do pensar o estacionamento é preciso pensar o reabitar e o reabilitar a habitação, mantendo as características das várias zonas da cidade.

2 – Do mais do mesmo, concordo com o Alexandre Burmester quando diz que “de nada adiantará continuarmos a falar a muitas vozes, a fazer debates ou a perder latim se não tivermos Poder, e não formos capazes de fazer inverter políticas e de provocarmos outras.” A regionalização é a mesmo necessária? Digo desde já não ser uma ideia com que simpatizo por aí além mas se for a solução para que ao Porto e o Norte seja dado-conquiste o lugar que merece, e se a mesma se fizer tendo como base as já muitas instituições e meios existentes, estarei disposta a considerá-la como uma hipótese crível. Porque, tal como ao Alexandre, preocupa-me que não haja uma união de esforços, que as políticas de reabilitação da Baixa, da Cidade, do Norte, não tenham um propósito comum. No entanto, como se faz isto tudo sem os partidos? E se é com os partidos como se consegue ter políticas pensadas, e implementadas, com objectivos a 20, 30, 40 anos? Isso de um executivo fazer e o seguinte desfazer, mesmo quando a coisa está bem, não funciona. Que medidas práticas podemos tomar para termos efectivamente o poder de mudar, de dar um rumo ao Porto (à Região)?

3 – O link da notícia que o Tiago colocou sobre o Trindade Domus Gallery, e pensando no ruído à roda do Dolce Vita Tejo, é de mega-centros comerciais que estamos a precisar? Quem autoriza estas coisas? Não é o surgimento de tais empreendimentos prova de que as cidades, o país, não está a ser pensado aos tais 20, 30, 40 anos? Por um lado, o Trindade Domus Gallery, como refere a notícia, “prometia revitalizar a Baixa do Porto” – o que não aconteceu –, por outro, o El Corte Inglés – que gera de facto fluxo de pessoas –, não se instalou na Baixa pois isso poderia prejudicar o comércio tradicional. Confesso que não compreendo muito bem as decisões seguidas em tal matéria. E, a ter de escolher um empreendimento desse tipo para se instalar na Baixa, apostaria no El Corte Inglés.

4 – Quanto ao Porto e a Lisboa, Lisboa está no topo do País. Está é num estado lastimoso, como refere Manuel Falcão no seu blog A Esquina do Rio. A Cristina Santos tem razão ao dizer que todo o País se sacrificou para que Lisboa “de tão desenvolvida pudesse carregar Portugal inteiro às costas”, coisa que, sabemos bem, não aconteceu. Santos também aponta que o Porto até vai andado direito e que talvez um dia venha a descobrir a Europa. Pois é exactamente o que o Porto precisa de fazer, descobrir a Europa, ter consciência da valor do seu nome, saber como lhe pode fazer chegar os tais milhões europeus, como se pode impor, como nome e como “marca”. Ainda que, para isso, acho que tenho que voltar a remeter para o post do Alexandre e quase, quase, acabar a dizer-lhe que concordo com a regionalização.

Serve a presente para esclarecimento geral à população, e para bom descanso de fim de semana.

Em 15 de Novembro de 2005 o Estado em que vivemos decretou uma Lei de nº 54 que estabelece a titularidade dos recursos hídricos. Esta Lei que até teria sentido, perdeu-o todo quando o legislador veio estabelecer as regras da titularidade. Diz esta Lei muitas coisas e às tantas estabelece que numa faixa de 50 metros correspondente à margem dos rios, os terrenos são pertença do Domínio público. (Vou repetir toda a faixa de 50 metros para lá da linha de água pertence ao Estado).

Mas para aqueles que porventura tenham terrenos, casas e estejam abrangidos por esta faixa, a lei em toda a sua generosidade diz também que quem pretenda obter o reconhecimento da sua propriedade poderá fazê-lo. Como? Através de uma acção Judicial que deverá intentar até 1 de Janeiro de 2014. (Repetindo, se por mero acaso ou desconhecimento os titulares não fizerem prova de propriedade, perdem-na). Outra particularidade desta Lei é que a forma de dar prova da propriedade é apresentando documentos comprovativos em Tribunal da sua posse com data anterior a 31 de Dezembro de 1864. Isto quer dizer que caso algum dos proprietários tenha por mero acaso uma Certidão da Conservatória Predial posterior a essa data, pode estar certo de que não servirá de nada. Agora não vou repetir, se alguém não entender poderá ler outra vez, e se não acreditar procure ler o Artigo 15º da Lei referida. Infelizmente é verdade.

Para ilustração do significado da Lei, junto em anexo uma imagem das ribeiras de Porto e Gaia, onde assinalo a faixa de propriedade do Domínio Hídrico.

Vista aérea do Rio Douro


Para voltar ao País real, poderei dizer que muitas pessoas e empresas têm andado à volta com esta Lei, como se sabe para que se proceda a quaisquer obras é necessário dar prova de legitimidade de propriedade, e agora veja-se em que situação estarão os proprietários que não o conseguem fazer. Em Lisboa o programa de reconversão da marginal do Tejo já levou o António Costa ao desespero. Em Gaia e no Porto muitos investimentos ficaram pelas intenções e muitos projectos encontram-se à procura de soluções e de respostas dos Tribunais, isto é parados. (Até convinha saber, apenas por curiosidade, se algumas das obras em curso na margem do rio Douro se encontram ou não legais.)

O General de Gaulle disse um dia a propósito do Brasil “Ça c´est pas un Pays sérieux", e isso só foi possível porque ele não conheceu bem Portugal.

Alexandre Burmester

De: TAF - "Algumas leituras"

Submetido por taf em Sexta, 2009-05-08 16:15

De: Vitor Silva - "Podcast «O Porto em Conversa #5»"

Submetido por taf em Quinta, 2009-05-07 23:21

Nesta edição do podcast O Porto em Conversa falei com Catarina Martins da companhia de teatro (e não só) Visões Úteis. A conversa foi naturalmente sobre cultura, desde a relação do público com a arte contemporânea à importância dos teatros municipais (e a questão portuense do Rivoli). Falámos ainda de alguns projectos como o Coma Profundo (que está disponível em podcast para qualquer pessoa no site da companhia) e outros similares ("Errare, Parma; "Os ossos de que é feita a pedra", Santiago de Compostela) que podem também servir de valência turística para a cidade. E naturalmente os custos da cultura...

Podem descarregar o programa directamente ou subscrever o podcast através deste link. A seguir têm um breve resumo dos temas abordados e em que parte do programa foram abordados.

De: Alexandre Burmester - "I don´t make news... I´m out"

Submetido por taf em Quinta, 2009-05-07 20:17

Caro Vitor Silva, acho que percebeu bem o conteúdo do meu texto, e nas perguntas que me dirige inclui as próprias respostas. Contudo terei muito gosto em lhe responder.

Os candidatos são um “Bando de desconhecidos”, porque ninguém os conhece. Fazem parte de uma lista às eleições que contém meia dúzia de cabeças de cartaz (porque depois da meia dúzia já ninguém presta atenção à lista), mas que logo após eleições fogem, ficando as segundas ou terceiras escolhas. Se tiver tempo leia a lista de Deputados Municipais ou os da Assembleia da República e duvido que conheça mais do que essa meia dúzia. São desconhecidos porque na sua maioria são o que resta do aparelho partidário que ainda não usufruem de cargos. Infelizmente já não se vêem políticos que acreditam em ideias ou mesmo ideologias (já ninguém acredita). Alguns têm espírito de serviço mas infelizmente são poucos, e porque têm dignidade saem com regularidade da vida pública quando em conflito.

Aliás a qualidade dos políticos tem baixado tanto que não são desconhecidos à toa. Se não aparecem é porque não têm nada a dizer ou a fazer, limitam-se à obediência partidária fazendo número. São um “Bando”. Por isso disse o que disse, mas não digo nada de novo. Há muito pouco a fazer com este modelo político. Houvesse em Portugal um qualquer sistema de eleição em que soubéssemos quem elegíamos e que permitisse avaliá-los durante o mandato, e se calhar seríamos mais a votar e mais a concorrer. Houvesse qualquer outro sistema de gestão e comunicação que não os “Editais” e as “Discussões Públicas” e seríamos muitos mais a participar na vida pública.

Agora confesso-lhe que eu não sou candidato a nada e, quanto aos Partidos, uso daquela máxima de que não faço parte de nenhum clube que me aceite por sócio. Mas não deixo por isso de participar na vida pública quando sou chamado ou quando acho que devo intervir. Agora o que infelizmente constato no que escrevi “Mais umas eleições. Mais uns candidatos. E mais do mesmo.” é que, para além desta subserviência e jogo partidário, os candidatos que se perfilam no Porto não têm um discurso maior do que a distância entre a Circunvalação e o rio Douro, e não trazem a dimensão regional que o Grande Porto tanto necessita.

Alexandre Burmester

De: Pedro Aroso - "Stirling Moss no Porto"

Submetido por taf em Quinta, 2009-05-07 20:01

A propósito do post aqui publicado pelo João Freitas, no qual manifestava apreensão pelo facto de ainda não ser conhecido o calendário das corridas que irão integrar o Grande Prémio Histórico, publiquei no blog do Club Lotus Portugal o press-release, onde se divulga a vinda ao Porto do Stirling Moss, vencedor do 1º Grande Prémio de Portugal (1958).

Embora o “programa das festas” ainda não tenha sido tornado público, ficámos a saber que o evento irá contar com os Históricos Fórmula 1, os GT, Turismo, e os Sport Protótipos Históricos, bem como a Taça de Portugal de Clássicos, a exemplo daquilo que aconteceu nos anos anteriores.

Algumas questões em relação ao artigo de Alexandre Burmester “Mais umas eleições. Mais uns candidatos. E mais do mesmo”.

Da leitura completa do artigo fico com a ideia que a principal mensagem que queria deixar era de que não acredita que os actuais candidatos à Câmara do Porto tenham vontade e coragem para se imporem em relação a decisões fundamentais que costumam/estão a ser tomadas pela administração central e que deveriam fazer parte das nossas competências como região. Mas pelo meio diz coisas que se por um lado demonstram a frustração que a maior parte das pessoas sente no que diz respeito à relação cidadãos/políticos, por outro também podem ser interpretadas como um não há nada a fazer… (porque se calhar o Alexandre Burmester já tentou fazer tudo para o mudar)

  • 1. “Escolheremos por isso uma vez mais o Presidente de Câmara e mais um bando desconhecido de deputados municipais”
  • 2. “Não saberemos muito bem qual é o seu programa, para além daquelas baboseiras comuns…”
  • 3. “Sabemos que logo após as eleições virão sempre aquelas desculpas de que o antecessor deixou tudo em mau estado“

A estas afirmações / desabafos eu pergunto:

  • 1. porquê bando de desconhecidos? porque não aparecem nos jornais? porque não existiam antes de terem vida política? porque se escondem? porque nós não os procuramos?
  • 2. e porque não perguntar-lhes isso directamente? participar nas sessões que os partidos invariavelmente fazem (mesmo sem seguir a opção do TAF de se tornar militante para conseguir mudar o sistema por dentro como ele referiu no meu podcast O Porto em Conversa)
  • 3. já explorou todos os mecanismos que temos para durante o seus mandatos conseguirmos ter alguma influência no que as instituições políticas fazem? se calhar não os há… eu não sei ainda estou a aprender.

Se calhar o Alexandre Burmester já fez tudo isso e chegou à conclusão que realmente não há nada a fazer… Eu no último ano estou a tentar fazer um percurso que me permita chegar às minhas próprias conclusões em relação a este assunto… porque se não gostamos das notícias então temos de fazer as nossas próprias notícias.

(Nota: este artigo também foi publicado no site aventar.eu. Nesse mesmo site há um artigo sobre um tema relativamente parecido com o que estávamos a debater aqui sobre trânsito e habitação.)
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blog.osmeusapontamentos.com

De: TAF - "Um país de doidos!"

Submetido por taf em Quarta, 2009-05-06 08:59

De: Sérgio Caetano - "Excepções e regras"

Submetido por taf em Quarta, 2009-05-06 03:29

Lixo da Queima


Partilho a indignação manifestada pelo Francisco Rocha Antunes. Moro a escassos metros da Cordoaria e todos os anos assisto impotente a esta vergonhosa, barulhenta e suja "tradição", que bem espremida só larga álcool, ruído, lixo (garrafas partidas por todo o lado...) e cheiro a urina em cada esquina (a Rua das Taipas está transformada num gigante urinol), para além do enorme transtorno que é ter todas as ruas cortadas (durante todo o dia) nesta zona já de si de difícil circulação...

Mas o que mais me entristece no meio deste amontoado de lixo é ver a classe estudantil completamente anestesiada e sem qualquer interesse pelas questões sociais, pelos problemas da sua cidade e já nem sequer pelas questões que lhes dizem directamente respeito. Durante praticamente todo ano, aquilo que infelizmente vejo, aqui no centro histórico do Porto, são estudantes trajados empenhadíssimos naquela que eu considero ser a melhor instrução para o futuro desta geração: a praxe, um excelente treino de obediência e sujeição a todo o tipo de humilhação, sem direito a reclamar...

Não posso deixar de evocar aqui os três elementos do "Movimento de Utentes dos Transportes da A. M. do Porto" que recentemente foram condenados em tribunal acusados de promover "ilegalmente" uma marcha (pelo passeio) dos Aliados ao Governo Civil (Praça da República)! Estes cidadãos correm o risco de ficar com o cadastro manchado por se preocuparem com a melhoria da qualidade de vida na sua cidade, ao passo que estes... estudantes... têm carta branca para fazer o que o álcool lhes der na cabeça, sem respeito por ninguém e com a total cumplicidade das autoridades.

Deixa arder... é mato!

Sérgio Caetano

De: F. Rocha Antunes - "Excepções e regras"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 22:44

Meus Caros,

A gestão de uma cidade é feita de regras e das excepções que se justifiquem, desde que devidamente explicadas e sensatas. Hoje acho que há faltas de sensatez numa excepção que mobiliza milhares de pessoas mas que prejudica outros tantos milhares, o cortejo da Queima das Fitas.

São dez e meia da noite e na Rua da Restauração, junto ao Hospital de Santo António, estão uns reboques com aparelhagem sonora aos berros, que buzinam como se estivessem numa autoestrada naquilo que presumo seja uma tentativa de marcar o ritmo por parte de algum futuro licenciado mais alcoolizado; os restantes colegas foram jantar que a esta hora nem eles aguentam a coisa, e o barulho, que se justificaria em nome de uma qualquer tradição com pouco mais de 15 anos, apenas fica para incomodar os moradores (que não interessam nada nestas coisas) e os doentes do Hospital. Todos entendemos que há excepções, e o S. João é a maior de todas, mas não se está a exagerar? Será que não há ninguém que explique aos senhores que negoceiam a cerveja que os colegas vão beber que as regras do ruído, ao menos junto de um Hospital central, têm de ser cumpridas?

Eu fui educado a não buzinar nas imediações de um hospital e faz-me confusão esta falta de respeito pelo repouso de quem está a precisar dele. Nem os próprios já lá estão para fazer seja lá o que é suposto fazerem ao som de músicas que celebram uma família qualquer de Coina, pelo pouco que percebo da distorção dos decibéis das aparelhagens. No dia em que ficámos a saber, e bem, que as obras não podem ser feitas senão até às 18h00 horas dos dias úteis por causa do ruído que causam, é possível estar um centro de uma cidade parado, num dia de trabalho, até às tantas da noite, com este ruído ensurdecedor fazendo mal a quem está doente num hospital central. Não percebo.

Francisco Rocha Antunes
Gestor de Promoção Imobiliária

De: TAF - "Se calhar nem é preciso tanto"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 19:48

Caro Francisco

Não tenho agora aqui nenhum estudo sobre este assunto, mas apostaria que bastam os vários parques já existentes na Baixa e soluções como a que propus antes para resolver o problema do estacionamento. Juntando a isso um combate eficaz ao estacionamento irregular e ao vandalismo puro e simples, conseguiremos convencer mais gente a recorrer aos transportes públicos, que passariam também a funcionar melhor.

De: F. Rocha Antunes - "Estacionamento na Baixa"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 19:45

Meus Caros,

A criação de estacionamento subterrâneo em grande escala, ocupando ruas inteiras que foram fechadas à circulação automóvel, foi a fórmula de sucesso que Barcelona encontrou para manter o seu centro habitado e dinâmico. A verdade é que a maioria das pessoas usam maciçamente o automóvel, e que se não tiverem um lugar junto de casa para o estacionar não vivem nessa zona. Portanto, em vez de desatarmos todos a clamar contra o estacionamento subterrâneo, se calhar valia a pena pensarmos em como se equilibra a circulação de pessoas e bicicletas, carros, transportes públicos e estacionamento para termos uma cidade ocupada, utilizada e viva.

A questão da impermeabilização dos solos é relevante nas zonas urbanas que ainda não foram cimentadas e são muitas. Levar o fundamentalismo da não impermeabilização dos solos ao ponto de inviabilizar a única forma de garantir o estacionamento dos moradores de algumas zonas centrais é uma falta de senso igual à dos que impermeabilizam tudo sem pensar duas vezes.

Francisco Rocha Antunes
Gestor de Promoção Imobiliária

De: Cristina Santos - "Comparações e outras competições"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 18:44

Lisboa não está pior que o Porto, nem são comparáveis, o que Lisboa não está é ao nível que o Norte esperava face ao desinvestimento que aqui tem sido feito, supostamente em prol da Capital. Ideologicamente Lisboa tinha de estar no topo e todas as regiões fizeram e aceitaram sacrifícios em lucro disso. Sempre na fé, um pouco por todo o lado, que Lisboa de tão desenvolvida pudesse carregar Portugal inteiro às costas.

Ora eis-nos chegados ao ponto em que o Norte está descapitalizado e Lisboa não tem força, nem sequer já mexe com o entusiasmo do País. E agora? Agora é esperar que os centralistas se movimentem, se queixem de ter de nos suportar depois de neles termos investido quase tudo, e talvez o governo mude ou pelo menos se fraccione. E continuar com a nossa vidinha, que é o que face à política nacional nos resta, com ruas limpas é verdade, com, pelo menos por Cedofeita, 2 varredores quase diários, com prédios que lá se vão restaurando, com reparações na via pública, com boa gestão de contas e talvez um dia descubramos a Europa e que é dela que resulta a maioria das medidas.

E também com umas competitivas autárquicas, pelo que nos foi demonstrado no jantar da Baixa, Elisa Ferreira vai despoletar um combate de projectos a que Rui Rio terá de responder, desta vez terá de se empenhar, não lhe bastará a obra feita, a estabilidade, o rigor. Vai ter de avançar com novas ideias e tenho por certo, caros amigos, que a cidade lucrará com isso. São 2 bons candidatos e nisso o Porto está com sorte, vamos aguardar, logicamente dentro do limite dos 30% ou menos que hoje uma autarquia pode ditar no país, mas é bom termos 2 bons candidatos, mais Rui Sá que está empenhado a eleger 2 vereadores. A ver vamos, mas que é bom é, não podemos deixar de nos entusiasmar com o debate aguerrido que certamente aí vem.

Cristina Santos

De: Plateia - "URGENTE: debate «Europa e Políticas Culturais» ADIADO"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 15:06

Por motivos imprevistos e alheios à nossa vontade o debate sobre Europa e Políticas Culturais programado para hoje às 18h foi adiado para dia 18 de Maio.

As nossas desculpas.
Direcção da PLATEIA

De: Nuno Oliveira - "Estacionar no Porto"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 14:59

Na Rua 31 de Janeiro


A propósito do estacionamento na cidade, a que se pode também chamar apropriação privada do espaço público (que tem de ser paga com um valor claramente dissuasor), chamava a atenção para esta situação de abuso presente num blogue que começa a levantar alguma polémica: a rua é a 31 de Janeiro. Estão impedidos dois passeios e uma linha de eléctrico (a rua não, note-se) o que leva frequentemente ao cancelamento de viagens. Nem se fala do transtorno para os milhares de peões, que não buzinam quando estão bloqueados.

Um transporte individual para cada morador (e lugar para o pôr) é condição fundamental para habitar a Baixa da cidade?
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Nuno Oliveira

De: João Freitas - "Circuito da Boavista 2009"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 12:26

Mesmo sabendo que este blog não é muito de corridas de automóveis mas, tratando-se de um evento intrinsecamente ligado à cidade do Porto e sendo as corridas no Circuito da Boavista, como se prevê, um ponto alto da pré-campanha eleitoral do Dr. Rui Rio, achei por bem correr o risco de fazer aqui um "pequenino" comentário. Sendo ainda eu um entusiasta militante deste desporto, junto assim o útil ao agradável. E não estarei só porque, ao que sei, pelo menos o Pedro Aroso é também um aferroado dos carrinhos antigos.

Encontrei, alguns dias atrás, um artigo interessantíssimo no fórum da revista Autosport intitulado "Circuito da Boavista 2009" onde se dá a entender que, a dois meses do circuito, ninguém sabe ainda qual o programa do evento. Como se sabe, e isto vale para os automóveis, para o futebol ou para a ópera, é de mau gosto anunciar em grandes parangonas - bilboards, outdoors, como se diz agora - um espectáculo para o qual ainda não há programa. Muito menos vender bilhetes, e a que preços! Melhor, seria aceitável em Dezembro de 2008 quando o circuito foi apresentado ao público, mas não agora, a dois meses de acender o semáforo de partida.

No artigo aventa-se a hipótese de isto estar ligado à troca de promotor. Sinceramente, não sei, mas aqui há algo que não está a correr de feição. Aparentemente, tudo está bem. Sabemos onde vai ser o teatro, quando vai ser, quem é o encenador, quanto custa, mas ... não sabemos qual vai ser a peça. Aqui há gato! Curiosamente, encontrei outra notícia no site do AIA (Autódromo Internacional do Algarve) em que se dá nota da apresentação do Algarve Historic Festival, para Outubro, e em que este evento é classificado como sendo "sem sombra de dúvidas, o maior Historic Festival realizado na Península Ibérica", este ano. E esta, senhor Presidente? E este evento já tem programa! É a cópia do que se passou na Boavista em 2005 e 2007 (GP Histórico). Até trazem cá a Signora Teresa de Fillipis, que esteve no Porto nos dois últimos circuitos, como mascote. Mais, o promotor é, nem mais nem menos, o despedido do Porto e que foi trocado pelo amigo do presidente, Manuel Rocha, da PA Leading, um homem especialista na Feira Gastronómica do Porco de Boticas!

Não sei o que isto vai dar mas, o meu maior desejo é que isto se esclareça e que tenhamos um evento ao nível que a cidade merece. Não a façam passar vergonhas!

João Freitas, Porto

De: TAF - "Estacionamento privado"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 12:07

Uma clarificação ao que escrevi antes: o que defendo é o uso do interior dos quarteirões para estacionamento privado, em terreno não impermeabilizado, destinado às viaturas dos ocupantes das propriedades em causa. Não me parece nada boa ideia criar aí parques públicos de estacionamento, nem sequer zonas colectivas de grande dimensão para esse efeito, mesmo que privadas. Um exemplo: na Rua do Almada há alguns edifícios que já possuem entrada suficientemente larga para um automóvel, e que com alguma facilidade poderia atravessar o edifício até ao quintal atrás. Isso aumentaria drasticamente a atractividade do local para quem queira morar na Baixa e não queira/possa prescindir do automóvel (bem ou mal, é a esmagadora maioria da população).

Aproveito para recomendar a leitura de alguns textos, e respectivos comentários, no Delito de Opinião, onde este tema também se debate:

- Tese (contra-a-corrente) para animar uma cidade (já antes referido)
- A inevitabilidade das portagens
- O meu lado da cidade

De: SSRU - "Viver e estacionar no centro da cidade"

Submetido por taf em Terça, 2009-05-05 11:55

Gostaríamos de contribuir para a discussão em torno da utilização do automóvel e do estacionamento no centro da cidade em mais uma vertente que deveria ser discutida que é a questão do ruído, para além das restantes que temos vindo a expor em sítio próprio.

Para esse efeito juntamos um artigo da National Geographic de 1 de Março de 2009 que sintetiza e desmonta a ideia da ocupação de áreas privadas no interior de quarteirões como solução para o problema. Aliás, é fácil verificar (embora a qualidade das imagens não ajude) que, no período mais crítico, as poucas bolsas de protecção se encontram no interior dos quarteirões da Baixa e Centro Histórico, essas onde se tem sugerido (e conseguido) colocar parques de estacionamento, alguns enterrados, como é exemplo o da Viela do Anjo.

Olhando para trás – de facto não nos faltam exemplos com os quais nada aprendemos – vemos que as oportunidades para a resolução dos problemas se vão esgotam e que os modelos falhados são repetidos vezes sem conta, enquanto que outros se encontram desperdiçados, conforme referiu a Raquel Pinheiro. No exemplo referido aqui, do qual resultou a Praça do Duque da Ribeira, até o problema da droga ficou por resolver e passados apenas 8 anos a Viela do Anjo tornou-se num espaço vandalizado e sujo que sempre foi, apinhado de drogados e traficantes.

Quanto aos valores praticados pelos aparcamentos, poderemos começar por perguntar à CMP qual o contributo que ela tem dado nesse sentido, o de equilibrar o custo de uma diária ou uma mensalidade com a qualidade da oferta e as soluções de proximidade, interligação com restantes meios colectivos de transporte, etc.

Como TAF já referiu anteriormente, haverá quarteirões muito diferentes uns dos outros. Mas comecemos pelo das Cardosas, ou pelo de D. João I (o Alexandre Burmester poderá ajudar aqui), ou então pela Estação de S. Bento e já agora não esquecer a fantástica ideia de Rui Loza sobre uma cidade subterrânea...??? Já muito nos tem dado esta cidade que se tem adaptado e que se transforma muitas vezes ao sabor de erros urbanísticos irreparáveis, alguns dos quais muito recentes.

Qual a solução? Não sabemos, poderão existir várias para as diferentes zonas da cidade. Não se pode exigir que o Centro Histórico, por exemplo, seja destruído para que os seus habitantes possam ver o seu automóvel quando estão deitados na cama antes de adormecer, descansados! Há certamente prioridades mais elevadas do que essa!

ssru.wordpress.com

P.S. Cara Raquel Pinheiro, permita-nos um (carinhoso) comentário: não saberá talvez que à época do seu nascimento, na Rua de Santa Catarina, Rua de Sá da Bandeira, imagine na Rua de Passos Manuel (por exemplo, no edifício em frente ao Coliseu) moravam inúmeras famílias, algumas das mais tradicionais e não só, que à semelhança do que se passou com o CHP, abandonaram a Baixa e foram morar para as Antas, para Paranhos e para a Foz, etc.

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