2008-03-02

De: Miguel Cadilhe - "Recessão, artigo no Público"

Submetido por taf em Sábado, 2008-03-08 16:44

Com um bom abraço do Miguel Cadilhe, a enviar um pequeno escrito…

- A RECESSÃO E A ADJECTIVAÇÃO DO SENHOR MINISTRO

De: TAF - "«Não», mas... ;-) "

Submetido por taf em Sábado, 2008-03-08 16:21

- No Público, hoje:

«Numa altura em que parece ganhar fôlego um movimento para promover a candidatura do banqueiro Artur Santos Silva à presidência da Câmara do Porto (...) o fundador do BPI afasta completamente essa possibilidade. "Há um tempo e uma idade para esses desafios", disse numa entrevista à revista O Tripeiro, que amanhã é distribuída com o PÚBLICO. Santos Silva acrescenta que a "vetusta idade de 66 anos" já não lhe permite enfrentar este tipo de desafios.

A recusa do banqueiro surge só no perfil traçado pelo jornalista Sérgio C. Andrade, mas, até aí, o destaque da edição de Março d"O Tripeiro parece feita à medida de um futuro candidato: Santos Silva reflecte sobre a cidade e a região, lança aquilo que poderiam ser as linhas mestras de um futuro programa eleitoral e recolhe ainda o apoio implícito de Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, que lhe chama "portuense notável, exigente e exemplar na sua cidadania".»

A não perder, amanhã com o Público, O Tripeiro. Tudo se conjuga: Artur Santos Silva na Presidência da Câmara, Rui Moreira na Presidência do Futebol Clube do Porto. :-)
(Uma pequena correcção à notícia: o "A" em "TAF" é de "Azevedo", e não "Almeida".)

Outros apontadores:

- MOPTC, pode colocar online o estudo da Fase sobre o Porto-Minho-Vigo? - sugestão de José Silva
- Sucessão na AEP: José António Barros ganha no Conselho Geral
- Gestão do Coliseu em novo projecto
- Um em cada cinco portuenses habita nos bairros sociais
- José Miguel Júdice comprou o Hotel Infante Sagres
- Hotel Infante de Sagres em obras "a curto prazo"
- Aeroporto preferido de imigrantes galegos
- Tram-train na Linha Vermelha em Janeiro

De: Pedro Aroso - "Prémio engenheiro do ano"

Submetido por taf em Sábado, 2008-03-08 16:13

Projecto de indiscutível competência...

Não, não é um dos projectos de Arquitectura do Eng. José Sócrates, mas é da autoria de um engenheiro.

Bom fim de semana para todos.

De: Victor Sousa - "Eleições autárquicas"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 17:33

Apenas e só, um facto. Só uma vez, nas 7 eleições anteriores à vitória de 2001, a direita tinha tido tão poucos votos! Exactamente 50.724, contra os 50.256 de 93! Não sei que "contas" se fazem agora para apresentar como uma inevitabilidade a vitória do actual presidente... A menos que se jogue na tradicional "vista curta" do PS.

--
Cumprimentos de
Victor Sousa

De: José Silva - "Rui Moreira, Ron Paul"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 14:41

Como participante regular na Baixa do Porto, gostaria também de apresentar a minha modesta opinião. Prefiro a candidatura de Rui Moreira a Artur Santos Silva. E sugiro que Rui Moreira leia com muita atenção a operacionalização da campanha de Ron Paul nos EUA. É que, ao contrário de há 4 anos atrás, com a Internet concorrer a eleições não é caro(*). Finalizando, a minha previsão é que infelizmente Rio ganhará as próximas eleições e não haverá candidatos independentes. Rui Rio já percebeu que Rui Moreira tem razão e, para este não se candidatar à CM Porto, tem progressivamente se afastado da postura anti-Porto/pró-Lisboa que inicialmente ostentava. Rui Moreira terá assim conseguido exercer o «lobby» para o qual está mandatado, o que atendendo à personagem em causa, é uma tarefa muito meritória.

Nota*: No dia em que os nossos partidos perceberam que para vencer eleições não são necessárias campanhas caras e financiamento ilegal, a corrupção começará a decrescer em Portugal.

José Silva - Norteamos

De: Pedro Aroso - "Alternativas?"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 12:40

Antes do mais, permitam-se que saúde o regresso da Eng.ª Luísa Moreira ao nosso convívio. A qualidade das suas intervenções tem sempre o dom de animar estas tertúlias, como agora está a acontecer com o debate em torno de uma candidatura alternativa à Câmara Municipal do Porto.

Rui Rui sempre defendeu que o número de mandatos deveria ser limitado a 3. Como ainda vai no segundo, nada o impede de se recandidatar a um terceiro. E, assim sendo, pergunto se faz algum sentido falar de alternativas. O Dr. Francisco Assis, que é um homem por quem eu tenho grande admiração, percebeu isso há muito tempo, daí estar fora da corrida. Por outro lado, apesar do relacionamento de Rui Rio com a actual direcção do seu partido nunca ter sido bom, não acredito que Luís Filipe Menezes se atrevesse a puxar-lhe o tapete, trocando uma vitória certa por uma aventura de desfecho imprevisível. Não estou, com isto, a pôr em causa a escolha de Artur Santos Silva ou de Rui Moreira pois, qualquer um deles, seria uma boa aposta para a Câmara do Porto. Mas vejam o caso de Lisboa, onde a situação, pela sua gravidade, não é comparável à nossa. Mesmo aí, os partidos não foram capazes se se unir em torno de uma candidatura consensual. Nestas circunstâncias, e apesar do tema ser aliciante, esta discussão resumir-se-á sempre a um exercício meramente académico.

A menos que caia o “Carmo e a Trindade”, ou melhor, a “Torre dos Clérigos e a Casa da Música”, o meu voto vai para Rui Rio. É do domínio público que o critiquei muito durante o primeiro mandato, sobretudo na área da gestão urbanística, que paralisou por completo a nossa cidade, mas reconheço que tem sido feito um grande esforço para corrigir esses erros.

De: TAF - "Apontadores e candidaturas"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 12:20

- Espanhóis vão construir um novo hotel na Ribeira
- Aposta no Centro Histórico é para manter
- Essência do Vinho e do Gourmet decorre até domingo
- Jardim reabilitado três anos depois
- Ludgero Marques passa testemunho sem alcançar o desejado consenso - Perfil de José António Barros
- Autoridade efectiva metropolitana
- Da APDL para a Metro do Porto

--

Caro Miguel, sendo uma candidatura imposta pela sociedade civil aos partidos, contra a "vontade natural" deles, até me parece altamente educativo. O que eu defendo não é uma candidatura conjunta, mas sim uma independente com características que lhe permitam ser apoiada pelos dois maiores partidos.

Se cada um de nós estivesse à procura do seu "candidato ideal", acabaríamos por ter de aguentar um terceiro mandato de Rui Rio... Aquilo que Artur Santos Silva traz é a garantia de que ganha, é a certeza de que há mudança promovida pela intervenção da sociedade civil, ultrapassando os aparelhos partidários.

De: Miguel Barbot - "Candidaturas"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 12:18

Caro Tiago

Não acha uma coisa muito perversa uma candidatura conjunta dos dois grandes? Eu tenho muito medo desse tipo de coisas.

Abraço,
Miguel Barbot

De: António Alves - "Referendo Já!"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 12:15

Se me permitem uma adenda ao meu post anterior, acrescento que um referendo sobre este assunto podia até ser magnífico para a cidade. Colocaria as pessoas a discutir, a participar; poderia até levantar os ânimos e fazer-lhes perceber que elas também decidem. Seria bom para elevar a moral que anda cabisbaixa. Há que começar a envolver a cidade real na procura das suas próprias soluções.

P.S. – Sobre os candidatos independentes à Câmara: eu preferiria ver Rui Moreira a candidatar-se ao cargo. Mas o meu coração balança, pois mesmo sendo boavisteiro, penso que o FC Porto também vai precisar de alguém capaz de aguentar – e retribuir – a metralha centralista que se abaterá ainda mais violentamente sobre a nobre instituição no dia em de Pinto da Costa se reformar.

António Alves

De: TAF - "As alternativas"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 00:31

Cara Luísa, está a ver Rui Moreira a ser apoiado pelo PS? Eu não. Está a ver Rui Moreira a ser apoiado pelo PSD (e não digo em simultâneo)? Eu não. Está a ver uma candidatura independente, seja ela qual for, a vencer sem ter o apoio nem do PSD nem do PS? Eu não.

O que eu procuro é um candidato bom e ganhador neste contexto actual. Rui Rio pelo PSD não é bom, mas pode eventualmente ganhar a um candidato do PS. Elisa Ferreira pelo PS é melhor que Rui Rio (pelo menos este Rui Rio que agora temos), e também pode eventualmente ganhar. Mas Artur Santos Silva:

  • - pelo PSD ganharia a qualquer candidato PS;
  • - pelo PS ganharia a qualquer candidato PSD;
  • - independente, apoiado por ambos, nem precisava de fazer campanha para ser eleito e, eliminando a "guerrilha", trazia algum ar fresco à política local.

Relativamente a vários dos pontos que refere eu conheço a opinião de Artur Santos Silva, e todos vamos ter a possibilidade de a conhecer melhor no próximo Domingo, quando sair uma entrevista de fundo com ele n'O Tripeiro (pode ser adquirido com o Público). Mas, tal como escrevi antes, não é o Presidente da Câmara o nosso "salvador"... O importante é que seja alguém que permita duas coisas:

  • - obter um consenso suficientemente alargado nas grandes opções para a actuação da autarquia, constituindo um programa de acção ambicioso, coerente e viável;
  • - incentivar e alavancar a acção da sociedade civil.

O programa de uma candidatura não é necessariamente a transcrição exacta do pensamento do candidato, mas sim o resultado do encontro de interesses que a sustenta. No triste estado em que o Porto actualmente está, não é difícil alcançar a formulação de objectivos comuns a quase todas as forças políticas!

A acção que eu defendo para a Câmara não é a "liderança da cidade" pois isso, a meu ver, cabe à sociedade civil. Eu tenho uma visão mais minimalista do papel da Administração Pública. As pessoas que elegemos são nossas representantes, o seu papel é executar a política que propuseram na candidatura. É altamente recomendável que exista um programa claro, com pactos ou sem pactos, antes do dia da votação, para podermos escolher na posse de informação suficiente. Não gosto de cheques em branco.

De: Luisa Moreira - "Réplica"

Submetido por taf em Sexta, 2008-03-07 00:25

Meu caro Tiago

Não sei se algum dia o PS e o PSD votarão num candidato comum. Nisso estou de acordo consigo: Artur Santos Silva é um verdadeiro representante do centrão. Mas, repito o meu repto, e digam-me se conhecem a posição de Artur Santos Silva nestas questões, porque a posição de Rui Moreira todos conhecem:

  • - A regionalização.
  • - Os critérios de aplicação das verbas do QREN.
  • - A união Porto / Gaia.
  • - O PPA e a questão da relevância do FCP na imagem da cidade.
  • - O Rivoli e a opção que foi feita por Rui Rio.
  • - O aeroporto Francisco Sá Carneiro e o TGV.
  • - O modelo de gestão que o governo impõe para o Metro do Porto.
  • - A via Nun'Alvares.
  • - A concessão do Palácio do Freixo.
  • - As corridas de automóveis.
  • - As formas de combater a crise do comércio tradicional.

Nestas questões, Rui Moreira tem sido capaz de expressar uma opinião independente. Posso não estar sempre de acordo com ele, e muitas vezes não estou porque ele é um liberal e eu sou ainda comunista, mas não o posso acusar de tacticismo. Numa primeira fase, pareceu-me até, pela forma como criticava o Dr. Rui Rio, que exagerava e que procurava protagonismo. Hoje, parece-me que é uma reserva da cidade, que apela à nossa consciência cívica. Vejo-o em Serralves, a debater com Adriano Moreira; vejo-o na Casa da Música a ouvir concertos; vejo-o a passear na Avenida; vejo-o na Universidade a debater o futuro da instituição; vejo-o a escrever como poucos sobre os problemas da cidade: às vezes até sobre os canídeos que me sujam os sapatos. Leio-o no Público e aprecio o belo Tripeiro. Depois, admiro o que fez pela Defunta Associação, (como lhe chamava, há uns anos, um ilustre jornalista). Não será, tudo isto, uma prova de que tem capacidade de liderança, além de ter uma reputação inatacável de homem sério, como era aliás o seu pai?

Não terá o apoio conjunto do PS e PSD. Nisso, o Tiago tem razão. Mas, sabem, é isso que eu gosto nesta hipótese: alguém que não tenha que fazer pactos e que não tenha que se comprometer por antecipação.

De: Luís Gomes - "Viver na Baixa"

Submetido por taf em Quinta, 2008-03-06 23:54

Nos últimos dias tenho estado atento às últimas notícias que vieram a público sobre os concursos públicos para a intervenção no quarteirão do Corpo da Guarda, Cardosas e D. João I. E fico angustiado, pois é com muita pena que, no caso deste último concurso, foi ganho por um fundo imobiliário do BCP. Interrogo-me, eu e outros jovens solteiros licenciados, que não têm capacidade económica para arrendar ou comprar no Porto, se esta reabilitação é para trazer endinheirados de meia idade ou para fazer renascer a Baixa com os filhos daqueles que a tiveram de abandonar.

A par daquela "amostra" executada na Rua das Flores, prevejo que apenas no quarteirão de Carlos Alberto estarão mais alguns apartamentos disponíveis para concurso em 2008 ou 2009. É pouco, muito pouco para uma sociedade (SRU) que anda a batalhar nisto há meia dúzia de anos. Todos sabemos dos constrangimentos legais, e das burocracias nas expropriações dos proprietários que não têm posses ou não querem recuperar os seus imóveis, mas isso não chega para justificar tão pouca obra!

O Palácio das Cardosas vai ser mais um "filme": um hotel, escritórios e apartamentos de alto nível... para quem? Para jovens? Estou muito reticente. E também não estou a ver o BCP a investir 34 milhões de euros pelo quarteirão da antiga "Casa Forte", para depois vender apartamentos a preço de custo.

A juntar a isto, temos uma política que deixou de promover o crédito bonificado sem dar o respectivo benefício: uma política de arrendamento jovem adaptado à realidade das áreas metropolitanas. O Porta 65 tem tantos entraves e tantos factores eliminatórios que, a juntar às restrições do mercado, torna o difícil em impossível. E assim continuaremos numa sociedade do jovens de 25 e de 30 a viver dependentemente dos pais.

Por favor, acordem-me e digam-me que estou enganado!
Luís Alexandre Gomes

De: Luisa Moreira - "Onde está a diferença"

Submetido por taf em Quinta, 2008-03-06 23:31

O Tiago continua na sua cruzada a favor de uma candidatura de Artur Santos Silva. Nada me move contra um dos mais simpáticos portuenses que conheço. Santos Silva é incontornável, já se sabe:

Tem grandes vantagens, e é Amigo:

  • 1. de Serralves,
  • 2. do Coliseu,
  • 3. da Casa da Música,
  • 4. da SRU,
  • 5. das elites,
  • 6. dos ricos.

Tem um discurso redondo e bem conseguido. Não se lhe conhecem irritações. Apenas amuos, como na Porto 2001, em que depois de imaginar uma reabilitação urbana que ninguém, sequer, sufragou, conseguiu abandonar a nau porque não gostou do Ministro da Cultura ou do seu carácter (ou da falta dele). Depois, deixou-nos a braços com uma crise, que entregou a cidade à anti-reforma do senhor Rio.

Pela minha parte, Tiago, não me vou deixar atrelar a esse unanimismo fácil. Tenho, como sabe, o refúgio da CDU, mesmo se Rui Sá não tiver hipóteses de ganhar e apesar de lamentar que se tenha "colado" a Rui Rio, sem honra nem proveito.

Mas, quando se fala de independentes, pergunto-me porque não se pensa em alguém mais novo e descomprometido. Alguém da nossa geração, Tiago, como por exemplo Rui Moreira. Lembrei-me disso hoje, porque fui à Essência do Vinho, no Palácio da Bolsa e que já transbordou para o Ferreira Borges. E vi gente, muita gente. E vi bulício. E vi jornalistas estrangeiros. E vi um Palácio magnificamente restaurado por alguém que nunca pediu nada ao poder político e que tem estado do lado certo em todas as grandes batalhas cívicas dos últimos anos. No Plano de Pormenor das Antas, na questão da cultura e do Rivoli e até na questão da regionalização em que teve o mérito de reconhecer que estivera do lado errado.

Depois, tem um ar de nonchalance, um ar jovem, leve e elegante, que associo muito ao Porto. Isso é o meu lado feminino. Não será ele, porventura, uma boa escolha?

--
Nota de TAF: Cara Luísa, eu não digo que Artur Santos Silva é o melhor Presidente da Câmara possível, mas apenas que é o único que poderia obter o apoio simultâneo do PSD e do PS, permitindo uma actuação eficaz da sociedade civil, pois não vão ser os políticos a resolver os problemas do Porto. Lembra-se de algum outro nome melhor neste aspecto? (Já agora, eu próprio votei Rui Sá nas últimas eleições, depois de ter votado Rui Rio nas anteriores.)

opozine

# Essência do Vinho [Palácio da Bolsa]
# Wine Parties [Baixa]
# Fantasporto - encerramento [Rivoli,...]

# tudo em opozine.blogspot.com

bom fim de semana! :)
[opozine]

De: António Alves - "Concessionistas II"

Submetido por taf em Quinta, 2008-03-06 22:32

Caro F. Rocha Antunes

Considera o argumento do prazo fraco. Eu considero-o forte e já disse porquê. Não estou sozinho. Existem muitos outros que partilham a minha opinião. Divergimos nesse ponto. É a vida, nada a fazer.

Nunca, em lado algum, poderá ler algo escrito por mim em que digo que me oponho a concessões a privados. Neste caso, como sabemos, e digo-o mais uma vez, acho o prazo excessivo.

Eu não faço insinuações. Limitei-me a dizer que aquilo que Pacheco Pereira disse se aplica perfeitamente a este caso. Sobre a opacidade das resoluções e soluções considero-me bem acompanhado por, por exemplo, Rui Sá, pessoa em quem nunca votei mas cuja honestidade está acima de qualquer suspeita. E relembro que no meu post, aproveitando as palavras de Pacheco Pereira, sublinhei apenas o facto de alguns governantes agirem como se o património público fosse deles. Alienar o Bolhão, com todo o simbolismo que ele encerra, por cinco décadas, sem consultar previamente os seus legítimos proprietários, parece-me claramente um caso desses.

Nunca tive a pretensão de apresentar uma solução. Sugiro apenas que se dê voz à população da cidade, porque sou de opinião que esta maioria não teve mandato para alienar património como o Mercado do Bolhão por 50 anos. A população que decida se quer mesmo concessionar o Bolhão por meio século ou, em alternativa, procurar uma nova solução, podendo esta passar por ser a cidade a suportar a recuperação ou enveredar por um diferente tipo de parceria com privados. Para recuperar o Bolhão outras soluções são possíveis e de modo nenhum excluem a iniciativa privada. Esta não é a única. Em resumo: alguém tem medo da Democracia?

Também costumo ler os seus textos com muita atenção e, acredite, tenho aprendido bastante com eles.

António Alves

De: F. Rocha Antunes - "A Quadratura do Círculo?"

Submetido por taf em Quinta, 2008-03-06 14:12

Caro António Alves

Presumo que sabe, e se não sabe fica a saber, que é uma das pessoas que leio com a maior atenção pela evidente qualidade das suas opiniões. E provavelmente não sabe, nem teria que saber, que sou responsável por duas propostas de investimento em concursos públicos promovidas quer pela Câmara do Porto quer pela Porto Vivo SRU, na Praça de Lisboa e no Quarteirão de D. João I.

Nas primeiras duas vezes que escreveu contra as concessões feitas pela Câmara, em que apresentava como principal argumento o prazo ser demasiado longo, não me senti compelido a escrever porque considero o argumento fraco, já que as Câmaras existem para tomar decisões, nomeadamente na área do Urbanismo, que têm sempre efeitos por muitas décadas, e a comparação com o Rivoli pareceu-me descabida.

Neste seu último post insinua, sem hesitar, que as concessões são negociadas em gabinetes fora do escrutínio de todos, o que já raia o insultuoso para quem anda metido nisto e é o contrário do que tem sido feito aqui no Porto. Os concursos públicos são isso mesmo, públicos, e as pessoas só não intervêm mais porque isso dá trabalho e é uma chatice: é preciso perder tempo, ler tudo, formar uma opinião e acompanhar o processo. Mas tudo o que pretendem saber está ao seu alcance, e francamente eu ainda não descobri maneira mais correcta de se atribuir a concessão de um bem ou de um direito público.

Uma das qualidades das suas opiniões costuma ser a não se ficar pela crítica destrutiva e inconsequente, mas a de apontar soluções, muitas delas resultado de um discernimento e reflexão acima da média. Espero que neste caso me indique qual é a sua alternativa à concessão a privados, através de concursos públicos, para os espaços que precisam não apenas de investimento mas de quem queira assumir o risco desse investimento e permita que equipamentos que são problemas por resolver passem a ser espaços activos na vida da cidade.

Como também sou liberal, não espero que me venha dizer que é com o recurso ao cada vez mais escasso dinheiro público que se resolve o problema. Aguardo curioso pela sua solução.

Francisco Rocha Antunes

De: António Alves - "Concessionistas"

Submetido por taf em Quinta, 2008-03-06 10:09

Ontem, no Público, Pacheco Pereira fez um retrato fiel do seu amigo Rui Rio.

«Neste momento vários "casinos", obras públicas, investimentos, concessões, estão a ser discutidos nos gabinetes ministeriais sem qualquer escrutínio público. Muitos governantes acham que o Estado é seu património e podem negociá-lo a seu bel-prazer.»

Obs: o negrito é da minha autoria.

De: TAF - "Mais notícias"

Submetido por taf em Quinta, 2008-03-06 02:28

De: TAF - "Apontadores soltos"

Submetido por taf em Quarta, 2008-03-05 23:21

De: TAF - "O impacto de uma candidatura de Artur Santos Silva"

Submetido por taf em Terça, 2008-03-04 22:32

Gaivota junto à Loja da Reabilitação Urbana


Aos poucos vou continuando a explicar as vantagens da candidatura de Artur Santos Silva à Câmara do Porto.

Uma primeira seria pacificar o debate público das questões relevantes para a cidade. O elevado grau de agressividade, como se pode ver mesmo aqui no blog, é também fruto da permanente guerrilha entre Executivo e Oposição, sem que daí venha benefício para a cidade.

Todas as pessoas com quem falei sobre este assunto e que têm responsabilidades quer no PS quer no PSD me confidenciaram considerarem Artur Santos Silva como um excelente nome para Presidente da Câmara do Porto. Trata-se agora "apenas" de ultrapassar a pequena política partidária e fazer com que todos escolham sem estarem condicionados por estratégias mesquinhas de visão curta.

Mas vejamos o assunto do ponto de vista dos principais partidos. Claro que o PS e o PSD locais não vão por sua própria vontade apoiá-lo. Contudo, se verificarem existir uma movimentação supra-partidária significativa e credível, podem não ter grande alternativa:

- o PS por receio de que o PSD venha a apoiar Artur Santos Silva, juntando os votos "naturais" do PSD a imensos "dissidentes" PS, descontentes com a oposição apagada actual - se vencer Rui Rio já não seria fácil, bater Artur Santos Silva nestas condições será impossível;

- o PSD por receio de que seja o PS a apoiá-lo, agregando aos votos "naturais" PS o dos muitos descontentes PSD, que não apreciam Rui Rio; nessas circunstâncias, e ante a perspectiva de uma dolorosa derrota que o "mataria" politicamente, Rui Rio preferirá então arriscar uma "missão nacional" e deixar o Porto para Artur Santos Silva, saindo "por cima".

Sendo assim, resta a ambos os partidos apoiarem a candidatura independente de Artur Santos Silva, apresentando esta sua opção como um "exemplo de responsabilidade" e de "desapego ao poder" das estruturas partidárias. ;-)

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