2008-01-27

De: Correia de Araújo - "A Baixa a mexer"

Submetido por taf em Sábado, 2008-02-02 22:14

Que chatice! Afinal a Baixa até está a mexer! E a mexer demais! Que velocidade! Em meses a cidade muda de imagem!

Ele é o Plaza! Ele é o Bolhão!... e lá volto eu ao mesmo: que não se mexa em nada! Provavelmente, um destes dias ainda vão questionar o Metro porque transfigurou a cidade (também algures entre o Plaza e o Bolhão). Começo a ter sérias dificuldades em compreender o que se quer afinal! Eu, que até viajo com alguma frequência, se neste momento estivesse em Amesterdão confesso que procurava os senhores da TCN, lá na Holanda, para lhes pedir explicações, do tipo: o que é que vocês querem fazer com o meu Bolhão?

Correia de Araújo

De: Mariana Lemos - "Apoio o Bolhão!"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 23:24

Sou estudante, estou em Erasmus em Amesterdão. Estou em visita de médica aqui ao Porto, cidade sempre invicta, que saudades...

Recebi um e-mail, já enviei para alguns blogs do Porto. Estou muito preocupada com os vários símbolos da cidade. Na disciplina de urbanismo, transmitem que as cidades demoram décadas sobre décadas a sofrer mudanças..., mas parece que esse exemplo não se passa com o Porto. Que velocidade. Em meses a cidade muda de imagem. Plaza, Bolhão...

O Bolhão está prestes a ser descaracterizado... as intenções que estão por detrás dos esquissos e programa apontam mesmo para um projecto destruidor... Lê-se e aposto que colegas meus da Faculdade de Arquitectura conseguem cheirar o mesmo... Apoio os Comerciantes e o Bolhão. Recebi por e-mail um convite para amanhã ir ao Mercado do Bolhão... Irei e vou assinar a dita petição...

Mercado do Bolhão

Até ao meu regresso, cumprimentos a todos da "Baixa do Porto"!

Mariana Lemos

De: Cristina Santos - "Danos colaterais"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 18:23

Pretendia apenas vincar que shoppings e franchising atraem lojas indiferenciadas, geridas ao calha, pelo telefone. No Bolhão, na Baixa no nosso Porto precisamos de lojas personalizadas, que procurem edifícios de requinte, preservados, de imagem única, que só por si relancem as marcas. Não conheço o projecto da TCN para o Bolhão, para mim o único projecto era conservar, restaurar, manter e colocar lojas de chá e cigarrilhas, de jornais, por exemplo.

Não vejo o que nos possa interessar atrair lojas que inclusive estão numa vila qualquer com 2 ou 3 clientes por dia, que interesse tem isso para o Porto? Atrair um shopping qualquer lugarejo consegue, o capital é disponibilizado por grupos de investidores, sem grandes perspectivas, que deixam que lhes giram os fundos desta forma miserável, prometem atrair a loja X e Y, no fim são as mesmas de sempre, a granel, com material que não vendeu nos shoppings da Europa.

Não tenho nada contra Viseu e concordo com o que diz, acho que a cidade alberga uma sociedade que reservou economias que agora investe no desenvolvimento, não gosto do «futuro» Palácio do Gelo, mas só isso. Também gosto de Vila Real, gosto de ambas as cidades porque são Nortenhas, pertencem à nossa região e devem ser protegidas e ajudadas, nunca deveria ter sugerido remeter para lá as pragas dos shoppings. Pelo facto peço a todos desculpa.
--
Cristina Santos

De: TAF - "Bom ambiente"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 16:54

No Passos Manuel, de 30 para 31, na Festa dos 400.  


No Passos Manuel

No Passos Manuel

No Passos Manuel

No Passos Manuel

No Passos Manuel

No Passos Manuel


De: Nicolau Pais - "O Exemplo do Interior"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 16:19

Embora concorde com a visão geral por detrás do último post de Cristina Santos, penso que só lapso ou precipitação a poderão ter levado a conotar Viseu com a cultura de shoppings. Claro que Viseu não está imune a esta praga desactualizada e ao bacoco modelo de desenvolvimento imobiliário que a sustenta; mas sugerir que de alguma forma devamos "mandar" a praga para lá (ou Vila Real) é redutor e merece, se a autora mo permite, reparo.

Viseu é uma cidade cuja qualidade de vida está hoje no "top" português, conforme o recentemente publicado estudo da Deco revelou, e cujos anos de pós 25 de Abril têm servido para a "par e passo" construir um distrito que, por via do subdesenvolvimento Salazarista, ostentava na década de sessenta números de 3 em cada 100 nados-mortos e 60% de analfabetismo. Foi há pouco tempo, mas tudo melhorou:

  • - A qualidade do seu primoroso centro histórico (onde pautam Museu Grão Vasco, Sé e Igreja da Misericórdia), animado e recuperado.
  • - O seu Teatro Municipal (o Viriato), dirigido por um dos mais cobiçados coreógrafos do País com reconhecimento internacional (falo da Companhia Paulo Ribeiro). Foi também uma obra de recuperação, batalhada através de duas gestões autárquicas de "cor" diferente.
  • - A vitalidade do seu comércio - veja-se as Ruas Formosa e do Comércio, entre Rossio e Centro Histórico, e sobretudo a auto-estima que nos legam.
  • - A politica de primazia aos peões - veja-se a quantidade de ruas exclusivamente pedonais ou a fantástica inserção de espaços verdes em pleno centro, como o Parque da Cidade onde não consta que vá Sport Club nenhum construir coisa nenhuma.
  • - A recuperação pelo arquitecto Siza Viera do Mercado e as novas valências a ele associadas - nada de parkings ou shoppings, mas, precisamente, cafés, esplanadas e livrarias.
  • - O cuidado esmerado com passeios, arruamentos, saneamento, edificado, enfim, tudo aquilo que uma cidade civilizada deve assumir como gestão corrente: em Viseu, como no Porto, não gostamos de ter as pérgolas a cair e muito menos de lixo nas ruas.
  • - O apoio dado pela autarquia às transportadoras públicas em parcerias público-privadas equilibradas e consequentes.
  • - A gestão urbana de estacionamento - Viseu foi uma das primeiras cidades a introduzir parquímetros.
  • - A esperança de uma Candidatura a Património Mundial, enquanto alguns ignoram o que já têm.

Isto entre muitas coisas que se poderiam enumerar para "driblar" a sobranceria do Litoral. Fica o desejo de que a derrama e os habitantes continuem a crescer, com a fixação do tecido empresarial e de quadros médios que poderão inclusivé, a muito curto prazo, permitir a opção por aquela cidade àqueles que, como eu, não têm escolha senão pelos grandes (ou ditos "grandes") centros urbanos.

Cara Cristina, já foi tempo em que se faziam 3 horas de viagem em agonia de contracurva para vir pasmar ao Brasília ou ao Dallas; dentro do que uma "cidade do interior" de um país como Portugal pode crescer, Viseu "dá aulas" - e nem sequer tem Mar! Conheça Viseu, e se puder leve em visita guiada e de estudo os autarcas do Grande Porto.

Nicolau Pais

PS - Três notas:

  • - O mesmo estudo indica Lisboa, Porto e Setúbal como as cidades que menos agradam aos seus habitantes.
  • - Há já muitos anos que o Porto é tido e respeitado em Viseu como uma cidade exemplar e única sendo que números recentes indicam que muitos jovens preferem hoje a Invicta como cidade universitária, preterindo, por ex., Coimbra.
  • - Já aqui explanei em diversos posts a minha admiração incondicional pelo Porto e não gosto de "tomar a nuvem por Juno": a minha estadia de quase 11 anos no Porto tem-me ensinado que por debaixo dos escombros da emoção/opinião está sempre a Verdade.

De: TAF - "Muita coisa para ler... e pouco tempo"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 12:11

As trapalhadas de Sócrates:
O esquema sobejamente conhecido - os técnicos da Câmara não podem podem assinar projectos que são depois submetidos à própria Câmara, e por isso pedem a alguém de fora que assine para branquear o processo. Aguarda-se uma "auto-remodelação"...

- Sócrates assinou durante uma década projectos da autoria de outros técnicos
- "Não havia nenhuma organização de angariação de projectos"
- "Uma fraude à lei sem relevância criminal"
- A aprovação de Abílio Curto e as críticas dos arquitectos
- "Assumo a autoria e responsabilidade dos projectos que assinei"
- Galeria fotográfica: Os projectos de José Sócrates
- Gabinete de José Sócrates reitera explicações e classifica notícia como falsa
- Primeiro-ministro sente-se “atacado”
- Primeiro-ministro considera notícia “ataque pessoal e político”
- Ataque pessoal e político - com vídeo - ver para crer...

O PPA:
- Plano de Pormenor das Antas: Rui Rio pondera se recorre da decisão do Tribunal Administrativo ou se entrega terreno
- Plano de Pormenor das Antas: Câmara do Porto pondera recorrer da decisão do tribunal
- Rui Rio reconhece que não cumpriu na totalidade o protocolo com a Soares da Costa
- Rui Rio não quer dar terreno
- Tribunal condena Câmara a dar lote à Soares da Costa - Mais pormenores
- Lameira Imobiliária à espera de julgamento

Vigilância:
- Mais segurança na cidade
- Mais câmaras para vigiar principais artérias da Baixa
- ADSL fraco causa atraso na Ribeira
- Câmaras na Ribeira ligadas na próxima semana
- Videovigilância pode alargar-se a zonas de bares e discotecas

Outros assuntos:
- Norte de Portugal e Galiza constituem em Abril primeiro Agrupamento de Cooperação da União Europeia
- PS/Porto: Pedro Baptista acusa Renato Sampaio de ser "caixa de ressonância" do Governo
- Manuel Pizarro será o novo secretário de Estado da Saúde - é um dos vereadores do PS na CMP
- Cidade lembrou 31 de Janeiro
- 31 de Janeiro comemorado no Porto - Isabel Oneto lembrou "chama" reivindicativa
- Porto Cidade Região. E a informação?
- Novo bloco de partos de "luxo" no Porto
- Mais lágrimas, não!
- Fundos Comunitários: Região Norte quer renovar indústria tradicional e dinamizar sectores emergentes
- O Futebol e a Cidade abre V Ciclo dos Olhares Cruzados sobre o Porto
- Árvores abatidas “recuperadas” para esculturas

Post scriptum:
- Câmara do Porto: José Luís Catarino substitui Manuel Pizarro no executivo municipal
- Autarca da Guarda considera “inquestionável” a autoria dos projectos assinados por Sócrates
- Antigo autarca não garante autoria de Sócrates

De: Cristina Santos - "Shoppings? Dinheiro para deitar fora?"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 11:54

Considero que se avaliarmos o Plaza dentro da ideia geral que temos dos shoppings, o espaço ficou aquém das expectativas, revela-se até um fracasso, pouco frequentado, lojas fraquinhas. É apenas um motor para o Via Catarina e para a Media Markt, ou um espaço para clientes cansados como eu, que vão lá comprar Diablos, Cubos mágicos e coisas do passado nas várias lojas da mesma marca, que existem nos diversos pisos.

Penso que é prova de que a era comercial nestes moldes está esgotada, a instalação de mais um shopping no Bolhão é uma ideia de investidores tolinhos e de autarcas dos anos 80, podem até prometer gourmet, requinte, eleição, mas no fim as lojas não vão aparecer porque já não têm interesse. Os cinemas, por exemplo, podem ser um bom investimento mas para filmes infantis, de resto a geração coca-cola está um pouco farta, prefere o Teatro ou o DVD.

Devíamos tanto quanto possível fazer um regresso ao passado, apostar na diferença, shoppings mandem para Viseu, Vila Real, aqui devíamos apostar em cafés com telas e projectores onde se lêem artigos de blogs, informação, quadros, arte, tertúlia, e estou a revelar-vos aquilo que pretendia um dia fazer em Mouzinho, com chão de madeira e tectos de estuque, com painéis onde os poetas que ainda restam podiam escrever a sua mensagem. Um Porto honesto, com as suas próprias ideias e convicções.

A TCN devia agradecer a estes movimentos, estão tentar evitar-lhes grandes prejuízos.

De: TAF - "Sugestões de leitores"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 09:57

- De Pedro Gouveia: Petição contra o condicionamento da criação da base da Ryanair no Porto
"(...) peço que dê atenção à petição online iniciada a favor de uma base da RyanAir no Aeroporto Francisco de Sá Carneiro, que a ANA tanto quer evitar que evolua, perdendo assim a possibilidade de se obter 4 milhões de passageiros por ano para a região Norte, assim como a criação de 200 novos empregos directos, e muitos mais indirectos. Há necessidade da privatização ou pelo menos da co-participação de privados na gestão, de forma a garantir o melhor interesse para a região e para o próprio equipamento. Com isto, vamos perder para Espanha, mais uma vez, dado que a RyanAir já se mostrou interessada na base em Santiago de Compostela. E, com isto, vou eu emigrar para Espanha também, já que neste país nada há mais para oferecer. Não sabemos no que esta petição trará nem como acabará. Provavelmente em nada. Mas não custa tentar."

- De Sérgio Rui: "Sábado (dia 2) às 10h apareçam no Mercado do Bolhão, pois acções pelo Bolhão vão acontecer."

De: Manuel Leitão - "O contabilista e o maneta"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 09:52

No mesmo dia, o jornal Público publicou mais duas "habilidades" do grande contabilista: 6 milhões para a Soares da Costa (Antas) e 29 milhões para a TramCroNe (Bolhão)! O "maneta" deve estar a rir-se como um perdido...

Manuel Leitão

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Nota de TAF: gostava de perceber melhor quais são as diferenças significativas entre os projectos de Joaquim Massena e da TCN para o Bolhão... ;-)

De: Cristina Santos - "Seminário SIM-Porto"

Submetido por taf em Sexta, 2008-02-01 09:40

Compete dar as boas vindas à PMA, e os parabéns pelo rigor e simplicidade com que colocou à disposição de todos o seu conhecimento e estudo sobre este novo recurso que é sem dúvida uma alavanca activa para reabilitação da Baixa. Se a maioria das acções de formação, seminários ou equivalentes, fossem do nível do que a PMA promoveu, com um dossier completíssimo e explicações de técnicos e intervenientes experientes, com certeza que todos teríamos mais armas para trabalhar com eficiência e ter um Porto mais lucrativo. A Autarquia ou o Estado podem disponibilizar recursos, se não houver competência no seu aproveitamento de nada servem. É com entidades como esta, confiantes e empreendedoras, capazes de partilhar conhecimentos sem receios fúteis, que o Porto prova que continua capaz de gerar as suas próprias engrenagens, lobbies e correntes de retorno para investidores.

Estou satisfeita, não só por ter aprendido o SIM-Porto, mas também por saber que há mais uma entidade com propósitos concretos, com know how para atrair investimento e credibilidade. Não precisamos de mais do que unir esforços, o bom trabalho é sempre recompensado e assim cada um em sua área, profissionalmente honestos e capazes, se fará um novo Porto, o mesmo do qual sempre se ouviu falar. Parabéns também à Autarquia, mais uma vez pioneira na criação de instrumentos passíveis de serem utilizados em todo o país.

Cristina Santos

opozine

Já está no ar mais um manual de instruções extra edition [fim de semana + Carnaval] para a Baixa do Porto.
Últimos dias das exposições de António Cruz [MNSR - 03fev] e Alberto Carneiro [Árvore - 02fev], música em Serralves e na Casa da Música.
E tudo a postos para o Carnaval: fique a saber o que vai acontecer pela Baixa.

Quase tudo em opozine - o manual de instruções para a cidade!

bom fim-de-semana
pb [opozine]

De: TAF - "Apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2008-01-31 10:37

Hoje estou no seminário sobre o SIM-Porto. Uma informação dada por Rui Quelhas, da Porto Vivo SRU: actualmente há uma média de duas transacções de imóveis por dia na sua área de intervenção, relativamente às quais a SRU pode exercer o seu direito de preferência. Agora, Paulo Duarte analisa o enquadramento normativo do SIM-Porto, que é no mínimo polémico (tal como eu receei ao lê-lo há uns tempos atrás).

Alguns apontadores:
- Câmara do Porto condenada a pagar indemnização de seis milhões de euros à Soares da Costa
- Bairros críticos: Requalificação para breve
- Região quer estação-piloto para monitorizar alterações do mar
- Porto de Leixões: Estamos tramados! - por sugestão de José Silva

PS: Um aspecto importante, do qual eu não me tinha apercebido mas que este bom seminário da pma permitiu esclarecer, é que o SIM-Porto é de aplicação obrigatória para todo o Centro Histórico.

Aqui fica também o apontador para este texto da CMP: Rui Rio não aprovou nem ratificou protocolo com a Soares da Costa

Após Germano Martins, o jornalista Carlos Magno passou a palavra a Luís Ramos da Ordem dos Engenheiros. Este orador cativou a audiência, além de romper com aquela projecção de voz à José Sócrates, que se vinha a ouvir desde a intervenção do Secretário de Estado Rui Baleiras e que se estava a tornar insuportável, recorreu a ironia para o início da sua intervenção.

Começou por dizer que concordava que este país tivesse que ter uma cabeça, e o resto dos órgãos activos fossem submissos, sendo Lisboa a cabeça, ao Norte só restava cumprir. Disse que em sua opinião não se podia chamar a este QREN um quadro de apoio ao Norte, que aliás, havia quem lhe chamasse POVT – Programa Operacional do Vale do Tejo, já que só a Granja tem mais apoio previsto que todo o Norte. Finda a crítica, alertou a plateia para o facto de atrás do QREN e do TGV virem uma série de empresas Europeias com experiência e capacidade financeira, para poderem concorrer e ganhar às empresas nacionais. Que os tempos que se avizinham podem ser mais de subempreitadas para empresas Europeias do que projectos nacionais. É por isso urgente que se invista em formação, em qualidade e em competitividade, e em possíveis parcerias com essas empresas.

Teresa Novais, da Ordem dos Arquitectos, seguiu o discurso de Luís Ramos, anuindo a necessidade de nos tornarmos competitivos ao ponto de poder beneficiar alguma coisa com o QREN. Alertou para a concorrência que aí vem, principalmente do país vizinho, com basta experiência na área da Alta Velocidade.

O professor Álvaro Costa da FEUP, como não podia deixar de ser, rompeu com tudo isto e levantou questões muito pertinentes, o QREN não se destina à Construção Civil destina-se ao país:
Excesso de Infra-estruturas – Excesso de Encargos, é isto que queremos?
Decidir infra-estruturas – Decidir economia, é isso que estamos a fazer?
Não estamos a tentar gastar atabalhoadamente os financiamentos que estão disponíveis?

Em Espanha investiu-se primeiro em empresas relacionadas com a ferrovia, hoje constroem e geram dividendos nacionais, será que no uso dos quadros comunitários anteriores não deveríamos ter feito o mesmo e será que não nos preparamos para repetir o erro?

Seguiram-se Júlio Pereira (CCDR Norte), João Vasco Ribeiro (PO Centro) e Luís Braga da Cruz, falaram sobre a importância da formação, sem competência não há desenvolvimento nem aproveitamento de recursos, dai o POPH.

Finalizou Ponce Leão (InCI) que está farto do choradinho do Porto, para as empresas não deve interessar a região onde é feito o investimento, devemos estar preparados para trabalhar em qualquer lugar do país ou da Europa. Esqueceu Ponce Leão que se os investimentos não forem feitos na nossa região, também não temos mão de obra ou condições para poder competir noutras zonas.

Uma conferência excelente e bem participada, parabéns à AICCOPN e a todos os oradores, nota negativa para a qualidade do ar nos auditórios, saí de lá com os olhos já a chorar e aquele ar condicionado activa a minha tosse de fumador, horrível. O QREN vamos ver como a nossa Autarquia o utiliza.

Amanhã SIM-Porto.
--
CPAS

Hoje decorreu na AICCOPN a Conferência Desafios e Oportunidades para a Construção no âmbito do QREN, com um painel de luxo e intervenções dignas de registo. Apesar disso, o QREN apresenta-se complicado e só se relaciona com a Construção Civil de forma indirecta, por via dos investimentos que se venham a realizar no âmbito da sua aplicação.

Da intervenção de Carlos Duarte (PO Norte):

3 Factores base:
Competitividade – Potencial Humano – Valorização Territorial

5 Princípios
Concertação temática
Viabilidade económica, sustentabilidade financeira a longo prazo
Coesão territorial
Metas quantificativas avaliadas periodicamente
Selectividade

Resumo: Pretende-se que desta vez se avalie os efeitos concretos da utilização do QREN, por exemplo: na área da formação – houve apoios, quantas pessoas conseguiram emprego em prol disso? Há TGV, quanto se diminuiu a viagem, quantas pessoas viajaram? E destes factores depende a disponibilização de outros apoios.

Da intervenção de Germano Martins (PO Valorização do Território)

Projecto Alta Velocidade TGV – verbas cabimentadas
Lisboa Madrid – 2.600M€
Lisboa Porto – 4.400M€
Porto Vigo – 1.310M€
Silves Elvas (faz parte de um acordo Portugal /Espanha)
(O QREN comparticipa com 955M€ nestes investimentos)

Transformação dos IPs em auto-estradas
IP4
IP2
IP8
Lisboa: Auto-estrada do Mar

Prevenir e Monitorizar Redes Naturais
Alqueva (e só aqui vai parte substancial da verba total prevista)

Outras intervenções previstas dependentes de candidatura:
Modernização parque escolar secundários
Resíduos sólidos urbanos
Redes de água, regeneração
Tratamento de áreas poluídas
Reabilitação controlada

POVT vs PIDDAC – 25% (de representação)

--
CPAS

De: João Medina - "Aeroporto: modelo de gestão"

Submetido por taf em Quarta, 2008-01-30 15:59

Em Espanha, os governos da Catalunha e das Baleares estão a exigir a gestão partilhada dos seus aeroportos. Segundo a notícia, é exigido que estas regiões tenham uma "presença maioritária ou determinante" na gestão do aeroporto, aumentando a sua eficácia e a capacidade de decisão.

Realço que, segundo a mesma notícia, se está a falar da co-gestão regional, mas mantendo-a sobretudo como uma função pública em que "el sector privado deberá tener una función asesora" e que a "participación del sector privado de cada territorio no significa una privatización de los aeropuertos".

A notícia deixa claras várias questões de que se tem vindo a falar em relação ao aeroporto Porto:

  • - a gestão regional e a privatização dos aeroportos são assuntos independentes;
  • - a gestão (ou co-gestão) regional dos aeroportos é importante e aumenta a sua eficácia;
  • - a participação de privados nas funções de gestão é bem-vinda, não implicando a completa privatização do aeroporto (ou da ANA).

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Quarta, 2008-01-30 12:15

De: Correia de Araújo - "Duas pequenas notas"

Submetido por taf em Terça, 2008-01-29 23:58

1. Já tinha perguntado aqui, em tempos, se alguém me sabia dizer algo mais sobre os prometidos cinemas "Movieplex" para o Central Shopping. Venho agora a saber, com muita pena minha, que afinal também não teremos estes cinemas na Baixa, à semelhança do que já havia acontecido no Porto Gran Plaza.

2. Já que falei no Central Shopping... cuidado, Soares da Costa! O Shopping já existe, embora presentemente desactivado, mas acautelem-se não vá o diabo tecê-las! É que um dos argumentos para a demolição do Bom Sucesso passa pelo famoso artigo 2º do decreto nº37575, de 8/10/1949 (pasme-se como as leis do Estado Novo ainda são importantes), ou seja, pela tal distância mínima entre as construções e os terrenos de estabelecimentos escolares. Afinal, ali bem perto, temos também a "Soares dos Reis". Eu, que até sou contra o "bota-abaixo", aqui só quero mesmo é ajudar.

Correia de Araújo

De: TAF - "A qualidade da Democracia"

Submetido por taf em Terça, 2008-01-29 23:25

Depois de ter escrito aqui o post "Democracia Podre", fiz uns pequenos ajustes ao texto e publiquei-o no meu blog pessoal. Resolvi também enviar uma cópia para Belém. Recebi hoje resposta. Aqui está ela:

Ofício de resposta da Casa Civil do Presidente da República

--
Entretanto também troquei algumas mensagens de email com Vital Moreira, pois este caso parece-me ser de inconstitucionalidade flagrante ao abrigo dos artigos 10º, 188º e 189º da Constituição, devendo o Presidente agir nos termos do artigo 195º, mas ele não se quis convencer...

De: TAF - "Porto Cidade Região, sessão final"

Submetido por taf em Terça, 2008-01-29 16:50

Está a decorrer desde há cerca de 15 minutos a sessão final do Porto Cidade Região. Falou até agora a Pró-Reitora da UP, com uma introdução sobre regiões, competitividade, conhecimento, etc...

Passou a palavra para Rafael Boix, da Universitat Autònoma de Barcelona, que apresenta Barcelona como case study de "cidade do conhecimento". Salienta que Barcelona tem muitas semelhanças com o Porto, mas tem uma diferença importante que é o tamanho, a escala. (Nota minha: o orador insiste num inglês fraquinho e por isso cansativo, apesar de a assistência ter manifestado preferência pela língua espanhola...)

(Nota lateral: soube agora que houve remodelação governamental.)

Voltando a Barcelona, é interessante notar que há bastante actividade industrial ("manufacturing") no centro da cidade, e que isso é importante para o desenvolvimento da região. No futuro vêem Barcelona como "cidade da creatividade", como uma evolução da "cidade do conhecimento". Mais informação neste site.

17:20 - Iniciou-se a apresentação de Cecilia Gyllenkrok, da Suécia, sobre a Øresund Network, numa região transfronteiriça na Suécia e na Dinamarca, onde estes países estão ligados por esta ponte. A competição que existia entre as cidades vizinhas da Suécia e da Dinamarca (que agora constituem esta nova região) foi substituida por cooperação. Com isso tiveram importantes ganhos de escala e conseguem competir melhor com outras regiões. "Clusters are not build by politicians, they just have to be providers and remove barriers."

Acabou com esta frase e passou-se para o debate, com perguntas da assistência para quem quiser. Há 60 ou 70 pessoas na sala, ninguém perguntou nada e as três pessoas na mesa falam agora entre si. Dos 3 oradores até agora, aquela última frase foi o mais relevante. Não sendo novidade, é sempre bom lembrar. ;-)

Há agora alguma participação da assistência. A Pró-Reitora colocou também uma questão interessante sobre os poderes regionais, se é que existem ou não na região de Øresund. Pelos vistos é um assunto também objecto de grande debate lá. Há bastante autonomia regional e tem havido cooperação transfronteiriça, com bons resultados.

18:00 - Vai-se passar para o encerramento formal, mas parece que o Reitor não vai poder estar presente. Por isso é o Vice-Reitor Jorge Gonçalves que vai representá-lo. E está já a pensar no "day after". Não vai apresentar conclusões dos grupos de trabalho, mas sim testemunhar o compromisso que assumem de criar o Porto Região do Conhecimento. Até ao fim de Fevereiro vai-se criar uma estrutura "facilitadora" ("órgão de missão") da JMP, da UP e da CCDRN, e eventualmente outros. Nessa altura entregar-se-ão também os relatórios dos grupos de trabalho para em Março haver um relatório de síntese para ser validado pelos relatores. Em Abril vai ser apresentado o documento de síntese e vai constituir-se o grupo de coordenação do Porto Região do Conhecimento. Inicia-se também uma série de reuniões semestrais do grupo de coordenação.

Está agora a falar Emídio Gomes em representação da Junta Metropolitana. Diz que o maior activo da região é a Universidade do Porto. A primeira prioridade é a competitividade e o emprego. Afirma que vai haver uma colaboração JMP + UP + CCDRN em casos concretos. Anunciou um novo terminal de cruzeiros em Leixões, num investimento de 45 milhões de euros, provocando a entrada de 300.000 pessoas (não disse em que período). Diz que é possível sermos a prazo "bons comerciantes de Ciência", provocando a entrada de bons fluxos financeiros na região. Candidata-se a trabalhar a partir do próximo ano no "departamento comercial" da UP para vender este produto. :-)

18:20 - Fim.

De: TAF - "Porto Cidade Região nos media"

Submetido por taf em Terça, 2008-01-29 13:45
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