2007-10-14

De: TAF - "Apontadores"

Submetido por taf em Sábado, 2007-10-20 18:56

- Porto terá unidade de cirurgia de ambulatório em 2009
- Cirurgias rápidas num só local a partir de 2009
- Club Portuense comemora 150 anos
- Serralves: Protocolo de cooperação com Agência do Ambiente
- Mamarracho insuflável: Uma muito má imagem do Porto
- Amanhã: Atletismo nas ruas do Porto

- Afurada: Porto de Pesca inaugurado
- Bom porto chega à Afurada
- Media Parque de Gaia é hoje inaugurado
- Centro empresarial com 120 mil metros quadrados junto à Ikea

- CDU critica expropriações nas Cardosas - «Rui Sá, acusou hoje a sociedade de reabilitação urbana Porto Vivo de estar a fazer expropriações nas Cardosas "à medida" do hotel de luxo projectado para o quarteirão.»
Isso é evidente e natural que assim seja, afinal é mesmo esse o projecto aprovado para a reabilitação do local. Resta saber se as expropriações estão a ser feitas com justiça, e sobre esse aspecto não tenho opinião porque não conheço em detalhe as situações. Contudo, Rui Sá costuma ter alguma razão no que afirma quanto a casos de desrespeito pelas pessoas...

De: Cristina Santos - "Porto Dentro - é possível"

Submetido por taf em Sábado, 2007-10-20 18:20

Caro David

Que não seja por falta de apoio que a ideia não vai para a frente, tenho as obras em prédios degradados documentadas, convivo com as pessoas, não só durante a reabilitação mas durante os anos subsequentes, em que as vou ouvindo e acompanhando a sua evolução na casa reabilitada, queixas, reclamações, desabafos. De Campanhã, Carvalhido, Nevogilde, Paranhos, Cedofeita até ao Centro Histórico. Desde as ilhas, aos prédios classificados, aos prédios com menos de 30 anos. De todas as famílias, as que mais aprecio são as do Centro Histórico, as do resto da Cidade são mais amarguradas, mais tristes, menos solidárias. Muitas das histórias das famílias já estão publicadas na Baixa do Porto, sem fotos de rosto, porque receio que os familiares, principalmente dos idosos, se oponham à publicação - para alguns seria drástico que alguém descobrisse que os pais vivem em tais condições.

Aliás, uma das coisas que me choca é ouvir constantemente as mães a afirmar orgulhosas que os seus filhos são doutores, formados aqui e ali, e depois negarem-me o contacto, preferem ser realojadas em bairros sociais pelo prazo das obras, do que pedir aos filhos uns meses de hospedagem. Tenho também as histórias de proprietários, os seus esforços, as suas lutas, os novos arrendatários, a visão que têm do seu património. Alguns, por estranho que vos pareça, também vivem em prédios degradados onde são inquilinos. E não fica por aqui, tenho também as fotos e as histórias dos prédios vizinhos, que visito por precaução, alguns piores do que aqueles que serão objecto de classificação.

Não sou só eu que convivo com isso, é também uma série de técnicos da CMP, principalmente do programa RECRIA, assistentes sociais, vereadores que são muitas vezes chamados a ouvir a problemática, longe da generalidade das situações e que até agora têm respondido com bom senso, com empenho. É impossível reabilitar nestes casos sem ouvir, sem conjugar as perspectivas futuras de uns e outros, que serão depois associadas de acordo com a disponibilidade financeira, com os interesses da cidade, da rua e de todos os envolvidos.

Quer dizer, provavelmente até é possível.

Edifício para reabilitar   Edifício para reabilitar

Edifício para reabilitar

Edifício para reabilitar

De: Rui Valente - "Lisboa, porto seguro da Europa"

Submetido por taf em Sábado, 2007-10-20 18:13

Estou siderado. Sei que sou do Porto, cidade onde o número de provincianos per capita é o mais elevado do país, mas mesmo assim não consigo resistir ao orgulho que de momento sinto em ser português e vou ter mesmo de desabafar.

A sério. Hoje, ouvi com súbdita veneração nas tv's lisboetas algumas declarações que me deixaram completamente embevecido. A saber: "Lisboa é o Porto seguro da Europa!", "Tratado de Lisboa" , "Lisboa vai ficar para a história da UE", "Raticação do Tratado Reformador assinado em Lisboa", etc. e tal.

É claro que, mau grado as crescentes descortesias (isto para ser simpático) que nestas últimas três dezenas de anos têm sido infligidas a esta cidade de província que é o Porto, pela parte do Estado e também pela própria sociedade civil, a verdade é que os tripeiros não costumam fazer grandes feijoadas na companhia do Presidente da República e tudo, sempre que se inaugura uma ponte... Isto deverá decorrer do facto de ter sido aqui que inventamos as Tripas à Portuguesa. Mas também temos o vinho do Porto e do Douro de Mesa (abençoada região, Alto e Litoral), bem mais apropriado para tais solenidades, e nem por isso fomos para a rua brindar com a inauguração do Metro ou da Casa da Música ou mesmo fazer piqueniques pela edificação das três mais recentes pontes sobre o Douro. Mas, se calhar, é assim mesmo que reagem os provincianos, com sobriedade e alegria contida.

Existem porém aves raras, espécies mais sofisticadas com gostos sublimes, como é o caso do nosso Presidente da Câmara que, segundo consta, nasceu no Porto e adora os hábitos vanguardistas da capital, como produtores (copiadores) de obras mais ou menos teatrais e árvores de Natal candidatas ao guiness do gigantismo (expressão muito apreciada lá para as bandas da capital).

Mas, repescando o tema inicial e já um pouco refeito da minha euforia, dei por mim a lembrar-me do político/intelectual (ou vice-versa) de serviço da SIC Notícias, ao que parece instigador do substantivo "populismo", agora muito na moda, José Pacheco Pereira. E pensei: mas afinal, à semelhança do que aconteceu com a entrada de Portugal na então Comunidade Económica Europeia e dos seus inconsequentes resultados na qualidade de vida dos portugueses (a não ser para a piorar), que razões temos nós para nos deixarmos contagiar com estas vaidades parolas como é a da assinatura do "Tratado Reformador de Lisboa"?

Senhor Pacheco Pereira & Ca., não será este o genuíno populismo que tanto gosta de realçar, ou prefere a versão politicamente hipócrita que nos faz recordar que, de costas viradas para a porcaria da "Cimeira de Lisboa", existem em Portugal cerca de 500.000 de almas desempregadas?

Rui Valente

De: Correia de Araújo - "Se esta árvore fosse minha..."

Submetido por taf em Sábado, 2007-10-20 18:02

Árvore Millennium em construção

Ela aí está a meio caminho de tocar o céu!
Se esta árvore fosse minha... eu pedia a cada um dos portuenses que lá deixasse uma ideia.
Se esta árvore fosse minha... eu pedia a todos os portuenses, "notáveis" incluídos, que lá colocassem a sua assinatura, transformando-a num enorme abaixo-assinado a favor do Porto, pela positiva(!), afinal aquilo de que o Porto bem precisa, mais acções pró-activas e menos reactivas.

Correia de Araújo

De: João Paulo Peixoto - "Andar de metro... Z2 ou Z3"

Submetido por taf em Sábado, 2007-10-20 10:38

Esta semana, o meu filho foi abordado pelos fiscais do metro que verificaram que o seu título de viagem era um Z2 em vez de um Z3, e portanto incorria em pena de multa... O rapaz alegou que tinha esquecido o passe, e comprou o bilhete Z2 porque pensava que chegava para a sua viagem. Depois de 1 hora de detenção em que verificaram seus documentos de identificação, incluindo a assinatura mensal no sistema de computadores da empresa, sentenciaram que o “detido” deveria paga uma multa de 95€ (sim, NOVENTA E CINCO EUROS!...) que poderia ter um desconto, sendo apenas de 60€ (SESSENTA EUROS) caso a coima fosse liquidada em 6 dias!...

O rapaz ficou atónito, tanto quanto o polícia que acompanhou o sucedido, que até o aconselhou a reclamar... Reclamar para onde? Como pode o metro cobrar uma multa deste calibre, por um engano?

Já repararam na confusão que é andar de metro no Porto? Tem que se tirar um curso para entender todo o sistema de zonas, de C1, C2, Z2, Z3, etc., ou pedir a alguém que o ajuda a tirar bilhetes... Nunca vi metro assim... Em qualquer cidade europeia, paga-se um bilhete único quando se entra no túnel que vale até à saída seja ela qual for... E, em grande parte dos casos, o bilhete de transporte público urbano dá para 1 hora, independente do número de viagens e dos veículos usados, sejam eléctrico, autocarro ou metro. Imagino os turistas quantas vezes não terão prevaricado por aqui, e até eu, ou qualquer um de nós... Pois fiquem atentos, que são 95 euros, sem apelo nem agravo!

Cumprimentos e agradecimentos ao TAF e restantes "opinadores", que me facultam um melhor conhecimento da minha cidade.

JP Peixoto
aquiperto@hotmail.com

De: TAF - "Mais 3 apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2007-10-19 20:24

De: António Alves - "Elevado número de potenciais clientes"

Submetido por taf em Sexta, 2007-10-19 20:22

Rua de Santa Catarina

Rua de Santa Catarina, quarta-feira dia 17 de Outubro de 2007 pelas 15:29 h


Julgo que não são coberturas ou qualquer tipo de iniciativas do género que salvarão o comércio dito tradicional. Os comerciantes deviam antes questionar-se porque razão toda esta gente não é motivada para entrar e comprar nas suas lojas. É essa a pergunta que terão que fazer. Um potencial de clientes tão elevado só tem paralelo nos shoppings ao domingo em dia de chuva.

António Alves

P.S. - Se me perguntarem eu posso dar algumas sugestões.

De: Cristina Santos - "Cobertura Cedofeita II"

Submetido por taf em Sexta, 2007-10-19 18:01

Obrigado Pedro pelos esclarecimentos, desconhecia que a ideia partia de um novo grupo empenhado em alterar a situação do comércio tradicional. A perspectiva da existência de uma nova comissão, com ideias e objectivos realistas, pode alterar o panorama de declínio. Pode chamar novos comerciantes e fazer regressar os que entretanto desistiram de ter uma associação representativa. Quanto à ideia da cobertura, penso que não passará por uma solução económica, nem em termos de execução e planeamento, nem posteriormente em termos de manutenção. Ficando à cota que referem, há que pensar bem o escoamento de águas, a limpeza constante, a sombra, a iluminação pública/natural. Se for económica, será provisória.

Será preciso também ter em linha de conta que o apoio que aparentemente se tem mostrado a este projecto não nasce da necessidade de fazer desaparecer a chuva, mas sim de fazer desaparecer a decadência que se instalou. É natural que a Associação de Comerciantes não tenha verbas. Pelo estado do comércio, antevê-se que o número de associados tenha diminuído drasticamente. A associação não tem apresentado projectos que cativem novos associados, ou que justifiquem o aumento de cotas aos restantes. Os 5 milhões não são eternos. Se assim continua, vai à falência, mas às vezes é bem melhor assim.

De: TAF - "5 apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2007-10-19 17:07

De: Pedro Bismarck - "Cedofeita - pensar um pouco melhor!"

Submetido por taf em Sexta, 2007-10-19 15:49

Parece que um grupo de moradores e comerciantes da rua de cedofeita retomou o projecto de construção de uma cobertura para esta mesma rua. Como arquitecto, ou quase arquitecto, torna-se difícil separar as ideias das formas, isso é, uma boa ideia pode não ser uma boa forma e uma má ideia pode eventualmente originar uma forma interessante. O processo de um projecto de arquitectura é complexo e não é taxativamente claro ou objectivo e aí reside a sua beleza enquanto forma de expressão artística.

Ao olhar para a foto [publicada em cima] do projecto de cobertura a minha reacção, depois do terror inicial, é de negação profunda e veemente. Neste, quase atentado urbanístico, utiliza-se uma estrutura em ferro e vidro, totalmente despropositada, esteticamente muito discutível, baseado num paradigma de shopping, estruturada com uma forma que em nada se identifica com a rua. Para além da configuração formal, uma proposta deste género levanta muitos problemas conceptuais:

  • a) Destruição parcial da configuração arquitectónica da rua [e da sua beleza] e do fantástico remate que é a torre dos clérigos;
  • b) Uma relação difícil com as fachadas;
  • c) Os moradores perderão a relação com a rua e vice-versa;
  • d) Por outro lado, a própria foto é enganadora porque, ao adoptar-se um sistema de cobertura ao nível do primeiro andar, a rua iria ficar certamente um pouco claustrofóbica;
  • e) Mas fará sentido cobrir a rua ao nível dos últimos andares? [até porque existe uma grande diversidade de alturas das fachadas];
  • f) E depois a questão essencial: para que queremos fazer isso? Sem dúvida que irá proteger da chuva, mas não irá proteger do vento, nem da humidade. Irá nos retirar o prazer dos cada vez mais dias soalheiros que temos por ano. No verão, será certamente um sítio claustrofóbico e quente!

Assim, esta proposta [conforme aquilo que se vê], não irá resolver nenhum dos problemas a que se propõe, penso aliás que irá piorá-los. Não me parece que o projecto tal como se apresenta seja uma mais-valia funcional, estratégica e muito menos [menos, menos...] estética para a cidade [para não classificá-lo de atentado urbanistico!]

Mas isso não implica que a ideia não seja interessante e que não seja objecto de discussão e de reflexão e até de abertura de um concurso público para arquitectos e até estudantes de arquitectura.

Mas este é um daqueles casos em que, mais que a ideia, o sucesso irá advir da qualidade da proposta apresentada, das suas possibilidade, multifuncionalidades, efemeridades e características plásticas e estéticas. Porque aqui, como referi atrás, os imperativos de ordem funcional são frágeis e de difícil resolução. Mas isso não implica, que não se pegue em equipas multidisciplinares, artistas, arquitectos, sociólogos, para se criar mais do que uma simples cobertura, uma estrutura com um potencial estético elevado. Mas que seja menos pesada, mais mutável, versátil, variada, que inclua projectos de mobiliário urbano ou de esplanadas, que permita que os próprios comerciantes também possam usufruir da rua. Enfim, um projecto urbano que consiga responder a mais variáveis e não uma simples cobertura de shopping, descontextualizada e ultrapassada.

*Pedro Bismarck [opozine]

PS. Segundo o JUP, o projecto já teria recebido pareceres postivos do IPPAR. Mas a ideia ou a proposta em si? Espero que não seja a proposta...

De: TAF - "Arquitectos"

Submetido por taf em Sexta, 2007-10-19 09:53

- João Rodeia é o novo presidente da Ordem dos Arquitectos

"Com João Rodeia, que presidirá ao Conselho Directivo Nacional, foram eleitas Teresa Novais, presidente do Conselho Directivo Regional do Norte e Leonor Cintra Gomes, presidente do Conselho Directivo Regional do Sul."

PS: Também no Público

PS2: Os blogs das listas

De: Luís de Sousa - "Projecto Cedofeita"

Submetido por taf em Quinta, 2007-10-18 22:52

A ideia de uma rua totalmente ou parcialmente coberta é, em termos conceptuais, um espaço com elevado valor espacial pois por um lado assume-se como um acto excepcional e original de intervenção no espaço público e por outro pode vir a tornar-se uma mais-valia para a própria cidade ao afirmar-se como uma peça de referência na monotonia do contexto arquitectónico contemporâneo portuense.

Agora as questões levantadas pelo Pedro Lessa são pertinentes, afinal a cobertura é da responsabilidade de quem em termos de concepção, construção e manutenção?

Uma obra desta importância e desta envergadura é obviamente uma questão pública, logo onde a autarquia tem responsabilidades, pois os comerciantes nesta situação apenas serão beneficiados de alguma forma com a sua implementação caso se verifique um aumento no número de pessoas que se desloca através daquela rua. Isto significa portanto que o cidadão comum irá beneficiar fortemente com a nova configuração desta rua dita comercial, já que esta passará a ser mais um espaço público a que ele terá livre acesso na sua cidade. É que pelo facto da rua passar a ser coberta, não a devemos encarar como um shopping (espaço comercial privado de acesso condicionado) onde os comerciantes são utentes de uma entidade que gere os espaços comuns entre as lojas e que têm data de abertura e de fecho e onde só circula quem cumprir as exigências dessa entidade privada. Portanto penso que os comerciantes já pagam as suas contribuições como qualquer cidadão e não devem ser obrigatoriamente os mecenas da melhoria dos espaços públicos adjacentes às suas lojas.

Por tudo isto que acabei de escrever acho que caso a Câmara Municipal decida dar qualquer tipo de apoio, e eu acho que deve, a esta iniciativa de munir a rua Cedofeita de um “novo céu”, deve obrigar o promotor, seja ele a associação de comerciantes ou outro, a abrir um concurso público de arquitectura para a concepção deste novo espaço público, para que mais uma vez se afirme o hábito de no momento de construir cidade a opção recaia sobre aquela que garante a maior qualidade para o cidadão e não outra. E isto também para que todos os arquitectos tenham a possibilidade de dar o seu contributo na valorização do espaço público, contexto intrínseco de toda a arquitectura. Os jovens arquitectos veriam com bons olhos este tipo de postura por parte da autarquia, e com certeza mobilizar-se-iam fortemente para dar resposta a este desafio já que estão fartos da realidade triste que vivemos nos últimos anos, onde uma política de construção de espaço público por convite tem negado o acesso a estes profissionais e cujos resultados por vezes menos felizes estão à vista.

Cumprimentos
Luís de Sousa

De: Rui Valente - "Não existirá um Livro de Reclamações na CMP?"

Submetido por taf em Quinta, 2007-10-18 22:49

Dava jeito, não dava, caro Tiago? Vá lá, que a funcionária foi simpática. Mas a verdade é que a simpatia não lhe resolveu o problema, pois não?

Rui Rio faz-me lembrar aqueles homens que supostamente têm a responsabilidade (cá está ela, a maldita) de zelar pela manutenção das nossas estradas e respectiva sinalização sem se darem à bondade de por elas circularem para apreciar "in loco!" os eventuais erros de concepção. O gabinete é bem mais confortável...

Ainda que mal pergunte, Tiago? O sr. dr. Rui Rio não estava lá? Não teria sido útil fazer-lhe o favor de o informar da eficiência dos seus serviços camarários?

Rui Valente

De: TAF - "Afinal, nada de novo ainda..."

Submetido por taf em Quinta, 2007-10-18 16:46

Hoje lá fui novamente ao Gabinete do Munícipe e mais uma vez fui muito simpaticamente atendido. Já na posse da minha password, vim para casa experimentar a "novidade". Pois sim, é exactamente o mesmo que eu já tinha há imenso tempo: a possibilidade de consultar processos online. A menos que me tenha escapado alguma coisa, não há absolutamente nada de novo a não ser mais uns modelos de formulários para fazer descarregar e imprimir, e para isso nem sequer é preciso ter password...

De facto tem lá um aviso: "Brevemente, poderá mesmo: Submeter o seu pedido e efectuar pagamentos online, sem sair de casa, através da opção formulários online."

Ora bolas, fui vítima de publicidade enganosa: o novo serviço afinal ainda não está a funcionar! Era tudo uma treta!

PS - ver anúncio:

De: Cristina Santos - "Apontadores"

Submetido por taf em Quinta, 2007-10-18 13:50

- Demolição nas Antas vai deixar mais de 30 famílias às escuras, Câmara tem de retirar licença
- Padouro suspende 21 trabalhadores
- O frente-a-frente a quatro no Porto
- Entrevista IKEA: «Centros comerciais devem avançar mas sem parcerias»
- Turismo 'regionalizado' à força

- Pólo de circulação artística
- Operação Furacão ataca Texto e Porto Editora
- O novo golpe
- Más de la mitad de los gallegos afirma que no tiene vacaciones
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Nota de TAF:
Sete instituições do Grande Porto unem-se contra a pobreza - "Um dos objectivos desta plataforma é aproveitar os prédios devolutos existentes na AMP e adaptá-los a equipamentos sociais, criando, por exemplo, residências assistidas e partilhadas" - Eu acho isto boa ideia, não cheguei mas é a perceber de quem são os prédios que querem aproveitar, ou como é que vão conseguir adquiri-los. Para ir seguindo com interesse. Esta é uma daquelas iniciativas cujo desenrolar devia ser apresentado sistematicamente na Internet.

De: Pedro Lessa - "Cobertura de Cedofeita"

Submetido por taf em Quinta, 2007-10-18 13:43

Tendo tido a oportunidade de assistir à apresentação do projecto de cobertura da Rua de Cedofeita, o que te posso dizer é o seguinte, cara Cristina.

A apresentação decorreu no âmbito de uma reunião de comerciantes, que pretendem constituir uma comissão que os represente, uma vez que a sua Associação, como todos sabem, não é deles, é da D. Laura e familiares. A dita representante da família em questão até foi convidada mas não apareceu, limitando-se a enviar o recado de que concordava com a ideia. Mas de intenções está o sítio que sabemos cheio. Pelo visto, o dinheiro Amorim nem aqui pode ser aplicado, vá lá saber-se porquê.

Quanto à proposta apresentada, ela resultou, segundo o que foi dito pelo autor, de tentar que seja o mais económica possível e, principalmente, estando apoiada na rua, seria considerada mobiliário urbano. A qual se fosse acima dos telhados teria de ser apoiada nos edifícios, que como todos sabemos é propriedade privada. Daí resultaria a trapalhada que podemos imaginar.

A minha opinião, a qual tive a oportunidade de a partilhar com os presentes, divide-se em dois aspectos. Primeiro, aquilo não é uma cobertura mas sim um coberto e como tal tentei demonstrar que, para os moradores, esta solução não seria nada agradável. Querendo vir à janela, os moradores deixam de ver a rua, apesar do coberto estar afastado das fachadas um metro. Houve, inclusive, uma intervenção de uma moradora que protestou com esta ideia, que são sempre esquecidos, dando o exemplo de quando a rua passou a pedonal, os moradores (na sua maioria idosos), não foram tidos nem achados. Exemplificou que deixaram de ter transportes à porta, por exemplo. Nem táxis nem autocarros, o que para idosos deve causar transtorno.

O segundo aspecto, perguntei eu por que motivo, sendo a intervenção considerada mobiliário urbano, haveria participação nos custos por privados, concretamente dos comerciantes. Vão estar a pagar uma coisa que não será deles, sujeita a vandalismo, sujeita à vontade da Câmara, sujeita à vontade de todos? O conceito parece-me errado à partida.

Portanto, quando sugeres que o eléctrico devia ser patrocinado pelos comerciantes, terei lido bem? Mais patrocínios por parte dos comerciantes? Não chegam os enormes prejuízos provocados pelas obras? Põe carris, tira carris, Porto 2001,obras sem prazo para serem finalizadas, etc etc? Penso que já chega. Nem todos os comerciantes são culpados de existir comércio do século passado. Alguns ainda se mexem, como é o caso desta comissão, que não desanimam e ainda têm força para se reunir e ter ideias.

Claro que lhes dei toda a força para continuarem com esta postura, limando o que tem de ser limado, naturalmente.

Cumprimentos,
Pedro Santos Lessa.
pedrolessa@a2mais.com

P.S. – Caro Tiago, já anteriormente tive a oportunidade de falar sobre o funcionamento da Loja do Munícipe. Aconteceu-lhe essa situação, agora imagine darem-lhe três versões, em três visitas à Loja, de como instruir um Processo de Licenciamento, como já a mim me aconteceu. E não adianta indignar-me, encolhem os ombros. É deseperante, já para não falar quando se espera mais de uma hora para ser atendido e vê-se os tais funcionários simpáticos, após chamarem uma senha e vendo que ninguém aparece se põem ao telefone para passar o tempo…

De: Cristina Santos - "E se Cedofeita ganhasse um novo céu?"

Submetido por taf em Quarta, 2007-10-17 23:41

«A ideia agora revelada aos moradores foi delineada pelo arquitecto Germano Castro Pinheiro e prevê uma cobertura de vidro, assente em arcos metálicos. A estrutura ficaria a uma distância de cerca de um metro das fachadas dos edifícios, para não perturbar residentes. Depois, os comerciantes poderiam optar pela colocação de "palas" para proteger a entrada das lojas.»

Não conheço o projecto da Cobertura prevista para a Rua de Cedofeita, mas penso que uma solução destas só pode ser útil se for implementada a cota superior aos telhados existentes, de forma a não estragar o cenário que as fachadas do arruamento compõem, e que são o único atractivo da rua. A meu ver, mesmo em cota superior aos telhados, devem apostar numa cobertura amovível, que só se aplique em dias de Inverno.

Quanto aos eléctricos, na minha modesta opinião, devem ser gratuitos e patrocinados pelos comerciantes, e por isso mesmo devem limitar-se a servir pequenas artérias comerciais, cujo o trajecto seja feito em 10/15 minutos, em sistema de «vai e vem». Os trajectos que seriam úteis, já foram referidos e justificados por A. Burmester, «(…) Santa Catarina e Sá da Bandeira, entre estas e a Rua da Alegria, S. Lázaro, Bonfim, entre Cedofeita e Aliados, etc… O eléctrico deveria aqui servir como o tapete rolante entre estas partes da cidade, (…)» Um eléctrico de longo curso adapta-se à marginal, de resto e circulando pelo meio da cidade, numa viagem superior a 25 minutos não me parece que sirva para muito mais do que complicar e anafar a circulação.

De: Rui Valente - "Câmara «desalinhada»"

Submetido por taf em Quarta, 2007-10-17 23:36

Pois é, caro Tiago, tipicamente português... e a culpa deve ser do porteiro (se é que ele existe). Estou em crer que as responsabilidades, nestes casos, costumam ser imputadas ao pessoal menor.

Presidentes, administradores (ai, o BCP!!!), enfim, manda-chuvas, justificam habitualmente a diferença brutal dos seus vencimentos e demais regalias em relação ao restante pessoal com as altíssimas "responsabilidades" que acumulam. Por isso, Rui Rio está outra vez inocente. Mas é um homem sério, não é? E depois, tem feito tanto pelo Porto, que até cansa! Então esta "obra" da árvore de Natal Gigante importada da cosmopolita Lisboa, deixa-me sem palavras. Eu nem quero lá passar quando estiver montada, porque corro o risco de ficar de boca aberta. Mas por que é que não votei nele, caramba!

Rui Valente

De: Emídio Gardé - "Consultores em mobilidade"

Submetido por taf em Quarta, 2007-10-17 20:27

TR EN MO - Não deixa de ser curiosa a "equipa"...

Emídio Gardé

De: TAF - "Atendimento offline"

Submetido por taf em Quarta, 2007-10-17 18:41

Ontem recebi um mailing da Câmara a anunciar o início de um serviço de "Atendimento Online" do Gabinete do Munícipe. Seria preciso deslocar-me fisicamente lá para formalizar a autorização de acesso, mas depois tudo o resto podia passar a ser tratado remotamente. Excelente! Hoje, que é Quarta-feira e o horário é mais alargado, fui logo lá. Cheguei às 17:30. Fui muito simpaticamente atendido por uma senhora na recepção.

"- Recebi um mail da Câmara a dizer que passou a haver a possibilidade de interagir com o Gabinete do Munícipe pela Internet, e eu queria obter a autorização para começar a usar o serviço.
- Ah, é para consultar processos, não é?
- Bem, também pode ser, mas não é só isso, é supostamente para fazer a partir de casa o mesmo que posso fazer aqui ao balcão.
- Pois, então é para consultar processos, não é?
- Olhe que acho que não se trata desse serviço, que isso já existe há algum tempo... É para fazer requerimentos, etc., mesmo que não se tenha nenhum processo a correr na Câmara.
- Ah, pois, então deve ser o Atendimento Online...
- É isso, acho que é esse o nome.
- Pois, mas há um problema, é que o colega que trata desse assunto não está cá... Só há uma pessoa que sabe tratar desse assunto, que é ele, e ele não está cá durante todo o horário de funcionamento do Gabinete. Eu fico com o seu contacto e amanhã o meu colega telefona-lhe, É que eu não sei que documentos são precisos...
- Bom, mas isso eu posso dizer-lhe. Tenho-os aqui. Se quiser pode já cá ficar com fotocópia deles e pelo menos esta parte do trabalho ficava arrumada.
- Ah, mas é que não temos agora acesso à fotocopiadora. Só há cá uma e tem password, que só esse meu colega sabe. Se calhar vai mesmo ter que voltar cá... Desculpe, é um serviço novo, ainda ninguém sabe bem como isto funciona... Eu fico aqui com os seus dados e o meu colega amanhã contacta consigo."

Moral da história: o atendimento em si funcionou bem, foi simpático e prestável, mas houve a montante um problema de planeamento do lançamento do serviço. Mal tipicamente português... Não será possível termos o brio profissional suficiente para fazer as coisas bem logo ao início? Minimamente pensadas para não encontrar dificuldades tão básicas como estas?

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