De: Victor Sousa - "A Cidade e os Guardiões"

Submetido por taf em Quinta, 2013-04-11 13:49

O local fica entre a Rua Serpa Pinto e Oliveira Monteiro. Uma carrinha branca com o logótipo da Câmara, 3 indivíduos fardados de igual, e envergando um colete reflector com a indicação, nas costas, de Manutenção. Na mão um bloco de papel e esferográfica. Cada um frente a um carro estacionado do lado esquerdo da via. Passavam multas, onde constava “Polícia Municipal”, constato depois.

Tecnicamente nada a objectar. Existe contravenção, e portanto “razão” para a intervenção camarária. Mas porque se faz ela? Criar condições de fluidez ao trânsito, disciplinando-o, e sobretudo racionalizando as circulações, ou aproveitando a oportunidade para suprir os cofres autárquicos?

A Câmara, ou melhor, quem a habita, que usualmente “fala” por comunicados ou cortando acessos a sites, provavelmente não conhece a cidade. É que, se assim fosse, estaria atenta ao que se passa quotidianamente nas vizinhanças do local que cito, e para cuja anarquia não me chegam as palavras. Concretamente refiro-me ao largo do Carvalhido na confluência com 9 de Julho, e a Constituição, entre Faria Guimarães e Antero de Quental. Aqui, a “receita” seria permanente! Mas porque se não faz? Receio dos efeitos “colaterais” já se vê!

Gente desta a dirigir a via pública tem como reflexo as mediocridades.