De: Augusto Küttner de Magalhães - "Guimarães, RTP, Casa da Música, CMP..."

Submetido por taf em Segunda, 2012-12-31 21:05

"RTP e Casa da Música"

Estava numa de comento, não comento, e aqui comento. Quanto à RTP não comento dado que quase nunca vejo televisão, logo não estou à vontade para falar. E seria muito subjetivo... não vejo ou quase nada da "2"! E o resto...

Quanto à Casa da Música, já é um local que frequento e de que gosto. Ainda para mais sou dos que achou que aquilo foi um meteorito que caiu no local onde antes vi durante anos a estação dos elétricos dos STCP, e depois habituei-me e entranhou-se-me. Quanto ao que TAF diz e bem: "Além disso, ao analisar a composição da equipa da Casa da Música (página 106 e seguintes) parece haver ali muito onde poupar." Penso que como em tantas, tantas instituições deste nosso triste País, poderá haver na Casa da Música quem devesse receber menos!

Como em: câmaras, empresas públicas, institutos, universidades, etc.... tantos... Claro falando onde entra dinheiro nosso, do Estado, dos nossos impostos. E aí, se se cortarem muitas câmaras, acabarem muitas fundações - acabarem à séria, nao aquela ridicularia de 4 - fundirem-se institutos, universidades, acabarem automóveis no Parlamento, e não só... e não só... Sem dúvida que alguns valores salariais da Casa da Música terão - por certo - que baixar... mas... acho que se deve falar de frente se ter medo - ou rabos de palha (não é o seu caso caro Tiago Azevedo Fernandes) apontar os problemas frontalmente, e não fazer cortes onde dá jeito e ficando-se com a ideia que Cultura é de elites. E se corta em hospitais - mal, mal mal - que se lixe a Cultura! Cortar nos salários da Casa da Música mas em simultâneo nos tantos, tantos, tantos que são pagos com dinheiro vindo dos cofres do nosso Estado... e acabar com o que já devia estar acabado há muito tempo. E sem invejas, sem compadrios, pelo mérito, capacidade e competência e ao nível do País real... Acho!

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Final Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012

Estar a escrever em direto quando na "2" se vê o Final Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, talvez não seja a melhor ideia, mas é uma forma de estarmos com Guimarães e com a cultura num tempo tão difícil como o que estamos a viver. Num tempo que nos querem refundar e retirar Educação, Saúde, Segurança Social, vulgo Estado Social e também a Cultura. Num tempo em que a Economia não funciona como deveria funcionar, em que as pessoas não são respeitadas nem respeitam como o deveriam fazer. Num tempo em que tantos valores se estão a perder.

Não podemos ser mais do que somos, mas não podemos continuar a viver só para ter quando esse ter nos estão drasticamente a tirar. Talvez nos devamos - todos - empenhar em mais ser do que em muito querer ter, mas para tal é necessário abertura de ideias, honradez de princípios. É necessário deixar-se de ver o País empobrecer a cada dia que passa, na Educação, na Cultura, na Segurança Social, na Saúde, na Economia. É necessário que os nossos Políticos sejam-no - verdadeiramente - pela Política e não por outros quaisquer interesses. É necessário que a Desunião Europeia se defina, não como uma manta de retalhos e um espaço de tantos ódios, mas como um espaço que não sendo fácil estar e ser unido, faça abertamente por isso, e não o inverso como descaradamente vem a fazer.

A Cultura não se pode perder, tal como o Estado Social não pode morrer a cada dia que passa. Não podemos ser líricos em ter mais do que devemos ter, mas não podemos ser martirizados a perder cada dia mais e mais, até nada ter. E esta perca atinge todos, de todas as idades e sexos. É nivelar por baixo, o mais baixo possível. Talvez devamos todos nos repensar com Cultura, com Educação que não só Instrução, com Segurança Social e claro com Saúde. E tudo suportado por uma Economia - sem dinheiro também não iremos lá! - com diferenças, com hierarquias, com topo e base, mas sem desprezo de uns poucos pela maioria, enriquecendo uns - muito, muito poucos - para os outros - muitos - empobrecerem a cada dia que se vive.

Esperemos que no caso a ser visto, a acabar, a Cultura de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura persista e seja lembrado pelo que de positivo fez, esquecendo-se uns maus momentos que a atravessaram! E haja direito a haver Cultura para todos. E talvez aqui a comunicação social também se deva a si própria repensar e reprogramar. Continuando a apreciar Música, Pessoas, Beleza - a Cultura - em direto, em Guimarães, esperemos que este fim já programado, não seja mote para outros fins desprogramados na Cultura que mormente o Norte e o Porto em espacial estão sofrer!

Haja vontade de mudar para melhor o que está tao desacertado e de não perder a Memória para evitar erros do passado. E viva a Cultura e aqui Guimarães ainda em 2012.

21.12.2012 / 22.12.2012

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Vários tentam alternativas à Camara do Porto

Como é mais que evidente, muitos dos portuenses não se revêm de forma alguma nas candidaturas "já instituídas e únicas" à Camara Municipal do Porto, para 2013. E em tempos difíceis - mesmo que fáceis fossem - não parece que os candidatos que já "estão no terreno" o deixem de estar. E não parece que sejam do agrado de tanto portuense.

Claro que podemos não estar em tudo - em bastante - de acordo com o que Rui Rio foi fazendo, durante estes anos. Mas de facto parece pelo que está à vista que muito ficará ainda menos bem - o Porto e as suas envolventes - se não se vislumbrar outra candidatura que possa vir a fazer um novo Presidente do município do Porto.

Várias figuras conhecidas do Porto estão a tentar que Rui Moreira seja esse candidato, dado ser conhecido no Porto em vários sectores, e pensar-se que nestes tempos difíceis será a pessoa indicada para o ser. E se ficar independente, no que independente ser se pode, mas essencialmente de Partidos, e nunca fechando a porta a quem quer que possa ser apoiante ou votante, e até a qualquer Partido, mesmo aos que já tiveram que apoiar os perfilados para a corrida, será um trunfo. E sem duvida que será uma necessidade um Rui suceder a outro Rui, para o Porto continuar a segunda cidade do País. Sem espalhafato, sem muito falatório e dentro do dinheiro que tem!