De: Pedro Figueiredo - "Não é inevitável, é de todo evitável"

Submetido por taf em Sexta, 2012-12-21 23:31

Sem abrigo  Sem abrigo

1 - Estas fotos tiradas este mês no Porto: sem abrigo “abrigados” deste frio e desta chuva na lateral do Teatro de S. João (lonas das obras) e também no Pingo Doce da Praça Velasquez - “Sabe bem pagar tão pouco (aos trabalhadores)".

2 - No site da Casa Viva, e em associação com a Assembleia Popular do Porto: «Como se sabe, aumentou, muito, o número de pessoas a viver na rua. Os grupos de malta que já por lá estavam não se misturam com os "novos pobres". Dormem por turnos, não têm perto lavandarias, banhos públicos ou sítios onde dormir. Tudo quanto é instituição do Porto está pelas costuras, o assistencialismo instituído está a fazer distribuições de comida e de material de primeira necessidade, mas não está a chegar.(…) Não se pode viver a dormir por turnos, com medo, na rua, com este frio e com com tanta casa para aí a mofar. (…) A Assembleia Popular do Porto e a CasaViva convidam todos os que acham que a desagregação social em curso merece uma tentativa de levantamento de ideias sobre hipóteses de solução que não sejam só remendos e côdeas, para uma conversa.(…) E, acima de tudo, precisa-se de casas para ocupar, antes que morra gente de frio!»

3 - E no site Esquerda.Net em que se chega à conclusão do que já se sabia desde que foi assinado o programa de “ajuda”: que somos todos Gregos, perante a Banca. O jogo de chutar a crise para os mais fracos faz com que haja uma ligação directa entre a Alta Finança Internacional e o sem abrigo que dorme na lateral do Teatro S. João (2008-2012).

O banco que jogou na imobiliária grandes fundos e que os perdeu na bolha de 2008, que por sua vez contaminou outros bancos, que por sua vez foram salvos e recapitalizados com fundos públicos que foram por isso aumentar as dívidas dos estados europeus, que por isso foram empurrados para programas de “ajuda” internacionais, que por sua vez impuseram aos povos o pagamento integral dessas dívidas das quais não têm culpa, e cuja austeridade convictamente aplicada pelos respectivos governos a mando do FMI e da Banca baixa salários e provoca caos económico, passando a classe média para classe baixa e a classe baixa para miserável, e a miserável directamente para a rua, como se vê andando pelas ruas desta cidade, o Porto. Quem tenha olhos para ver que veja e cabeça para pensar que pense e aja, que é para isso que estamos neste planeta.