De: Pedro Figueiredo - "Acções do PCP e do Bloco sobre o Mercado do Bolhão"

Submetido por taf em Domingo, 2012-10-14 23:05

Mercado do Bolhão

Mercado do Bolhão


Estas fotografias foram tiradas a 11 de Setembro deste ano num encontro que o Bloco teve com a Associação de Comerciantes do Bolhão. Oportunidade para uma visita ao degradado edifício do Mercado e audição dos comerciantes vítimas do recente incêndio que destruiu várias bancadas. Vítimas do autoritarismo da Câmara Municipal que arrasta a sua má vontade em reabilitar o Mercado, meses seguidos, quebrando todas as promessas e qualquer ética admissível. Vale a pena deterem-se na análise às minhas fotografias, olharem os rostos das Senhoras que por lá sobrevivem com os seus negócios (gente, afinal) e peço que analisem a gravidade do estado de miserável degradação do edifício classificado bem patente nas imagens. A luta pela reabilitação do mercado do Bolhão em 2006 (!) foi uma Acção Cívica em que participei, antes de qualquer outra militância (Bloco de Esquerda). “No princípio eram os Movimentos… / E só depois vieram os partidos”.

Entretanto, o PCP vai apresentar esta semana (vinha no Público), um Projecto de Resolução que defende uma candidatura do Mercado a fundos comunitários. O deputado Honório Novo referiu dois pressupostos desse projecto: “Queremos que o governo desenvolva todas as iniciativas necessárias para que a execução do projecto de requalificação e valorização do Mercado do Bolhão seja considerado elegível para financiamento comunitário no âmbito do QREN” / “O PCP quer ainda que o governo adopte as medidas adequadas para que a execução desta obra seja passível de receber o co-financiamento máximo de 90%, ficando os restantes 10% entre a dotação do orçamento municipal e uma comparticipação da administração central, do orçamento de Estado” / “Rio fica num beco sem saída” / “Se não avançar com uma candidatura ao QREN, é por um único motivo: não quer recuperar o Bolhão”. Pedro Carvalho, vereador da CDU na CMP: “A falta de obras no Bolhão é uma opção política”.

Nem mais: têm toda a razão. “Não há dinheiro para o Bolhão” (Rui Rio) ou O Estado está falido (TAF) são opções políticas. Se até Fernando Gomes – com todos os defeitos e qualidades que lhe eram reconhecidos – era conhecido pela sua habilidade em arranjar financiamentos, fossem quais fossem, até mesmo o poder laranja o conseguirá. Mas só depois de ser encostado à parede, tal é a dose de má vontade em governar, em vez de “apenas cobrar aos Portugueses couro e cabelo para depois pagar ao Goldman Sachs”.

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