De: Augusto Küttner de Magalhães - "Händel e Bach em Concerto no Porto"

Submetido por taf em Quarta, 2012-07-11 21:05

No dia 7 de Julho de 2012 às 17h00, sábado, na Igreja Metodista do Mirante, no Centro do Porto, uma hora e meia de muito boa música, para nos fazer estar bem - canto e flauta de Bisel: José Manuel Cerqueira, Mestre Capela da Igreja Metodista do Mirante e Piano e Órgão: Joaquim Isolino Dias, Titular do Órgão Histórico da Igreja dos Congregados, Porto.

Abstraindo-nos de religiões e de Igrejas e mesmo com os nossos poucos (nenhuns!) conhecimentos musicais, assistimos, a convite do primeiro, durante a tal hora e meia a boa música. Leve mas com "força", íntima e repousante. A meio da tarde de um sábado, primeiro de Julho de 2012, numa igreja que nem conhecíamos e que, sendo cristã, tem o cruxifixo mas não tem quaisquer imagens. Piano e órgão e uma excelente Voz, foi um bom momento, e uma música que nos soou tão bem aos nossos ouvidos fartos de ouvir tanto desconcerto!

E, o próprio, antes e para não haver surpresas no durante - usuais e banalizadas, até se calhar mais por velhos que por jovens apesar destes levarem as "culpas" - pediu, muito delicadamente a quem consigo trouxesse o "amigo" inseparável, vulgo telemóvel, para durante este tempo o colocar no modo silêncio, ou desligá-lo, para no ser o caso de Händel ou/e Bach telefonarem a avisá-lo de que estava a contá-los menos bem! Foi um tal de ver a gente rapidamente a fazê-lo, claro, não o haviam feito... tão normal! Bons momentos que nos fizeram durante "este tempo" não lembrar as crises, esquecer um pouco algumas anormalidades intensas que ciclicamente fazemos com os nossos instintos animalescos na sua (nossa) melhor forma, destruindo-nos, com grande egoísmo.

Tratava-se do Concerto de Encerramento da Semana Cultural da Universidade do Autodidacta e da Terceira Idade do Porto. Estão de parabéns ambos: José Manuel Cerqueira e Joaquim Isolino Dias, por nos terem querido e tão bem sabido fazer ouvir boa música, num ambiente agradável em que o silêncio imperou para deixar ouvir a voz do primeiro e a dado tempo a flauta, e em momentos consecutivos o piano e o órgão pelo segundo. Ainda nem tudo se perdeu, e talvez "ainda" seja possível, sem ficarmos de modo algum a olhar para trás, fazer Georg Friedrich Händel e Johann Sebastian Bach passem pelo presente em direcção ao futuro, com qualidade, com perspectivas e com respeito!