De: Luís Gomes - "As 4 novas pontes"

Submetido por taf em Segunda, 2012-06-25 23:59

Partilho das preocupações do Paulo Espinha relativamente à prosposta de LFM para lançar novas acessibilidades entre as duas margens. Mas, objectivamente, existem alguns aspectos que me causam apreensão, desde logo:

  • 1. Porque razão o projecto não envolveu a autarquia do Porto? Foi convidada? Pronunciou-se?
  • 2. Qual é o project finance? Vamos reafectar os fundos comunitários para isto? Vamos cair no mesmo erro outra vez?
  • 3. Onde se enquadra a segunda ligação do metro para Gaia? A proposta não tinha sido encomendada a este arquitecto? Tal como o Paulo, vejo muito pouca preocupação com a preservação do património e pouco enfoque nos transportes públicos versus automóvel.
  • 4. Não vi nenhum estudo de tráfego expectável para as 3 travessias rodoviárias. E, em virtude disso, não me parece que nenhum privado queira explorar este túnel, e que os automobilistas queiram pagar uma portagem para fazer a travessia.

Certamente que estamos a falar para um projecto de concretização entre 5 a 10 anos. Contudo, e independentemente do ciclo económico, gostaria que a AMP, as câmaras e o poder central clarificassem quais são os projectos estruturantes previstos e a prioridade de cada um deles. Eu pessoalmente tenho muitas reservas, porque se ganharem os candidatos do PSD em Porto e Gaia, este projecto vai constar com certeza no programa eleitoral.

Como eleitor do Porto preferiria sobretudo que o enfoque fosse ao nível dos transportes: a) Continuar o alargamento da rede de metro sustentado em estudos de tráfego/rentabilidade; b) Racionalizar a rede de autocarros e promover vias exclusivas; c) Garantir autonomia da gestão do Aeroporto, Porto de Leixões; d) Incentivar o car sharing promovendo por exemplo uma via exclusiva na VCI / Ponte Freixo / Ponte Arrábida, para transportes públicos e veículos com 2 ou mais ocupantes. E se queremos projectos estruturantes, então pensemos na mais valia de um verdadeiro centro de congressos capaz de atrair o turismo de negócios e investigação, e em centros de negócios / parque tecnológico com condições privilegiadas e em cooperação com a Universidade do Porto.