De: Vítor Silva - "As árvores no Conselho Municipal do Ambiente"

Submetido por taf em Quarta, 2012-02-15 15:05

A propósito das diferentes intervenções que têm sido feitas pela CMP a nível de espaço urbano (descritas aqui, aqui, aqui, ... e que têm resultado normalmente no corte de árvores gostava só de relembrar que na última reunião do Conselho Municipal do Ambiente ficou decidido que os serviços da CMP iriam passar a avisar as ong aí representadas deste tipo de intervenção. Pelo que sei, até hoje ainda não recebemos nenhuma dessas notificações. (Nota: embora tenha tido acesso a alguma desta informação pelo facto de pertencer à Campo Aberto e a ter representado no CMA, este artigo não é uma posição da Campo Aberto.)

Nessa reunião também nos foi transmitido que todas estas intervenções eram objecto de comunicado prévio aos media sendo que verificavam que esses órgãos nunca publicavam essa informação. Acrescento eu que nem sequer pelos órgãos de comuicação da CMP - site, revista e televisão - essa informação é divulgada.

Este tema das árvores é um tema que as ong representadas no CMA têm tentado desde sempre que fosse debatido no CMA mas que até agora tem tido como resposta a indicação de que sendo um assunto técnico será respondido dessa forma. De qualquer forma, e embora me pareça que há uma componente não técnica nesta questão e que mesmo a questão técnica será certamente alvo de alguns matizes consoante os técnicos questionados, já seria um ganho para todos nós se os estudos que justificam este tipo de intervenção fossem tornados públicos. Parece-me que até agora ainda não o foram.

Concluindo, queria deixar a indicação que as ong agrupadas na Plataforma Convergir e que fazem parte do CMA têm tentado fazer pressão para que este tipo de postura dos serviços camarários seja mudado, mas até agora ainda não obteve resultados. Parece-me que nos falta mais apoio, quer de outras associações quer de outros cidadãos, seja através de envio de cartas para a CMP ou Juntas de Freguesias seja interpelando diretamente os nossos representantes eleitos já que são eles que no fim podem ordenar que estas mudanças se façam internamente.