De: Alexandre Burmester - "Fusão de Verdes"

Submetido por taf em Quinta, 2006-08-31 21:21

Porto, Gaia e Matosinhos

A propósito do assunto de fusão entre as cidades do Porto / Gaia e Matosinhos, anexo aqui uma sugestão sobre a possibilidade de criação entre estas cidades de um corredor de áreas verdes. (Esta é apenas uma sugestão feita à medida deste blog, de uma forma simples e sem pretensões.) Tomando em consideração os espaços livres que a foto apresenta, e começando pela imensa área que existe no miolo da Foz, propõe-se nesta imagem dar a entender a possibilidade de interligação entre todas estas áreas.

(Será de notar que este miolo aguarda há anos pela famosa Via Nun'Alvares, que pretende vir a implantar uma via com 4 faixas, e frentes urbanas com prédios de 6 andares em ambos os lados, o que será uma solução completamente descabida e fora de proporção com a malha residencial existente.)

As áreas caracterizadas a verde mais escuro, e são elas o Parque da Cidade, o Parque da Pasteleira, Serralves, e um recente Parque feito em Matosinhos (que não sei o nome), correspondem estas manchas a 50% das áreas verdes públicas e actuais que se encontram representadas. A possibilidade de inserção das outras áreas (em verde mais claro) em Matosinhos, zona do Lidador, Foz e Pasteleira no Porto, e Cabedelo em Gaia poderia duplicar a oferta de área verde.

Convém ainda acentuar a ideia de estabelecer entre elas uma continuidade, através de ligações físicas entre si. (Estas ligações são fáceis de fazer, bastando para isso olhar a cidade através do google earth, e ver que em muitos locais já existem espaços livres).

Importa ainda perceber a possibilidade de ligação entre estas áreas verdes e as marginais junto ao mar, e ainda da marginal do Rio Douro, para Porto e Gaia. Interessaria por isso rever a ligação existente entre a Afurada e a Pasteleira, e promover uma nova ligação na zona dos molhes. (Isto para não falar na possibilidade de ligação ao Centro Histórico através das áreas livres do lado de Gaia.)

A estrutura viária existente deveria ser inteiramente repensada de forma a ter uma escala local e residencial. E dever-se-ia estudar a possibilidade de integração de transportes públicos, nas Marginais, Circunvalação, Boavista, Campo Alegre, de vias eléctricas do tipo Metro de superfície. (Considerado como transporte urbano e dialogante com a cidade, e não de comboio suburbano.)

A qualidade urbana decorrente da implantação destes corredores verdes seria extensível às três cidades e estabeleceria entre elas mais que uma ponte de ligação.

Este corredor poderia estar a ser sugerido apenas no Porto, como poderia apresentar a mesma ideia apenas em Gaia ou em Matosinhos. Mas se fossem unidas as capacidades de planeamento entre as várias entidades, percebe-se melhor as possibilidades de melhoramento das condições de vida para todos.

E se ampliarmos a imagem, com facilidade podemos entender que podemos continuar a projectar o mesmo princípio para todos os lados.

Alexandre Burmester