De: Augusto Küttner de Magalhães - "8.ºs Olhares Cruzados sobre o Porto, 12.04.2011"

Submetido por taf em Quinta, 2011-04-14 18:22

Mais um muito bom momento em 12.04.2011, pelas 21h45, na Católica - Porto, em conjugação com o Público, sobre um tema muito necessário, muito do "momento": Pobreza e Exclusão Social; Que resposta à crise está a dar a sociedade?

O tema está na ordem do dia como nunca esteve e Silva Peneda fez-nos um retrato muito apropriado da situação do País, em várias vertentes e, como muito realista que foi, não é o melhor "momento", se bem que na sua última intervenção tenha alertado para algo em que temos de mudar, ou seja, na organização do nosso dia a dia, que não só quando se está "muito em baixo ou muito em cima", nestas alturas reagimos ao momento, mas na normalidade, que é a maioria do nosso tempo, fugimos ao diálogo, queremos ser todos "maestros" queremos ser todos importantes, queremos todos mandar. Algo que também Joaquim Azevedo frisou com muita pertinência ao fechar a sessão, referindo que o diálogo entre todos e cada um deveria ser muito mais "nosso", que deveríamos "conversar mais, trocar mais ideias, ouvir-nos.

Palmira Macedo fez-nos muito adequadamente o retrato da avaliação do necessário funcionamento de algumas IPSS concluído em conjunto com a Católica, e deu-nos de forma muito vivida uma ideia do que já está feito e do muito que ainda há a fazer, e que quer - continuar a - participar na sua feitura. Sérgio Figueiredo de uma maneira muito interessante disse-nos que as empresas devem ter - também - uma função social, por inerência e não unicamente como se estivessem a ter de pagar mais um imposto por estarem em sociedade. Frisou a necessidade evidente da existência de instituições que ajudem a dar de comer a quem tem fome, mas sendo indispensável fazer, depois, de forma diferente, ou seja, já não chega subsidiar só o momento da fome, é necessário - não sendo fácil, mas talvez também não sendo completamente impossível - fazer com que cada um crie - ou consiga - a sua "cana de pesca, para saber e querer pescar e não fique só à espera do peixe"!

Todos foram muito críveis, todos deram o seu bom contributo, o moderador participou e soube muito bem moderar - Joaquim Azevedo - sem interferir a mais, mas também fazendo diplomaticamente que cada um desse o seu bom contributo, como foi feito, mas sem falar excessivamente. Claro que não saímos certos de que "isto" está bem, não, de modo algum, mas se houver o contributo mais empenhado de todos "nós" - de quem muito já tem feito, tanto - e não sempre e só dos "outros", apesar do momento ser suficientemente difícil - e não sabermos para onde vamos! -, poderemos dar a volta, mas de facto "todos", com mais diálogo, com mais obra, sem sermos todos maestros, sem queremos todos ser importantes, e fazendo, fazendo.

Um bom momento, parabéns Católica, parabéns Público, parabéns aos quatro intervenientes, e até a algumas pessoas que da assistência, falaram, pouco mas bem, e obrigado à Católica e ao Público e aos quatro intervenientes: Silva Peneda, Joaquim Azevedo, Sérgio Figueiredo e Palmira Macedo.

Augusto Küttner de Magalhães