De: Alexandre Burmester - "Aqui tão perto..."

Submetido por taf em Segunda, 2010-08-09 16:56

Um dia, Gaia, Matosinhos e Maia vão oferecer ao Porto a possibilidade de voltar a ser cidade. Não será porque qualquer um dos seus Presidentes se candidate ao Porto, será mais pelo simples facto dos seus habitantes o tomarem de assalto, como o fazem na noite e nos fins-de-semana junto ao Mar (e ainda bem), e será sobretudo porque estas cidades crescem e irão tornar-se maiores e mais importantes que o Porto, a este restará o privilégio de estar mesmo no centro estratégico.

Nunca suspeitei que pudesse haver uma administração Camarária no Porto tão cheia de medos e de fantasmas, e pudesse fazer tão pouco pela cidade. Não fosse sempre o Porto a “cidade do Norte”, a tal “Invicta”, e não devesse ter um peso e uma voz forte em contraposição ao centralismo e às opções do governo. Confesso que não me lembro, e já conheci muitas Presidências nesta cidade, de uma que pautasse por tanta inactividade. Os Vereadores quando mostram algum serviço levam com os patins e são despedidos. Só em Vereadores do Urbanismo já vamos no 4º. A quebra em taxas de Urbanismo na Câmara deve ser superior aos 60%. Espero que não chegue para pagar os salários de tanta gente, e espero que o Rui Rio cumpra o que preconiza para o País, isto é, baixe as despesas da Câmara.

Tirando as querelas e os eventos pimba espalhados pela cidade, nada mais acontece. Não há reabilitação, não há animação do comércio de rua, não há requalificação urbana, não há soluções inteligentes para os bairros camarários, não há uma política de transportes, não há urbanismo (só PDM), e nem mesmo uma política para uma rua que seja. Não há soluções urbanas consistentes.

Como não se podem fazer revoluções só resta deixar acabar este mandato, porque aqui o Rio não pode continuar, e esperar que a burrice popular não volte a votar nos mesmos populistas. Que venham os próximos. E espero, o que já aqui disse antes, que o Rui Rio vá a Ministro das Finanças ou algo parecido, porque com aquele jeito que tem de “conversador e apaziguador”, talvez consiga convencer os professores, os Magistérios, e a excessiva função pública do que é necessário. Talvez consiga fazer de contabilista que é o que este País precisa.

Boas férias
Alexandre Burmester