De: Augusto Küttner de Magalhães - "Poupanças Públicas/Municipais nas Festas de S. João"

Submetido por taf em Domingo, 2010-06-20 15:05

Ao que parece este ano haverá por parte das Câmaras poupanças significativas nos Festejos de S. João. Pena ser só pela crise que estas poupanças acontecem. Como tão badalado e de facto tem sido, as Festas de S. João são o momento no ano em que o “povo sai à rua e se diverte na rua”, mas de facto as poupanças que vão – possivelmente – ser feitas este ano, não desvirtuam de modo algum a noite em si e a Festa, e já deviam ter sido feitas há muitos anos. Desde o fogo de artifício que em anos por birras municipais demorava tempos infindos por ser feito em separado pelas duas Câmaras no Rio Douro – Porto e Gaia, - a ver qual gastava mais dinheiro, e qual fazia mais barulho e luz durante a quase totalidade da primeira hora de 24 de Junho. Até mesmo – últimos anos - em conjunto fazer-se um fogo de artifício tão demorado e evidentemente tão dispendioso. O que este ano possivelmelmente ainda não durará, tempo zero, já o podia/devia acontecer.

Não é o fogo de artifício que anima as pessoas, mas se existe vê-se!, e no fim fica a sensação de tanto dinheiro que foi pura e simplesmente queimado, durante bastante tempo a começar às 00h00 de 24 de Junho. Poupar onde deve ser poupado é indispensável, dar o exemplo de cima e essencialmente quando são gastos feitos com o dinheiro dos nossos impostos, é essencial. E a Festa de S.João continua animada e até volta um pouco às suas origens, com muito menos fogo de artificio ou até nenhum, e a alma é-nos aquecida pelos percursos a pé feitos de um lado para o outro, por vezes olhando o balão, que alguns – privados - para o ar enviam e deixando de se gastar dinheiro para “unicamente” queimar quando tanta falta faz, quando está a ser queimado em tanto lado de muito mais utilidade e necessidade. E não acaba o S.João nem a noitada se não houver fogo de artifício, e mantém-se a alegria, o ânimo e mais bom senso, com muito menos desperdício.

Devíamos ter aprendido com pequenas e mais poupanças, todos, a nível público e privado talvez antes de ficarmos com a “corda na garaganta”, mas nunca é tarde para aprender, nunca é tarde para dar o exemplo. E bom S.João para todos aqui no Porto, em Gaia, em Vila do Conde, e onde mais haja, com menos gastos e até com mais alegria!

Augusto Küttner de Magalhães