De: Alexandre Burmester - "Aos ciclistas..."

Submetido por taf em Quarta, 2008-07-23 19:57

Caro Nuno Oliveira

Por uma questão de atenção vou tentar dar-lhe resposta aos seus comentários, mas de forma concisa.

  • - Não disse em lado nenhum que sou contra a bicicleta. Aliás sou a favor de qualquer meio de transporte que seja compatível com a vida das cidades. Nesse particular também defendo o direito a andar a pé, de skate, de quatro, e claro está também do carro e da mota. Isso inclui obviamente a necessidade de poder pará-los em sítios adequados como os “Siloautos”.
  • - Também nada tenho contra os Lisboetas, aliás nem sei onde foi buscar isso. E para mim os “Portuenses” começam lá para os lados de Viana e acabam lá para os lados de Aveiro, sem esquecer o respectivo interior.
  • - A Baixa do Porto circunscreve-se à área central da cidade, mas a sua influência é extensível a esta região, por isso este Blog parece-me ser o local certo para falar naquilo que lhe diz respeito.
  • - Como Arquitecto, defendo a pluralidade do espaço urbano, e isso tanto tem a ver com os diferentes usos, com os meios de transporte, como com os estratos sociais, económicos ou religiosos. Da mesma maneira que em nada me incomoda que habitantes do Aleixo (parte ou todos), mais os de “luxo” queiram ir para a Baixa, também nada me incomoda que levem os carros, as bicicletas, e os papagaios.
  • - Não acho que os transportes públicos sejam bons, e se não ando neles é porque não tenho tempo para longos e variados passeios. Sorte sua. Mas isso é outro assunto.
  • - Se a cidade fosse compatível nas suas cotas com passeios de bicicleta, então diga-me porque será que o passeio começou à cota 70 da Ponte da Arrábida e desceu até ao mar, e não foi ao contrário? Felizmente o Porto nem é Aveiro nem Amesterdão.

Mais uma vez refiro que nada tenho contra a organização de passeios de bicicleta, assim como maratonas ou outras, apenas entendo que não se fazem para incomodar. Estas atitudes, como a sua, são sim resultado de raivas contidas, de preconceitos e de ignorância…

Cumprimentos
Alexandre Burmester