De: Pedro Lessa - "Ainda os reboques..."

Submetido por taf em Quarta, 2008-05-14 20:51

Todos estamos de acordo, caro Tiago, que o estacionamento no Porto está caótico. Especialmente em zonas, como diz e bem, como a Constituição, para não falar de outras. Já nem falo em zonas em que os senhores condutores estacionam de mala aberta porque estão a “descarregar” (e isto foi-me dito por um fiscal para o fazer). Para estas zonas não se dirigem os senhores fiscais e porquê? Porque dá trabalho e chatice. Nem mesmo com estacionamentos que bloqueiam o trânsito normal. Não, dá trabalho. Então não é mais agradável tratar de filas inteiras de carros que não estorvam ninguém mas só porque estão em zonas de cargas e descargas? Mesmo quando está estipulado que só se pode fazer cargas e descargas no período da manhã? Então de tarde reboca-se? E, como já me aconteceu, às oito da noite? Mas alguém anda a fazer cargas e descargas a esta hora? Mas tudo bem, está a transgredir, reboca-se. Concordo que não há contra argumento possível.

Agora, o que sempre me insurgi, e várias vezes aqui no Baixa, é o abuso da Câmara em fazer tábua rasa de tudo e, mais grave por exemplo, plantar por toda a cidade estas zonas de cargas e descargas. São largos inteiros, ruas em metade da sua extensão, etc etc. Isto sim, é que é premeditado para acontecer a caça ao reboque. E deficientes? Nunca o Porto teve tantos deficientes para estacionar os seus carros… Não espantam, portanto, os números que aparecem no Primeiro de Janeiro. Até porque é preciso pagar todas aquelas carrinhas novas que vão surgindo. Novas, zero kms. E a PSP já vai pelo mesmo caminho, até com os efectivos do Turismo, a passar multas…

Para concluir, bem pode o Sr. Director Municipal (ou ex) vir aqui apelidar a situação de “fait-divers”, porque nada disso acontece, claro que não. Todos sabemos que não. Inclusive a pessoa que pôs o seu posto de trabalho em risco ao denunciar a situação.

Como se costuma dizer, “Tudo isto é triste, …”

Cumprimentos,
Pedro Santos Lessa
pedrolessa@a2mais.com