De: Cristina Santos - "Apontamentos"

Submetido por taf em Quarta, 2006-06-07 17:47

Dois breves apontamentos:

As obras nos Aliados – há que salientar o rigor do cumprimento dos prazos, trabalhou-se dia e noite para satisfazer os portuenses a tempo e horas - isso é dos factores mais importantes na gestão de uma cidade.

Tenho a lamentar a calçada e a implantação da fonte, hoje fartei-me de olhar para a Praça, estava à espera de um espelho cintilante, em declive, que sobressaísse naquele cimento… como não via nada pensei que se tinham esquecido de implantar a fonte. Tive que vir aqui ao Blog ver as imagens do projecto para apurar onde é que ficava. Já à tarde constatei que realmente a fonte está lá, só se vê mesmo no local, mas está lá, não se esqueceram… Se os amigos tiverem a mesma dificuldade relembro que a mesma se situa em frente à Câmara, procurem que ela está lá.
Agora o que efectivamente falta na praça é a identidade do projectista, quem passar por ali não vai perceber o traço, não há nada lá que denuncie a identidade do famoso arquitecto.
Mas está feito e temos que nos adaptar e torná-la uma das melhores praças da Europa...

Em relação ao post de David Afonso e da «casa Mário Amaral» não tendo resposta para as questões colocadas, tenho apenas a dizer que:

Fico espantada que se tenha duplicado a obra e transformado os dois edifícios num armazém.
Primeiro as obras pareciam reduzir-se ao edifício de granito, os andaimes estavam montados só nessa frontaria, a demolição do miolo não levantava suspeitas dado que o edifício aparentava um avançado estado de degradação. Parecia estranho que os vãos fossem encerrados com azulejo, a qualidade e o método da aplicação denunciavam mão de iluminado, mas sendo esta casa paredes-meias com a casa de «Mário Amaral» pensava que era uma forma de disfarçar a fachada e limitar o acesso marginal, até encontrar investidor capaz de reabilitar o edifício… Confesso que considerei que era muito digno que os proprietários de casas em risco de ruína investissem algum dinheiro a bloquear os vãos da forma preconizada em vez das tábuas ou tijolos, nunca me passou pela cabeça que fosse definitivo e que alguém investisse para transformar uma casa tão bonita num armazém cego.

Quanto à «casa Mário Amaral» essa foi intervencionada há pouco tempo e em tempo recorde - entre a montagem e desmontagem dos andaimes não houve tempo para perceber que se tratava da mesma obra, só mesmo no fim.

Mas que há mão de técnico iluminado na condução da obra e no resultado final... isso há de certeza.
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Nota de TAF: mas a inspiração para a fonte era tão boa! De certeza? Deve ser engano...