De: Correia de Araújo - "Três notas de pouca monta..."

Submetido por taf em Quinta, 2007-11-15 10:52

1. Ainda a propósito do post da Cristina Santos sobre a Rua de Cimo de Vila, devo confessar que fiquei surpreso com o seu relato... designadamente no que concerne à presença multicultural que tão bem descreveu. Eu, que até nasci por ali (mais propriamente no Hospital da Ordem do Terço), devo confessar que tenho andado um pouco arredado daquelas paragens. Porém, este seu texto veio, com toda a certeza, aguçar-me o apetite para (re)visitar aquele local.

2. Quando num post recente intitulado "Guardas-nocturnos" me referi à praga dos grafitis, fi-lo tendo perfeita consciência de que há, por um lado, o grafiti enquanto expressão artística tendencialmente urbana, e, por outro lado, coisa bem diferente que se chama vandalismo urbano, como é o caso da pichagem feita de forma maldosa e gratuita. Por uma questão de simplificação/compreensão acabei por generalizar a expressão "grafitis", embora tenha usado também, nesse mesmo texto, as palavras "pichagens" e "vandalismo urbano" como forma de distinguir os planos. Deixe no entanto que lhe diga, meu caro Rui Oliveira, que até há grafitis belíssimos ("arte urbana", como lhe chama... e bem!), mas que deixam de o ser se forem selvaticamente produzidos, por exemplo, mesmo em cima da montra ou da fachada (vidros e caixilharia, incluídos) de um estabelecimento comercial (em actividade, pasme-se!), como vem acontecendo profusamente por aí. Nada tenho contra as novas correntes artísticas, desportivas, etc., etc.,... bem pelo contrário! Enquanto vereador num dos municípios da GAMP sempre defendi a criação de espaços para o desenvolvimento deste tipo de actividades (arte urbana tipo grafitis, desportos radicais, etc., etc.)... só que para tudo devem existir regras.

3. O Porto Gran Plaza foi pensado segundo o conceito "urban entertainment center", que mais não é do que uma ideia desenvolvida nos Estados Unidos e baseada na criação destes "centros urbanos de lazer" com o objectivo de revitalizar determinadas zonas das grandes cidades. A filosofia deste projecto aponta para a instalação de algumas lojas âncora, normalmente associadas a marcas de renome internacional, e, em lugar de primazia, o cinema e o lazer. Só que, entretanto, o cinema... foi-se! Ainda assim, esperemos que resulte... a bem da Baixa (que bem precisa!).

PS: Por falar em cinema... Abaixo-assinado tenta evitar encerramento dos cinemas do Shopping Cidade do Porto

Correia de Araújo