De: Pedro Lessa - "Nova «Via»"

Submetido por taf em Terça, 2007-07-31 16:47

Não se admire Paulo Espinha, porque esse termo já faz parte da terminologia tão característica do Urbanismo Português nas Obras Públicas desta nossa República. Das bananas, diga-se, (já dizia o outro senhor que não era, mas é). Só mesmo por cá isto acontece, aliás, em semelhança com o que se passa no Centro Histórico, onde a pretexto do eléctrico se redesenham as ruas sem ninguém conhecer o projecto, quem fez, etc, etc (ficava tudo pronto no inicio de Agosto, não era? Pois, pois…).

Antes de se conhecer em detalhe o desenho da Av. Nun’Álvares e respectivo “nó a estudar”, gostava que todos nós tivéssemos o cuidado e o comedimento de parar de sugerir o que quer que seja. É que já se fala em nós, cruzamentos, túneis ou pontes (só assim se conseguem desnivelamentos, não?), vias estruturantes, ligações a Matosinhos, etc, etc.

É que isto - "A ideia é, também, dotá-la de uma largura (37 metros) suficiente para acolher quatro faixas de rodagem, um corredor para transportes públicos, ciclovia e passeios com uma dimensão capaz de permitir a vivência urbana e a circulação pedonal" - para mim não deixa de ser uma via urbana, semelhante à via onde justamente vai terminar. E será que a solução não podia passar por uns semáforos?

Perdoem-me a postura redutora, mas parece-me que eventualmente se opte pela atitude tão portuguesa de complicar e exagerar o que é simples, quando conhecemos cidades como Barcelona que têm vias urbanas com 6 e 8 faixas a trabalharem com simples rotundas e semáforos. É que estou saturado de assistir a desperdícios e vilipêndios dos nossos recursos. E pelo que tenho visto por aí, somos um país muito, muito rico.

Cumprimentos,
Pedro Santos Lessa
pedrolessa@a2mais.com