De: Cristina Santos - "Erros do CRUARB"

Submetido por taf em Sábado, 2007-05-12 20:13

- Política de aquisição sistemática de edifícios – isto acontecia porque o comissariado definiu que o nível de reabilitação deveria ser de profundidade máxima, não podendo obrigar os proprietários a tais encargos, tanto mais que as rendas se manteriam nas dezenas de contos, expropriavam e compravam para fazer obras de sonho.

- Ao comprar os edifícios que eram alugados por rendas quase «sociais» garantiam que o ónus da conservação ficava a cargo do comissariado, ou seja do município, que ao fim de pouco tempo tinha até que substituir vidros partidos, realizar pinturas interiores, os ocupantes não tinham qualquer responsabilidade.

- Obras em destaque: Unidades habitacionais da Lada ou Praça de Lisboa.

Decidiu-se e bem, que esta politica não interessava, foi criada a SRU, segundo outros parâmetros e objectivos. Mas a SRU na primeira oportunidade caiu no mesmo erro, tentando difundir que para reabilitar são necessários investimentos na ordem dos 700 mil euros por edifício, é necessário wireless e outros acessórios, importantíssimos para as zonas degradadas. Esses 700 mil poderiam ter sido investidos em 6 edifícios, ou até mais se tivessem todos o nível de degradação da papelaria Reis. Duma só rajada devolvíamos a salubridade e a dignidade a toda uma frente, mas a opulência e a vaidade dão nestes planos estúpidos, que em vez de motivadores funcionam como retardadores de qualquer intervenção. Transmitem a ideia de que reabilitar é caro, é difícil, e não está ao alcance de qualquer um. Que é uma tarefa para grandes investidores que terão que suportar todo o prejuízo que resulta de frentes urbanas insalubres, marginalizadas e inseguras.

O Dr. Rui Rio errou, está perto do fim do mandato e acabou a permitir os erros que tanto condenou. Mais uma nota negativa a juntar à do Rivoli, à do São João de Deus, a única coisa que o vai safando é não ter oposição, ou esta estar comprometida.

Cristina Santos

Ps. Do mal da oposição beneficia também o Sócrates que recuperando a meio do mandato a CML, garante apoio ao Governo, viabilidade para mais um mandato e possibilidade de ignorar com toda a força o Norte e as Ilhas.