De: Rui Valente - "Era para ser a RTP Norte, mas é Notícias"

Submetido por taf em Segunda, 2007-04-02 21:31

Esta tarde decorreu na RTPN um fórum cujo tema era "Como evitar a violência no futebol". Em antena "aberta", diziam... Dá vontade de rir. Mas é uma antena aberta (como todas as outras) sobretudo para as pessoas da região de Lisboa, e o resultado é que a grande maioria dos que têm acesso à linha telefónica e que emitem opinião é obviamente dalí, o que desde logo desvirtua por completo o objectivo pretendido, e o resultado é ouvirem-se opiniões favoráveis às pretensões locais, absurdas e completamente falaciosas. Curiosamente, estas coisas quase sempre acontecem quando o resultado desportivo não é o desejado para as hostes locais. Engendram sempre casos e depois somos imediatamente massacrados com todo o tipo de programas na tentativa de transformar uma ocorrência lamentável, num verdadeiro acto de selvajaria premeditado pela claque da equipa oponente.

Por aqui se constata, mais uma vez, que o Porto precisa de uma voz forte, precisa de independência mediática para poder contrapor o tendenciosismo vergonhoso que somos obrigados a observar na nossa televisão que se diz nacional mas que, de facto, está muito longe de se comportar a esse nível. Todos os partidos políticos são responsáveis por esta pouca vergonha. Todos! Nestas coisas, não há democracia! É mentira!

Eu só não consigo compreender como é que as pessoas se conformam com isto. Os políticos, sobretudo, mas não apenas. Como é possível as pessoas não reagirem a esta permanente falta de respeito pelo resto do país? Quando é que nos vamos decidir a acabar com este tratamento desonesto e arbitrário? Eu só não consigo é entender a nossa passividade. Isto não terá também a ver com os problemas da região? Mas como é que se pode separar estes acontecimentos da cidade de Lisboa se é lá, e não noutro sítio, que o poder está concentrado? Como? Estarei a falar de ovnis?

Espero que o senhor Paulo Pereira da TVTel me esteja a ler e perceba que há aqui um precioso filão para explorar e conquistar mercado. E nem sequer vai ser preciso usar do despotismo vigente para ter sucesso. Basta ousar ser diferente e ser solidário com o resto de Portugal.

Rui Valente