De: Cristina Santos - "Novos ou reabilitados?!"

Submetido por taf em Quinta, 2007-03-29 22:41

A regionalização é uma tarefa exigente, se as pessoas das cidades circundantes são potencialmente mais desenvolvidas e criativas do que as do Porto, cumpre-nos estar à altura das exigências. O objectivo será reunir a região norte em torno da cidade, todos os contributos são importantes.

Não podemos é partir do princípio que o mal do Norte são os Nortenhos e as escolhas que os Nortenhos fazem, se formos por aí a região Porto continuará a ser o que é hoje, uma zona metropolitana alargada. Para ver do Porto as eólicas de Tourém é necessário começar já a trabalhar, não há tempo para esperar D. Sebastião. O conceito urbano deve expandir-se direccionando a tecnologia à agricultura, pesca e ao turismo rural. A oportunidade é a ideal, se o debate da regionalização se realizar a par das legislativas vamos ser lesados. O que é necessário é alguém que publicamente proponha a regionalização ao interior e estruture a proposta. Tem é que ser alguém que se ouça. No post anterior fiz a minha proposta, concretize a sua, não percebi a quem se referia em concreto. Não nos vamos dividir, tem que haver consenso a Norte e isso consegue-se.

Mas há algo em que nunca concordarei consigo, então os portuenses que saíram do Porto são mais inteligentes? Só ficaram os pobres e os alucinados dos anos 20? Realmente os que residem no Porto são muito atrasados, ficam espantados a olhar para o metro e a pensar na fantástica evolução tecnológica do comboio. Mas muita gente do interior nunca viu o metro e nós vimos há meia dúzia de anos, não percebo de onde vêm esses portuenses evoluídos que fazem de conta que isso nunca aconteceu, que exigem que o povo esqueça as origens e passe a agir como um povo cosmopolita que conheceu o metro no primeiro dia que nasceu.

As pessoas são o que são, e o voto representa-as. As que cá estão são tão boas quanto as que partiram, e não são impedimento para as que hão-de chegar. Há quem viva no Porto por prazer, por comodidade, pelos mais diversos motivos, a gente que vive cá tem o direito de não ser subestimada.