De: Hélder Sousa - "Boas leituras"

Submetido por taf em Sexta, 2006-12-22 16:15

Caro Valério Filipe,

Eu receio que tenha lido bem. Há poucas margens para dúvidas. Resumidamente:

  • 1. A CMP anuncia uma empresa concessionária que pelos vistos não existe. Houve um engano no nome.
  • 2. A verdadeira empresa afinal tem dívidas ao fisco. E terá muitas outras dívidas. É uma empresa de responsabilidade limitada.
  • 3. Abre-se falência desta empresa com dívidas. Cria-se outra nova, logo sem dívidas. O grande encenador La Féria é ‘contratado’ desta empresa!
  • 4. As dívidas da anterior ficam algures entre o espaço virtual e os tribunais.
  • 5. Produzem-se novos espectáculos, com a nova produtora, para os quais se prevêem receitas avultadas. As despesas fixas associadas ao espaço em que são apresentados e ensaiados estão pagas por uns papalvos da CMP.
  • 6. Estes espectáculos ainda poderão ser apresentados nesse outro grande teatro lisboeta chamado Politeama e ainda geram mais receitas.
  • 7. Se por acaso correr mal, fecha-se novamente esta empresa depois de algumas dívidas significativas acumuladas e parte-se para outra. O capital inicial do investimento foi (é) investido pela CMP.
  • 8. Grande parte dos artistas e técnicos envolvidos serão do Porto, porque em Lisboa já não se trabalha fiado…

Tirando os dois últimos pontos que são ‘especulação realista’, isto parece-me um óptimo negócio em qualquer parte do mundo. Se a CMP quisesse, eu abria uma casa de pasto nestas condições. O Valério não?

Caro F. Rocha Antunes

Um dia destes temos que beber um copo. Suponho que concorda com o conteúdo do resto do meu texto? Já é um começo. (Há dias ligaram-me numa altura inconveniente por causa do edifício Loop. Fiquei de ligar de volta, mas perdi o número… era um bom pretexto para bebermos um copo!)

Para que não haja dúvidas: eu acho mesmo importante o trabalho desenvolvido neste blogue pelo Tiago e por todos os participantes. Tenho é mau feitio e às vezes não tenho paciência para bater no ceguinho. Peço desculpa por alguma inconveniência.

Hélder Sousa