De: Cristina Santos - "Processos individuais e Regiões"

Submetido por taf em Quarta, 2006-11-29 15:13

O Ministério Público arquivou em Abril deste ano o processo em que acusava o Major Valentim Loureiro de garantir as empreitadas do Metro do Porto a empreiteiros específicos, que como contrapartida financiavam o Boavista. No rol de empreitadas incluía-se a inserção da linha do Metro na Casa da Música e as obras da Rotunda da Boavista.

Se o Mistério Publico decidiu pelo arquivamento do processo é um bocado tardio vir agora o TC dizer que as obras foram concessionadas de forma ilegal, que não existiu concurso público, etc. As entidades estatais não condenam os culpados em sede própria, nunca conseguem provas e agora sem provas querem vir retirar-nos a Gestão do Metro do Porto? Para terem provas disso tinham que ter condenado em tempo próprio.

Até concordo que as provas sejam evidentes, mas a Metro do Porto é que não pode ser prejudicada por isso. Compete ao Ministério Público averiguar as situações e culpar quem é culpado, não é toda a Região. Falta-lhes a coragem para culpar um só político e sobeja-lhe a arrogância para culpar todo o povo?

Em Democracia todos temos que ter a mesma base de oportunidades e o Porto não as tem tido, óbvio que o Major Valentim Loureiro nunca deveria ter retomado o cargo de Presidente, nem sequer se deveria manter como administrador executivo depois de toda esta trapalhada, mas por um não pagam todos.

O Ministério decidiu - está decidido, só espero que nós portuenses esqueçamos a personagem que está em causa e juntos defendamos o Metro do Porto. O Major Valentim é uma situação à parte, uma coisa é o Metro do Porto, outra coisa é o Major, que é um cidadão adulto responsável pelos seus actos.
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Nota de TAF: Sem conhecer pormenores de nenhum dos processos, julgo que o que foi averiguado pelo Ministério Público é diferente daquilo que o Tribunal de Contas analisou. Pode estar ligado, mas não é a mesma coisa.