2005/11/19

De: António Alves - "Ligação ferroviária Porto-Vigo" 

Em vez de modernizar a ligação ferroviária entre Porto e Vigo, atribuindo-lhe pelo menos um horário decente -já não falo sequer no material circulante obsoleto-, a CP prepara-se para lhe dar mais uma machadada com vista à sua morte final. A partir do próximo dia 11 de Dezembro, as duas ligações diárias restantes vão ser contempladas com paragens em todas as estações e apeadeiros de Viana a Tui. O tempo de percurso será agravado em quase uma hora.

Em breve a Estação de Campanhã estará ligada ao aeroporto de Pedras Rubras por metro. Não será esta uma vantagem competitiva a explorar pela CP e um meio de rentabilizar o investimento recentemente efectuado na aerogare nortenha? Até quando se permitirá que uma empresa pública continue a tomar medidas lesivas da economia regional como as que a CP toma? Note-se que a CP já pratica actualmente o absurdo de ter um comboio a partir de Campanhã para Vigo exactamente à mesma hora (19:55) que chega um alfa pendular proveniente de Lisboa. Nunca acreditei que estas coisas aconteçam por pura ignorância e incompetência: são premeditadas!

António Alves

De: TAF - "400 páginas" 

Li há pouco no Público que o "Plano Tecnológico" preparado pela equipa que acaba de se demitir (ou ter sido demitida, ainda não percebi mas também não é relevante) tinha 400 páginas.

Para que serve um plano de 400 páginas?
Para juntar aos estudos da Ota e do TGV?

Mesmo que se desse o benefício da dúvida quanto à qualidade das 166 medidas propostas(!), havia um ponto inquestionavelmente mau: 166 prioridades é o mesmo que zero prioridades - para isso mais vale não haver plano nenhum.

É preciso de facto mudar as pessoas, e não basta estas que agora saem! E é preciso também arranjar alguém que em meia dúzia de páginas (literalmente) faça um plano de acção coerente e sensato para o próprio Estado aplicar.

PS:
O "documento síntese" (ainda assim com 64 páginas!) está acessível no site do Público.

De: Emídio Gardé: - "Dos «comboios» y un taxi..." 

"... separarán Vigo de Oporto"

Vale a pena ler este texto!

Notícia de La Voz de Galicia:
Dos «comboios» y un taxi separarán Vigo de Oporto
Crónica - La conexión ferroviaria con Portugal, una odisea

Emídio Gardé

De: António Alves - "Farol de Alexandria" 

«Acho que Portugal não tem dimensão para ter um desenvolvimento económico não unipolar. Por isso devemos apostar tudo na região que tem melhores condições para competir internacionalmente».
Cavaco Silva, 1989.

Com esta frase Cavaco Silva justificou a opção pelo privilégio sistemático da região de Lisboa e Vale do Tejo em detrimento do resto do país. O resultado está à vista: a estratégia do Farol de Alexandria, cuja luz iluminaria o mundo, isto é, o resto do país, faliu rotundamente; tão só não se ilumina a si próprio como colocou vastas áreas do território – o Norte em particular– na escuridão. Apesar disso, o actual governo persiste arrogantemente na mesma senda: os últimos acontecimentos -PIDDAC, Ota, abandono da ligação ferroviária Porto-Galiza e Metro do Porto– demonstram claramente o desprezo que este governo e as oligarquias lisboetas votam à região do Porto e ao Norte do País. Para este governo o Porto pura e simplesmente não conta. Hoje mesmo, com o resultado da cimeira ibérica, ficou evidente que apenas a Ota e o TGV linha Lisboa-Madrid lhes interessa. Tudo o resto é para esquecer.

Rui Moreira apela aos deputados eleitos pelo Porto e pela região para, pelo menos uma vez, não obedecerem aos directórios e votarem contra tudo isto. Rui Moreira é ingénuo. Nunca o farão. A cobardia política e o medo de porem em causa as suas excelsas carreiras impedirão sempre tal arrojo. Demonstra-o plenamente os céleres, "suaves" e politicamente correctos comentários dos principais próceres do sistema partidário local. A solução não passa por aí.

No actual estado das coisas a solução passa necessariamente pelo voltar de costas dos eleitores nortenhos aos partidos do sistema. O Porto e o Norte precisam é de um novo movimento político próprio, livre dos submissos do sistema, que lute pela autonomia política e económica da região. Movimento esse que deve mesmo pôr em causa este estado unitário que esta república jacobina e centralista nos impõe. Tudo o resto é conversa vã.

António Alves

De: Pulido Valente - "Rui Valente" 

Caro Rui, para que estes textos sirvam para alguma coisa é necessário que quando trocamos opiniões ou argumentos nos mantenhamos (sempre) dentro do mesmo tema. Este seu pósescrito sai do tema que era exactamente as maldades que se têm feito e como impedir que continuem a ser feitas já que, quase todas, não se podem corrigir. Portanto está a dever-me, se assim entender, um comentário sobre a maneira de evitar o recurso à bomba. Mas que seja possível de executar e tenha grandes probabilidades de resultar.
Um abraço.

2005/11/18

De: Alexandre Burmester - "Burocracia trava é tudo" 

Sem querer contrariar a ideia da “Capital Municipal da Burocracia” atribuída aqui à Câmara Municipal do Porto, chamo a atenção que o que se encontra em causa no processo de Licenciamento da notícia que vem no JN, a propósito do infeliz que esteve 16 anos à espera da regularização do Café, é um processo de legalização e outro que corresponde ao Alvará de Restauração.

Os processos de Licenciamento de restauração são dos processos mais complexos e burocráticos que existem. Envolvem um sem número de entidades, e em especial a Delegação de Saúde, onde só alguns iluminados sabem interpretar uma simples planta de desenho.

A título de exemplo já fiz mais de 70 restaurantes por este Portugal fora nos últimos 15 anos, e se metade destes estiver com os Alvarás e as respectivas Licenças de utilização será uma sorte.
Por sistema um processo destes, desde o licenciamento da obra, até ao Alvará poderá levar de 2 a 5 anos. Infelizmente esta situação não é apenas uma glória da Câmara do Porto.

Por curiosidade sugiro que se faça o levantamento dos Alvarás atribuídos aos restaurantes que existem em qualquer dos Centros Comerciais existentes.
Ia ser bonito se tivéssemos que levar à letra as leis deste País, estávamos todos na prisão (inclusive quem as faz).

A. Burmester

De: Pedro Aroso - "A Catedral Municipal da Burocracia" 

Com a publicação do meu segundo livro, os convites para dar formação têm-se sucedido, facto que me deixa bastante mais tranquilo em relação à minha sobrevivência. Mesmo assim, e ao contrário da Ordem dos Arquitectos, cujas únicas preocupações parecem limitar-se à organização de exposições, seminários e festas, eu continuo muito apreensivo com a situação a que se chegou nesta cidade, provocada pela falta de vergonha do Dr. Rui Rio, que insiste em não despachar os processos que se encontram em fase de apreciação.

O caso hoje relatado no Jornal de Notícias, com o título "Burocracia sem fim trava licenciamentos" onde se conta que um munícipe esteve 16 (dezasseis) anos à espera da licença da CMP para abrir um café na Baixa, é um bom exemplo daquilo que tem sido a gestão (indigestão) do pelouro do Urbanismo após a saída do Arq. Gomes Fernandes a quem, uma vez mais, eu e o meu colega Luiz Botelho Dias prestamos a nossa homenagem.

Pedro Aroso

De: Rui Valente - "A nova grelha da RTP «N»???" 

Caríssimos,

No pása nada, animem-se! Afinal, não há razões para alarme.

A partir de 2ª. feira, teremos uma RTPN com um novo fato, remoçada com uma grelha de programas original e particularmente vocacionada para a informação, mas acima de tudo, muito, muito nortenha!!!

Que tal, hem? Satisfeitos? Confiantes sobretudo, imagino...

Mas atenção, porque não se trata de um canal noticioso! Trata-se sim, de um canal essencialmente informativo! Não confundamos as coisas! O José Alberto Carvalho enfatizou q. b. o detalhe.

Será no entanto prudente, considerar se, na condição de provincianos pacóvios (como gostam de nos tratar os nossos amigos de Lisboa), teremos estrutura intelectual bastante para compreender a profundidade da diferença... Tão profunda, por exemplo, como foi a mudança da NTV para a RTPN! Não sei se repararam, mas houve o cuidado de, numa atitude de apreciável consideração por todos nós de acrescentar um "N" à RTP!... Que mais podemos nós querer?

Controlada democraticamente (como convém), por Lisboa, sobejam agora razões à gente do Norte para revigorar a sua auto-estima e oferecê-la de bandeja, embrulhada com lacinho e tudo, ao Sr.Presidente da República que tanto se cansou de a reclamar.

Uma das razões para a nossa euforia, começa logo por sabermos que um dos programas de índole internacional da nova RTPN será conduzido pela "nortenha" Márcia Rodrigues... Conhecem-na de certeza, de a ver frequentemente passear por Santa Catarina e a fazer compras no Norte Shopping..

Outra das novidades, chama-se "1001 Escolhas", programa que constará da realização de debates e entrevistas, principalmente com personalidades do burgo, assumidamente locais, oriundas de zonas que vão da Alfama à Baixa da Banheira, incluindo a área saloia de Mafra passando pela aristocrática Sintra...Agora,vamos vê-las todas, essas personalidades regionais, garanto-vos!

Sempre me seduziu o cosmopolita slogan "Do Porto para o Mundo"! É grandioso e modernaço, mas não sei porquê, nunca deixei de o sentir como uma espécie de narcótico para tripeiro enganar. Se fosse eu a escolher, preferia algo assim como "Do Porto para Lisboa", ou ainda, algo mais terra-a-terra como, "Na tua terra mando eu" !

Mas, por entre tão despojada generosidade mediática, há uma em particular que me comove próximo da lágrima: prometem-nos não surripiar o "N" à sigla RTP. Não é fantástico?

Não será caso para morremos de felicidade?

Rui Valente

PS - Caro Pulido Valente,
Eu também já começo a achar que só à bomba é que isto lá vai, só que para arruinar a região e a nossa cidade, já basta o que os ditos (malditos) responsáveis lhes andam a fazer há décadas!

De: Teófilo M. - "Ainda sobre comboios" 

Não consigo entender este governo, pois a sua obsessão doentia pelo TGV, não é compreensível ou então, existe mesmo uma falha de comunicação ou de precisão, quando se fala na prioridade de ligação Porto-Lisboa via TGV.

A insistência despropositada num meio de Alta Velocidade (AV) em detrimento da opção de Velocidade Elevada (VE), para além de um acréscimo brutal de custos - novo traçado, precisão mais elevada no paralelismo dos carris, custo dos equipamentos, formação do pessoal navegante, implementação de nova sinalética ajustada à velocidade, etc. - não aconselha esta opção, uma vez que o elevado custo dos bilhetes não convidará à sua utilização, nem tampouco a diminuição do tempo de ligação o fará, visto que não será um directo Porto-Lisboa, mas um semi-directo, com paragens que lhe retirarão eficácia e eficiência, e ampliarão os seus custos, nomeadamente pelo aumento de desgaste dos orgãos de frenagem e consequente desgaste das vias.

Por outro lado, é por demais conhecida a apetência pelo transporte aéreo pelas nossas elites financeiras, artísticas, políticas, futebolísticas, comerciais, industriais, culturais e outras coisas mais, no vaivém constante entre Porto e Lisboa, onde as caras são por demais conhecidas entre si, no muitas das vezes caricato movimento pendular entre as duas cidades, numa época em que a tecnologia permite a realização de conferências vídeo, as telecomunicações pessoais, o intercâmbio de peças documentais no momento via Internet, que é demonstrativo do provincianismo dos muitos agentes que desbaratam tempo e dinheiro, num alardear de pompa e circunstância que o País não precisa.

Sabendo que o transporte rodoviário é primordial nas ligações mais curtas e de acesso mais difícil, não se compreende a sua utilização intensiva em percursos nacionais de longa distância e nos internacionais, pois os custos e tempo perdidos são fulcrais, para o desenvolvimento atractivo de um comércio e indústria nacionais em que estas duas variantes são fundamentais para a competitividade.

Se nos lembrarmos que, segundo dados de estudos da UE, um quilo de petróleo permite deslocar numa distância de um quilómetro, 50 toneladas em camião e 97 em vagão, não será preciso escrever muito para se concluir da vantagem, só em economia de combustíveis, que poderia advir da utilização da ferrovia como meio privilegiado de transporte de mercadorias. Se a tudo isto juntarmos a velocidade média mais elevada (menos tempo para o mesmo percurso), desgaste de material menos oneroso, forte diminuição no trânsito de pesados em estradas saturadas, para além de outras poupanças que não serão difíceis de diagnosticar, parece óbvio que a alternativa passará sem sombra de dúvida pela opção de VE.

De tudo isto, pode concluir-se que, não serão sérias as tomadas de posição a favor de TGV's Porto-Lisboa ou Porto-Vigo, pois para além de não terem sustentabilidade técnica, não a terão económica, nem tampouco tecnológica, serão quando muito um desperdício de energias que poderiam ser canalizadas para outras prioridades bem mais comezinhas, como por exemplo a revitalização do transporte fluvial, a construção de interfaces que permitissem uma boa articulação entre os diferentes meios de transporte ou os famosos parques periféricos aos grandes centros urbanos que custam a aparecer à luz do dia.

Cumprimentos
Teófilo M.

De: TAF - "Textos matinais" 

- Metro: administração diz que despacho do Governo não vai alterar nada
- "Vamos continuar como se não houvesse despacho"
- O comunicado da Metro do Porto
- Obras de requalificação dos Aliados avançam na próxima semana

- Rio propõe Maria Amélia Cupertino de Miranda para a Casa da Música
- Trabalhadores põem em causa decisão de Rio
- Assis contra fuga do "Maria Pia" para Gaia
- Burocracia sem fim trava licenciamentos - «"Arrependido". É assim que sente (...) José Wilson, proprietário do Black Coffee, na Avenida dos Aliados, no Porto.»

- TGV do Porto a Lisboa operacional em 2014
- "Obsessão da Ota" motiva prioridade de Porto-Lisboa
- Passageiros chegam via Valença do Minho
- Apenas 1% das mercadorias segue por carris

2005/11/17

De: Serafim Guimarães - "Opinião sobre as alterações..." 

"... no Metro do Porto"

Acho que o Dr. Franscisco Assis tem aqui uma excelente oportunidade para tomar uma posição a favor da Região mesmo que isso incomode os seus companheiros de partido.

Serafim Guimarães
serafim.guimaraes@sapo.pt

De: Alexandre Burmester - "Subserviência 3" 

Nem vale a pena apresentar argumentos sobre as necessidades das ligações em TGV actualmente em discussão, nem dos seus excessivos custos, basta ouvir quem do assunto tem mais conhecimento e que já se cansou de apresentar razões, para concluir que nos bastaria uma ligação rápida ferroviária.

Ligação esta que tarda há já muitos anos, mas que espero que não seja conduzida pela mesma equipa “maravilha” que nos brindou com a famosa ligação a Lisboa. Já fomos “roubados” uma vez, e espero que não o sejamos outra.

Agora que a actual discussão sobre as ligações ferroviárias em Portugal são outro bom exemplo da subserviência, é um facto, só que desta vez do Estado Português a Espanha.

A. Burmester

De: Alexandre Burmester - "Subserviência 2" 

O facto do Governo vir a reclamar a gestão do Metro conduz a algumas considerações:
  1. Querer colocar em sentido os gastos públicos da empresa, que se espera se estenda a tantas outras empresas pseudo estatais;
  2. Querer tomar a ordem política na sua gestão, porque esta não lhe coincide na cor partidária. Aproveita para colocar mais uns boys por aí desempregados….
  3. Passar um atestado de incompetência à região Metropolitana do Porto e aproveitar para redefinir um Plano estratégico da região, uma vez que o actual poder político demitiu-se desta função.
Sejam quais forem as razões não deixamos de nos sentir espezinhados e menosprezados. Estamos a ser tratados como meninos pequeninos que fizemos asneiras e por isso nos castigam.

Mas como poderia ser de outra forma, quando se gere de forma autoritária e sem consenso muitas das opções que tem sido tomadas (não é preciso exemplos), e os consequentes gastos daí decorrentes.

Por um lado gostaria de ver uma força activa na Região que impedisse estas atitudes, por outro acho infelizmente que o nosso staff político não tem categoria nem moral para reivindicar, nem sabedoria suficiente para saber governar.

A. Burmester

De: Alexandre Burmester - "Subserviência 1" 

As Autarquias querem abrir guerra ao governo sobre o novo Orçamento de Estado, porque estão habituadas àquela lógica da mentalidade típica do Português, que após o 25 de Abril, acha que “Eles” o Estado tem a obrigação e o dever de os sustentar.

Se em algumas poucas questões não deixam de ter razão, porque também as há (e em particular as Câmaras do Interior), na maioria pautam as gestões camarárias pelo gasto desmedido, pela má gestão e pela completa falta de imaginação. Não será difícil perceber que se trabalhassem com eficiência, não transformavam tantas questões em pura burocracia e irresponsabilidade, não precisavam de tanto pessoal, e não nos faziam a todos perder tanto e poder ganhar mais. Mais fácil mesmo é pedir os meios ao “Patronato” que este por seu turno costuma usar da imaginação de imputar mais impostos ao cidadão.

Percebiam também que este caminho de penúria pública está a conduzir a medidas de Ditadura Económica, normal presságio de outras formas de Ditadura.

A. Burmester

De: Pulido Valente - "A Baixa" 

Caros Pedro e Rui Valente

1º o Pedro,
em tempos o Fernando Gomes queixou-se do mesmo e fez o mesmo com cantoneiros que faziam as rampas de acesso às garagens por conta própria sem licença da câmara. Pediu ajuda aos munícipes para combater a corrupção. Dei-lhe a minha ao dizer que a culpa da corrupção era dele porque se havia corrupção era nos serviços que lidam com licenças de construção e loteamentos. Ele tinha a lei que lhe permitia combater a corrupção do peixe graúdo. Resultado: processo crime com vinte e tal sessões no tribunal e condenação porque a relação achou que sim. A minha defesa foi boa e ficou provado que ele próprio tinha afirmado e deixado publicar que não ligava nenhuma ao que "o tipo diz". Mesmo assim a sua susceptibilidade foi reconhecida e defendida pela relação, 2ª instância a que recorreu no fim do prazo depois de ter dito que se conformava com a 1ª sentença que me foi favorável. (o partido terá mexido no assunto?). Foi um dos casos em que os tribunais claramente protegeram o poder e desprezaram o cidadão e a cidadania. Foi, portanto, exemplar.

Depois o homónimo,
Vamos lá a isso mas temos que ver se o Abrunhosa e o Rodrigues ainda têm as algemas e se as televisões estão disponíveis no dia e hora que marcarmos. Ó Rui isto só lá vai à BOMBA. jpv
--
Nota de TAF: Já várias vezes tenho dito que as semelhanças no pior entre Rui Rio e Fernando Gomes são cada vez mais flagrantes...

De: Pedro Aroso - "«Os Miseráveis»" 

Alguém já leu "Os Miseráveis" de Victor Hugo? O romance baseia-se na história de um desgraçado que é condenado a trabalhos forçados, por ter roubado um pão para matar a fome.

Na sequência de uma denúncia do Dr. Rui Rio, decorrente do combate à corrupção que tem vindo a nortear a sua gestão autárquica, o Tribunal Criminal do Porto condenou quatro funcionários municipais (jardineiros) a uma pena de 80 dias de multa, em alternativa à pena de prisão, que poderia ir até um ano porque ficou provado, em Tribunal, que os referidos funcionários utilizaram indevidamente e em proveito próprio uma viatura da autarquia para efectuar um serviço privado, no caso concreto a poda de uma árvore.

Este episódio deixou-me tão perturbado, que receio não ser capaz de me pronunciar sobre ele com a desejável lucidez de espírito... Cada um, que tire as suas conclusões!

Pedro Aroso
--
Nota de TAF: Repare-se que o caso mereceu chamada de primeira página do site da Câmara, onde se esclarece que, na sequência desta sentença, "Rui Rio ordenou já a instauração dos respectivos processos disciplinares". É esta "criminalidade" que preocupa o executivo? A esta notícia foi dado pela autarquia o mesmo destaque que aos problemas na Metro do Porto, a Ligação Porto/Vigo e o projecto para a Av. Aliados.

De: Cristina Santos - "O Porto sem representação nacional" 

No seguimento do post de Rui Valente.

É inadmissível que a CM Porto se mantenha impávida quanto às últimas afirmações e acções do Governo Central.

O povo elegeu Rui Rio na convicção do seu rigor e da sua destreza nas lutas, tendo por base decisões como as do Túnel de Ceuta.
Quem tanto se impôs por um Túnel, agora não toma qualquer atitude quanto ao TGV ou ao Metro do Porto?!

Mas afinal onde esta a competência do novo executivo?
O Metro não era um projecto estruturante para a Cidade / Concelho?!
Lisboa não tem projectos cuja derrapagem ultrapassa em muito a gravidade das iniciativas do Metro do Porto?

O que anda o nosso Presidente a fazer?! Será que as lutas locais não podem ser feitas pelos vereadores?
Não pode o Sr. Presidente do Porto encabeçar a luta pelos direitos da Região Norte?
Representar condignamente os interesses da nossa Cidade? Representar as cidades a nível nacional, não faz parte das competências BÁSICAS de um Autarca?!

Também está ao alcance dos Portuenses dirigir uma luta, uma crítica sentida ao Governo Central, não podemos continuar a aceitar que sejamos sempre nós os alvos da poupança fácil.
Estudem-se então as hipóteses de movimentar a Cidade nesta luta, uma vez que aparentemente esta decisão preocupa pouco os nossos dirigentes.

Cristina Santos
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Nota de TAF: Não é preciso TGV (300/350 Km/h), basta algo pelos 200 Km/h. Quase toda a gente confunde estes conceitos, mas os investimentos necessários são brutalmente diferentes conforme se escolhe a primeira opção ou a segunda.

De: TAF - "Desculpem?" 

No Blasfémias tem estado a decorrer um hilariante e surrealista debate interno que teve origem próxima num post menos elegante que foi publicado por um dos seus membros.

Há quem tenha pedido a dois "blasfemos" para pedirem desculpa por terem pedido desculpa pelo autor do post incendiário não ter pedido desculpa, mas também há quem ache que se calhar se devia agora pedir desculpa a esses dois blasfemos por lhes terem pedido para pedir desculpa, porque provavelmente o autor do post incendiário é que lhes devia pedir para pedirem desculpa por terem pedido desculpa.

Peço desculpa se não fui claro, mas não há desculpa para se perder tempo com estas desculpas todas. É que estes assuntos importantes são a desculpa para desviar as atenções de questões desculpavelmente menores, como a OTA, as presidenciais, o desenvolvimento do Norte, a Metro do Porto, etc.

Desculpem ter tomado o vosso tempo.

2005/11/16

De: Rui Valente - "A Alta do Porto" 

Portuenses,

Continuemos entretidos e distraídos a discutir os problemas da paróquia, que o governo central agradece!

Debatam e rebatam à exaustão tudo o quanto vos aprouver sobre os inúmeros assuntos (pequenos e grandes) da nossa cidade, e daqui a uns tempos - que pressinto não muito distantes - façam o favor de me informar se o contributo da vossa participação neste blogue vos deixou realizados...

Se a resposta for negativa, a responsabilidade, não deverá nunca, ser atribuída a este blogue que é útil e sério (também dele me sirvo) mas poderá muito provavelmente vir a ser apontada à nulidade pragmática do seu conteúdo no contexto nacional...

aqui escrevi, noutro momento, que não obstante a boa vontade dos participantes, não será apenas pelo voto ou pela troca de opiniões mais ou menos polémicas, tão legítimas quanto diferenciadas, que conseguiremos em tempo útil, alterar o deplorável "status quo" a que a cidade do Porto chegou.

A permuta de ideias em nome da nobre causa do "Porto", entre cidadãos que pretendem o melhor para a sua cidade é por si mesma louvável, mas parece-me desajustada no tempo, face às prioridades. Desajustada, porque demasiado coloquial perante a época
depressiva em que vivemos, desajustada sobretudo porque destituída de poder factual.

Parece-me chegado o tempo de nos perguntarmos se não andaremos alegremente a pregar no deserto com tanta crítica gratuita. Se não andaremos intima e ingenuamente convencidos que os detentores do poder acabem por ceder aos nossos anseios e ideias e a adoptá-los salomonicamente a contento de todos! Isso não acontecerá, podemos ter a certeza.

Se outros exemplos de centralismo exacerbado fossem precisos, os casos controversos da OTA, do TGV e mais recentemente do Metro do Porto, são símbolos eloquentes de um acentuado decréscimo do poder local, agravados pelo empobrecimento da região que, pelo que tudo indica, pouco parece incomodar o governo de Lisboa.

A questão que definitivamente quero colocar, é a seguinte: que outro proveito podemos retirar deste blogue para além da troca de impressões?

Em democracia, não será pertinente exigirmos algo mais ambicioso? Que tal, levantarmos todos o rabinho das nossas cadeiras e os dedos do teclado para promovermos uma Manifestação à Porto contra esta persistente e arbitrária forma de administrar o país?

A sugestão aqui fica.

Rui Valente

De: TAF - "Já tarde, aqui vão apontadores" 

- Ministérios das Finanças e Obras Públicas retiraram os poderes à Comissão Executiva da Metro
- Estado apanha Metro do Porto de surpresa
- Narciso Miranda concorda com decisão, Rui Moreira quer alargá-la
- "O grande problema para o Governo é que o metro nasceu do poder local"

- Câmara aprovou por unanimidade proposta sobre a ligação Porto-Vigo em TGV
- Câmara reitera linha TGV Porto-Vigo
- Câmara quer alta velocidade entre Porto e Vigo
- Rui Moreira considera positiva a abertura da gestão a privados, como a Ota e a ANA
- "Ota deixará aeroporto do Porto com a corda ao pescoço"
- STCP: Nova rede concluída em 2006
- STCP terá menos 30 linhas

- Germano Silva: "Arquitectos estão a adaptar os Aliados ao projecto deles"
- 80% dos restaurantes do Porto não estão licenciados
- Lino Ferreira apresentou-se aos promotores imobiliários como vereador dialogante
- Ciclos de conferências em Economia e na Católica

De: F. Rocha Antunes - "Boa primeira impressão" 

Meus Caros,

Ontem foi a apresentação do 2º Salão Imobiliário do Porto o Imobitur 2006, no magnífico Palacete dos Viscondes de Balsemão, na Praça de Carlos Alberto. Sendo um evento essencialmente destinado ao sector imobiliário interessou naturalmente apenas às empresas e pessoas deste sector de actividade. Queria realçar alguns pontos que me parecem relevantes.

Primeiro, o profissionalismo. Uma empresa galega, a Promevi, organiza este evento comercial pela segunda vez depois do inquestionável êxito da sempre arriscada primeira edição que decorreu este ano. Depois do recente Salão Imobiliário de Lisboa, que foi muito bom, é a vez do Porto demonstrar que também aqui, e quando há profissionalismo, se conseguem realizar feiras de grande qualidade. O progresso, nesta matéria, é real: há dois anos não havia nenhuma feira de jeito em Portugal e estamos com duas boas feiras, uma em Março no Porto e outra em Novembro em Lisboa. O anúncio feito de um aumento da área de exposição para mais do dobro do ano anterior é um sinal concreto de que as coisas estão a correr bem.

Segundo, e se calhar mais importante para este blog, foi a primeira vez que o novo Vereador do Urbanismo e da Mobilidade falou em público. Se, como alguém já disse, não existe uma segunda oportunidade de criar uma boa primeira impressão, a primeira prova pública foi boa: anunciou um novo estilo de relacionamento entre o pelouro do urbanismo e a promoção imobiliária. Para quem não tenha lido, fica aqui a notícia que hoje saiu no Primeiro de Janeiro. Eu disse sempre que uma coisa era a legitimidade dos políticos de definirem o tipo de promoção imobiliária que pretendem para a cidade, outra coisa muito diferente é tratar todo um sector da economia como se fosse um conjunto de gente de má estirpe que o simples convívio ameaça. Num concelho todo ele urbano, como o Porto, ter uma Câmara que tratava a promoção imobiliária como uma actividade irremediavelmente desqualificada fazia tão pouco sentido como a Câmara de Paredes de Coura ser contra a agricultura. Parece que há aqui uma mudança de orientação que é um progresso para todos.

Claro que não demorarão a chegar as vozes que verão nesta mudança uma nova e perigosa aliança com “os tipos do betão”, em que as cedências aos “apetites imobiliários” em resultado da mudança de vereador se confirmam, blá, blá, blá. Mas que é boa notícia para a cidade que haja um relacionamento aberto e respeitoso entre a Câmara e os promotores imobiliários, é. E um progresso também.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

PS – O JN não publicou nem uma linha sobre este evento. Terão aceite como boa a birra de Rui Rio? Alinharam nela?

2005/11/15

De: Paulo Espinha - "Proposta..." 

"... - Observatório de Avaliação do Impacte da Acção Municipal"

Caríssimos,

Nos últimos dias tenho-me mantido calado, mas tenho estado atento.

Relativamente ao "blog" da CMP estou completamente de acordo com o Pedro Aroso.

É muito mais válido este "nosso Blog"!!!! Contudo, pode pecar por excesso de repetição de análise de forrma não estruturada. Os políticos até gostam disso. A malta tem uma válvula de escape, mas é vista por pouca gente...

Proponho, por isso, a estruturação do tipo AIA para a avaliação do impacte da acção municipal:
  1. Enumeração das Promessas - Transformação em Descritores Sectoriais;
  2. Caracterização das Promessas (probabilidade de cumprimento + classificação + importância + permanência + abrangência + interconexão entre descritores + quantificação do objectivo + modo de medição + ...);
  3. Controlo das Promessas;
  4. Apresentação Periódica à Comunicação Social dos Resultados da Monitorização.
Eu posso ficar encarregue da Mobilidade e Transportes. Para isso, quem me arranja uma cópia do Programa Eleitoral de Rui Rio? (pauloespinha@hotmail.com). Eu já o li, mas não sei onde tenho... Só me lembro que não tem qualquer quantificação de metas a atingir (como sempre...)

Tal como disse em tempos - Rui Rio já não tem desculpas. Agora é a sério. Pois nós também não temos. Agora é a sério para todos. Quem sabe até podem surgir boas ideias...

Um abraço
Paulo Espinha
--
Nota de TAF: coloquei aqui a versão em texto do programa de Rui Rio que estava antes das eleições no respectivo site.

De: Cristina Santos - "Inversão de papéis" 

Em relação ao novo meio de comunicação da C.M. Porto
Cristina Santos

De: F. Rocha Antunes - "TAF à presidência do Metro" 

Caro Tiago,

Uma breve nota sobre o teu comentário ao meu post. Um dos problemas que temos é o de não entendermos que a medida do ordenado de um grande gestor são os resultados da sua gestão e não por comparação com o ordenado médio nacional. Nem a administração do Metro pode ser visto como um tacho, como se pressente que começa a ser encarado por alguns políticos do partido do Governo recentemente sem ocupação. Prefiro um gestor profissional, com provas dadas e currículo a sério, dos que ganham muitos milhares de euros por mês. Sai muito mais barato e a economia da região levava um empurrão superior a muitos subsídios. Os concursos passavam a ser abertos, havia mais projectos de arquitectura e de engenharia para fazer, mais construção, maior racionalidade na definição da estratégia e dos traçados, tudo isso é lucro.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
--
Nota de TAF: Completamente de acordo! E com o título também... ;-) :-) :-)
Agora mais a sério, parece que estes cargos são sempre distribuídos por um grupo restrito de pessoas, ora mais PSD, ora mais PS. Há mais gente competente além dos "habituais". Além disso, as competências necessárias nem sempre são aquelas mais valorizadas pelos políticos nestas ocasiões.

De: F. Rocha Antunes - "Segunda derrota séria" 

Meus Caros,

Pela segunda vez, de forma dura, ficou demonstrada a incapacidade da nossa cidade e região de gerir adequadamente meios invulgares postos à nossa disposição. A primeira derrota estrondosa foi a Porto 2001, que nos foi localmente apresentada como um teste à capacidade de gestão do Porto e em que, se formos benevolentes, chumbámos com um 8.

Estou a falar da decisão, inevitável, do Governo chamar a si a gestão da Metro do Porto. A incapacidade da sua administração de sair da gestão de concursos e da satisfação dos interesses egoístas de cada concelho sem impor uma lógica metropolitana racional, com erros que se acumularam ao longo dos tempos, só podia ter este resultado.

É o que dá quando o paroquialismo é promovido a concelho de administração. Só por milagre é que resultava. Agora é bom que a lógica de investimento deixe de ser a de tapar os erros crassos cometidos até aqui e se comece a pensar no Metro como um dos sistemas fundamentais para a viabilidade económica de uma vasta região urbana, mas não o único, e muito menos transformado em abono de família das autarquias sobreendividadas.

Como aqui já longamente se escreveu, o Metro tem de ser articulado com os restantes sistemas de transporte colectivo, e tem de fazer bem aquilo que é a sua razão de ser: um meio de transporte urbano que ligue as zonas centrais dos concelhos mais populosos, de preferência sem perturbar a já difícil circulação rodoviária.

O principal problema da economia regional é, está cada vez mais nítido, um problema de qualidade de gestão. Se for preciso importar um Fernando Pinto qualquer para o Metro, importe-se. Como já se viu, quando aparecem gestores capazes, os problemas resolvem-se. Acreditem ou não, foi para isso que eles se inventaram.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário
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Nota de TAF: Não vale a pena chamar Fernando Pinto, eu próprio estou à disposição por um salário mais moderado... :-)

De: Pedro Lessa - "O protagonismo" 

A propósito do tema do post sobre a SRU e os privados, a conclusão a que chego é só uma: a sede de protagonismo das diversas entidades.

Senão vejamos, que justificação existirá para enorme discrepância de prazos de apreciação de processos dos privados e de entidades como a SRU? Nenhuma, a não ser a necessidade da câmara de demonstrar que afinal consegue fazer obra. Era preciso criar SRUs para efectivar intenções de reabilitação, deslocar recursos humanos e não só, demonstrar que os seus funcionários quando querem se empenham a fundo e são competentes? Claro que não. Mas assim existe a possibilidade de se dizer que politicamente se fez obra. A quem se devem atribuir louvores por tal eficiência? À câmara claro.

O mesmo se sucede na gestão da Metro do Porto. Quando o governo central reparou no protagonismo que era oferecido aos autarcas da Área M. do Porto pelos seus habitantes, a forma como a obra foi recebida pelas pessoas e pelos seus sacrifícios, o agradecimento patente na sucessiva abertura das linhas de uma obra que já devia estar concluída há 30 ou 40 anos, pensou: como é, então nós é que pagamos e eles é que são levados em ombros?

Acredito que com tantos organismos de fiscalização não existam derrapagens abusivas. Existem derrapagens que são normais numa obra que devia estar pronta ontem. Mostra que no decorrer da execução da obra se percebe que estrategicamente se devem fazer alterações para melhor. O que demonstra duas coisas: ou falta de visão de quem discorda e critica ou então a falha crónica no planeamento de uma obra desta envergadura (falha esta recorrente em Portugal, a todos os níveis).

Quanto ao episódio anedótico do Sr Rui Rio, penso que já foi tudo dito (lembram-se quando na campanha afirmei que tínhamos tiranete?). Mas questiono-me: se o personagem maltrata assim os media, porquê insistir em dar-lhe cobertura? Se da parte dos media houver um compromisso concertado de total alheamento nas suas acções, não lhe dar voz sobre todo e qualquer tema, o silêncio total sobre a sua conduta e ideias, vão ver como o senhor começa a sentir o colarinho apertado.
Afinal, não será assim tão dificil, a obra é tão pouca, o discurso tão vazio e os seus projectos tão estéreis que pouco se notaria.
Serão uns 8 anos de vivência da nossa cidade na mais completa obscuridade.

Cumprimentos,
Pedro Lessa
pedrolessa@a2mais.com

De: David Afonso - "Um blogue pago por todos nós" 

[publicado no DoloEventual]

A C.M.Porto aderiu aos blogues de comédia. Vejam só:
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«Coerência e Insultos
Albano Martins - Ocioso - Miragaia Notícia a que se refere: O novo blog
Acho bem: «Por razões de dignidade ou mesmo de funcionalidade serão rejeitados todos os textos que não respeitem as indicações previamente definidas ou tenham carácter insultuoso.» Pois. Se este critério é para ser levado a sério, então o melhor que há a fazer é não publicar posts como «O JN é um nojo». Um pouco de coerência é sempre precisa nestas coisas, sabiam?»
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«Tem razão
Gabinete de Comunicação - Câmara Municipal do Porto
Tem razão. Aceitamos a crítica e vamos de imediato solicitar ao seu autor a alteração do título do post a que se refere.»
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«Alteração
Gabinete de Comunicação - Câmara Municipal do Porto
O título do post "JN é um nojo" foi alterado para "JN é uma vergonha".»
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Em primeiro lugar, declaro que o Albano Martins é o meu novo herói: assinar «ocioso» não é para todos! Em segundo lugar, sobre a missão do Gabinete de Comunicação da CMPorto está tudo dito! Lá mudaram o «nojo» para «vergonha» mas enfim... Em terceiro lugar, é o dinheiro dos nossos impostos que está a pagar todo este delírio! Pense bem: neste momento meia dúzia de funcionários municipais andam atarefados a blogar e são pagos para isso! Mas isso é concorrência indecente!

De: Cristina Santos - "E agora?" 

«Para controlar as despesas :
Governo assume gestão da Metro do Porto»

Nada que o Porto não estivesse à espera, mas e agora a Avenida dos Aliados, será que o Governo concorda com gastos supérfluos, como girar estátuas ou substituir calçadas históricas em excelente estado de conservação?!

Cristina Santos

De: Cristina Santos - "SRU e privados" 

Se a Lei das SRU fosse aplicável aos investidores privados, com certeza não existiria degradação nos centros urbanos.

Veja-se, que no caso da Porto Vivo e do quarteirão Carlos Alberto, o documento estratégico prevê a eventual demolição de 3 edifícios, a ampliação/modificação de outros 3, reabilitações profundas em 4 edifícios e obras de grau médio ou menor para os restantes 16 que compõem o quarteirão. A Porto Vivo prevê iniciar as obras já em Janeiro de 2006.

Considerando as mutabilidades das ocupações, estados de conservação de edifícios e demais exigências, a Porto Vivo é um caso de sucesso administrativo, em poucos meses decidiu o projecto, as expropriações, os levantamentos etc.

O sucesso efectivo fica apenas pendente da vertente prática do projecto, 10 meses é um período demasiado curto para tomar tantas decisões, contudo podemos mesmo estar perante um incontornável caso de eficiência técnica/administrativa e de uma eficácia devastadora por parte do departamento de urbanismo.

Um projecto destes na mão de qualquer privado demoraria anos a deferir.

O mercado privado com uma lei adequada e justa podia perfeitamente suprimir a SRU.
Mantinham-se as demandas de indemnização, expropriação, aumentos de renda e aprovavam-se projectos em meses, e não haveria qualquer obstáculo à reabilitação dos centros Urbanos, nem sequer obstáculos ao interesse do investidor.

Cristina Santos

De: Pedro Aroso - "Não Contem Comigo" 

Quando Henry Ford lançou o famoso Ford T, publicou uma brochura que dizia o seguinte:
"Compre um Ford T e escolha a cor que quiser, desde que seja preto".

Vem isto a propósito do blog recentemente criado pela Câmara Municipal do Porto, sob a designação "A sua opinião conta". A conclusão a que cheguei, depois de ler atentamente as "Regras de Higiene" a que devem obedecer os artigos dos munícipes, é esta:

Podem dizer tudo o que quiserem, desde que não digam mal do Dr. Rui Rio!

Mais do que ler, eu gosto de escrever, mas não contem comigo para palhaçadas destas.

Pedro Aroso

De: David Afonso - "A morte burocrática do jornalismo" 

[publicado no DoloEventual]

Ano de 2005. O Presidente da Câmara Municipal do Porto, Dr. RR, num ímpeto democrático-burocrático sem par na história, resolve sujeitar os jornalistas ao mesmo tratamento que qualquer cidadão tem quando cruza as majestosas portas dos Paços do Concelho. Acabaram-se os privilégios! Agora é preencher o requerimento em impresso adequado, s.f.f.
«Ai é para entregar uma entrevistinha? É lá em baixo, vira a direita, vá sempre em frente e...»
«Não é aqui, é na porta ao lado.»
«Quem lhe disse isso? É lá em cima...»
«Sim é cá em cima mas tem de comprar o impresso para o requerimento na Tesouraria...»
«Oh... mas não entregou em duplicado! Ah! E não se esqueça de uma cópia em papel vegetal por causa da transparência jornalistica. Que quer? São ordens lá de cima...»

6 meses depois:
«O seu processo? Tem aí o recibo? Não? Então volte amanhã...»

6 meses e 1 dia depois:
«Deixe ver o recibo... Tá bem. Mas estes processos só são tratados às segundas, quartas e sextas...»

6 meses e 2 dias depois:
«Bem, o seu processo está a andar. Já está no gabinete da doutora.»
«Não se queixe há quem esteja bem pior. Olhe ontem veio um senhor, coitado, daquele jornal, o... JN, já vai para quase um ano e nada! Já não o posso ver mais por aí, até mete dó...»
«Mas olhe passe por cá para a semana que eu vou dar uma palavrinha...»

6 meses e 1 semana depois:
«Já está. Mas agora teve de ir lá acima, ao gabinete do presidente para ser rubricado e carimbado... De hoje a oito já está!»

6 meses e 2 semanas depois:
«Desculpe mas vai ser preciso fazer um aditamento à entrevista. Há aqui uma coisinha... O chato é que vai ter de entregar o processo todo de novo lá em baixo e...»

10 meses depois:
«Este processo... não, não estou a ver. Espere aí: Está? Manel? Sabes de alguma coisa do processo nºA43567? Quê! Outra vez? (...) Olhe, perderam o seu processo! Não terá lá por casa uma cópia?»
«Quer falar com a doutora? Não está. Está em reunião. Volte amanhã»

10 meses e um dia depois: «
Mas diga lá então: o que quer?»
Triiimm
«Desculpe, é só um momento»
«Sim, tou? TVI? Mas quantas vezes é preciso dizer que o Dr. RR só dá entrevistas para as páginas de Teletexto da RTP?!»
(...)
«Desculpe-me, dizia?...»
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Entretanto, a resistência socialista exilada em Bruxelas reclama a liderança da oposição. Mas os maquis comunistas não estão pelos ajustes, afinal eles é que dão o corpo ao manifesto no terreno. A rádio Invicta Livre vai debitando os discursos fantasmagóricos d'Assis sobre os telhados dos escombros da outrora chamada Baixa...

David Afonso
attalaia@gmail.com

2005/11/14

De: Pulido Valente - "Aliados" 

Dr. Rui Rio,

Para começar é um erro crasso tratar a avenida sem tratar a envolvente. Deve-se tratar da avenida dentro da área central, reduzida pois claro, que interage imediatamente com ela: D.João I, parte inferior de Sá da Bandeira, rua do Almada, etc. Para Norte e para sul terá que se encontrar caminhos para os atravessamentos viários de um lado para o outro. Tenho um esquiço que inventaria esta situação e foi publicado na Baixa do Porto. Para que não se diga que ninguém falou nisto.
Serve este comentário para o informar que não é necessário estreitar a faixa central da avenida. A solução que está a ser construída é que tem essa redução de largura. Há outras soluções MELHORES.

A minha proposta é a de suprimir a circulação motorizada do lado nascente, à direita de quem sobe, manter o atravessamento entre D.João I e Elísio de Melo para acesso de urgência e tratar todo o espaço conquistado de modo a satisfazer todos e qualquer um com jardim, arvores, coreto, kiosques,bancas, bancos, monumentos, etc. etc sem esquecer coberturas (em vidro?) para nos dias maus poder haver utilização.
O CENTRO assim ficava escorreito. Imagine só a vida (boavida) que a cidade teria e quão fácil e justificado seria instalar na zona os equipamentos que costumam existir nos centros das cidades. Claro que convinha fazer mais um estacionamento enterrado a sul já que as ligações nascente-poente e vice-versa se manteriam aí.

JPV

De: TAF - "A nossa opinião conta?" 

Ver para crer: o blog da CMP, anunciado no respectivo site.

PS - Algumas notícias:
- Expropriado um terço de edifícios
- Queixas continuam em Faria Guimarães
- Barulho não deixa dormir
- Linha Porto/Vigo em debate
- Serralves e Belas-Artes aprofundam cooperação
- Guilherme Pinto: "É urgente fazer eleições directas metropolitanas"
- Violência em urbanismo

De: Teófilo M. - "Descentralização, ..." 

"... desconcentração, dispersão."

Não estão os decisores nacionais habituados a descentralizar. Isto é válido tanto para o País, como para as instituições, sejam elas privadas ou públicas, militares ou civis, ou de outro tipo qualquer.

É uma questão de educação, que terá de ser fortemente contrariada se quisermos começar a andar.

A dispersão, será útil, quando servir para colocar ao serviço do cidadão serviços que são essenciais, mas essa dispersão terá de vir acompanhada com a componente financeira necessária para a sua independência e sustentabilidade, muito embora tenha de estar sujeita a um número forte de regras-base que faça com que os tratamentos dados aos cidadãos tenham uma matriz nacional, mas que possam ter variações próprias ajustadas à realidade local, tendo sempre em vista o benefício das populações, sem cair no entanto em tratamentos diferenciados, que provoquem distorções que caiam no âmbito da discriminação.

A desconcentração, deverá ter em conta aspectos ligados à especificidade do destinatário, e deverá ser aplicada quando se justifique por razões de agilidade e especialização na aplicação de matérias, que sendo do âmbito nacional, podem ter variantes extremamente específicas num determinado núcleo ou zona de influência.

A descentralização, será a cereja no cimo do bolo, e muito embora tenha de ter em linha de conta os interesses nacionais, privilegiará sobretudo a dinamização e os destinos de uma vasta área com características próprias, e com possibilidade de assegurar a viabilidade de projectos que beneficiem o todo nacional, mas que serão geridos de forma independente e não subordinada ao governo central.

Ora, passando esta fase, será interessante discutir o que deverá ser disperso, desconcentrado e descentralizado, em vez de nos preocuparmos já com os níveis hierarquizantes de uma tal estrutura, pois a fazê-lo, começamos por querer construir o prédio ao contrário.

Que serviços deverão estar dispersos, como é que se articularão entre eles, de quem dependerão financeiramente, quem estabelecerá as regras por que se regem, de quem será a componente disciplinar, e quem será a componente fiscalizadora, qual o papel do governo central, deverá a descentralização ser política ou apenas funcional?

Claro, que ao mesmo tempo teremos obrigatoriamente de alterar a lei eleitoral, pois não faz sentido continuar a eleger deputados de conveniência para a AR, concorrendo por distritos onde nunca puseram os pés, e que só têm acesso a tais lugares porque fazem carreira nas escolas partidárias.

A tudo isto será necessário dar respostas antes de avançarmos para começar a traçar fronteiras que, certamente, irão criar mais clivagens do que uniões, em volta de um projecto tão necessário quanto este, pois o tempo urge.

Cumprimentos
Teofilo M.
--
Nota de TAF: sobre a terminologia usada, consultar este meu comentário sobre a proposta de Vital Moreira.

De: Alexandre Burmester - "E como se discute..." 

"...sem sentido nem direcção"

Para que estaremos daqui ou de outro lado a fazer de conta que participamos de uma discussão alargada e pública sobre determinados assuntos, quando as informações que são disponíveis são poucas ou quase nenhumas, e que a transparência da administração não permite?

Alguém discutiu as soluções de intervenção do Metro, sejam elas na Av. Da Boavista, na Av. Dos Aliados, seja na Av. Da República em Gaia, seja em qualquer outro local? Ou chama-se de discussão pública aquela farsa de apresentar em “sessão Pública” para alguns as soluções escolhidas, e ainda levar um coro para o “Amém”, parecendo que a plateia concorda?

Alguém discutiu as soluções da Asprela, do Pólo universitário do Campo Alegre, ou outros? Porque será que algumas faculdades são motivo de concursos públicos, e outras são entregues directamente?

Alguém está a apresentar estudos sobre as estratégias de desenvolvimento da região, que não seja de forma dispersa e pior ainda, repetidas de tantas outras feitas anteriormente? Para que servem os estudos feitos sobre estratégia e desenvolvimento, se nem estes têm qualquer estratégia de desenvolvimento e apresentação? E ainda mais para que servem, se isolados e díspares sem o apoio de qualquer entidade com força política de implementação?

Para que servem tantos estudos, e particularmente estes feitos pelas Universidades, sendo principalmente orientadas pelos mais prestigiados académicos, que de realidade conhecem melhor os corredores do ensino que a realidade da região e do País. Para que serve esta Escola de Arquitectura do Porto, com tanta fama, e que utiliza e só sabe a última teoria e tecnologia de meados do século passado. Para que serve quando tem o mesmo programa de ensino de há mais de 20 anos atrás, e ainda é orientada pelos sempre mesmos. Continua a ser o último grito dos anos 40.

Serve para que a Câmara ao substanciar-se na palavra “conhecedora” de peso da Escola continue a usar os seus serviços, e dar como justificação muitas das opções que se querem tomar. Bons, velhos, e estúpidos tempos, em que a Escola de “esquerda” parecia revolucionária, hoje infelizmente continua no papel de “esquerda”, mas aquela esquerda que menos evoluiu e se tornou na mais “Burguesa”.

Não se discute nada? Não me parece que assim seja, na verdade faz-se de conta que se discute, e muito, apenas não serve para nada.

Para haver discussão necessita primeiro de quem a promove, ao ser obrigado a fazê-lo, o faça cumprindo as regras adequadas, segundo, que as suas conclusões sejam públicas e objecto de fiscalização para implementação, e terceiro, que se criem estruturas próprias de poder político legitimado que tenha a obrigatoriedade e a moral de o fazer cumprir.

Para esta farsa “já dei”, não estou disposto a continuar a fazer quórum fingindo e legitimando uma ditadura de democracidade.

A. Burmester

2005/11/13

De: Paulo Vaz - "Desconcentração" 

Além do que já tinha dito aqui, resumo novamente. Portugal necessita de:
Medidas fáceis de implementar e contribuem para um Melhor Estado. Porém não tenhamos ilusões. O Sistema de Lisboa só cede poder se os 4 milhões que habitam a norte do Mondego pressionarem bastante, algo que infelizmente não se nota.

Paulo Vaz

De: F. Rocha Antunes - "Não se discute nada!" 

Caro Tiago,

Não se discute nada porque, tirando a excepção de meia dúzia de blogues (hoje estou generoso mesmo) que permitem a cada um de nós ter um mínimo de participação cívica, ninguém está para se maçar. É muito mais fácil deitar as culpas para os outros e criticar do sofá ou da mesa de café o suposto “sistema”. A poucos importa o que é comum. Se um dia começarem a queimar carros por aqui não vai ser por nenhuma razão estranha qualquer, é apenas porque nessa altura os que o fizerem vão descobrir que ninguém quer saber de nada que se passa para além da porta de casa. Bem, considerando o amor aos popós que os portugueses têm, pode ser que nessa altura se mexam.

Eu já ia escrever sobre a falta de discussão quando escreveste o teu post. Mas o motivo é outro, bem pior. A notícia que hoje vem nos jornais de que o pólo da Asprela vai ser concluído. Parece um facto normal mas tem os ingredientes todos do nosso “sistema”. Senão vejamos:
  1. A Universidade do Porto continua a sua incansável expansão imobiliária, com total alheamento dos planos da cidade. Se a autonomia só serve para isto, é de questionar essa autonomia já. De nada serve existir uma Faculdade de Arquitectura nessa Universidade, que explique aos seus órgãos dirigentes que o urbanismo que praticam caducou? E já agora para que serviu o Encontro que a mesma Universidade organizou sobre a Reabilitação da Baixa? Que sentido faz a própria universidade ser loteadora de terrenos para entregar a promotores imobiliários privados? Foi por concurso público? Com que índices de construção se está ali a planear construir? E o Reitor da Universidade não faz parte do Conselho Consultivo da SRU? E não percebe que está a contribuir para afundar ainda mais a Baixa ao desenvolver a Asprela antes dos equipamentos do centro da cidade?


  2. O facto de estes organismos do Estado, ainda que autónomos, poderem fazer o que quiserem e estarem dispensados da “maçada” das discussões públicas é dos procedimentos mais perversos que há. Se o próprio Estado se dispensa de submeter à discussão pública projectos desta envergadura, como querem que a cidade participe? Estamos a entrar no ditado “para os amigos tudo, para os inimigos a Lei” na versão Estado contra Privados?


  3. Vários arquitectos escreveram aqui sobre a questão dos concursos públicos de projecto. Neste caso não tenho informação concreta, mas será que houve concurso para seleccionar o projectista? E se houve, foi decentemente divulgado?
Por isso, depois do silêncio das autoridades que foram interpeladas para impedirem o que se vai passar na Avenida dos Aliados, em que um estudo de impacto ambiental e a obrigatoriedade legal de discussão pública não são respeitados enquanto é tempo, antes do facto consumado, a que se junta essa peculiaridade portuguesa de uma empresa de capitais exclusivamente públicos achar que pode adjudicar projectos de arquitectura, seja a quem for, sem concurso e discussão públicas, já nada me espanta.

Por isso as discussões públicas no Porto só servem para os seus promotores terem uma forma de criar um facto mediático. Mais nada. Por isso só interessa aos próprios, porque os seus resultados são inconsequentes.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: TAF - "Não se discute?" 

Não percebo. Um assunto desta importância e quase ninguém se pronuncia em público! Será que eu estive desatento?

Escrevi há dias um texto sobre a recente discussão do documento da responsabilidade de Vital Moreira sobre "Serviços Desconcentrados". O tema mereceu apenas uma referência do Gabriel no Blasfémias e, hoje, um breve comentário de Rui Moreira no Público. Apesar do meu convite, aparentemente mais nenhum dos participantes do encontro de há dias quis escrever aqui no blog (nem, que eu saiba, em mais lado nenhum).

Não valerá a pena debater isto de forma mais alargada e sistematizada? Os blogs e os jornais não são locais adequados? Ou estamos todos a dormir?

PS: Esqueci-me de referir o comentário de Carlos Furtado no Nortadas. (E o de Paulo Vaz aqui mesmo, claro, embora eu estivesse a pensar em textos exteriores ao blog.) As minhas desculpas.

De: TAF - "Pensão Monumental" 








De: TAF - "+ notícias" 

- Manifestação contra obras na Av. dos Aliados
- Protesto nos Aliados contra "surdez" da Metro e da Câmara
- Protesto contra a reconversão da Avenida dos Aliados não mobilizou os cidadãos
- Aliados pela Avenida contra Baixa cinzenta - Afirmou Rui Rio: "o projecto (...) só aparece porque se decidiu (e não fui eu) que deveria haver uma estação do metro nos Aliados. Por mim, as estações da Trindade e de S. Bento eram suficientes".

- A cidade que agora cresce na Asprela
- Blocos residenciais de investimento privado para povoar a Asprela
- Uma montra «monumental» de design
- Requalificação de Havana em exposição até dia 28 na Faculdade de Arquitectura
- Municípios não estimulam participação dos cidadãos
- Explicação breve acerca das duas antigas ferrarias
- Arrumadores entre o cassetete da Polícia e os 30 euros

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