2005/08/06

De: TAF - "Serviços mínimos" 

A Baixa do Porto vai entrar em "serviços mínimos" até 13 de Agosto. Conto ler mail e colocar mensagens online uma vez por dia.

De: Cristina Santos - "Os Comparsas" 

Se em Setembro do ano passado muitos reclamavam a escolha de Paulo Morais para o pelouro do urbanismo, hoje muitos reclamam a sua ausência da lista de candidatura de Rui Rio. Até agora nenhum dos visados esclareceu os motivos desta decisão, contudo o Dr. Paulo Morais já foi elevado ao estatuto de vitima e Rui Rio ao estatuto de cruel traidor.

Considerando que em equipa vencedora não se substituem os jogadores, esta lista é um falhanço e uma dúvida.

Mas não apaga aquilo que foi feito até aqui, não é pelo facto de Paulo Morais não integrar a lista que vamos dizer que este mandato não representou nada na Cidade.
Há que ver as mudanças implementadas, os motivos, este ano temos que escolher com a razão, com a consciência daquilo que pretendemos para a nossa Cidade, para fazer isso não podemos limitar-nos a pessoas, mas sim a competências. Vamos avaliar o que foi feito:

Área Social: Intervenção nos Bairros Sociais – Tentativa de alienação de património – Obras – Ringues recuperados - Devastação do Vale dos Leprosos - Actualização de Rendas – animação dedicada e localizada, Porto Feliz, novo Bairro de qualidade;

Recuperação Urbana: Aproveitamento máximo do Programa Recria (programa Nacional) – Vistorias actualizadas e penalizações fortes aos senhorios – Isenção de Taxas – Incentivos – Porto com Pinta – SRU – Demolição de várias Ilhas e realojamento de inquilinos;

Obras Públicas – Nó de Francos (tempo Record sem deslizes financeiros), Teatro Carlos Alberto, e finalização dos projectos socialistas megalómanos, terminados com êxito (salvo raras excepções).

Funcionalismo Público: Gabinete do Munícipe, Forum da CMP on line, nova Macro estrutura, perseguição ao absentismo, rigor nas empresas municipais, reclassificações de carreira e avaliações comedidas.

Educação: Obras nas Escolas Primarias, exigência de boa comida nas cantinas, actividades extra curriculares, equipamentos desportivos nas escolas, protocolos com as universidades no âmbito da Ciência, geologia, cartografia.

Cultura e animação: Ciclo 25 de Abril, Os dinosauros, o Porto sound, apoios a La Féria, os pais natais, os Bombeiros e o Circuito da Boavista.

A área onde existiu menos intervenção foi de facto a área da cultura, de resto houve um bom trabalho de base que há muito era necessário, não podemos andar sempre dos oito para os oitenta, vamos partir destes desempenhos para classificar o trabalho deste executivo, compará-lo com as propostas socialistas para este mandato e depois sim, pronunciarmo-nos com rigor e com a responsabilidade que a nossa Cidade exige.

Estes são apenas os tópicos, mal tenha tempo e se a discussão vos interessar proponho a analise das implicações de cada uma destas medidas, até lá espero ter mais feedback da candidatura de Assis, que até ao momento me parece mais uma obrigação de que uma ambição... Vamos a ver.

De: TAF - "Apontadores em tempo quente" 

- Já há "Alternativa" para trazer jornais às bancas
- Jornalismo aberto ao cidadão na SIC on line - ver aqui

- Candidato do PS à Câmara do Porto apresentou programa para o Urbanismo
- Assis quer 400 novas casas no centro histórico
- Palmira Macedo deve integrar lista de Assis
- Rio quer 'referendar' túnel
- Túnel de Ceuta «referendado»
- Don't cry for me cidade do Porto

- Shipping Container Housing Guide
- containerbay

De: Evaristo Oliveira - "A petição...dos OTArios" 

Claro que, a opinião de algumas personalidades sobre os investimentos que o governo pretende fazer para a construção do Aeroporto da OTA e TGV são bem vindas. São um contributo sério para a discussão, que se iniciou sobre estes temas. Mas, na minha modesta óptica, não é mais do que isso, um contributo!

As ditas, nem sequer indicaram a que empreendimentos se referiam, e lá terão as suas razões. Não foi publicada, que se saiba, matéria de consulta, sobre o motivo que levou o governo a considerar, aqueles, como investimentos estruturantes, nem tão pouco, ainda nos foram dado a consultar, os estudos de sua viabilidade económica, bem como o impacto sobre a economia portuguesa.

Acho, pois, uma precipitação levada ao exagero, considerar que um documento elaborado pelas ditas personalidades, ainda por cima, sem indicarem no concreto ao que se referem, mas também sem apresentarem alternativa, uma “cartilha”, que nos leve a fazer uma petição ao PR.

“Cheira-me”, que me desculpe A.B., a outra coisa.

Evaristo Oliveira

2005/08/05

De: Alexandre Burmester - "Vivam os rapazes..." 

Será que este bravo rapaz de nome Valentim ainda não percebeu que as obras públicas são fruto de concursos públicos? Senão o que quererá dizer esta notícia?

Gondomar: 15 milhões para pavilhão multiusos de Siza Vieira

O Presidentão de todas as empresas ainda não percebeu que:
O que não se faz para ganhar eleições....

De: TAF - "Notícias soltas..." 

... à medida que vou lendo.

- Propostas de Assis, no blog do Comércio
- Junta Metropolitana do Porto garante apoio para viabilizar "O Comércio do Porto" - também na RR

- A "micro-causa" da OTA no Abrupto, onde se refere um apontador para leituras obrigatórias
- "Afinal havia OTA"
- Governo recusa-se a publicitar agora estudos sobre a Ota (via Bloguítica)
- No Abrupto, sobre o êxito da "micro-causa estudos sobre a OTA"


- Dia Mundial da Arquitectura dedicado a Fernando Távora

De: TAF - "Coisas várias" 

- Ambição digital une redacções do diário 'New York Times'
- Teixeira assina pelo FdD - Fantástico!
- Blogues do Comércio e da Capital dão notícias
- Jornais: Iniciativa cooperativa está em "marcha"
- Junta Metropolitana do Porto analisa proposta da reactivar “O Comércio do Porto” - Muito cuidado! Uma coisa é tentar mobilizar a sociedade civil para que ela preserve um património importante como o Comércio; outra coisa é a Junta participar directamente na solução a encontrar. O Estado não deve meter-se em áreas que não lhe competem. Se não se conseguir um fim feliz neste caso é porque nós, colectivamente, não o merecemos.

- Conferência de Imprensa sobre o túnel de Ceuta desconvocada (ficheiro RTF da CMP)
- Túnel de ceuta: Rio pede a Sócrates para esperar por autárquicas
- IPPAR questiona Obras de Segurança do Bolhão
- Obras do Bolhão arrancaram
- Obras no Bolhão questionadas pelo IPPAR
- Obra de Raul Lino em retrospectiva

- Matilde Alves será única repetente na lista de Rui Rio
- Rio renova toda a equipa à excepção de vereadora
- Amândio Azevedo na Assembleia Municipal

- E o costume:
«MICRO-CAUSAS:
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?»

2005/08/04

De: Alexandre Burmester - "Para os OTArios" 

Afinal sempre existe uma lista de NÂO.
Segue em anexo o respectivo link.

Caro(a) Amig(a),

A decisão, aparentemente imponderada e certamente incontroversa, do Governo em instalar a rede TGV e construir um novo Aeroporto na Ota tem provocado aceso debate, parecendo evidente que a maior parte dos Contribuintes vem manifestando grande e natural preocupação com os efeitos que tal decisão certamente terá, quer na nossa Economia, quer nas responsabilidades fiscais de cada um, e mereceu a publicação de um Manifesto, subscrito pelos mais Ilustres Economistas do País (que poderá consultar em http://dn.sapo.pt/2005/07/27/tema/o_investimento_publico_faz_milagres.html).

Dado que tal decisão não é referendável, peço o favor de, querendo, subscrever a petição on-line a que poderá aceder em
http://www.PetitionOnline.com/atpr2005/

Alexandre Burmester

De: Emília Valente - "Linha D de desespero" 

Prometi voltar para falar do Metro do Porto, depois de ter falado na não fusão Porto-Gaia. Dia 1 de Agosto foi um dia histórico, já que finalmente vi veículos do metro em Gaia. Muito entusiasmo da minha parte, devo dizer, por ver chegar esse dia, mas não nos deixemos ludibriar: já há muito, muito tempo que deveria ter chegado. A ideia de metro na Área Metropolitana do Porto nasceu para facilitar o trânsito PRINCIPALMENTE entre Porto e Gaia. Não conheço todos os pormenores deste processo, mas creio bem que Gaia foi passada para trás, talvez por azelhice do então presidente da câmara de Gaia, ou por politiquices que visavam manter Gaia atrasada em relação aos transportes e consequentemente noutras áreas. O que é certo é que Matosinhos e a Maia já têm metro; com todos os encantos que possam ter, estas cidades são insignificantes quando comparadas com Gaia em termos de movimentos pendulares entre estas e o Porto. Não entendo porque se fizeram obras (desvio incluído de águas e cabos) em Gaia na Avenida da República em inícios da década de 90, já a pensar no traçado do metro, em que até se especulava como se iria processar a passagem dos veículos nessa avenida, para ficar tudo na mesma, e para, uma década mais tarde, se voltar a mais obras, mais trânsito infernal, mais stresse. Há quem diga que a culpa é da ponte, não se pensava estar tão degradada, há quem se refugie no facto de a linha de Matosinhos ter sido de mais fácil montagem e portanto foi-se adiantando trabalho, enfim. Certo é que a ponte D. Luís só foi fechada depois de Matosinhos estar a funcionar. É verdade, também houve o imperativo do futebol, que num tempo recorde fez chegar o metro ao estádio do Dragão. Agora vem o ministro dos transportes dizer que está congelado o investimento para novas linhas, para agora voltar a desdizer. Vem o presidente da Metro, Valentim Loureiro dizer que a linha para Gondomar é prioritária: mais do que responder a seco, fico a aguardar números, número de utilizadores das linhas. Veremos qual é a linha mais necessária e, consequentemente, mais rentável. Eu não tenho dúvidas.

São várias frentes de batalha que vejo aqui: 1º o presidente da Metro a “puxar” o investimento para Gondomar, em detrimento de Gaia, 2º o ministro que põe em causa as novas linhas. Escapa-me alguma coisa? A culpa é nossa (Gaia)? Ou fomos mais uma vez vítimas do Poder mouro que só olha para si mesmo?

Agora que estamos todos deslumbrados com a chegada do metro não vamos querer saber de polémicas, mas que estas situações vão corroendo e minando a paciência de quem sofre com estes atrasos, não há dúvida.

Vou ficar à espera (sentada, claro) de usufruir da 1ª linha de Gaia completa e da 2ª linha, mas infelizmente não estou a ver que esta última se concretize, mas se isso acontecer será num futuro muito remoto e depois de termos mais 20 linhas em funcionamento do Porto para zonas politicamente influentes e de interesse duvidoso (o socialmente importante, infelizmente, não interessa).

Nota: bem sei que não falo muito do Porto, num site que lhe é dedicado, mas não conheço mais blogs tão activos como este para falar da minha Cidade de Gaia. Obrigada.

Emília Valente dos Reis
homepage: http://homepage.oninet.pt/120mkq

De: TAF - "A lista de Rui Rio e não só" 

- No blog do Comércio: A lista. - Tanta expectativa criada por Rui Rio, e afinal sai isto? Aguiar Branco, como cabeça de lista à Assembleia Municipal, já deve estar arrependido de se ter metido nesta missão. Suspeito que a lista de Assis também não vai ser melhor...

- Obras no Mercado do Bolhão começam hoje
- O Estudo sobre o Bolhão da SRU (ficheiro de 20 MBytes)

- No site da CMP: "Túnel de Ceuta - Hoje, dia 4 de Agosto, pelas 17h30, o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, vai dar uma conferência de imprensa sobre o Túnel de Ceuta. A conferência decorrerá na Sala de Imprensa da autarquia portuense."

De: Alexandre Burmester - "Sobre os Otários" 

Email que corre na net, com uma comparação interessante....

Uma história de 2 aeroportos :

Áreas:
Pistas:
Tráfego (2004):
Soluções para o aumento de capacidade:
É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres de espírito.

É preciso pagar os ordenados de milhares de euros aos meninos gestores públicos e a factura dos patos bravos que sustentam as campanhas eleitorais e os partidos.

Entretanto aumentam-se os impostos directos, indirectos, taxas, combustíveis, congelam-se progressões automáticas, salários, etc., etc., etc...

De: Teófilo M. - "Sobre a OTA e TGV" 

Aí vão alguns 'links' sobre os dois assuntos:
Cumprimentos
Teófilo M

De: TAF - "Mais notícias" 

- Apresentação da lista de Rui Rio
- Matilde Alves mantém-se na equipa de Rui Rio
- Rio apresenta hoje a lista sem Paulo Morais
- Entrevista a Rui Sá no JN - parte 1 e parte 2
- Parque Oriental só com construções
- "Sim" às frentes urbanas mas com menor densidade

- Resultados positivos nos SMAS
- Receita dos SMAS cresce e perda de água baixa
- Assis defende linha de metro enterrada no S. João
- Defesa da expansão do metro 'une' adversários
- Bolhão busca solidariedade dos portuenses
- Movimento Cívico de Defesa do Mercado do Bolhão lança repto
- Bolhão entra em obras

- Grupo A Folha Cultural apresenta queixa no Diap
- Invicta TV quer comprar "O Comércio do Porto" - brincamos às televisões e aos jornais?
- Propostas continuam a surgir para 'A Capital' e 'O Comércio'
- Para a frente - no blog do Comércio - vale a pena seguir os apontadores lá referidos. Recomendo também uma visita aos blogs dos leitores do Le Monde e atenção à maneira como o próprio jornal enquadra os conteúdos e lhes dá destaque.

- E o costume:
«MICRO-CAUSAS:
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?»

Descobri agora que já há um blog contra a OTA e o TGV, conforme o Alexandre Burmester queria. Não o visitei devidamente ainda, mas para já aqui fica o endereço: http://portugalsim.blogsome.com/
A não perder no Bloguítica: Sobre o estudo de Marvão Pereira e Andraz, com o oportuno comentário na Grande Loja, e Stanley Ho empurra aeroporto para a Ota.

2005/08/03

De: TAF - "Notícias de hoje" 

- Mário Lino vai desbloquear segunda fase do metro
- S. João acusa Metro
- Ippar analisa resposta da GOP
- Bolhão: Ala sul inferior é hoje encerrada
- Bolhão vive hoje dia de ansiedade
- Bolhão II, no blog do Comércio - esta é de ontem, mas merece referência - há quem continue a mostrar que é jornalista :-)
- Governo vai investir no Bairro do Lagarteiro
- Aliados em obras no Verão

- Efeméride: A 3 de Agosto de 1935 morre Bento Carqueja
- Rescisões prosseguem em dois diários - Alguns dos jornalistas do Comércio, ainda sob o impacto da emoção, não leram com atenção o meu texto anterior e não perceberam que defendo o trabalho para evitar o fim do jornal, em vez da desistência.
- O futuro do COMÉRCIO...ou não - acabada de sair em http://ocomerciodoporto.blogspot.com/ - infelizmente se calhar nenhum destes interessados é uma boa solução para o jornal...

Vamos insistindo:
«MICRO-CAUSAS:
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?»

De: Paulo Espinha - "Ainda os Aliados..." 

Caríssimos,

Estavam dois arquitectos a olhar para uma planta da praça e sem ideia alguma, pois a gramática e sintaxe urbana já lá estavam todinhas!
Grande problema: como justificar a sua presença no projecto, como resolver uma equação que já estava resolvida, como sustentar a factura que iriam apresentar aos parvos que os contrataram?
É que os arquitectos em causa nunca podem ser chamados para MERA SUBSTITUIÇÃO DE LANCIS e encargos de calceteiro. Não! Só podiam ter sido chamados para uma VERDADEIRA RENOVAÇÃO URBANA!!!
Vai daí, após breves minutos de reflexão, aplicaram a figura da intervenção radical, tão em moda nos nossos dias de puro diletantismo intelectual: VAMOS GERAR POLÉMICA!! ELA JUSTIFICA TUDO!!!
Mas como. Havia várias hipóteses.
  1. Matar o Almeida à bazucada!
  2. Transladar o Almeida para a praça dele!
  3. Substituir os pinheiros mansos, por magnólias!
  4. Substituir o D.Pedro por 37.000m2 de El Corte Inglês, numa torre de 90 andares com periscópio para NY!
  5. Inverter o sentido de circulação da praça, criando uma ciclovia com estacionamento lateral e arrumadores ao serviço!
  6. Instalar uma cobertura milanesa a fechar toda a praça para protecção às pombas e gaivotas, mas com entradas para os morcegos!
  7. Pintar o mausoléu de granito de pink e orange aos quadradinhos!
  8. Destruir a "facista" calçada à portuguesa!
  9. Rebentar um buraco no Palácio das Cardosas para dar ao D.Pedro novos horizontes, pois a Casa da Música não é mais importante que o rei!
  10. "Birar" o D.Pedro IV, pois nas Cardosas ninguém mexe a não ser o banco e o rapaz já deve estar desaustinado de tanta mourama!
Como sabemos, os arquiitectos escolheram as opções 8 e 10!
Depois passaram uma semana a estudar a teoria que sustentasse estas duas opções! Só então emitiram a factura!
O resto é história...
Já agora. Conhecem a teoria da caixa preta? "..." Que se lixe a caixa preta!
Vai haver sempre um delfim verde da crítica da disciplina que irá considerar as opções tomadas pelos ilustres arquitectos como um verdadeiro acto de "urban sensible touch". Ou então um "xeque-mate" à conta do rei!
Sempre ao serviço da natureza humana... e urbana.

Paulo Espinha
--
Nota de TAF: sobre este tema vale a pena seguir o que se vai escrevendo no Aliados

De: Alexandre Gomes - "O recomeço das obras..." 

"... nos Aliados..."

Caros Amigos,

E eu que pensava que talvez a interrupção na «requalificação» da nossa Avenida fosse o resultado de um repensar de conceitos. Ah, quão «naive» sou!

Vejo hoje no JN que a Metro do Porto anuncia a boa nova de que as obras vão recomeçar já para estarem prontas no fim do ano… Lá vai o resto da calçada portuguesa e o nosso D. Pedro a andar às voltas. Aproxima-se – como alguém escrevia – a nossa própria Navona ou melhor uma S. Pedro Tripeira!

O que mais me choca é que, depois do alarido, é de uma forma, digamos, tecnocrática, despida de emoções, que a questão é retomada, como se fosse o assunto mais trivial do mundo: A empresa anuncia que, pelo valor elevado da obra, foi necessário um concurso; que não gostou dos preços da primeira selecção; que o relançou e que agora está pronta para concluir esta, a segunda fase, da dita «requalificação». A Câmara queda-se muda, certamente na esperança de que a «coisa» passe.

Depois da bonança parece voltar a tempestade, e eu que já sonhava com a reposição da calçada... Que triste.

Alexandre J. Borges Gomes
Conselheiro - Economia, Comércio, Apoio Institucional
Delegação da Comissão Europeia, Angola
--
Nota de TAF: uma novela para seguir - "Governo pretende assumir a gestão do metro do Porto"

De: TAF - "Não Somos OTArios II" 

Isto começa a parecer muito, muito grave!

No BdE, no A destreza das dúvidas, na Grande Loja do Queijo Limiano (e também aqui), no Bloguítica, no DN, no Blasfémias, no Bicho Carpinteiro e no Abrupto.

No mínimo dos mínimos há conflitos de interesses completamente inaceitáveis nas pessoas envolvidas.

PS: CGD - Teixeira dos Santos fez a mudança que Campos e Cunha recusara

De: Adriana Floret - "Uma Ideia de Bolhão" 

Desconhecemos o que vai ser o Bolhão. Desconhecemos qual é a ideia do Dr. Rui Rio para ali e para as pessoas. Também não sabemos ainda qual é a proposta concreta da SRU. Ninguém sabe quem serão os privados dispostos a aí investir e o que exigem em troca. Apenas sabemos que o Mercado do Bolhão deveria manter a sua essência: um mercado alternativo às grandes superfícies, incrustado em plena Baixa Portuense. Desejaríamos que se fizesse do Bolhão o que Barcelona fez ao Mercado de Santa Caterina, na ciutat vella. Para os autores do projecto Enric Miralles e Benedetta Tagliabue, o centro histórico é a cidade completa («la más clara cualidade de los centros historicos»), e o mercado tradicional tem uma função ancestral a desempenhar nessa lógica urbana – a de abastecer de frescos o centro – mas que, entretanto, ganhou novas valências – restauração, comércio de vinhos e produtos regionais, satisfazendo, desse modo, a clientela residencial e a clientela flutuante constituída por turistas. O melhor dos dois mundos, portanto. A solução final é apenas deslumbrante! O sacrifício foi mínimo: reduziram alguns postos de venda (coisa que nos parece escusada no caso do Bolhão, dado que se já se encontra a funcionar abaixo da capacidade inicialmente prevista), para que fossem recriados os percursos de uma forma mais racional e funcional. A renovação, além dos pontos já enunciados, deve-se também à implantação de uma cobertura ondulada colorida, talvez inspirada nas cores e variedades que o mercado oferece...


Imagine-se de férias em Barcelona, a passear pelo Centro Histórico, depois de um dia muito quente, e fazer uma passagem no mercado de Santa Caterina para comprar uma fruta ou até um peixe para "levar para casa" para o jantar... As cores, senhoras simpáticas, o cheiro das frutas, e tudo isso no centro histórico, mesmo perto das Ramblas!!
Agora tente imaginar o mesmo no Porto...

Adriana Floret (adriana.floret@gmail.com)
com
David Afonso (attalaia@gmail.com)

2005/08/02

De: Teófilo M. - "Eu sei que estamos em Agosto mas..." 

... não compreendo como é que os comerciantes do Bolhão querem o apoio da população mas, nem sequer conseguem ter alguém, a uma das portas, a divulgar o que lhes está a suceder aos muitos passantes que ainda ontem e hoje por lá vi!

... não entendo como depois de tanto barulho que se fez com o túnel de Ceuta, e que apesar de existir trânsito (algum) entre Ceuta e o cruzamento junto às urgências do Sto. António, o túnel está deserto de utentes, vendo até alguns profissionais do volante agarrados ao percurso antigo sem alguma razão de ser!

... será que o Rui Sá descobriu que a cidade está mais limpa porque aumentou o número de 'pilhões', contentores e ecopontos, muito embora se continuem a ver muitos destes equipamentos cheios às 15H00 da tarde, com sacas e saquinhos encostados, à espera de serem recolhidos, à mercê de qualquer sabujo ou ganapo que resolva esventrar os embrulhos, espalhando o conteúdo pelos passeios, e dando um estranho perfume às redondezas!

... não será de estranhar que os autarcas cá do Norte só agora é que deram por ela, que os anteriores primeiros-ministros (Durão & Santana), prometiam mais Metro, mas esqueciam-se de pôr o preto no branco, deixando o barco andar à deriva na esperança de que o tempo lhes resolveria os problemas, e que eles pactuaram com tal situação, vindo agora para a praça pública tentar safar o 'lombo' atirando para cima do actual governo com o desnorte em que têm estado até agora!

... parece-me que se está a pedir (e bem), ao governo, que apresente provas de que, a OTA e o TGV, irão ser projectos com rentabilidade garantida, mas não se pede que os seus detractores apresentem algum estudo que seja frontalmente contra aqueles dois projectos!

... não será altura de se arrancar com um programa para o ensino da prevenção rodoviária nas escolas, a iniciar-se no próximo ano lectivo, e começar a olhar com olhos de ver para alguns traçados, para o estado das estradas e para o autêntico disparate que é utilizar o leito das mesmas como zona de festas e romarias, que surpreendem o automobilista mais cauteloso, a ver se evitamos que mais gente continue a morrer por razões para as quais não contribuem minimamente!

... não será a altura de se criar um sistema, de instalação obrigatória, nas viaturas dos consumidores de bebidas alcoólicas, que inibisse o arranque do veículo ao sondar uma certa percentagem de álcool no ar expirado! (o sistema já existe e nem é muito caro)

... num País que está de tanga, e onde é urgente tomar medidas, o governo que entrou à meia-dúzia de dias já vai a banhos e goza férias como se há um ano trabalhasse no duro!

Cumprimentos
Teófilo M.

De: TAF - "Politicamente incorrecto" 

As situações difíceis são aquelas onde a racionalidade é mais importante, onde a cabeça fria é fundamental. Vem isto a propósito do blog criado pelos jornalistas d’O Comércio do Porto.

Eu sei que ainda passou pouco tempo do rebentar da crise. Eu sei que estão ainda todos muito emotivos. Eu sei que não transparecem para o blog todas as iniciativas que algumas pessoas do jornal neste momento estão a ter. Mas a essência de um jornal é a comunicação com os leitores! É nas alturas complicadas que se prova o que se vale, se se consegue ou não realizar o trabalho que se afirma dominar. Se não comunicam, como podem ser bons jornalistas?

Reparem: o jornal numa situação destas, e que textos se publicam no blog?
Afinal o que é que aprenderam no curso e na redacção do jornal?
Nem tudo o que aparece no blog é despropositado ou sem interesse, evidentemente. Mas em geral podia estar muito melhor. Estou a ser pouco simpático? Paciência…

Os jornalistas do Comércio são "fiéis depositários" de um património que é de TODOS nós. É esse património que me preocupa, mais até do que a situação pessoal de cada um dos trabalhadores (oh blasfémia! ;-) ). Não pretendo dar conselhos aos jornalistas sobre a sua vida. Cada um sabe de si. Mas quero ajudar a proteger aquilo que também é um pouco MEU. É por isso que sinto o dever de intervir, chamando a atenção para aspectos menos felizes daquilo que se está a passar.

Se se pretende demonstrar a qualidade da equipa e a viabilidade do jornal, o blog tal como está é um “produto” que se apresente? Não se vislumbra um esforço de organização da redacção, cada um escreve por si em “roda livre”. Não se percebe sequer o próprio conceito de “redacção”, pois aparentemente não há qualquer coordenação da actividade jornalística. Não se aproveita uma oportunidade ímpar de ter uma redacção no Porto e outra n’A Capital, em Lisboa, actuando em complementaridade.

Das duas uma:
O problema principal não é saber quem poderá ser o novo dono do Comércio, ou se os jornalistas se constituem em cooperativa. Crítico é provar a viabilidade do negócio! Sem isso não haverá nunca um jornal de qualidade. Quando se juntar o útil ao agradável (um projecto jornalístico motivador e um negócio com capacidade de gerar lucros) não faltarão interessados.

Por isso, antes de tudo: mesmo com a tecnologia rudimentar dos blogs, façam-me o favor de criar um bom jornal online! :-)

De: TAF - "Apontadores de manhã cedo" 

- Linha Amarela em exploração comercial a 3 de Setembro
- Governo acusa PSD de travar metro do Porto
- Revolta no Porto - Vozes
- Valentim Loureiro desmente derrapagem financeira no metro do Porto
- Ota e TGV representam 8,6% dos investimentos - segundo o Governo...

- Rio apela ao primeiro-ministro
- Rio envia carta a Sócrates com proposta para o túnel
- Nova vigília pelo Mercado do Bolhão
- Vigília contra fecho do Bolhão

- Confirmada saída de Paulo Morais
- Novos dirigentes das CCDR tomam posse

- Cooperativa para salvar jornais
- Investidores espanhóis querem avançar para compra de “A Capital”

De: TAF - "Não somos OTArios" 

Continuando a campanha proposta por Pacheco Pereira, volto a este assunto enquanto não forem publicados os supostos estudos:

«MICRO-CAUSAS:
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?»

2005/08/01

De: Alexandre Burmester - "Estado de choque" 

Voltado de férias da costa "moura" de língua inglesa do país, venho uma vez mais em estado de choque com o seu desenvolvimento.

No Algarve constrói-se cada vez mais e pior, e a crise parece passar ao lado. Pululam edifícios por todo o lado, no melhor que temos de empresários e de projectistas e que contribuem para o melhor de todos os géneros e estilos. Há o "Mediterraneé", o "English style", o "Old Portuguese" (tipo Cascais), o "Miami Vice", o "Old Spanish", o "Old Spice".... e tantos mais quanto a imaginação e mau gosto obrigam. É o Pimba no seu melhor estilo, são as revistas das Celebridades, são os programas e apresentadores de televisão, são os futebolistas, Costureiras, Estilistas, Políticos, Artistas, etc..., é uma verdadeira nata.

O tradicional branco vai dando lugar à terracota, e mais recentemente ao amarelo. Claro sem esquecer, o ex-libris da palete de cores do Taveira na deslumbrante "Marina/Disney" de Albufeira - Não há comentários! (E há por lá um político de nome Desidério, que tem a lata de se recandidatar à Câmara alegando o trabalho feito)

O Mar, esse está cada vez mais frio e salgado - chora perante tal espectáculo. "Quanto do teu Sal continuarão a ser lágrimas de Portugal"

Mas não é sobre o Algarve que ia escrever neste Blog, nem sobre o adiado Mercado do Bolhão, nem sobre a adiada utilização da Ponte D. Maria, ou a recém inaugurada utilização da D. Luis, nem sobre quem acha que um Jornal com 150 anos é o mesmo que uma qualquer empresa, nem mesmo sobre a gestão do Metro ou as suas opções estratégicas. Na verdade não foi só o Algarve que me chocou recentemente, tenho estado ainda mais chocado (também não foi o vôvô Soares a recandidatar-se), com a estratégia governamental na opção de construção dos 2 elefantes brancos que se avizinham.

É tal o disparate e o despautério para a construção da OTA, e do TGV, que nem vou argumentar porque não acrescentaria nada ao que já foi dito e repetido por muita gente por este País fora. Alguém votou neste Programa de governo?

O que queria mesmo era sugerir a ideia de criação de um Blog de NÃO a estes elefantes.


Não haverá ninguém que saiba fazer isso? Como o fizeram para o referendo à Constituição Europeia?

Alexandre Burmester
--
Nota de TAF: sugiro o nome "NaoSomosOTArios.blogspot.com", ou semelhante. :-)
Eu posso ajudar na criação técnica do "bicho". Quanto ao conteúdo, sugiro uma coordenação de esforços com o Pacheco Pereira, que lançou o tema nas suas "micro-causas".

De: TAF - "Sugestão ao Comércio" 

Enquanto aí estão sem nada para fazer, por que não tratam de tornar esse blog um jornal a sério, ainda por cima quando têm a possibilidade de coordenar trabalho com uma equipa em Lisboa, d'A Capital? ;-)

Afinal querem ou não ter trabalho e realização profissional?
Custa-me perceber como se pode desperdiçar uma oportunidade destas:
  1. para já, tanto quanto percebi, continuam a receber salário mas não vos dão nada para fazer;
  2. existem profissionais exactamente nas mesmas circunstâncias em Lisboa.
Têm todas as condições para construir agora o vosso futuro!
Já aqui várias vezes tenho escrito sobre este assunto. Estou disponível para colaborar, se acharem que posso ser útil. Quero dar sequência ao que comecei com A Baixa do Porto. :-)

De: António Alves - "Bocas IV" 

Caro F. Rocha Antunes,

Na verdade continuamos de acordo no essencial: os dinheiros, escassíssimos, devem sempre ser aproveitados ao máximo. O que me incomoda é a arrogância e a facilidade com que alguns ministros botam sentenças. Todos sabemos que existiram gastos injustificados que devem denunciados para que sejam evitados no futuro e os seus autores responsabilizados. A polémica em volta das obras na Avenida da Boavista para permitirem o Grande Prémio de Automóveis Antigos é um eloquente exemplo disso. Mas também é verdade que o projecto inicial sofreu várias alterações para melhor, nomeadamente as duplicações de via.

Agora quero apenas aprofundar mais as minhas afirmações sobre a Linha da Póvoa. Aquilo que ao início parecia um erro pode transformar-se numa excelente oportunidade para a região: o embrião duma rede de caminho-de-ferro ligeiro que sirva as várias localidades minhotas. Prefiro esta designação à de metro de superfície que está na moda em várias regiões deste país.
Como sabem há mais duma década atrás, várias linhas ferroviárias de via estreita e também via larga foram encerradas no norte do país. Governava Cavaco e o argumento era a diminuição dos crónicos défices da CP. Para essas linhas especificamente invocou-se a sua não rentabilidade. O resultado consistiu, passados alguns anos, na decuplicação dos prejuízos apresentados pela operadora CP, na época ainda una. Hoje, dividida em duas, CP e REFER apresentam individualmente o mesmo volume de prejuízos que na altura apresentava a CP com eles já decuplicados. Isto é, duplicaram-se os decuplicados prejuízos. Mas o que interessa, para a nossa discussão, é que existe um canal ferroviário abandonado que poderá ser reaproveitado e que prestará, se assim for, incalculáveis serviços à comunidade: a antiga via estreita de Famalicão à Póvoa. A partir dela e do troço Pedras Rubras-Póvoa, poderá ser construída a futura Rede do Minho.
No ponto em que a Linha da Póvoa bifurcará em direcção ao aeroporto, deverá ser construído um interface entre os Tram-Train provenientes da Póvoa-Vila do Conde, e mesmo do Minho, quando a rede de ferrovias ligeiras for construída, e a rede de Metro do Porto. Alguns, nas horas mais acertadas, poderão mesmo ir mais longe e terminar a sua marcha na Estação da Trindade. A linha Pedras Rubras-Póvoa de Varzim passará nessa altura a fazer parte dum sistema independente, embora interactivo e complementar (o conceito de rede não deve nunca ser perdido), do sistema de metro do Porto.

Uma outra linha de capital importância é a Linha de Leixões. Esta parece ter sido traçada de propósito para servir de anel estruturante que falta à rede de metro. Até a sua geometria ajuda: dois dos seus pontos de contacto com as linhas de metro são cruzamentos desnivelados (Araújo e Guifões), a geometria ideal para construir interfaces funcionais e baratos. Nesta ideia, julgo que todos deveremos insistir e pressionar os políticos para a sua concretização. É uma mais-valia que não se pode perder.

antónio alves

De: Rui Cunha - "Bocas III" 

Caros bloguistas de A Baixa do Porto

Li e concordo com os conteúdos sobre o metro do Porto.
NÃO SERÁ ALTURA DE O PORTO MOSTRAR QUE NÃO ESTÁ ADORMECIDO?
OH PORTO ONDE ESTÁ A TUA FORÇA !!!
Sei que é Agosto, mas estou pronto para acompanhar um LEVANTAMENTO a favor da essencial obra do Metro.

Cumprimentos
Rui Cunha

De: F. Rocha Antunes - "Bocas II" 

Caro António Alves,

Sempre percebi a dificuldade de se conseguir aprovar o investimento do Metro do Porto junto da administração central. Tal dificuldade, como acabamos de ver, persiste ainda hoje. Nem quero de maneira nenhuma deixar de reconhecer o enorme serviço que Fernando Gomes e Vieira de Carvalho fizeram à região. Como também sei que foi fundamental a linha da Póvoa para vender politicamente o projecto como fácil e barato.

O que questiono é daí para a frente. Por exemplo, a linha inicial da Boavista foi abandonada por falta de rentabilidade e ninguém gritou por isso. Também a linha da Póvoa poderia ter acontecido a mesma coisa, quando o projecto já estava irreversível.

Não duvido que possa haver utilidade e beleza na linha da Póvoa. Mas, meu caro, é uma linha prioritária para a coesão da Área Metropolitana do Porto? Como reconheceu, e toda a gente reconhece, a Linha de Gondomar é muito mais importante.

Podemos todos alinhar no raciocínio de que esse dinheiro é pouco comparado com o que se gastou no Metro de Lisboa. Mas se reparar com atenção, eu não disse que achava muito dinheiro. O que eu disse foi que duvidava que não pudesse ter sido melhor gasto. Se custou o triplo e demorou mais 3 anos do que o programado poderia pensar-se que no que se poderia ter feito com o mesmo dinheiro. Mesmo com derrapagens, em teoria poder-se-ia esperar o dobro da rede, já que custou o triplo do orçamentado.

O que não há a noção é que, se em vez de se gastar o que se gastou em reabilitação urbana não essencial, poder-se-ia ter mais quilómetros de rede que iriam servir mais locais da nossa região. Se em vez de ter continuado a linha da Póvoa, se tem apostado num anel à volta do Porto, se calhar a mobilidade geral melhorava substancialmente. O tal aproveitamento que sugeriu da linha de circunvalação não seria muito mais importante do que esticar, na primeira fase, a rede de Metro ao longo de um canal que já estava funcionar e servia as populações?

Quem, como nós, sabe o valor do dinheiro não pode alinhar em raciocínios de que se outros desperdiçam, nós podemos fazer o mesmo. O que a mim me preocupa, e é uma preocupação antiga, é a incapacidade da nossa região em gerir com eficiência o nosso investimento público. Não vou relembrar a nossa história negra recente, porque é escusado. Mas numa altura em que se está a programar o investimento estrutural do próximo quadro comunitário de apoio, fonte principal de financiamento do investimento de infra-estruturas da região, não deixa de ser preocupante esta ineficiência na gestão dos investimentos cruciais.

O essencial é que o dinheiro é escasso e temos que fazer o máximo com o que vamos conseguindo.

Quanto ao canal Senhora da Hora – Trindade estar perto do esgotamento operacional quando entrarem em funcionamento as 4 linhas programadas para o utilizarem, esse argumento não é meu. É o argumento utilizado pela Metro do Porto para justificar a urgência da Linha Laranja, a tal que viria pela Avenida da Boavista acima.

Quanto à posição do Ministro, esta só é relevante por ser quem aprova, neste momento, os investimentos de expansão do Metro. Mas, ao que parece, a trapalhada com os números já começou. Ou será mais uma eficiente actuação do gabinete de relações públicas e comunicação da Metro?

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: António Alves - "As «bocas» do ministro" 

Normalmente concordo com as posições de F. Rocha Antunes (FRA). Desta vez, e sobre o seu post em que aborda o Metro do Porto e a posição do ministro, discordo em alguns pontos fundamentais.

Ao contrário do que FRA afirma, não considero que a extensão da rede de metro à Póvoa de Varzim tenha sido um erro. Primeiro começou por ser uma necessidade política: o canal ferroviário das ex-linhas da Póvoa e Guimarães foram um argumento fundamental para se conseguir convencer o governo central a financiar a obra. Não seria o canal mais adequado, é certo, mas foi o mais fácil e aquele sobre o qual seria possível apresentar um projecto imediato que colocasse o governo central numa posição em que não poderia contrapor qualquer argumento para obviar a sua concretização. Devemos isso à lucidez e coragem política do professor Vieira de Carvalho e Fernando Gomes. Se não fossem eles, e a disponibilidade do canal ferroviário da Linha da Póvoa, ainda hoje não existiria este tipo de transporte na área metropolitana do Porto. Foi uma luta de décadas. A ausência deste tipo de transporte na nossa cidade foi uma das causas directas dos problemas de desertificação, depressão social e económica que ela hoje enfrenta. E essa culpa é mesmo "dos de Lisboa", se pelos "de Lisboa" entendermos os governos e as oligarquias que por lá se "governam" e que há séculos sofrem do mal do centralismo napoleónico. As tropas francesas, apesar de derrotadas e expulsas, deixaram por lá alguma má herança. Felizmente, por cá, prevaleceu a herança liberal inglesa.

Eu também, no início, tive bastantes dúvidas e torci o nariz à solução adoptada. Hoje mudei de opinião. A versatilidade do sistema implementado aliada à beleza e conforto dos veículos conquistou-me. É verdade que os veículos que estão actualmente ao serviço são desadequados para as viagens em campo aberto e tempo de percurso longo como serão as de Pedras Rubras em diante. Mas faço notar ao amigo FRA que um concurso para compra de automotoras Tram-Train - um meio termo entre veículos de metro e comboios suburbanos, que é o tipo de material circulante ideal para a linha em causa - foi anulado pelo ex-ministro António Mexia (este também é "de Lisboa" :-) ). Outro foi entretanto aberto e espera-se que tenha melhor sorte.

Para evitar a sobrecarga do canal Senhora da Hora-Trindade, os Tram provenientes da Póvoa (todos ou apenas algumas circulações) poderão terminar a marcha na Senhora da Hora fazendo-se aí transbordo. Isto apenas se for estritamente necessário. Julgo que o canal ainda estará longe da saturação: não tem ainda a funcionar qualquer sistema de controlo automático de velocidade e espaçamento das circulações. Este sistema quando estiver operacional (julgo que está em fase de implementação e testes) aumentará bastante a capacidade do canal em relação à de hoje.

A adopção dos Tram-Train abre possibilidades que muita boa gente, se calhar, ainda não imaginou: abre a possibilidade de reaproveitar o desactivado canal ferroviário que vai da Póvoa a Famalicão e dai construir uma ligação em caminho de ferro ligeiro a Guimarães e de Guimarães a Braga. Braga e Guimarães precisam duma ligação ferroviária directa e ligeira como de pão para a boca. Sejam estas Câmaras minhotas assertivas e infinitas possibilidades se abrem. Ficaríamos com um arco ferroviário ligeiro de Braga à Trindade pelo litoral. Soberbo!
Uma outra linha com infinitas potencialidades, induzidas pela existência das linhas do metro, é a linha ferroviária de Leixões que liga Matosinhos/Leixões a Contumil/Campanhã. Quem conhece o seu traçado sabe que ela se encontra 6 vezes com a rede de metro: Em Campanha, em Contumil, no Hospital de S. João, no Araújo (linha da Maia), em Guifões (linha da Póvoa) e Matosinhos (a Estação de Leixões fica praticamente em frente do terminal do Senhor de Matosinhos). Será no mínimo criminoso se persistir a ausência do transporte de passageiros nesta linha.

Quanto à Linha da Boavista: espero que nunca se construa; espero que, no seu lugar, se construa uma de Matosinhos à Baixa, passando por Nevogilde/Foz, Praça do Império, Pasteleira, Serralves, Lordelo, Campo Alegre, Galiza, Palácio, Hospital de Santo António e Praça da Liberdade. Logicamente, ENTERRADA na maior parte do seu percurso; pelo menos da Praça do Império em diante; daí até Matosinhos pode aproveitar-se a futura Avenida D. Nuno Álvares Pereira para a fazer à superfície e assim poupar dinheiro na sua construção. E esta linha, pela sua evidente necessidade, não tem este, nem qualquer outro, ministro a mínima autoridade moral para recusar o seu financiamento. Principalmente quando se anunciam mais umas centenas de milhões para a expansão da rede de metro de Lisboa - não é que esta não seja absolutamente necessária, mas chegou a vez dos caros compatriotas lisboetas, se necessário for, esperarem. Nós já esperamos 30 anos e muitos e graves prejuízos suportamos.

Quanto às derrapagens, erros de projecto, estações políticas e outras barbaridades: infelizmente nada de novo em tudo o que é obra pública em Portugal. Não foi neste país que se construiu uma ponte (Vasco da Gama) e uma estação (Oriente) apenas por razões estéticas, só porque dão um fantástico enquadramento à EXPO-98? A ponte devia ter sido rodo-ferroviária e ligando Chelas ao Barreiro; a estação não passa do mais caro, esteticamente mais fabuloso, inóspito e desconfortável apeadeiro da história do caminho de ferro mundial. Se somarmos a isto as estalinistas estações da Linha do Oriente, o apeadeiro de Moscavide (1 milhão de contos) construído a 200 metros do apeadeiro anterior (Oriente), as coberturas asiáticas do apeadeiro de Roma-Areeiro e o túnel afundado (Terreiro do Paço-Santa Apolónia), apenas construído por birra, temos um cenário que ao pé dele as bizantinices do Metro do Porto são duma pobreza assaz franciscana e até passam por bom exemplo no que concerne à utilização de dinheiros públicos. E além do mais, um dos tipos que nos quer impingir um mega aeroporto mais um TGV num país com 700 km de comprido e 150 de largo tem tudo menos autoridade para nos dar lições de moral. Mas isto não invalida, é claro, que devíamos dar o exemplo e que todos os erros são reprováveis.

ahhh...já me esquecia: a linha para Gondomar é ainda mais prioritária que aquela que eu sugeri. Ao governo só lhe compete pagá-la. Ponto! :-)

cumprimentos

antónio alves
além de portuense, maquinista de caminho de ferro.

2005/07/31

De: TAF - "E agora em versão blog..." 


O importante é transformar dificuldades em oportunidades:
;-)

De: João Lemos - "Cheira a Bolhão, Cheira ao Porto!" 

Creio que os conceitos que o Sr. Luís Bonifácio possui estão difusas. Estão difusas e um pouco envergonhadas, quando fala do Mercado do Bolhão.

A questão essencial para o Bolhão será preservar a imagem e o cheiro do Mercado, tal qual ele é, consolidando e acrecentando o comércio tradicional de alimentos. Em segundo, e sem perturbar a identidade e a dignidade do Porto, introduzir usos contemporâneos que sejam compatíveis com o Porto, em particular com o Bolhão.
A união e a força que a população do Porto possui advém de coragem e frontalidade. Comerciantes, residentes do Porto, Artistas, Personalidades do Porto, do País, unem-se e percebem o Carácter a identidade do Porto.

Vejo uma nervosa e fria ironia quando o Sr.Bonifácio fala das correntes do Pedro Abrunhosa. Será que ainda não se apercebeu que a corrente que nos liga ao Mercado do Bolhão é mais forte do que uma corrente física?

Cada caso é um caso. Em Lisboa, Paris, Londres, ou Luanda, Todos temos que cultivar a nossa identidade por forma a termos um carácter. Lisboa, Paris ou Luanda já possuem mercados de acordo com o seu carácter, não vamos por favor ser levianos e receptores de símbolos estranhos à nossa cultura portuense.

O Dr. Rui Rio está a por em causa a dignidade da cidade. Contudo, o Porto, tem mostrado ser uma cidade resistente, frontal e democrata. Parabéns!

Vamos continuar a lutar pela a Identidade do Porto!

De: Rui Cunha - "Fado do Porto Tripeiro" 

D. Rosa Soares,
Que saudades me deu relembrar !!!

A versão que nós cantávamos nos anos quarenta era assim:

Lá vão elas, nobre Infante a navegar,
Brilha a cruz das Caravelas
Vão sobre as águas do mar

Lá vão elas, nobre Infante a navegar
Ai as estrelas
Brilham mais para as guiar

Foi neste Porto tripeiro
Berço de tantos herois
Nasceu o Porto primeiro
Nasceu o mundo depois.

Foi aqui neste cantinho
Que o sonho das caravelas
Ai ! nos mostrou o caminho
À luz de tantas estrelas

Lá vão elas...


De: F. Rocha Antunes - "A culpa..." 

"... é sempre dos «de Lisboa»?"

Meus Caros,

Sexta-feira, o Ministro de Portugal que é responsável pelas Obras Públicas, Transportes e Comunicações disse isto:
“Para a construção da primeira fase do metro na Área Metropolitana do Porto já foi gasto o triplo do orçamento inicialmente previsto em 1998. O anúncio foi feito ontem pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, que na inauguração da Linha Verde, com a ligação do Estádio do Dragão ao centro da Maia, traçou um cenário preocupante sobre a gestão financeira da empresa Metro do Porto. Além de avançar que há alterações feitas aos projecto já executadas que ainda não têm cobertura financeira, Mário Lino justificou os gastos acima do previsto com a execução de prolongamentos de linhas, duplicação de vias e arranjos urbanísticos.”

E não tarda nada vamos assistir ao choradinho do costume contra “os de Lisboa” que são contra o desenvolvimento do Norte em geral e do Porto em particular. Vamos assistir às comparações mais absurdas, sem qualquer preocupação de rigor, vamos assistir ao apelo inflamado às forças vivas do Norte (nem comento a hipocrisia das duas mais recentes manifestações a propósito do Bolhão e do Comércio do Porto), e à união contra os “senhores de Lisboa”, ao melhor estilo do soba da Madeira.

O que ninguém vai questionar é o que importava questionar:

Por isso, antes de embarcarmos na ladainha do costume convinha lembrarmo-nos do velho letreiro ferroviário: Pare, Escute e Olhe. E aproveitar para reflectir sobre o que tem sido feito pela Metro do Porto. A obra é demasiado importante para continuar a ser gerida desta maneira.

Francisco Rocha Antunes
Promotor imobiliário

De: Ana Cristina Gomes - "Criámos um blog" 

Para já não são mais do que desabafos, que se calhar pouco interessam a quem nunca trabalhou aqui, mas criámos um blog: ocomerciodoporto.blogspot.com

ACG
--
Nota de TAF: O site do jornal desapareceu entretanto. Não se percebe porquê. Manter o arquivo não custa rigorosamente nada. Este encerramento súbito está mal contado.

De: Ricardo Salazar - "A luta do Mercado do Bolhão" 

Qual é a cidade património mundial - que se possa arrogar detentora de respeito - que permite a degradação do seu património cultural, artístico, arquitectónico, histórico e social como a invicta cidade do Porto permitiu que acontecesse no Mercado do Bolhão?

A Câmara Municipal do Porto, através dos seus sucessivos executivos, não fez as necessárias obras de manutenção que lhe são exigidas. No entanto, tal não é de estranhar, pois o “plano” para o futuro do Mercado está a ser feito de forma paciente e maquiavélica ao longo de, pelo menos, estes últimos quinze anos.

Os portuenses não sabem que comerciantes do interior do mercado são simplesmente “ocupantes”, ao contrário do exterior que são inquilinos. Não podem trespassar o seu estabelecimento comercial e, em caso de obras, são forçados a sair sem qualquer direito a indemnização ( ver regulamento de feiras e mercados municipais ).

Se considerarmos que não são dadas novas licenças de ocupação, percebemos porque os comerciantes do mercado são de uma elevada taxa etária. A CM Porto, com estas medidas, ao longo de quinze anos, tem morto parte do “espírito tripeiro” do Mercado. Agora, com estes despejos absurdos, procura fazer o resto.

Os Comerciantes pedem: “obras sim, despejo não”. Eles não saem do Mercado porque sabem que não voltam. Sabem que a casa deles, a cidade do Porto, está à venda.

A CM Porto optou pelo despejo, baseando-se num relatório do L.N.E.C., onde se pode ler:
“É óbvio que o edifício necessita de uma intervenção de reabilitação estrural urgente. Até lá, será necessário proceder a mais obras de escoramento / consolidação da estrutura ou, em alternativa, à interdição do edíficio.

Assim, não respeitando os principios da Igualdade, proporcionalidade e adequação, a CM. Porto optou pela interdição. No entanto, no mesmo despacho de 15 de Julho que decide os despejos, o Dr. Paulo Morais decreta que sejam feitas obras de segurança imediatas no exterior da Ala sul, onde os comerciantes e os transeuntes já não correm qualquer perigo!!!???

As alternativas para os comerciantes eram: Mercado do Bom Sucesso (moribundo pelas mesmas razões), Praça de Lisboa (que está concessionada à Sonae) e Ala Norte.

A CM Porto não fez qualquer plano detalhado para a transferência, criou um gabinete de crise que, em oito dias esteve fechado dois e após a tentativa de interdição de quinta feira fechou em definitivo. Não assumiu o pagamento de novos equipamentos ou da adaptação dos existentes aos novos lugares. Não quis saber da responsabilidade pelo risco de transporte de bens.

E os comerciantes fizeram propostas razoáveis que o chefe de Gabinete do Presindente, Sr. Manuel Teixeira, não quis saber. A Associação de Comerciantes do Mercado do Bolhão, propôs que, em alternativa, se encerrasse o Mercado por quinze dias a fim de serem feitas as obras de segurança e escoramento.

Não iria haver necessidade de transferências.

É claro que tal não interessa à CM Porto,pois o mercado vale mais para os investidores privados sem comerciantes. A CM Porto, com a atitude arrogante, prepotente e autoritária que actualmente a caracteriza não contava era com a cidade do Porto.

O Mercado e esta cidade é feito por pessoas únicas, que durante anos lutaram e tudo dão pela defesa das suas liberdades. As manifestações que se têm verificado são expontâneas, nada tendo a ver com política. Têm a ver com o direito ao trabalho, com o direito a uma vida condigna e ao direito à indignação.

O Dr. Rui Rio tentou passar por salvador dos comerciantes, utilizando infelizes comparações como à tragédia de entre os rios. Pelos vistos os comerciantes do Mercado do Bolhão têm é de ser salvos dele.
E eles, unidos como como estão, estão no caminho da vitória.

Ricardo Salazar
Portuense

De: Luís Bonifácio - "O Bolhão e as «forças vivas»" 

Na recente manifestação em frente ao Mercado do Bolhão estavam as auto-denominadas "forças vivas" da cidade do Porto se juntaram ao protesto dos lojistas e acotovelaram-se para aparecerem nas reportagens televisivas. Estavam lá todos os candidatos anti Rui Rio, o cantor Abrunhosa, que felizmente se esqueceu das algemas em casa e o inenarrável Prof. Bitaites. Tudo personagens sinistras que provavelmente gastaram menos euros em compras no Mercado do Bolhão, que o casal Castelo-Branco nas suas duas únicas visitas ao popular mercado portuense.

O mercado do Bolhão é um ex-libris do Porto, ali se encontra o último folgo da verdadeiramente genuína atmosfera tripeira, mas tal não invalida que este mercado esteja a sofrer das mesmas mazelas que sofreram outros mercados, atacados pela concorrência desenfreada dos Hipers e pela desertificação dos centros urbanos. A solução para o Bolhão passa pelo seu urgente restauro e diminuição da área afecta às transacções comerciais, enquanto que a área a ser libertada poderá ser afectada a outras actividades tais como eventos culturais, restaurantes, feiras do livro permanentes etc.
O exemplo a seguir seria o do mercado da ribeira em Lisboa, cuja área comercial está reduzida a um quarto da original, enquanto a restante área está afecta a outras actividades que levam até ele uma multidão de pessoas que muito provavelmente nunca o teria frequentado antes. Os bailaricos populares que lá se realizam ao fim de semana estão sempre cheios, bem como a feira do livro permanente e demais eventos periódicos.
O Porto seria uma cidade diferente, para melhor, se as suas "forças vivas", procurassem fazer alguma coisa e encontrassem soluções para a cidade que tanto dizem amar, ao invés de apenas se "mexerem", quando alguma desgraça interrompe a sua amena pasmaceira.

Texto publicado em Nova Floresta.
Luís Bonifácio

De: Cristina Santos - "Medidas de última hora" 

Em relação à situação do Bolhão e independentemente de todas as circunstâncias de insegurança que podiam afectar a permanência dos comerciantes, a acção do Autarca portuense Rui Rio foi no mínimo salazarista.

Num estado democrático e de direito, não é admissível que se imponham prazos mínimos de opção, que se intentem as soluções pela força e se ignore a negociação.

Não é justo, não é digno de um bom Governante tomar medidas desta dimensão num prazo imediato.
O Porto precisa de Autarcas razoáveis, que meditem e estudem os processos no devido tempo e cronologia.
Autarcas que se esmerem por forma a evitar a política do joelho e da otite aguda.

Rui Rio foi incompetente, precisou de 4 anos para decidir numa semana o futuro dos comerciantes do Bolhão.

As vozes públicas vão se calando para não contradizerem aquilo que defenderam nos últimos tempos, mas desta vez Rui Rio falhou, falhou gravemente, não se soube antecipar, não se soube defender.

Este desafio à comunidade Portuense, esta afronta deliberada como quem já não tem nada a temer a dois meses da eleições, revela que Rui Rio tem tanto de inteligente quanto de excessivo. O autarca tem a plena noção do efeito dos seus actos, no entanto não consegue fugir aos desafios, aos excessos e isso nada tem que ver com os interesses dos portuenses, ou com a possível reeleição.

Pretende que o seu mandato seja entendido como o economista corajoso que soube mexer nos problemas de fundo, o economista que despreza a importância da (sua)reeleição, porque mesmo que não seja ele a concluir, foi ele que teve a iniciativa de intervir.

E é verdade, Rui Rio veio de facto obrigar-nos a intervir, hoje, amanhã e depois das eleições, o problema é intervir à pressa, sem carácter de sustentabilidade, sem previsão.
É que mexer nas estruturas básicas sem um plano obriga-nos a agir em tempos recordes, em tempos imediatos e nestes casos as soluções tendem a ser piores que as causas.

A continuar a bulir com todos os pontos cruciais da Cidade, Rui Rio vai deixar muita coisa banal por fazer; a querer distinguir-se pela sua coragem e personalidade vai desbastando pessoas e referências, ainda não percebeu que Roma e Pavia não se fizeram num dia e que já nesse tempo havia muitos «Rui Rio» com essa pretensão.

A segurança excessiva na sua própria opinião e o completo desprezo pelo juízo do povo, ainda vão provar a Rui Rio que a queda resulta sempre da insegurança do pé.

Cristina Santos

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