2005/01/01

De: TAF - "Ano novo!" 

Bom 2005!




2004/12/31

De: Armando Peixoto - "Festa na cidade" 

Na minha opinião, julgo que se devia investir mais na passagem de ano. É preciso mostrar que vale a pena vir ao Porto, e isso não se consegue apenas com Josés Malhoas e ou grupelhos populares brasileiros. Também não acho que se deva entrar em megalomanias, mas era interessante haver um pouco mais de diversidade e animação!

E quem fala em reveillons ou outras ocasiões festivas fala também em todos os outros dias. Já se falou que a oferta cultural da cidade devia ser maior, de modo a cativar as pessoas a ir à baixa, e não ao shopping. E eu refiro-me especialmente a oferta cultural de rua. Há um conservatório de música na cidade. Há uma faculdade de Belas Artes. Há um sem número de bandas de garagem. Porque é que a cidade não aproveita melhor tudo isto?? Tantos jovens à procura de oportunidades e de afirmação, tanta gente que era capaz de mostrar a sua arte na rua, num café, numa explanada, numa estação de metro... Porque é que não se aproveita melhor o potencial que a cidade desenvolve?? A cidade podia ter boa animação de rua a custos quase miseráveis!

Era algo em que o sr vereador da cultura poderia pensar...

De: Alexandre Burmester - "Não gostei..." 

Depois de muito trabalho, e de ter ganho um concurso público para a execução do Projecto de arranjo de superficie - Praça do Infante, e o projecto do Parque de estacionamento, vieram uns incompetentes do Cruarb, com o aval economico do Nuno Cardoso, e refazer o Projecto, colocando uma especie de Tee de golfe, nesta Praça.

Não gostei porque representando a imagem de força de uma zona histórica tenha ficado com este aspecto 3º Mundista e desajeitado, e não gostei porque foi o TAF, inventar forma de nos desejar "Bom Ano", com esta imagem.

Estou triste.

Alexandre Burmester
--
Nota de TAF: Pronto, pronto, eu vou arranjar outra imagem... :-)
PS: Já coloquei outra foto. Bom 2005! :-)

De: Alexandre Burmester - "Linha de Leixões" 

Alguém sabe porque é que a linha de Leixões passou para passageiros?

Porque em Portugal esqueceu-se o caminho de ferro e neste momento apenas temos todo o transporte do porto de Leixões por terra - Camiões TIR.

Deve ser esta mais uma bom exemplo da boa gestão da politica de transportes.

Alexandre Burmester

De: TAF - "Para acabar o ano" 

- Linha de Leixões para passageiros já no Verão
- «Nova» ferrovia para passageiros
- Linha de Leixões volta a ter passageiros no fim do Verão
- Comboios de passageiros vão ligar porto de Leixões a Ermesinde
- Linha Ferroviária de Leixões Deverá Transportar Passageiros

- 'Big brother' controla movimentos no interior dos autocarros da STCP
- STCP investe 10 milhões em sistema de controlo
- STCP reduzida a 50 linhas e aumenta painéis de informação
- Autocarros da STCP já têm sistema de videovigilância a funcionar

- Alameda de Azevedo pronta em 2005
- Alameda de Azevedo será interdita a aceleras
- Nova Alameda de Azevedo estará concluída em Outubro do próximo ano
- UOPG do Parque Oriental até Outubro de 2005
- Urbanistas Garantem Que PDM Concede 17 Mil M2 de Construção ao Boavista FC

- Animação para receber o Ano Novo
- Animação e fogo convidam a saudar o novo ano na rua
- Fim-de-Ano com música ao vivo e fogo de artifício na Praça da Liberdade
- Câmaras do Norte do País Organizam Festas de Fim-de-ano

De: Manuel de Sousa - "Um Porto à medida..." 

"... do nosso tempo"

Ultimamente tem-se falado bastante da possível junção de Gaia e do Porto, como alternativa à malfadada regionalização. Pessoalmente e na linha do que já tem sido dito acredito que os concelhos devem ser unidades administrativas que congreguem uma comunidade relativamente homogénea e com um conjunto de elementos comuns. Assim sendo, no caso do Porto, parece-me lógico que se há uma continuidade urbana e humana entre as duas margens do rio Douro, mas também entre os dois lados da Estrada da Circunvalação, haja igualmente uma unidade administrativa.

Faz algum sentido que de um lado da Circunvalação haja abaixo-assinados e movimentos cívicos em prol da inviolabilidade do perímetro do Parque da Cidade ao betão e cruzada uma mera estrada, porque administrativamente já é outro concelho, se permita toda aquela volumetria e densidade de construção que é Matosinhos Sul? Ou seja, o Porto dá o espaço verde e a Câmara Municipal de Matosinhos arrecada a contribuição autárquica dos apartamentos de luxo, altamente valorizados por estarem em frente do Parque da Cidade.

Algo de parecido se poderá dizer em uma e outra margem do Douro.

Outro aspecto importante é que os limites dos municípios foram sofrendo alterações ao longo dos séculos. Os limites do concelho do Porto não foram sempre os que são hoje. Por exemplo, até 1834 as freguesias ribeirinhas de Vila Nova de Gaia estavam incluídas no termo do Porto, enquanto as freguesias, hoje portuenses, de Paranhos, Campanhã, Aldoar ou Nevogilde pertenciam a municípios vizinhos.

Por que razão tem o município do Porto de ficar eternamente cristalizado nos seus limites administrativos de 1898? (1898 foi quando se anexaram ao Porto as freguesias de Nevogilde, Ramalde e Aldoar e o concelho ficou com os seus 45 km2 que mantém actualmente).

O que me parece natural é que os limites administrativos do Porto (ou de qualquer outra cidade) cresçam à medida que cresce também a área urbana da cidade onde se fixam populações que, maioritariamente, fazem movimentos pendulares entre o Porto e o seu local de residência.

É que, para além de tudo o mais, o concelho do Porto é, de longe, o mais pequeno de todos os concelhos das capitais de distrito do país. Só para se ter uma ideia mais clara da diferença que separa o Porto de outras cidades, basta referir que, por exemplo, o concelho de Braga é quatro vezes maior do que o do Porto; o de Coimbra, sete vezes; o de Bragança, 25 vezes; o de Castelo Branco, mais de 30 vezes!

Nesta lógica, o concelho do Porto não se deveria quedar pelas suas 15 freguesias actuais, mas deveria anexar, desde já, as seguintes freguesias limítrofes:

* Do concelho de Matosinhos: as freguesias de Custóias, Guifões, Leça da Palmeira, Leça do Balio, Matosinhos, São Mamede Infesta e Senhora da Hora.
* Do concelho da Maia: as freguesias de Águas Santas, Gueifães, Milheirós e Pedrouços.
* Do concelho de Valongo: a freguesia de Ermesinde.
* Do concelho de Gondomar: as freguesias de Fânzeres, Rio Tinto, São Cosme e Valbom.
* Do concelho de Vila Nova de Gaia: as freguesias de Afurada, Avintes, Canidelo, Madalena, Mafamude, Oliveira do Douro, Santa Marinha, Valadares, Vilar de Andorinho e Vilar do Paraíso.

Só assim, à frente de uma cidade com perto de um milhão de habitantes e tendo adquirindo uma massa crítica capaz, poderia a Câmara Municipal do Porto atrair novos investimentos e o tipo de infra-estruturas que só se podem encontram nas grandes cidades.

Cumprimentos,

Manuel de Sousa
Porto, Portugal
m-de-sousa@netcabo.pt

2004/12/30

De: Cristina Santos - "Grande arraial" 

Da informação que nos deixa João Medina, só podemos concluir que Rui Veloso é um traidor, ou antes que Lisboa insiste em imitar o Porto, sim porque o Porto faz sempre o mesmo festejo, um grupo brasileiro, uns populares no Palácio e Rui Veloso noite dentro, como é possível que Lisboa, tendo o edifício mais alto de Portugal, se baixe ao ponto de nos imitar?!
Enfim, mas o nosso é sempre melhor, aonde é que Lisboa tem dois fogos, não tem porque não é vizinha de Vila Nova de Gaia, nós somos!

Toda esta falta de animação, visa sobretudo encher os bares da zona metropolitana, nós no Porto não queremos ser melhores que qualquer concelhozinho do grande Porto, só falta os homens a apanharem as canas, nós somos tradicionais, para alem de que era um vergonha atrair muita gente, quando a Cidade está no estado em que está, quando o défice aponta para o descalabro, cá no Porto é que se dá o exemplo, grupinhos baratinhos, fogo acessível e à uma da manhã os Portuenses vão todos para casa descansar, porque são gente de trabalho.

Esta é a nossa imagem, vamos chegar longe, não investir é sinonimo de poupança, para muitos economistas....
Festas, Passagens de Ano, comemorações de vitorias internacionais?! Meus caros isso é politiquice, o Porto tem uma imagem a manter.

Portanto, até ao Ano, façam o favor de se portar bem (até à uma da manhã), vão aos Aliados que a festa será a possível, tenham atenção para não bater em nenhuma vedação das obras do Metro, encham os bares da Ribeira, e cuidado que a calçada por lá e pelo centro histórico já esta toda levantada.
Se chover já sabem levem galochas porque os boeiros não escoam, se forem ao Palácio, olhem para Massarelos todo apagadinho, ou antes uma luz aqui outra ali, e tenham fé que 2005 será o ano de retoma do Porto.

BOM ANO PARA A BAIXA DO PORTO

Cristina

De: Pulido Valente - "Os prós e os contras..." 

"... de impugnar o PDM"

Caros amigos, o pdm é mesmo mau e não há outra coisa a fazer senão impugnar; vejam o negócio do boavista que já é escandaloso com o que foi feito contra o pdm quando em vigor sob a capa do clubismo e dos favores (aos clubes?) sem que ninguém saiba se não houve luvas dos fornecedores e empreiteiros para os responsáveis (nem pode saber).

Os edifícios já construídos no Bessa são contra o pdm da altura e as contas foram feitas considerando a área destinada a desporto como se assim não fosse. O mesmo que com a torre das antas que foi considerada ilegal pelo DIAP (fora de prazo, claro).Este pdm continua a ser feito não para a cidade mas para as circunstâncias. "Homologa" as maldades e abusos dos chuchas e continua com as dos actuais. É mesmo mau. As medidas preventivas acabam e, mesmo neste momento, são ilegais pois contêm articulado indevido que as transforma em normas provisórias ilegais. Portanto voltar-se-ia ao pdm anterior de que de resto este não é uma revisão mas uma substituição.

E, para que fique claro, o pdm de 93 não é mau; é desactualizado e este não o actualiza. Substitui por razões que só podem ter a ver com interessses; todos menos os da cidade e os dos cidadãos. Escrevo à pressa bom ano para o mundo e clareza no golpe de vista. Não sejam frouxos o assunto é muito sério e vêm aí os arrasadores de cidade. Alerta cidadãos. A situação é grave e muito difícil. Só unidos salvarão a cidade do descalabro final.

jpv

De: Cristina Santos - "Rinques Municipais" 

Caros Colegas:

Em Novembro e no âmbito das primeiras notícias, sobre os novos rinques municipais, coloquei à autarquia, através da Dr.ª Ana Morais e Castro, diversas questões visando obter informações relativa ás medidas de segurança, uso e manutenção, que estariam a ser adoptadas para o incentivo ao uso geral dessas infra-estruturas.

A Dr.ª Ana teve a amabilidade de obter junto da Associação Gabinete de Desporto do Porto, resposta às questões colocadas.
Não obstante o esforço desenvolvido pela Dr.ª Ana Morais, as questões mais importantes, parecem ainda não ter resposta ou planeamento.

Paulo Cutileiro dizia em Novembro que «...Com a criação desta rede, todos os habitantes da cidade terão a oportunidade de praticar desporto perto da sua residência ou em qualquer outro equipamento municipal,...», mas como é que isso será possível se nem sequer foi precavido antecipadamente um «tutor» permanente dos espaços, que zelasse pela segurança, pelo livre acesso , pelo bom uso, pela manutenção e limpeza dos rinques.

A existência de um tutor é primordial, para garantir a manutenção e uso dos espaços, nem sequer é uma medida dispendiosa é antes uma medida preventiva do investimento. Repare-se que esse Tutor poderia muito bem ser, qualquer membro da «Sede» desses Bairros, as sedes situam-se geralmente nas traseiras dos riques, o espaço estar fechado não impedia que as crianças solicitassem a chave (que deveria ser confiada a esse tutor), e se servissem do espaço, com segurança, responsabilidade e vigilância, e assim seria garantido o acesso a qualquer munícipe de forma legitimada.

A segurança dos visitantes é apenas garantidas pela requalificação do espaço físico do rinque.
Quanto ao uso, ficamos sem saber se teremos ou não que o pagar, quanto à responsabilidade de manutenção e conservação dos espaços é mais uma matéria de planeamento futuro.
Portanto dizer que qualquer munícipe particular poderá ter acesso a estas infra-estruturas é falso, porque na verdade esses locais sempre estiveram, ao dispor da população, o que era difícil era ser usado por qualquer munícipe, que não residisse no Bairro onde o rinque tivesse implantado.

A medida anunciada aos sete ventos e mais alguns, não passa de um cumprir de obrigações de manutenção dos espaços, a que Câmara está obrigada, alguns destes rinques eram um risco de morte para os utilizadores, por falta de gestão e manutenção autarquica.

A Câmara não pode pregar discursos, quando simplesmente está a cumprir as suas obrigações, para alem da renovação dos espaços dos velhos rinques, nada foi feito para o seu uso potencial pela comunidade alheia aos Bairros Sociais, não estão garantidas as condições de segurança, não existe qualquer responsável permanente no local, não estão garantidas as condições de manutenção das estruturas etc....

Uma obrigação não pode ser transformada numa acção nova, numa POLÍTICA...

Cristina Santos

De: João Medina - "STCP" 

Através de uma notícia aparentemente positiva (a introdução de video-vigilância nos autocarros dos STCP) ficamos a saber uma outra bastante surpreendente (pelo menos para mim, claro).

Reza o texto: "a frota actual da operadora de transportes urbanos do Grande Porto é de 600 autocarros mas, com o anunciado redimensionamento das carreiras, ficará reduzida a 430".
Discretamente, com um "redimensionamento" espectacular desaparecem 170 autocarros das ruas do Grande Porto (Quase 30%).
Obviamente, com o metro em acção, as linhas de autocarro necessitam de uma redefinição.
No entanto, a promoção de uma rede eficaz de transportes públicos que permita uma intermodalidade eficiente e que possa realmente competir em tempo, preço e conforto com o automóvel, é fundamental num aglomerado urbano como é o Porto (cidade, área metropolitana, região).
Não me parece que isto se consiga com a redução (drástica) da frota de autocarros no terreno.
A meu ver, seria necessário que a rede de linhas de autocarro tivesse a maior cobertura geográfica e populacional possível.
É evidente que (não sou ingénuo) quanto menos autocarros, menos custos (financeiros) - mas seguindo esta lógica havemos de chegar num futuro próximo ao resultado ideal para estes Senhores: zero autocarros = zero custos. E as pessoas?

João Medina
medinaprata@hotmail.com

De: João Medina - "Só de arrepiar" 

Os excertos seguintes sobre as noites de passagem de ano no Porto e em Lisboa dão muito que pensar:

A Câmara do Porto tem preparada mais uma noite de fogo-de-artifício na Praça General Humberto Delgado e Avenida dos Aliados e baile na Praça da Liberdade. A organização da passagem de ano é, este ano, partilhada entre a autarquia e a Culturporto. O fogo-de-artifício é só às 24 horas, mas a animação arranca pelas 22h30 na Praça da Liberdade, com a actuação do grupo «Só de Arrepiar». Pela mesma hora, e numa organização conjunta com a Rádio Festival, começa a animação no Palácio de Cristal com uma "festa de cariz popular". Neste evento actuarão a banda brasileira Cristiane Solari, a Banda Lusa, Ana Malhoa e José Malhoa.
in O Primeiro de Janeiro

"A festa de passagem de ano no Parque das Nações tem como principal atracção uma cascata de fogo de artifício com 140 metros de altura, na Torre Vasco da Gama, o edifício mais alto de Portugal, à meia-noite de sexta-feira. A cascata terá a duração de um minuto e abre uma imponente sequência de 10 minutos de fogo de artifício, colocados em sete barcas grandes ao longo da margem do rio Tejo do lado da Torre Vasco da Gama. A organização da iniciativa é da Associação dos Lojistas do Parque das Nações, conta com o apoio da Parque Expo e com o patrocínio de uma marca de cerveja nacional.
Na capital, a autarquia e o Turismo de Lisboa organizam um concerto no Terreiro do Paço na última noite de 2004. A partir das 22:30 João Pedro Pais sobre ao palco, à meia-noite haverá um espectáculo de fogo de artifício, ao qual se seguirá um concerto de Rui Veloso. De acordo com os organizadores, "Lisboa viverá uma noite festiva e animada, num ambiente natalício, com o colorido e a magia de milhares de luzinhas de Natal que decoram toda a cidade"
.
In Portugal Diário

Deixo os comentários para cada um...

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João Medina
medinaprata@hotmail.com

De: TAF - "O que foi escrito" 

Actualizado às 12:15

- O reveillon no Porto
- O rio Douro e o mar Atlântico - opinião de Paulo Vallada
- "Videopolícias" Alargados a Todos Os Autocarros da STCP


O PDM e o Boavista:

- PDM do Porto prevê área de construção para o Boavista FC superior à aprovada
- Presidente da AM Garante Que Boavista Não Vai Ter Mais Capacidade de Construção

Sublinho o seguinte: "Questionado sobre a hipótese de o Boavista Futebol Clube poder, depois de o PDM entrar em vigor, reivindicar o direito de construir mais prédios nos referidos 17 mil metros quadrados que, na referida planta dos solos, surgem como susceptível de construção, o presidente da AM (Álvaro Castello-Branco) sustenta que tal não será possível. "Há uma deliberação da assembleia que só pode ser revogada por outra deliberação da assembleia", sustenta.
(...)
Partindo do pressuposto de que "as disposições da assembleia só ganham eficácia depois de publicadas em "Diário da República", José António Lameiras defende que essa disposição devia ser vertida no regulamento do PDM"


Como é evidente... Só faltava que não bastasse aos requerentes consultarem o PDM, ainda teriam que ir verificar também as deliberações da Assembleia Municipal para ver o que podiam construir!

2004/12/29

De: Miguel Monteiro - "Vamos a contas" 

Caros amigos,

É minha primeira vez que escrevo para este blog. Sinto que finalmente temos um fórum para acertar as contas com a péssima gestão da nossa cidade.
A forma displicente como a nossa cidade têm sido tratada não é apanágio exclusivo do RR. Embora ele seja um campeão, muitos dos anteriores presidentes da Câmara merecem também estar esse pedestal.
Voltarei em breve.

Miguel Monteiro
mm.cog@netcabo.pt

PS - Deixo duas perguntas ao RR que sei ser um leitor assíduo deste blog.

1. A Câmara vai ou não comprar, expropriar (o que quiserem) os terrenos em falta para o remate do parque da cidade tanto do lado do Porto como de Matosinhos.
2. É verdade ou não que a Câmara ainda não pagou os terrenos onde está instalado o edifício transparente ? Se assim for, porque não reconhecem a vossa incompetência e entregam o edifício aos proprietários do terreno.

2004/12/28

De: Alexandre Burmester - "ET e Coiso III" 

A propósito do ET, também lhe consigo ver alguma utilidade, um dia quem sabe, e não acho o edificio tão mau que lhe predestine qualquer demolição. Ao contrário espero é vê-lo acabado, e depressa.

Custa-me é ver aquele conjunto de anormalidades todas juntas:
- Uma praça de cota superior ao Castelo do Queijo,
- Uma rotunda com uma estátua, D. Pedro, sobre uma "Paragem de Autocarro", outrora orientada à Praça XV do Rio de Janeiro, e hoje não se sabe aonde,

- Um estacionamento às moscas,
- Um eterno estaleiro de obra (antigo colégo Clip),
- Uns trilhos de electrico sem uso,
- Um edificio adiado,
- Uma passagem aérea sem fim,
- Áreas ajardinadas sempre degradadas pela acção do mar,
- E finalmente, mais um "momento cultural", típico das rotundas deste País - O "Coiso"

Desculpem-me os arrojados, e os entendidos em Arte, que ousam comparar tal "coiso" à Torre Eiffel, ou à Arte incompreendida. Aquilo é mau hoje e sê-lo-á também "amanhã" (talvez até pior, porque estará degradada de certeza).

E parafaseando o exemplo dado pelo Pedro Aroso, lembro-me também ter ouvido essa frase a propósito das Amoreiras em Lisboa.

Agora o arranjo desta marginal, tem vários defeitos, mas tem uma agradabilidade de espaços que a torna bastante utilizada, e daí o seu resultado positivo.

Lembramos concerteza o abandono a que esteve votada anteriormente esta área, e o meu receio, com esta situação que se arrasta de obras inacabadas, e decisões arrastadas, acima referidas, é que venha a acontecer-lhe o mesmo no futuro.

Quanto ao "coiso", há "coisos" bastantes piores por esse país fora, e se resolverem o resto, até lhe chamo "Coisa artística".

Alexandre Burmester

De: Pedro Aroso - "ET e Coiso-II" 

Subscrevo na íntegra o post de Armando Peixoto, referente ao Edifício Transparente e à escultura que foi colocada na rotunda da Circunvalação.

A este propósito, vale a pena recordar aquilo que se passou com a Torre Eiffel. Como sabem, a torre foi construída para assinalar a exposição do fim do século XIX, pelo que a sua presença deveria ter um carácter efémero, sendo desmontada posteriormente:
http://www.tour-eiffel.fr/teiffel/fr/documentation/dossiers/index.html
No entanto, o custo era de tal forma elevado, que os organizadores optaram por deixá-la em pé. Quando esta decisão foi conhecida, surgiram vários movimentos apelando à sua demolição, liderados sobretudo por escritores, artistas e arquitectos:
http://www.tour-eiffel.fr/teiffel/fr/documentation/dossiers/page/debats.html
Felizmente, prevaleceu o Bom Senso!

E já agora, não resisto a contar mais um episódio: um desses contestatários (um escritor, de que não me recordo agora o nome), viria a tornar-se um dos melhores clientes do restaurante situado na Torre Eiffel. Quando lhe perguntavam se não havia alguma contradição nessa sua postura, respondia: "Venho aqui almoçar todos os dias, porque é o único local em Paris, donde não vejo a torre!".

Pedro Aroso

De: TAF - "No Bairro do Aleixo" 

Não conhecia este blog, a que cheguei através de um apontador no Portuense. Recomendo-o para se conhecer o "Porto profundo". Chamo a atenção para a "advertência ao visitante" que foi lá publicada no mês de Abril: "o que se vê No Bairro do Aleixo nem sempre é verdade, nem sempre é ficção".

Nestes dias de febre natalícia convém não perdermos a perspectiva das realidades que nos cercam, da riqueza que possuímos mesmo quando nos queixamos do que a vida nos oferece, e da obrigação de gerir bem aquilo por que somos responsáveis. Isto parece óbvio mas a prática mostra que não é. Ou pelo menos prova que os princípios ficam "convenientemente amolecidos" quando perdemos o contacto com aquilo que queremos esquecer.

Nos jornais:

- Edifício Transparente ainda fechado
- Obras de volta ao Edifício Transparente em 2005
- Parque do Castelo do Queijo à espera
- A Assembleia Municipal do Porto viabilizou o Plano e Orçamento para 2005
- A nova Taxa Municipal de Direitos de Passagem
- Assembleia aprovou orçamento da Câmara mas Votação esteve em risco de ser adiada
- Assembleia Municipal do Porto aprovou Orçamento para 2005
- Quase 240 milhões de euros com habitação social como prioridade
- Aprovado Orçamento da Câmara do Porto

De: Armando Peixoto - "ET e Coiso" 

Sou um simpatizante do "Coiso" e do "ET". Do ET porque lhe encontro grandes potencialidades. Além da excelente localização, aprecio a estética do edifício. Parece-me versátil e consigo imaginar naquele edifício festas animadas, jogos de luzes, exposições, concertos, comércio, etc, etc.. Se for bem aproveitado, acho que ainda vai calar muitos detractores!:)
Quanto ao "Coiso"... Tem uma característica importante, não deixa ninguém indiferente. Quer pela originalidade, quer pelo tamanho! Exactamente como a Torre Eiffel (com as devidas proporções..). Se calhar ficou muito caro, conseguia-se fazer ali uma fonte do género da Batalha, ou uma estação de autocarro como na praça vizinha por menos dinheiro. Cada um com a sua ideia:)

De: Armando Peixoto - "Deixemos em paz..." 

"... a avenida de 2º mundo!"

Quanto à Avenida de 3º Mundo, tenho de concordar com o Dr. Paulo Morais. A Avenida da Boavista já merece uma intervenção há muito tempo. Agora, não entendo porque é que se tem de subir um só mundo de cada vez! Com o metro à superfície e a avenida arranjadinha vamos ter uma Avenida de 2º Mundo, para gáudio da populaça! E pode ser que, daqui a mais 50 anos, consigamos dar o salto ao 1º mundo e enterrar o raio do metro! Mas claro, isto é no reino do faz de conta...

Sinceramente, já me repugnou mais a ideia do metro à superfície na avenida da Boavista. Quando tudo terminar, certamente que vai ficar melhor do que actualmente. Provavelmente os automobilistas vão-se ver à rasca durante alguns tempos, mas afinal de contas, o objectivo é que as pessoas deixem o carro em casa e andem de transportes públicos... E quando a rede aumentar a sua cobertura, é natural que a maior parte das pessoas comece a privilegiar o metro em deterimento do automovel. Provavelmente as novas arvores da avenida da boavista só vão dar sombra quando eu tiver netos, mas eu sempre gostei de sol...

Concordo totalmente com o sr. Antonio Duarte. Já não se fazem coisas a pensar no futuro, como no tempo do Marquês! Mas isso tem explicação, o Marquês não ia a eleições de 4 em 4 anos, e o terramoto não foi no Porto, foi em Lisboa...
Parece-me que não vale a pena bater mais no ceguinho. A linha da Boavista vai mesmo para diante! Se calhar, melhor ideia era começar a debater qual devia ser a próxima linha. Também seria interessante saber qual é o projecto da câmara (projecto, plano, linha de orientação,...) para o eléctrico. É para ser apenas turístico? É para complementar o metro (e se assim é, ainda menos se entende a linha da Boavista...)? É para "vai-se indo vai-se vendo"? Não é para se fazer? Ou estão a guardar alguma ideia mirabolante para surpreender os "profissionais da crítica"? É que a gente (pelo menos eu) gostava de saber:)

2004/12/27

De: L F Vieira - "Profissionais" 

Blog: Cabo Raso
Post: Profissionais

De: Alexandre Burmester - "3º Mundo..." 

E sempre a propósito da Boavista, gostaria de acrescentar que embora os carris colocados sejam compatíveis com os do equipamento circulante, a diferença de largura entre um "Eléctrico" de superfície e o equipamento do "Metro", (os tais 25 cms), obrigam a uma largura de via com ocupação bastante grande. Esta diferença obriga a derrubar todas as árvores actuais. Obrigará, ainda, em alguns casos a uma diminuição dos passeios laterais.

Se vierem a colocar Autocarros ou Eléctricos na Boavista, eu ainda prefiro os eléctricos por serem mais "limpos", mais silenciosos, por poderem ser compatíveis com os antigos, e por finalmente poderem usufruir de tantas linhas colocadas recentemente (linhas estas que chegam inclusive ao famoso túnel de Ceuta). Os Autocarros, esses monstros laranjas que percorrem a cidade, precisam de ser redimensionados, mal cabem no corredor central.

Nota: A propósito do "Coiso", esse objecto estranho, acho que finalmente percebi para que serve. - vai apanhar o peixe, quando chegar cá o Tsunami.

Agora a sério, eu julgava que era uma homenagem à "Shimano". Cada vez que mais olho, acontece o inevitável, gosto menos.

Alexandre Burmester,

De: Cristina Santos - "Pesar devidamente" 

Não pretendia pronunciar-me sobre o Metro, porque não conheço bem a matéria e especialmente porque temo estar a objectar o desenvolvimento.

Apenas na qualidade de Cidadã, atrevo-me a considerar que se o metro faz apenas o percurso Casa da musica – Matosinhos Sul, à partida não se justifica tal investimento financeiro e produtivo, na medida em que esse percurso poderia ser feito através dos autocarros com o sistema andante, por outro lado o conforto e o dinamismo obtido com o metro não é comparável ao de um autocarro, muito menos ao de um eléctrico.
As vantagens do autocarro serão a conservação do equipamento urbano, a poupança, as redes colectoras, as desvantagens são frequência de passagem, o desconforto, a imobilidade, a imagem, o incentivo ao uso de viatura...

Na verdade não se justifica investir uns milhares num trajecto tão curto, por outro lado o sistema de circulação urbana fica incompleto se não estendermos o metro a esse lado de Matosinhos, dado que este trajecto ficará articulado com as linhas de campanha e futura linha G de Gaia.
Poderíamos então optar por um metro subterrâneo, evitando que a Rotunda fosse semi abarcada por um enorme Metro de superfície, mas gastávamos ainda mais no dito percurso, abalávamos com uma parte da cidade nova, reanalisávamos e mudamos os traçados dos esgotos, das águas pluviais, teríamos obra para mais uns anos.

Portanto este assunto tem que ser muito bem ponderado, por um lado esta o ordenamento urbano na forma em que o conhecemos, por outro lado o desenvolvimento das condições de mobilidade.

É uma questão difícil, o metro terá que ser feito e aceite este trajecto, de resto temos apenas que decidir se vale mais faze-lo agora e coloca-lo à superfície, com menos investimento, com menos obras, mas prejudicando a única avenida de jeito, ou se pelo contrario preferimos aguardar mais uns anos, investir mais uns milhares, desviar condutas e colectores, e assistir a que os municípios vizinhos continuem a ganhar vantagem sobre os nossos constantes impedimentos à circulação, ao comercio etc..

Pesando devidamente todos os factores, este é um assunto que fica sempre contrabalançado.

P.S. Miguel Barbot: «Para quem sabe olhar para trás, nenhum beco é sem saída» Confirmei a minha teoria, ninguém se lembra do que foi feito.

Cristina Santos

De: José Pedro Lima - "3º Mundo..." 

Acho impressionante a facilidade com que se usam expressões como esta do 3º Mundo em entrevistas...se ainda fosse a fazer posts para o blog, vá que não vá, sempre há mais informalidade.

Mas deixemos o acessório e passemos ao fundamental. O metro na Boavista é ou não necessário, ou melhor, há ou não alternativas à passagem do metro pela Av. da Boavista? Eu creio que há, mas não me parece que seja o eléctrico rápido (mas afinal o que é o eléctrico rápido, quem são os fornecedores dessa solução, qual é a diferença para o metro actual?). Aqui concordo com o Tiago: a solução, num sítio como a Av. da Boavista poderia perfeitamente passar pelo autocarro. Se somarmos tudo, desde o investimento ao incómodo durante as obras e às restrições de trânsito antes e depois, creio que de facto o autocarro ainda seria a melhor hipótese, desde que tivesse as condições para fazer o percurso de forma mais rápida que actualmente. Gostava de pelo menos ver essa possibilidade explorada até ao limite, o que ainda não vi feito. Aliás a única discussão séria e util sobre as várias alternativas a este projecto parece passar-se aqui no blog.

Sei que trabalho na Av. da Boavista e suspeito que primeiro sofrerei com intermináveis obras, depois com desvios de trânsito e por fim com um monstro a passar à porta a cada 10 minutos. A empresa onde eu trabalho gastou dinheiro a recuperar e a colocar funcional uma vivenda para isto...

Outro ponto da entrevista do Dr Paulo Morais foi o ET que finalmente parece que vai ser ocupado. Tal como S. Tomé espero ver para crer..... De todo modo o E.T. é uma herança da anterior gestão e não uma criação desta, pelo que quase que digo que o que vier para melhorar é bem vindo. Se me perguntassem, eu preferia a demolição do edificio. Afinal, se é um erro, acaba-se com ele e não se pensa mais nisso...

Imediatamente antes do ET temos agora um "coiso" que parece um cesto de basquete gigantesco e que segundo apontamentos anteriores deste blog parece que custou 1 milhão de euros, servindo agora de decoração à rotunda no fundo da circunvalação. Pode ser uma obra de arte, acredito, mas mais uma vez creio que não passa de 1 milhão de euros mal gastos.

Para o ET e para o coiso, caro Tiago, não consigo sugerir alternativas, excepto talvez a demolição. O ET é a vergonha de qualquer portuense por razões já sobejamente discutidas aqui. O coiso em nada embelezou a praça. Se a beleza da obra é subjectiva, o dinheiro que ela custou podia muito bem ser usado para outras coisas, nem que fosse para apoiar jovens artistas portugueses que de certeza fariam mais, melhor e mais barato que aquilo.

E eu que passo todos os dias pelo coiso e pelo E.T em direcção à Av Boavista...é preciso ter azar...e por falar em azar prometo um update fotográfico breve às obras do Tunel de Ceuta, nomeadamente à requalificação dos passeios da zona do Carregal. Com um bocado de sorte ainda se organizam lá os Mundiais de Corta Mato. Ou então talvez se possa substituir o Grande Prémio do Porto por um Rallye...
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Nota de TAF: segundo Oliveira Marques, o Metro actual é perfeitamente compatível com um serviço de "eléctrico rápido" para os carris que estão a ser implantados no centro da cidade. A diferença é basicamente estar ou não em via exclusiva, não é uma questão de material circulante.

De: Miguel Barbot - "CPAS - Bases de Comparação?!" 

Cristina,

A necessidade real de melhoria da Imagem de RR, diz respeito ao futuro, pois é esse o caminho e aquilo que actualmente me preocupa. Se os outros que lá estiveram comunicavam bem e de forma transparente, já não interessa.

Sinceramente, o passado já lá vai, e para acautelar o sabe lá o que possa vir a seguir, convém preparar caminho tendo em conta os actores actuais e os meios de comunicação que actualmente estão à disposição dos autarcas e dos munícipes.

O problema do país é mesmo este. Passamos a vida a cair na tentação de fazer contas ao passado e aos ciclos anteriores e pouco nos concentramos no futuro. Já aqui há tempos, neste mesmo blog, pudemos assistir a um pequeno lavar de roupa suja, que em nada enriqueceu o debate.

Se houver uma mudança positiva e tangível, pode ser que, se voltarem os actores do passado, estes encontrem um cenário positivamente diferente do que encontrávamos há poucos anos atrás e que dificilmente se repitam alguns erros.

Reservemos aos políticos o papel de fazer contas e continhas aos mandatos de legislaturas e vereações anteriores, pois é coisa de que eles não abdicam e procuremos construtividade nos nossos debates (como o TAF recomendou).

1 abraço
MB

De: Miguel Barbot - "Avenida do 3º. Mundo II" 

Subscrevo a opinião do António Duarte, pondo de parte apenas a questão de demissão.

Considero e, pelo que conheço do projecto, considerarei no futuro, o Metro à superfície na Av. da Boavista um perfeito disparate. Aliás, considero esta linha perfeitamente dispensável.

Respondendo ao último post do TAF, a questão já nem se põe do ponto de vista das prioridades: todos concordamos que a prioridade não é a Boavista. Simplesmente a fazer-se o metro na Avenida, que se faça causando o mínimo impacto possível, enterrando o Metro e deixando a via dedicada para os outros transportes públicos, que, a partir de Avenida, fazem a distribuição para Aldoar/Ramalde e Nevogilde/Foz/Lordelo.

Tiago, gostaria de saber também que maior “construtividade” pretende acrescentar a esta discussão, pois propostas não faltaram e AD pouco poderia acrescentar ao que foi dito, além de ter dado a sua opinião sobre o “mal menor” que seria enterrar o Metro.

Quanto à questão da Regionalização, considero fundamental não para resolver apenas problemas como estes, como muitos outros que digam respeito a um planeamento intermunicipal integrado.
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Nota de TAF: Caro Miguel, para assumir uma postura construtiva basta por vezes escolher um tom mais cordial para a crítica... ;-)
Quanto ao Metro na Av. da Boavista, acho que se devem estudar a sério duas alternativas:
a) um serviço "tipo eléctrico" tal como existe em Brito Capelo ou
b) dispensar o Metro e manter uma boa linha de autocarros na via central.
Não precisamos de nos resignar a um "mal menor". De qualquer modo é preciso resolver o estrangulamento do troço Trindade - Sra. da Hora, seja pela Boavista ou por outro lado qualquer.


De: TAF - "Caro António Duarte" 

Então depois do meu apelo a uma postura construtiva, escreve um comentário destes? ;-)
Levanta aqui algumas questões pertinentes, mas sem que se consiga perceber como as pretende resolver. Exemplos abaixo.

1) Defende um Metro enterrado na Av. Boavista. Quem o paga? Não haverá outras prioridades para usar o dinheiro? Como se compensam os moradores da zona pelo enorme transtorno causado durante imenso tempo de obra? Quais as vantagens assim tão significativas em relação a uma simples linha de autocarros na via central reservada para esse efeito?

2) Começa por defender que o executivo termine o mandato com dignidade, mas acaba a pedir-lhe que se demita... Qual a equipa alternativa que propõe?

3) Termina o seu comentário com um apelo à Regionalização. Não compreendi de que forma isso contribuia para ultrapassar os problemas que identificou. Eu sou de opinião diferente.

De: António Duarte - "Avenida do 3º. Mundo" 

Não sei onde o Senhor Dr. Paulo Morais foi encontrar a semelhança da Avenida da Boavista com uma outra avenida de qualquer cidade do 3º. mundo. Afirmações deste tipo valem o que valem, ou seja nada, dado que as afirmações dos membros deste executivo camarário cobrem de vergonha qualquer portuense.
Terminem com dignidade o vosso mandato! Não nos envergonhem mais.

Depois da tentativa de fazer passar o "Metro" à superfície na Avenida dos Aliados (ideia do Arqº. Ricardo Figueiredo) para ficar mais baratinho e para que os turistas pudessem admirar a nossa sala de visitas, tencionam agora colocar o "Metro" também à superficie na Avenida da Boavista. Não será "isto" um projecto de 3º Mundo Senhor Dr. Paulo Morais!!?.
É admissível que a cidade do Porto que pretende e deve ser a capital do Norte de Portugal e da Galiza tenha na sua principal Avenida um "trambolho" a perturbar as pessoas, nas suas casas, nos seu ambiente de trabalho, prejudicar a circulação automóvel, criando desvios e mais desvios para quarteirões residenciais sem carateristicas de escoamento de transito ( e quantos acidentes mais não ocorrerão) e o que mais me repugna é colocar no meio ou nas margens da avenida canais para circulação do Metro com, postes e mais postes.

Meus senhores. Já pensaram o que seria colocar o "Metro" nos Campos Elisios, em Paris, ou em Oxford Street em Londres?
Fica mais caro. Pois, mas ficará mais barato a longo prazo e por favor pensem a cidade param os próximos 50 anos, no minimo. Façam como o Marquês de Pombal.
Se não temos agora dinheiro suficiente, aguarde-se. Mas façam obras para os nossos trinetos, não para os meus avós que já falecerem ...

Então depois de tanta polémica com a construção no Parque da Cidade, com o Transparente que ameaçaram implodir por não saberem o que fazer dele - penso que só o devem ter visto, de passagem, num daqueles dias de campanha eleitoral em que tinham de cumprir o calendário de visitas sem qualquer esperança de ganhar as eleições, querem agora fazer um novo viaduto ao lado daquele.
Meus senhores tenham vergonham e demitam-se.

Alguém, não me recordo quem, se no Plano Azuelle,se no Plano do Prof. Sidónio Pardal, preconizava a ligação entre o Porto e Matosinhos pela Via Nuno Alvares, atravessando o Parque em túnel. Lavantou-se o Carmo e a Trindade e continuamos com aquele acesso por realizar.

Agora, pretender que uma estrutura tão pesada seja colocada no Parque da Cidade e na Avenida da Boavista, não lembraria ao diabo, que segundo a giria popular, é quem mais mal nos deseja ! quanto mais de uns senhores pagos com os nossos impostos.
Deixem o Porto para quem sente, sofre e vive com a cidade do Porto. Estudo, aconselhamento, ponderação e visão estratégica para a cidade do Porto e toda a sua Áreea Metropolitana são indispensáveis. Não estraguem mais o Porto.

Que falta nos faz a Regionalização!!!

António Duarte
ajfduarte@mail.telepac.pt

De: Cristina Santos - "Bases de Comparação?!" 

Meus Caros

Antes de mais espero que tenham gozado um Bom Natal.
Agora quanto a Portuenses ou Portistas, parece-me que em termos gerais os V. postes apontam para a necessidade de estabilidade e da melhoria da imagem politica de Rui Rio.
A sua postura reflecte nos Cidadãos uma afronta, um gozo e uma imposição imperdoável, daí que a maioria considera-o um mau candidato, contudo este universo de insatisfeitos, não apresenta base de comparação, que justifique os argumentos, não comparam a obra ou as mudanças, referem sempre a falta de apoio ao FCP.

Portanto meus senhores, para que se exerça o contraditório proponho, que recuemos 4 anos antes do mandato de Rui Rio e daí iniciemos uma base de comparação.

- O que foi feito pelo edificado sua conservação e fiscalização?
- O que foi feito pela mobilidade, quais os meios de transporte alternativos, vias?
- Quantas câmaras e meios de fiscalização ao trânsito foram implantados?
- O que se fez em termos de Bairros e coesão social, quantas brigadas tinham de permanecer diariamente no são João de Deus, quando eram necessárias em toda a cidade?
- Quanto tempo demoraram as obras da 2001?
- Quais as medidas adoptadas para o comércio tradicional?
- Verbas em número, sacadas do orçamento de estado ou do Governo central?
- Quais os acordos Galiza ou outros meios de divulgação turística etc…?
- Quantos subsídios foram atribuídos ao FCP no Natal e datas festivas?

Como não existiam na altura, grandes meios de comunicação ou transparência, sinceramente o que recordo desse mandato será sem dúvida a prorrogação do projecto Porto 2001.

Meus caros, fico a aguardar.

Cristina Santos

De: TAF - "Na digestão das rabanadas..." 

Entrevista a Paulo Morais:
- O Urbanismo não serve para subsidiar entidades
- Se andasse na Câmara para não ser polémico, preferia não andar
Sublinho esta frase de Paulo Morais:
"Estamos a separar a gestão urbanística da fiscalização na Direcção Municipal de Urbanismo." - justiça seja feita a José Pulido Valente, que há muito vinha insistindo neste ponto (e com razão) sem que até agora a Câmara tivesse feito fosse o que fosse nesse sentido. Ponto positivo para Paulo Morais.

- A cidade do Porto vista por Paulo Vallada
- Fernando Gomes: "O combate autárquico na cidade do Porto não vai ser fácil"
- Nova "cidade" começa a despontar junto ao Estádio do Dragão

- A cidade em debate - "A Baixa do Porto" novamente em destaque no JN.
Três "meta-comentários":
1) é importante privilegiarmos uma postura construtiva - apresentar propostas de solução depois de identificar os problemas, debater mais as ideias e menos as pessoas;
2) quem tem a responsabilidade de gerir a autarquia é inevitavelmente alvo de maior atenção do que a respectiva oposição;
3) os problemas graves do Porto exigem que seja ultrapassada a guerrilha inter-partidária e intra-partidária - daí ao meu apelo a que se pense num programa para o próximo executivo, independentemente de saber quem vai ser eleito daqui a alguns meses.
Defendo que não se deve ter como objectivo encontrar um consenso muito alargado nas opções para o futuro da cidade. Contudo, é minha forte convicção que o consenso vai surgir em muitas dessas opções como consequência da natureza dos problemas e da urgência das acções a desenvolver.

De: Mário G. Fernandes - "A propósito de Rui Rio" 

Rui Rio não sabe fazer outra coisa senão política. O que ele sabe é isso, justamente, mas da exclusivamente profissional. Fiquei com essa ideia desde os tempos em que, este político, desenvolvia a sua actividade, digamos assim, mais virada para o distrito de Viana do Castelo. Nesse âmbito, Rui Rio escreveu um artigo de jornal onde zurzia na acção de Defensor Moura, o presidente da câmara municipal vianense de então, e de agora, baseando o seu clamor no inúmero número de mortes que aconteceriam na avenida marginal, que limita a Sul o passeio público oitocentista, se o seu projecto fosse concretizado.
O projecto concretizou-se. A "coisa" funciona e é uma via de cariz claramente urbano. Rui Rio sabia que funcionaria e que assim seria, era evidente. O que o levou a argumentar dessa forma? Foi o argumento que encontrou. Rui Rio é um político deste tipo.

Relativamente à obra de Rui Rio, além de algumas notas nos bairros económicos/sociais/operários, da mudança da imagem no logótipo da cidade, dos "bitaites" sobre o PP das Antas ou do episódio das placas da toponímia urbana, talvez reste, no âmbito da sua acção no urbanismo e já que o PDM-revisão ainda não foi aprovado, a SRU. Apesar de não ser ideia exclusivamente portuense e de nunca terem sido explicitados/explicados os critérios para a escolha dos quarteirões-piloto escolhidos, e tendo desaparecido o CRUARB, que se mantenha e incremente, de alguma forma, a reabilitação do "centro" da cidade do Porto, como de outras centralidades e de todas as periferias. Para que isto se verifique, de momento, existem dois caminhos. Ou se regulamenta e pratica o previsto na Lei 10/2003, sobre as Juntas Metropolitanas, ou se repondera a questão da regionalização, repensando e ajustando competências e meios de outros níveis de poder local. Rui Rio não trata de uma coisa nem contribui para a outra.

Mário Fernandes

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