2004/07/24

De: Pedro Aroso - "Decisões da SRU II" 

Caros Amigos

Eu estive na Casa das Artes, no debate promovido pela Ordem dos Arquitectos, dedicado à Baixa do Porto.
Como refere o artigo publicado no Jornal de Notícias indicado pelo Tiago na mensagem anterior, "não houve uma única voz a elogiar a apresentação da SRU, a cargo do vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Ricardo Figueiredo, e de Joaquim Branco. Na própria mesa, os arquitectos Correia Fernandes e Francisco Barata manifestaram grande desconfiança em relação ao modelo".
Pois bem, apesar de eu criticar regularmente a hiper-burocracia que o Ricardo Figueiredo tem vindo a implementar na CMP, associada ao mais profundo autismo e desrespeito pelos colegas arquitectos, neste caso particular não posso estar de acordo com a chuva de críticas de que tem sido alvo. Acredito que o Ricardo está fortemente empenhado em "ressuscitar" a Baixa da nossa querida cidade e não me parece correcto estar sempre a bater no "ceguinho", sobretudo quando essas críticas não acrescentam qualquer contributo positivo. Pelo contrário, tenho encontrado neste blog uma atitude completamente diferente, ou seja, existe por parte dos participantes uma preocupação constante no sentido de divulgar todas as iniciativas e notícias relacionadas com este tema e, com frequência, surgem algumas ideias interessantes.

Pedro Aroso
pedroaroso@clix.pt

De: TAF - "Decisões da SRU" 

No Jornal de Notícias:
Renovação da Baixa avança em três quarteirões-piloto

Esta informação parece contraditória com outras notícias que apareceram antes, onde se falava de 5 quarteirões. Sendo esta mais recente, presumo que seja fidedigna.

2004/07/22

De: F. Rocha Antunes - "Índices loucos e outras tontices" 

Meus caros,

Este nosso mundo do urbanismo não consegue deixar de nos presentear com pérolas do pensamento absolutamente invulgares.

Li com toda a atenção o que saiu na imprensa sobre uma "tomada de posição" que os senhores consultores que tinham sido contratados pela Câmara do Porto para elaborar o PDM do Porto resolveram tomar. E ainda estou a tentar que o meu queixo volte a ficar próximo do maxilar superior, tal é a surpresa pelo que é dito e pelo que não é assumido.

Tanto quanto me lembro, esses senhores, na fase final do PDM, ainda se sentaram num debate, realizado no auditório da biblioteca Almeida Garrett, em que se apresentaram como autores do PDM em discussão. E que esclarecedora que foi essa discussão!

Entre muitas coisas inexplicáveis, vai sempre ficar na minha memória, e julgo que na de mais algumas pessoas, a leveza com que um dos autores assumiu, reiteradamente, que os critérios que tinha definido, com pelo menos o consentimento dos outros, que o que estava previsto como regras de estacionamento era pura e simplesmente inexiquível.

Mas a grande crítica que fizeram foi ao facto de a actual equipa camarária ter baixado o índice de construção. Que o índice de construção devia ser 1,4, que assim não se conseguia viabilizar o desenvolvimento dos projectos, etc.etc.

Agora que o novo regulamento propõe um índice de 1,6 para a zona industrial de Ramalde, com a possibilidade de, excepcionalmente se atingir os 3,2, vieram, indignados, chamar à atenção para a "loucura" do índice.

Vamos lá perceber do que se fala.

Primeiro, as normas provisórias, que tanto quanto me lembro (a memória é importante....) foram elaboradas pelo agora mais indignado dos consultores previam um índice de construção geral para esta mesma cidade do Porto de 2,2 e previam que, a título excepcional, o índice pudesse ir até 3,3.

Segundo, que essas mesmas normas provisórias seriam o caminho que a revisão do PDM teria se as eleições não tivessem ditado uma alteração de política, portanto seria previsível que os mesmos indignados de agora estivessem a justificar que os 3,3 se justificavam plenamente.

Terceiro, que é da consistência das opiniões profissionais que se faz a credibilidade das opções tomadas, devendo ser deixado a outras áreas da sociedade a leveza da alteração de posição consoante o vento predominante.

Coerência ajuda a melhorar o que todos queremos para o Porto.

Para ser coerente, tenho que dizer que , apesar de não ter apreciado a tomada de posição, sempre achei que os índices que esta câmara propõe são demasiado baixos para o desenvolvimento da cidade. Deviam ser maiores, à semelhança de Barcelona, mas isso são contas de outro rosário.


Francisco Rocha Antunes
promotor imobiliário

De: F. Rocha Antunes - "Efeito Barcelona" 

Caro Miguel Barbot,

Só agora tive tempo para responder ao seu pedido de esclarecimento.

O efeito Barcelona é uma designação para os resultados da estratégia que Barcelona definiu nos últimos 15 anos, quando se decidiu candidatar aos mais bem sucedidos Jogos Olímpicos do século passado.

A ideia estratégica base foi libertar-se do facto de não ser a capital de Espanha e decidir abrir-se directamente ao Mundo, criando condições para atrair as pessoas mais qualificadas neste tempo de abertura de fronteiras. Essa estratégia tinha como pressuposto a criação de uma região dinâmica, aberta e em que a qualidade de vida de todos seria o grande trunfo, bem como o desenvolvimento de políticas diversificadas mas convergentes na criação das melhores condições de desenvolvimento da indústria, dos serviços e do turismo.

Criaram um inovador parque industrial, apoiaram a requalificação de todos os operadores da indústria turística e cultural, lançaram de raíz um programa de feiras internacionais de grande qualidade e apoiaram as iniciativas de ligação da região de Barcelona aos mais recentes fenómenos de uma cultura global.

O resultado foi que a economia se desenvolveu muitíssimo, criando postos de trabalho qualificados, que atraíram muitos novos moradores estrangeiros, que por sua vez aumentaram o cosmopolitismo da cidade.

E hoje, na competição global entre as cidades e as regiões, ganham os que conseguem atrair os mais qualificados. E as empresas mais inovadoras deslocam-se para os sítios aonde os quadros mais qualificados querem viver.

É este o efeito Barcelona. Pensar em grande escala e com uma estratégia de longo prazo, sabendo que tudo, desde a organização dos transportes públicos à qualificação do espaço público, desde as condições de funcionamento das escolas às das esquadras da polícia, contribuem para a melhoria sustentada da qualidade de vida. E que é a qualidade de vida que atrai ou não os melhores.

Quem sentiu como esta cidade ficou nesses dias mágicos do Euro percebeu que é disso que nós precisamos.

O problema, como sempre, é que só depende de nós.

Eu acredito que podemos chegar lá.


Francisco Rocha Antunes
promotor imobiliário

2004/07/21

De: Miguel Barbot - "Ramalde" 

Vereador do Urbanismo Quer Deslocalização do Campo do INATEL hoje no Público.

No texto é retomado o velho estilo "quero, posso e faço": "Se os técnicos ou o PS querem voltar ao caos urbanístico desenfreado façam-no, mas primeiro têm que ganhar as eleições", eliminando qualquer hipótese de debate e sem existir uma análise prévia dos problemas e carências das populações.

Para termos uma ideia do que pode significar "Caos Urbanístico" enumeramos 5 situações por resolver nesta restrita área geográfica:

1- A questão INATEL levantada ontem no Público

2- A questão RAMALDENSE referida no meu post anterior e aqui

3- A questão Avenida Paralela à Boavista também referida no post anterior

4- A questão BAIRRO DAS CAMPINAS referida por Manuel Maio aqui

5- A questão AEP – Área Empresarial do Porto e seus acessos.

São muitas incertezas para uma área tão reduzida. Se no meu post anterior propus uma solução conjunta para os dois primeiros pontos, a verdade é que as soluções para os três últimos também devem ser tidas em conta nesta discussão.

A pretensa demolição do Bairro Campinas provavelmente não libertará os terrenos, que poderão ser ocupados com nova habitação social para as mesmas famílias. Esta reorganização do Bairro deverá ser prevista tendo em conta toda a área, pois os seus limites são constituídos precisamente pela futura AEP, INATEL, envolvente do Campo do Ramaldense e nova Avenida Paralela (por favor dêem-lhe um nome).

Não é bom limitar a discussão a 500 metros de Avenida sem estudar todas as alternativas e acima de tudo prever a resolução de todos estes problemas. É necessário discutir e ouvir toda agente, sob o risco de termos propostas novas e antagónicas de quatro em quatro anos que acabarão irremediavelmente na gaveta – lembrem-se do plano de mobilidade da 2001.

De: Cristina Santos - "PRESIDENTE SEM PACIÊNCIA" 

Não existe de facto paciência, mas não é dos Munícipes é do Sr. Presidente, (paciência é o que não falta ao Munícipe), não é a primeira vez que a Assembleia é abandonada pelo Presidente quando o Partido socialista intervêm, até tem acontecido em assembleias publicas o abandono da Sala por membros do executivo quando os Munícipes expõem as suas questões.
Obviamente que desta vez o PS estava preparado, (tanto vai o cântaro à fonte que um dia parte a asa), votar sem a presença dos dois ausentes foi a melhor alternativa e proposta desta reunião.
Tem o PS todo o direito e não tem Paulo Cutileiro que suster a democracia, exigindo requisitos que até ali não formulou.
A falta de respeito é uma constante na apresentação de propostas, limitam-se a redigir um documento qualquer e ainda tem a pretensão de afirmar publicamente, que após a apresentação do Documento, A assembleia faz o que quiser... conclui-se portanto que aos envolvidos nessa redacção pouco interessa o resultado.
É certo que a oposição não está ao melhor nível, não tem consistência na apresentação de alternativas , alias foi esse pormenor que levou o actual executivo ao Poder, mas Dr. Rui Rio deveria avaliar melhor a acção de alguns dos seus Vereadores, nomeadamente aqueles cujas as acções são sempre reprovadas, por falta de estudo prévio ou conhecimento.
Não se compreende porque teima Rui Rio em manter no executivo esse tipo de Edil, tanto mais quando o tempo do Presidente é maioritariamente ocupado em defesa dos erros desse pelouro, das percepitações constantes, das ideias tipo balão de ensaio etc...
O pior é que nestas situações o tempo demora o dobro a passar, parece que este executivo, já está no poder há oito anos, só passaram dois, mas por culpa de um dos Pelouros, sempre fatídico, sempre emproado... parece ter-se passado uma eternidade.

Cristina Santos

De: TAF - "O refugo" 

Há coisas que envergonham um portuense, seja lá de que partido for! Não admira por isso que as pessoas considerem geralmente os políticos como um refugo da sociedade, observando atitudes destas em plena sessão do executivo da Câmara:

"Embaraço
A votação da proposta de prorrogação do prazo das Medidas Preventivas contou com uma situação algo embaraçosa para o executivo. No momento em que foi posta à discussão e Manuel Diogo se inscreveu para intervir, o presidente da Câmara e Fernando Albuquerque ausentaram-se. O socialista começou a ler o texto que havia preparado, mas depois de interpelado por Rui Sá que sugeriu "um jogo de cintura", desistiu e requereu a votação imediata do documento. Paulo Morais, após o PS ter confirmado a sua vontade em votar de imediato, acabou por suspender a sessão por um minuto, para que os socialistas fizessem por escrito o requerimento, o que não aconteceu. A intervenção prosseguiu com o regresso de Rio e Albuquerque."


Esta descrição d'O Primeiro de Janeiro condiz com o que o JN também escreve. Presumo por isso que o relato seja fidedigno.

É mais uma situação (a juntar a muitas outras na Câmara, pelo que tenho ouvido) em que nenhum dos intervenientes activos ou passivos sai dignificado. Gente honrada e civilizada precisa-se com urgência!

PS: Em nome do rigor, aqui fica também a versão d'O Comércio do Porto, que li agora e é um pouco diferente. De qualquer modo não há paciência para isto...

2004/07/20

De: Cristina Santos - "O Nosso Património" 

  

No âmbito do mini-jornalismo sabiam que estes materiais se aguentam no sitio há 200 anos, que agora foram libertos de massas pesos, revestimentos e continuam aprumados, sabiam que os únicos elementos (madeira de castanho) podres eram os cabeços, na parede minada pela humidade do terreno vizinho? Sabiam que aqui moravam duas famílias e alerto que não é o pior caso que me passou pela mão, sabiam que por força de parcos recursos financeiros exigidos para o restauro de uma área coberta de 78m2 x 3 pisos, vamos manter tudo o que for possível, sabiam que a maior parte do entulho é reaproveitado para enchimentos, arruamentos do logradouro, a madeira dada para lenha, sabiam que esta casa se situa nuns arruamentos recentes onde não passa um carro normal, muito menos uma ambulância ou um Bombeiro? Sabiam que todo o fornecimento é feito através de um mini-dumper? Não sabem com certeza que é uma das casas mais belas, mais curiosas e cheia de segredos...assim é um restauro, nos tempos que correm uma maravilhosa descoberta e orgulho diário de a trabalhar?

 

Cristina Santos
http://arqueologias.blogspot.com/

De: Miguel Barbot - "Desporto e áreas verdes" 

Recentemente temos lido sobre o destino do campo de futebol do Ramaldense que é reclamado pelos seus proprietários para fins imobiliários.

A propósito do novo PDM proposto, surge este artigo, denunciando a pretensão de um atravessamento do parque do INATEL por uma via que ligaria a Av. Antunes Guimarães à nova Av. Paralela.

Sendo estas duas estruturas espaços de inegável valor para prática desportiva, e sendo o INATEL o único espaço verde digno desse nome na maior freguesia da cidade, porque não juntar esforços e criar uma estrutura única para as duas entidades, renovando o já velhinho parque?

Na fotografia podem confirmar a proximidade entre ambos os equipamentos e podem também imaginar o prolongamento da nova avenida a atravessar a zona verde.


De: TAF - "PDM novamente" 

No Público:
PDM do Porto Propõe Atravessamento Rodoviário do Campo do INATEL.

2004/07/19

De: TAF - " Praça da Corujeira, 22:45" 


Local mal frequentado, perigoso para passear? Tomar café?


Nada como haver uma paróquia dinâmica, determinada a recuperar a sua igreja matriz e o seu espaço público! Verão, segunda-feira à noite: avós a empurrarem netos no baloiço, grupos de adolescentes a aproveitarem o ar fresco para umas voltas de bicicleta e uns toques na bola, vizinhas a colocarem a conversa em dia à mesa do café...


De: Jorge Ricardo Pinto - "Pedonização e Avenida" 

Caro TAF:

Escrevo apenas para dar conta que o Avenida dos Aliados acaba de publicar uma fotografia da Câmara com a escadaria que esteve em discussão no A Baixa do Porto e um pequeno e singelo artigo sobre a discussão.
Forte abraço e sempre pelo Porto,

Jorge Ricardo Pinto
http://avenidadosaliados.blogspot.com

P.S.- Parabéns pelo excelente trabalho que tens realizado no blog.

De: José Pedro Lima - "Custos não compensam" 

Parece-me que a discussão deste caso se está a centrar nos custos de mão de obra e na legislação laboral. Embora útil, esse é apenas um aspecto da questão. É verdade que os custos de mão de obra são um grande fardo na exploração do comércio tradicional, mas não é menos verdade que a lei laboral vigente é a mesma para o comércio "tradicional" e para os shoppings. Acredito que para parte dos comerciantes não valha a pena abrir ao Domingo ou após certas horas, mas estou convencido que para outros vale. Em Sta catarina existem muitas "franchises" iguais às dos shoppings e que tem, acredito, uma estrutura de custos semelhante e um modelo de negócio igual.

Então que fazer? O melhor, creio eu, seria deixar o mercado decidir, dando a opção de abrir por exemplo até depois das sete horas para os comerciantes que de facto o entenderem fazer. É uma questão de deixar cada um optar conforme o que entender ser melhor para o seu negócio.Aí será o próprio mercado a estabelecer se esta foi uma medida útil ou não. Se virmos Lojas abertas é porque foi útil, se as coisas continuarem como até aqui não terá sido. É tão simples quanto isso.

Se eu fosse accionista da Sonae ou de outro promotor imobiliário de grandes superfícies comerciais, esfregava as mãos de contente de cada vez que a D. Laura e outros que tal abrem a boca. A D. Laura e a ACP ficarão para sempre como co-responsáveis pela perda de receitas do comércio tradicional e pela "fuga" dos consumidores em direcção aos shoppings, devido à sua obstinada prossecução de uma política bisonha de pseudo protecção aos comerciantes.

Os comerciantes não precisam de ser "protegidos", precisam de ser tratados com justiça e com respeito. Isso implica não demorar 2 anos a fazer obras que impedem os clientes de entrar na loja, não destruir as zonas de comércio à força de Bulldozer (vidé Carlos Alberto), não os sobrecarregar de burocracias, ajudá-los e promover a modernização dos seus estabelecimentos. Não implica um regime proteccionista que a prazo, levará todos à falência. Basta ver o que sucede hoje com o alto patrocínio da D. Laura. Daqui a 10 anos, quem sobrará?

PS: TAF, tens razão: onde há um pão quente, há esperança.

De: José Pedro Lima - "Era bom que aqui fosse assim" 

Não resisto a publicar aqui esta notícia do Publico, embora seja já algo antiga - especialmente no momento em que se discute o parque de estacionamento subterrâneo na Praça ou o encerramento ao trânsito da Baixa. Continuamos a discutir soluções para o tráfego automóvel em vez de atacarmos de vez o problema que é o nosso impressionante défice de utilização dos transportes públicos.

De: Miguel Barbot - "Efeito Barcelona" 

Caro Rocha Antunes,

Pedindo desde já desculpas pela ignorância, podia explicar o referido "Efeito Barcelona"?

1 abraço,

Miguel Barbot

De: Cristina Santos - "FRONTEIRAS POLÍTICAS" 

Afinal o que é isso de unir Porto/Gaia/Matosinhos?

Quando o tema vem a debate, não percebo muito bem , se se pretende alargar fronteiras, alargar poderes de decisão ou aumentar o nível demográfico que me parece em queda nos centros históricos.

Quanto a mim o que deveria ser alargado era o interesse Distrital, encontrar forma de compatibilizar recursos, numa união de concelhos limítrofes.

Não existe uma Associação concelhia e Distrital? Que é que esta entidade propôs para a partilha de recursos?

Repare-se em termos demográficos, não significa nada, porque se outros concelhos adoptarem iguais medidas conseguirão maior índice;

O alargamento de fronteiras não é possível com os actuais centros de decisão, a ser feito hipotecava o desenvolvimento dos adjacentes hoje com alguma autonomia.

Reduzir os centros de decisão criando uma só Câmara e transformando a Autarquia de Gaia em Junta de Freguesia, não parece viável, integrar os órgãos de decisão num só órgão representativo do conhecimento adquirido em Matosinhos Gaia ou outros, parece polémico.

Quando a tendência é descentralizar, para melhorar, esta proposta também não tem fundamento.

Terá fundamento quando representa menos Vereadores, menos investimento, partilha de receitas? Não sei.

Para sermos mais autónomos e eficientes será necessário aniquilar os nossos concelhos, não podem continuar a existir desde que as politicas governamentais intentem a partilha de recursos e convergência de interesses?

Eu alias não conheço nenhuma fronteira, que não seja a imposta pelo Fogo do São João.

E a nível Europeu não podem as candidaturas serem conjuntas e a nível distrital?

Ou mesmo que individualizadas não podem partilhar um interesse distrital.

Bem alguém me consegue explicar, quais os benefícios ou onde estão as fronteiras que não sejam as Politico-partidárias?

Cristina Santos

De: TAF - "Quais os passos?" 

Do ponto de vista jurídico/administrativo, quais os procedimentos, consultas ou autorizações que seria necessário efectuar/obter para se redesenharem os concelhos de Porto + Gaia + ...?
Alguém aqui no blog nos sabe informar disto?

De: João Medina - "Porto+Gaia: a oportunidade da megapolis" 

Sou completamente a favor que o Concelho do Porto ultrapasse os seus estrangulados limites impostos pelo rio e pela circumvalação mas essa expansão, a meu ver não deverá ser feita pela simples anexação do Concelho de Gaia. Esta parece ser uma solução algo facilitista. Dever-se-á aproveitar a oportunidade (se esta existir mesmo) para pensar globalmente de uma forma estratégica mais ambiciosa. Eu propunha que se equacionasse todo o desenho institucional (freguesias e concelhos) do tecido autárquico que abraça a cidade do Porto, garantindo que fossem estabelecidos laços de homogeneidade geográfica e socioeconómica no desenho das novas entidades. Estes laços não poderiam prevalecer se se mantiver o desenho actual das entidades. Faria sentido ter no mesmo concelho as freguesias de Perosinho e de Miragaia?

Sendo os concelhos do Porto e de Gaia aqueles dos quais tenho um maior conhecimento, passo a expor algumas das minhas considerações. As realidades dentro do concelho de Gaia são bem diferentes, pelo que a minha proposta de reflexão passa pelos seguintes 3 pontos:

1 - A parte mais a sul de Gaia passava a ser parte integrante do concelho de Espinho que actualmente é um concelho minúsculo e actualmente sem a necessária "massa crítica" para fazer uma gestão autárquica eficaz. Para além da proximidade geográfica, praias como Aguda e Granja terão bem mais afinidades estratégicas com Espinho do que com Avintes ou Mafamude.

2 - Por sua vez a parte mais rural (sendim, sermonde, perosinho, avintes) poderiam ser parte integrante de um concelho novo (historicamente já existiu o concelho de Avintes). O carácter pouco urbano (e não falo apenas do edificado mas do sistema de relações inerentes à palavra "urbano") destas freguesias faz com que a sua integração no concelho do Porto fosse de algum modo contra-natura.

3 - O Concelho do Porto ficaria a abranger então as freguesias de Gaia mais urbanas e geograficamente contíguas (ou próximas), dissipando o efeito-barreira que o rio Douro constitui hoje em dia e ganhando espaço de expansão (e respiração).

Quanto ao facto de o porto poder crescer para norte - Matosinhos (e porque não para Este?), penso que será sem dúvida de se equacionar (mais uma vez, sem ser apenas uma anexação de concelhos já existentes, mas aplicando uma lógica de freguesia ou mesmo de redesenho de algumas freguesias).

A alterarem-se os limites institucionais de concelhos (e freguesias?), que seja um processo global e estratégico não apenas pontual e facilitista.

Já agora, é um sério risco que a criação de um mega-concelho, se não for acompanhada por uma significativa mudança organizacional no funcionamento autárquico, podessa dar lugar a um (ainda) maior atraso nos processos, um maior peso burocrático e, um afastamento dos cidadãos em relação ao processo democrático.

*************************************************************************
João Medina
(Engenheiro - pós graduado em planeamento e projecto do ambiente urbano)

De: Cristina Santos - "MELHOR DECISÃO CONCELHIA" 

Quanto a mim, não existe necessidade de delimitação ou alargamento das margens existentes, é sim necessário que os problemas do Norte sejam resolvidos em sede próxima, que não sejam obrigados a partilhar a lista de espera do Lisboa ou outros distritos para obterem deferimento às propostas ou situações.
Se para tal for necessário juntar números estatismos para obtermos peso na atribuição de sede própria , então faça-se a união, mas se união pretende ser apenas geográfica, sem uma eficiente administração, sem poderes, burocrática e apenas emblemática, não vejo necessidade, porque na Verdade já se diz área metropolitana, já se diz grande Porto, o problema é que mais uma vez e de acordo com a Politica Nacional, os esforços vão no sentido de obter poder e não interesse intermunicipal.
Cada município age em função da cor partidária do outro concelho, do governante ou das quezilhas de quem ganha num futuro próximo a C.M.Porto.
Se Lisboa fizer a mesma união com os Concelhos limítrofes, continua a ganhar-nos em termos demograficos.
O que se pretende é que todos se unam em prol do interesse nacional e isso não é feito com fronteiras e actos burocráticos, mas com verdadeiro amor a Portugal e interesse no seu desenvolvimento.
Claro que a existir união, o nome secular teria de ser Porto, pela internacionalização que possui, por ser campeão em diversas matérias, por ser Património, por ser conhecido.
(Reparem que durante o Euro, os adeptos Europeus chegados a Lisboa , só perguntavam - OPorto? Where is Porto?, de Lisboa nunca tinham ouvido falar...)

Não vejo Matosinhos fora ou dentro do Porto, vejo como mais uma Cidade do Concelho, onde residem muitos dos trabalhadores do Porto, gostaria de ver era reuniões concelhias, que decidissem pela aprovação das melhores propostas par o concelho tivessem elas aplicação prática no Porto, em Gaia ou em Matosinhos, tudo o que seja feito de bom em qualquer uma delas, beneficia todo o Concelho.
Afastamentos não, mais união concelhia nas tomadas de decisão, sem aniquilar ninguém, sem destronar ninguém, agindo todos na convergência dos mesmos interesses.

Cristina Santos

De: F. Rocha Antunes - "Porto + Gaia + Matosinhos" 

Meus caros,

A cidade que usamos acaba na circunvalação? ou a contiguidade geográfica impõe que Matosinhos também seja associada a esta nova grande cidade, aí sim indiscutívelmente maior e sem nada de barreiras artificiais.

Sejamos ambiciosos! Tentemos o efeito Barcelona!

Já agora os números dos censos de 2001:

Porto 263.131
Gaia 288.749
Matosinhos 167.026

total 718.906

Cumprimentos,

Francisco Rocha Antunes
promotor imobiliário

De: Miguel Barbot - "PortoGaia" 

O nome Porto é bem visto... Assim ficam quase todos contentes:

Quem mora em Gaia sobe de escalão porque passa a viver no Porto, quem mora no Porto sobe de escalão porque continua a viver no Porto.

Claro que há os Gaienses puros e garbosos de tal, mas não se pode agradar a todos. Vamos lá a ver se realmente passa a haver um debate sério sobre este assunto que não fique apenas pelas colunas dos diversos “Locais Porto” dos jornais.

De: TAF - "Porto + Gaia" 

Este assunto está na moda! Veja-se o JN:
Meio milhão a viver na segunda capital lusa.

Quanto ao nome, segundo o que lá está escrito parece que há mais gente que me acompanha na preferência de apenas "Porto", conforme escrevi aqui.

Falta agora encontrar um presidente de Câmara à altura, uma vez que os "candidatos habituais" (assumidos ou não) não cumprem os "requisitos mínimos", a meu ver... Por este andar ainda vou ter que me candidatar! :-) :-) :-)

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